MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

A velhinha chata

A guerra no Oriente Médio. As guerras do Iraque, Afeganistão, Paquistão...
Os "conflitos" na África. A opressão. Tibet e China. A guerra entre a polícia desassistida contra a sociedade desassistida no Brasil. Entre tantas, esqueço algumas. Geórgia...
Quantos serão esfaqueados esta noite. Quantos serão vítimas de balas dirigidas ou perdidas. Quantos perderão a vida ou ficarão mutilados em acidentes muitas vezes provocados ou anunciados no trânsito.
Quantas vítimas de políticas injustas de saude, da negligência de gestores.
FELIZ ANO NOVO ! Entre os seus.

Resolução de Ano Novo



300 mil habitantes em minha cidade. Um tanto a mais.
E quando ando pelo centro da cidade encontro inumeros conhecidos, amigos. Se paro para conversar com alguem, sou abordada por outros e outros. Mas esta não é minha cidade. Este sentimento de não pertencimento, um estranhamento indefinível. Aqui, nesta cidade, sempre vivi, aqui trabalhei, criei minha familia. E nunca fui daqui.
Este bairro onde moro é o mesmo onde nasci. Onde nasceram meus pais e antes deles, meus avós. As familias que aqui residem são as mesmas, em sua maioria, a gerações. Mas não sou daqui. Fora dos portões da casa em que moro, não estou em um lugar que reconheça como meu. E não falo de posse de propriedade, não, pois possuo uma propriedade aqui, na praça do comercio local, e outra em um bairro distante. Mas nesta praça onde nasci e vivi a minha infancia , quando vou, quando é necessário ir a algum estabelecimento como padaria, por exemplo, sinto tamanho desconforto que parece até uma dor física. E as vezes doi fìsicamente, o estomago, a cabeça. Esta falta que sinto do meu lugar, das "minhas" pessoas.
Já residi muitas vezes por bastante tempo em outros bairros. Mas é sempre o mesmo.
Eu não sou daqui.
E no entanto amo estas montanhas, estas paisagens, a neblina.


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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

FELIZ ANO NOVO ( CRISTÃO )

Que todos que sonham com um amor, amem incondicionalmente, ao invés de sòmente desejarem ser amados e ter a posse do ser -amante. AMOR VERDADEIRO . E então sereis plenos.

Que todos abram em sua familia um espaço de acolhida para alguem que não tenha tido essa felicidade, uma criança, um velho, um incapacitado, qualquer enjeitado, e sua família será VERDADEIRAMENTE FELIZ, apesar das dificuldades.

Que todos doem o dízimo de seus dízimos para auxiliar a sobrevivência das "Obras do Senhor". Fazer da natureza, onde estamos incluidos, um espaço de respeito e VIDA PLENA, e não apenas para a construção de templos arquitetônicamente gigantescos para louvar a Deus (?).

Que todos tenham assim, então, um feliz e verdadeiro Ano Novo. Senão será mais um entre todos anos iguais, de choro e ranger de dentes.

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TEM SOL !
Atras das nuvens, eu sei que tem !

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E sei que algum dia ele vai se mostrar de novo

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A velhinha radical (1)



Aqui estou após outra ida e vinda.

Motivos:
i) Levar as duas filhas mais novas e uma sobrinha para prestar exame vestibular em uma Universidade do interior de Minas
ii) levar um armário que a filha mais velha comprou para as crianças, na mesma fábrica do berço - etc, daqui, para lá, onde ela mora mas não está ! ( Fui até lá e sem brincar com os netos )

Meio de transporte: 4x4 emprestada de um filho, pick up, único veiculo que chegaria ao destino com tôda essa chuva, levando o armário.

