Os termos, as palavras me fogem, escapam, desaparecem e voltam, com maior frequencia, até nomes queridos, palavras de uso comum, é o estress me dizem, eu sei, ele o gerador do alemão aterrador, cujo nome eu lembro, mas não quero falar.
E o pânico criado gera mais medo que gera mais fuga das palavras que quero pensar. E choro e me desespero, tantas coisas eu quero, eu sonho para viver, então a vida se mostra em seu aspecto dificil, estou velha, dá para retardar, mas não impedir articulação de doer, enrigecer, coração, ou figado de falhar ou sei lá, são tantos a se desgastar. Cada vez mais o Tempo se faz juiz das escolhas.
E eu penso, vivi aquele tempo, a violencia, terrorismo psicológico, hematomas a esconder, ameaças de morte, vivencia quase fatal das ameaças, mais de uma, mas lutei, sobrevivi, não venci, pois das sequelas não escapei, e vivi então tantas maravilhas que nem imaginava ser possivel e tenho esperança, mas aí vou sendo obrigada a aceitar perdas de coisinhas e para mim muito significativas, carro, óculos de grau escuro, a fotofobia não me auxilia ver de dia, a máquina de lavar, esse sempre o derradeiro desespero nessas series que me ocorriam, hoje nem tanto, tenho pouca gente e roupa para limpar, falta o chuveiro elétrico, aqui é quente a água, tenho medo então de um incendio, sei lá, já que o chuveiro em falta não é desespêro, como na serra, obrigações de desapego, ou na revolta, o castigo, a doença, essa, a que se esgueira, que, avaliada em seus multiplos aspectos, tem bem a ver.
Falta de perspectivas emocionais que justifiquem e equilibrem um passado que não merece ser lembrado, ao balanço feito por sei lá quais mecanismos mentais. E eu quero a esperança, que aprendi, só se sustenta quando algum sonho se torna realidade, para equilibrar aqueles esfacelados. É esse o ponto. Sonhar, desejar, e pra que, se nunca irá acontecer nessa lógica material. A Vida, o Acaso, as Divindades, não querem mesmo. Tem que ser como eles querem, eles determinam, ao final suas forças se mostram maiores do que as minhas solitarias. E isso eu vi, nenhum erro, minimo que seja, será perdoado. Como pendurar óculos na gola da blusa, a alegria do canino adotado pegar, roer em segundos. Todos os danos são decorrentes de erro minimo. E essa postura das Forças que se dizem o Bem, me fazem querer saber da versão daquela Outra, sobre a ruptura, a queda, a Divisão. Isso não é um bem, dobrar ou quebrar, esse o tal Livre Arbítrio, livre para quem ? É pegar ou pegar . Então me firmo e sustento no trabalho, devoção dedicação ao bem do outro que atravessa meu caminho, o alivio que posso causar, mas alguma coisa está dando errado, muito errado comigo, porque estou revoltada. Me perdi no caminho ?
Não vencido ainda o medo, o primeiro inimigo da Liberdade, estou prestes a ser vencida pela Velhice. Porque me recuso a aceitar algumas regras do caminho que escolhi. ( P$%#@), mas se a meta é Liberdade ?