Contra motivos:
i) os netos não estão lá ( Nem a filha e o genro)
ii) Previsão de CHUVA NAS ESTRADAS
iii) Mautoristas de festas/ férias. ( perigo - perigo )
iii b) Não sei dirigir 4x4

Odisséia:
Amarra-se o tal armário, envolto em duas camadas de lona plastica e lá vou eu. Conforme previsto, chuva constante durante todo o percurso ( e permanencia). Alarga o tempo habitual da viagem.
Chegando à cidade, aciono plano B e levo as meninas para uma republica estudantil no centro da cidade, pois o plano A envolve pernoite na zona rural e... não sei as condições das bucólicas estradinhas. ( Depois concluo ser sábia esta decisão)
Tomo o rumo dos mais ou menos 10 (dez) quilometros em estrada de terra, melhor dizendo, lamaçal na terra, com espaços onde a água resolveu transformar em seu caminho (ou será que os humanos é que fizeram as estradas nos caminhos da água?), com valetas laterais bastante alargadas pela força da chuva/torrente, que dura dias ou semanas.
Boto na tração, engato primeira e vou. Tensa porque alguem me havia dito que era melhor "reduzida com terceira", na lama (2))
E o carrinho ops carrão vai. Dança, atravessa para a esquerda, e logo vira para a direita e ufa, para a frente. E novamente. E outra vez. Braços e antebraços se atrapalham com os cotovelos, onde a mão consegue finalizar todos esses movimentos e intenções alem de respeitar a soberania do cérebro ( que acho que desconectou-se e só deixou a parte de instintos funcionando)
Ai, se este armário cai...Vou ter que trazer outro, tudo de novo, além da frustração da supermamãe ela, minha filha, que gosta de tudo certinho, direitinho, bonitinho...( a semelhança com a mãe dela, eu, é quase que só na aparencia, como sou destrambelhada!)
Subo, desço, atravesso, desatravesso, pulo sobre valas ( o carro é que pula e eu pulo lá dentro ). Cheguei. A Salvo, com o carro sem danos aparentes ( lembrem-se, é emprestado), e com o armário direitinho onde foi fixado. Molhado.
Bem, conseguir quem desamarrasse e descesse o dito cujo, foi relativamente fácil, com ajuda do genro pelo telefone que acionou amigos da região que não haviam viajado para as festas.
No dia seguinte seria preciso sair daqui, é necessario, a supermãe eu, que mais parece avó das meninas, à porta de saida da prova, consolar quem acha que se deu mal ou comemorar moderadamente com que acha que se deu bem, mas braços abertos em pós stress, convenhamos, é fundamental.
Chove FORTE a noite tôda, mas não tenho o armário na caçamba, mais equilíbrio, menos lastro. Puxa, continuo a desejar "moeda de um lado só". Tudo é bom e ruim, verso e anverso, avesso do avesso...
Fui, derrapando escorregando ladeira abaixo, e ladeira acima, mais adiante. Valões e valetas, pedras soltas. Cheguei.
Mesmo esquema para o dia seguinte, plano B funcionou bem, imagine, tres urbanas mocinhas estressadas com provas, em "rallye na roça" ?
Tudenovo ! Ida e vinda. PalmitalcentrodacidadePalmital. Começo a gostar da adrenalina.
Ê tremdanadebão, sô ! Sem culpas pois não estava me divertindo "off road" gastando combustível à toa. Estava trabalhando para o bem de alguem.
Tem mais coisa p'ra levar ? Tem ?


(1)para quem não leu " sou mais velha do que sou "
(2) Quem sabe me dizer se é melhor "reduzida com terceira" ou tração nas quatro com primeira?

Galeria fotográfica
As mais interessantes não puderam ser feitas, pois se eu parasse, ficaria parada até o sol...

Bem no comecinho da estrada ( Sabe, aquela foto de abertura do blog ? É do mesmo lugar)


Um pasto(?) as margens da estrada de rodagem


Estradinhas





PS: Este carro, ao contrario do meu, tem sistema de som. Voces conhecem aquelas musicas que a meninada gosta ? Na viagem de ida e de volta. MP3...

(André, agradecida pelo carro , voce mais uma vez proporcionou-me maravilhas materiais.)
( Agradeço a voces todos, na verdade, meus filhos, pois só sou que sou por voces serem quem são)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

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E CHOVE , E CHOVE , CADA VEZ MAIS

Não percam tempo para entender isto...


Qualquer hora vou me disfarçar em alguem coerente e vou dividir as postagens daqui em dois ou tres blogs cada qual com um sentido próprio. Separar as diversas pessoas contidas em mim. Parece esquizofrênico ? Mas e dai, se alguns que de fato são geniais podem, porque este direito não se extender a mim, que sou medíocre ? Isso pode ser entendido como "inclusão", o que está na moda nos meios cultos...Parece que bebi ? Não, eu não bebo. Senil ? Só se já nasci senil. Drogada ? Só se por açucar branco de cocacola.Por que publicar esta baboseira ? Na verdade o blog é feito para mim, não esqueçam.
Na verdade estou com medo de viajar para Minas amanhã, e não tenho escolha ( Sartre estava errado ), então fico desviando o pensamento. ( E nem consigo concentração para ler...)

p'ra não dizer que não falei...

das coisas boas, a alegria de meu neto de dois anos distribuindo presentes para as tias e tios... Só isso vale por todo dissabor, cura feridas, gera esperanças.

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Confesso...


...que não sou muito coerente. Afinal, tenho por regra moral não ferir, mesmo que sejam os meus. Então como toda família - leia- se tambem a minha, filhos e suas familias - contam com um natal, pois senão seriam quase uma aberração, já que este é o modelo de sociedade em que vivemos, sinto-me na obrigação de proporcionar-lhes uma festa, para que não fique muito dificil a justificativa a seus amigos ou colegas do trabalho e da vida, a condição a-natalina.
Mas como acontece, talvez até devido a minhas expectativas, o tal pensamento negativo, coisas estranhas acontecem, como este ano, a torneira da pia da cozinha quebrou e a água corria sem parar, às 22hs, òbviamente sem encanadores disponíveis e o registro geral fica no meio da mata aos fundos da casa onde tem a caixa-d'água, e com a casa cheia de gente, inclusive bebês, sem água... Por sorte ou previdencia, eu tinha, guardada, uma torneira que pôde substituir provisòriamente aquela. Beeeeem provisória, já que o ângulo do encanamento com esta torneira faz com que a água saia sobre a borda posterior da pia e não na cuba. ( Imaginem o drama da troca de torneira, em plena "festa") Mas tenho água nos banheiros. Isso sem contar que, de dia, enquanto eu tentava uma faxina básica, o aspirador de pó parou de aspirar e a máquina de pressão para lavar exteriores -note, tenho 11 cães, tambem parou de funcionar. Sem tecnologias, limpezas "no braço". Para aqueles que acreditam em sinais do astral... Ou culpa de uma casa muito antiga e alugada onde qualquer reparo necessita negociação com a imobiliária que determina como e por quem deve ser feito e eu, aposentada.($ ?) . Ou será castigo do Papai Noel ? Ou castigo de ... Sei lá.

Bem, uma cadelinha cocker entrou no cio e um macho enorme quebrou as "restrições ao convívio" e... Poucas consequencias já que ele é vasectomizado, mas a gritaria canina.... Putz. Desde ontem... E hoje provisòriamente ele está preso em corrente até que se disponibilize solução "permanente". ( Uivando e chorando ) ( Eu tenho vizinhos próximos, na lateral da casa ) E se eu deixo este solto, quem grita é a fêmea. Eu sei. Cada êrro traz enormes consequências. Quem manda achar que podia acolher cães negligenciados. Arrogancia, né de se achar "boazinha".
Ah ! O mouse parou de arrastar. Só arrasta quando quer. Adquiriu vontade própria.
Então, Feliz Natal porque a vida é isso. Provisória.

PS: Todo ano juro que será a ultima vez. Mas este ano, foi !

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Identificação

Decretos de Natal

Frei Betto

Fica decretado que, neste Natal, em vez de dar presentes, faremo-nos presentes junto aos famintos, carentes e excluídos. Papai Noel será malhado como Judas e, lacradas as chaminés, abriremos corações e portas à chegada salvífica do menino Jesus. Por trazer a muitos mais constrangimentos que alegrias, fica decretado que o Natal não mais nos travestirá no que não somos: neste verão escaldante, arrancaremos da árvore de Natal todos os algodões de falsas neves, trocaremos nozes e castanhas por frutas tropicais, renas e trenós por carroças repletas de alimentos não-perecíveis e, se algum PapaiNoel sobrar por aí, que apareça de bermuda e chinelas. Fica decretado que cartas de crianças, só as endereçadas ao menino Jesus, como a do Lucas, que escreveu convencido de que Caim e Abel não teriam brigado se dormissem em quartos separados; propôs ao Criador ninguém mais nascer nem morrer e todos nós vivermos para sempre; e, ao ver o presépio, prometeu enviar seu agasalho ao filho desnudo deMaria e José. Fica decretado que as crianças, em vez de brinquedos e bolas, pedirão bênçãos e graças, abrindo seus corações para destinar aos pobres todo o supérfluo que entulha armários e gavetas. A sobra de um é a necessidade de outro, e quem reparte bens partilha Deus. Fica decretado que, pelo menos um dia, desligaremos toda a parafernália eletrônica, inclusive o telefone, e, recolhidos à solidão, faremos uma viagem ao interior de nosso espírito, lá onde habita Aquele que, distinto de nós, funda a nossa verdadeira identidade. Entregues à meditação, fecharemos os olhos para ver melhor. Fica decretado que, despidas de pudores, as famílias farão ao menos um momento de oração, lerão um texto bíblico, agradecendo ao Pai de Amor o dom da vida, as alegrias do ano que finda, e até dores que exacerbam a emoção sem que se possa entender com a razão. Finita, a vida é um rio que sabe ter o mar como destino, mas jamais quantas curvas, cachoeiras e pedras haverá de encontrar em seu percurso. Fica decretado que arrancaremos a espada das mãos de Herodes e nenhuma criança será mais condenada ao trabalho precoce, violentada, surrada ou humilhada. Todas terão direito à ternura e à alegria, à saúde e à escola, ao pão e à paz, ao sonho e à beleza. Fica decretado que, nos locais de trabalho, as festas de fim de ano terão o dobro de seu custo convertido em cestas básicas a famílias carentes. E será considerado grave pecado abrir uma bebida de valor superior ao salário mensal do empregado que a serve. Como Deus não tem religião, fica decretado que nenhum fiel considerará a sua mais perfeita que a do outro, nem fará rastejar a sua língua, qual serpente venenosa, nas trilhas da injúria e da perfídia. O Menino do presépio veio para todos, indistintamente, e não há como professar o pai-nosso se o pão também não for nosso, mas privilégio da minoria abastada. Fica decretado que toda dieta se reverterá em benefício do prato vazio de quem tem fome, e que ninguém dará ao outro um presente embrulhado em bajulação ou escusas intenções. O tempo gasto em fazer laços seja muito inferior ao dedicado a dar abraços. Fica decretado que as mesas de Natal estarão cobertas de afeto e, dispostos a renascer com o Menino, trataremos de sepultar iras e invejas, amarguras e ambições desmedidas, para que o nosso coração seja acolhedor como a manjedoura de Belém. Fica decretado que, como os Reis Magos, todos daremos um voto de confiança à estrela, para que ela conduza este país a dias melhores. Não buscaremos o nosso próprio interesse, mas o da maioria, sobretudo dos que, à semelhança de José e Maria, foram excluídos da cidade e, como uma família sem terra, obrigados a ocupar um pasto, onde brilhou a esperança.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

natal

Enquanto voltava para casa(?) vim pensando na resposta ao que me perguntaram, sobre o que eu gostaria de ganhar de natal. Bem, quero ganhar TOLERÂNCIA. Que EU consiga ser tolerante com os desgraçados. Com a desgraça dos injustos, dos egoistas, dos arrogantes, dos pretenciosos, com os intolerantes...comigo mesma... E que caso a tolerância que eu venha a ganhar este ano seja pequena, que eu ganhe mais um pouco no próximo ano. ( E que me lembre de não surfar muito pelas ondas dos blogs nos proximos dezembros.)
E gostaria de DAR a todos e a mim mesma AMOR INCONDICIONAL, muito.

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feliznatal ou fragmentos-2

Fico pensando nesta tendência que temos, nós os "humanos", que inventamos classificações e rótulos para os viventes e nestas rotulações nos chamamos "sapiens"
E como somos sabidos, expertos em esquivarmo-nos de responsabilidades, em atribuir ao outro, seja o vizinho ou o "politico (ir)responsável" toda a culpa pelo que achamos que vai mal.
Então deseja-se feliznatal com desejos de paznomundo, fimdafome, ou coisas do gênero,como vi em um "sonho do pai natal", que todas as crianças teriam um colo de familia.
Quanta baboseira, quanto fingimento, quanta sapiência em disfarçar-se em politicamente corretos, pois pergunto, quantos dentre estes reduzem seu consumo de supérfluos para beneficiar um - apenas um - ser humano que esteja em dificuldades. Quantos são capazes de "levar um desaforo para casa" para evitar um conflito, promovendo pazentreoshomens. Quantos abriram mão de seus desejos ou comodidades, já que são tão lucidos, para abrigar e dar sua familia a uma criança que perdeu a sua, seja por desgraças como morte dos pais ou por aquela morte espiritual que produz abandono.
Tão bonitinhos esses cartõezinhos de feliznatal, as mensagens, principalmente as politicamente corretas. A quantos enganam essas falsas intenções ?
AH! Tenham dó de si mesmos! Parem de fingir. Ou estamos tão mortos, pois que insensíveis, e nem mais percebemos quem de fato somos , não sapiens, mas egoistas, vaidosos, petulantes, ..........
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FRAGMENTOS


Daqui, de onde estou hoje, só vejo uma mínima faixa do céu, mas está azul. Já tinha até me esquecido, penso, destes tons, depois de semanas de céu cinzento, de chuva constante.
Daqui, de onde estou, ouço ladrar de cães. Como é habitualmente a vida, mas fico saudosa dos sons já habituais.
Daqui, de onde estou, ouço canto de passarinhos e penso - Oh, tambem aqui está presente o esplendor das forças da natureza- e logo descubro tratar-se de aves em gaiolas, gaiolas em apartamentos, para que cantem. Persiste a crueldade humana ou apenas tamanho desligamento do que é vida real?
Aqui, fico feliz por estar com este filho, mas quero logo seguir adiante. E não é assim em todos os lugares onde estou ?
Vivo em devir.

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domingo, 21 de dezembro de 2008

IEÉÉ !



O melhor dessa vida blogueira é surfar sem compromisso pelos espaços que eu alcançar. Vou e venho, a maior parte das vezes sem ser percebida. Algumas poucas vezes acabo deixando rastros... Mas ninguem é perfeito, afinal tenho muito por aprender nestes mundos.
E tambem gosto dos encontros que se dão.


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Fato real




Coitadinho do Dingo ! Estava chorando, fui ver o que era e olha quem (?) estava nadando na sua água de beber...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Futilidades. Devaneios.


Sendo um bichodamata, ou minhoca-da-serra, sei pouco sobre as coisas do mar, daí caso esteja incorrendo em grande êrro, corrijam-me, pois aprender é uma das cosas que mais me atraem.
Aliás, tenho tanto a aprender que, avaliando pelo pouco que aprendi na extensão da minha vida, de fato não chegarei a lugar algum. A sabedoria socrática...
Divagações de lado, saí da cama pois estava incomodada com a expressão "navegar na net".
Parentesis: Este é o princípio, motivo, causa, da insonia. Não que a essa hora possa classificar estar acordada como insonia, mas considerando a hora em que fui dormir e o tempo que rolo na cama antes de decidir-me aliviar a mente neste espaço, é insonia sim. E é aquilo que tem como causa pensamentos, angustias, ansiedades, idéias recurrentes. Fecha parentesis.
Navegar pressupoe um objetivo, um plano traçado, determinaçao sobre onde penso chegar, como tambem de - por onde vou navegar. O que, verdadeiramente não é o que faço quando começo a clicar, linkar, ou sei lá, usar este instrumento de "navegação". Então, no meu caso como o de muitos outros blogueiros, onde estas viagens são lazer e não trabalho, creio que o termo seria surfar, pois o unico objetivo é o estar sobre as ondas sabendo que, de quase certo, é o estar novamente na praia. Ou então boiar. (Menos esforço ainda, pela não necessidade de domínio de alguma técnica.)
Insonia por isso? Lógico que não. Esta é apenas uma inutilidade que atravessa a mente que se angustia por outras questões que são tambem inuteis para que me ocupe delas, tais como "o que podemos saber, o que devemos fazer, o que temos direito de esperar, o que é o homem" ou, simplificando, de onde venho, para onde vou, quem sou...

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

EXPLICAÇÕES

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Lá vou eu de novo pedindo desculpas...
Mas é que não sei desejar um tal de feliznatal. Tenho ENORME dificuldade em lidar com esta festa onde uns poucos criam um mundo fora do mundo real, onde gasta-se fortunas para presentear e alegrar aos queridos, os próximos, parentes, amigos, quando próximo deveria ser toda uma humanidade, que veem nesta data intensificadas suas dores e frustrações por não terem sua vida aos moldes do que as mídias proclamam como deve ser o natal ( com minúscula, mesmo, para mim ). Como desejar a alguns feliznatal se não tenho como faze-lo a todos ? Como me alegrar em compras de dádivas supérfluas aos meus que ja têm tanto quando tantos nada tem. Como ficar feliz em um dia pré determinado, sabendo que neste dia ainda há os que choram de fome e morrem da fome e de suas consequencias. Que idosos (ou nem tanto) choram de solidão, sem parentes ou com parentes negligentes. Que familias divididas por guerras ou pela maldade - o que vem a ser quase a mesma coisa, já não tem mais esperanças, ou muito pouco resta dela.
Ficar feliz com presentes recebidos e dados em uma data marcada, sabendo que tantos desejariam tambem alguma coisa inatingível por si e que na maioria das vezes é tão simples para outros. E não me venham com essas pseudo filantropias de apaziguar consciencia pesada, afirmando que doaram roupas e brinquedos, usados quase sempre, restos de sua própria festa constante.
Na minha vida, venho fugindo desta festa, trabalhando quando posso e minha condição permite, esquivando-me daqueles montes de presentes, pois antecipo os meus para momentos em que quero ou encontro o que dar a cada um daqui, e muitas vezes não dando nada mesmo, deixando "vales" que valem algo para quando o "presenteado" necessitar de alguma coisa, material ou não. Meus presentes favoritos são e foram aquelas coisas que irão facilitar a vida em dado momento dificil.
Então, meus amigos, não se aborreçam, mas não desejo ou retribuo votos de feliznatal. Desejo sim que em cada dia e em todos os dias de cada vida todos os olhares e ações se façam por algum bem a alguem.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Escusas

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Aos amigos que fiz neste mundo, peço desculpas por parecer não estar sempre presente, mas vou sempre apressadamente, como tem sido a minha lida, as "casas" de voces. Leio, apreciando cada linha, cada imagem, embora muitas vezes não tenha comentado por lá, ou respondido aqui, até por que o "sistema" parece estar implicando comigo e muitas vezes não publica o que escrevo, tento duas, tres vezes e nada. Parecendo estar ausente, na verdade só estou correndo muito para estar muito presente.

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Mas isso não é bom demais ?



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domingo, 14 de dezembro de 2008

É relativo...


Após vinte e seis horas em casa (?) lá vou eu de novo, desta vez para a grande cidade do Rio de Janeiro, onde tambem mora um filho. A distância é bem menor, mas quando fui da ultima vez, ha 14 dias, gastei quase o mesmo tempo, parada entre carros, ao invés de correr por estradas. Concluo que, atualmente, a distância entre minha casa (?) e as de alguns de meus filhos, equipara-se pelo tempo de deslocamento e não pela quilometragem percorrida.

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Movimento



Quisera ficar tranqüila ante as adversidades.
Se eu tivesse essa fé inabalável...
Quisera a certeza do bem após as tormentas.
Se não houvesse a certeza nos danos que restam...
Quisera acreditar que o bem sempre vence.
Se eu não visse o mal se propagando...
Quisera não ter duras provas a enfrentar.
Se soubesse escolher os melhores caminhos...
Quisera que o sofrimento fosse ficção
Se eu não intuisse que é...

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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

BOM DIA !



Fazendo menos de 48hs que cheguei, e já vou refazer o percurso habitual,
meu caminho de 300 km entre quintais, pois é necessário...
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fazendo minhas estas palavras:



"A passagem
(Ledo Ivo )

Que me deixem passar - eis o que peço
diante da porta ou diante do caminho.
E que ninguém me siga na passagem.
Não tenho companheiros de viagem
nem quero que ninguém fique ao meu lado.
Para passar,exijo estar sozinho,
somente de mim mesmo acompanhado.
Mas caso me proíbam de passar
por seu eu diferente ou indesejado
mesmo assim eu passarei.
Inventarei a porta e o caminho
e passarei sozinho".

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Do eterno retorno ?


Uma vez por muito tempo e há muito tempo enfrentei o mêdo. E tanto me desgastei, e tanto lutei, que venci . Venci e perdi. Pois mesmo tendo dado conta, e superado a situação, ele, o Mêdo já havia se apossado de meu corpo. E por ser neste corpo que eu estou, minha alma ainda se encontra prisioneira pois para superar, deveria haver um completo esquecimento e como eu iria esquecer-me de mim e permanecer sendo ao mesmo tempo ? Está num passado, mas mesmo construindo a cada dia uma nova vida, ela sempre estará alicerçada no que vivi.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Das minhas andanças e fotos que vou fazendo, fica uma curiosidade por aprofundar as descobertas então quando volto ao mundo dito civilizado, ao encontro das pessoas normais, costumo pesquisar sobre coisas que ficaram soltas no ar. Assim recentemente com mariposas e tambem com as capivaras. E as vezes fico tão indignada com o que descubro, com a forma pela qual nós seres vivos dotados de razão, o que implica juizo, consideramos a totalidade da vida, a totalidade do planeta, como se por sermos mais capazes de agressões aos companheiros de jornada/existencia, tivéssemos o real direito de agredirmos, exterminarmos, controlarmos toda a existencia na Terra.
Admito que a convivência nem sempre é pacífica, que muitos dos outros viventes podem ser deletérios aos individuos da espécie humana, mas se nossa razão nos permite desenvolver tecnologias bastante complexas, por que não as desenvolvemos para um bem coletivo, um bem maior do que simplesmente aquelas questões imediatistas, do tipo "agressão gerando extermínio".
A minha indignação hoje foi desencadeada por uma frase lida em um trabalho científico da USP, onde ao abordar a relação da febre maculosa transmitida por carrapatos que entre outros animais hospedam-se em capivaras (cavalos, porcos, aves ), estas eram chamadas de " recursos naturais renováveis " para simplificar a questão do manejo como animais de corte.
Notem, eu não me alimento de bovinos, suinos, aves e ainda me culpo de eventualmente alimentar-me de peixes, pois penso que a questão do que é alimento, essa questão cultural, que em alguns lugares excluem ou incluem cães, gatos, cavalos, essa determinação dos limites éticos sobre o que é ou não alimento, me assusta. Esse poder que o Humano pretende ter sobre a "criação", outorgado me parece por um deus que sempre me pareceu injusto e contraditório, pode ser extremamente perigoso à própria sobrevivência da espécie. Pode, não, é perigoso, como já nos temos conscientizado ao constatarmos o enorme desequilíbrio que produzimos e que põe agora em perigo a própria sobrevivencia da espécie dominante. E dominante pela força, pela violencia. Isso é superioridade ? É racional ?
Na medida que simplificamos a vida com uma denominação de "recursos renováveis" isto se torna um paradigma ético que justifica a exploração histórica do homem pelo homem, um dos recursos naturais mais renováveis pois que reproduz-se com abundância.
Não deveríamos ter uma dimensão divina ? É por isso que recuso esse deus manipulador ao qual, diz-se, fomos feitos imagem e semelhança. Se é para ser assim, prefiro não ter deus. Enquanto isso, volto-me à natureza, verdadeira manifestação do que é divinal, pois é equilíbrio puro, não fosse o Humano.

domingo, 30 de novembro de 2008

Chove, chove, chove !

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sábado, 29 de novembro de 2008

Mariposas









Fui fazer uma pesquisa mínima sobre mariposas e descobri que uma das espécies brasileiras pode provocar surtos de uma certa dermatite, pois solta no ar, principalmente ao contato com lâmpadas, um "seta" que em contato com a pele, diretamente ou indiretamente ( atraves de roupas ) provoca essa irritação.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cadernos de Campo

Sentir qualquer dor é o meio mais eficiente para promover reflexões sobre vida e transcendência.
Se a única perspectiva for a de uma vida como acaso biológico, quando a dor torna-se constante ou acarreta restrições físicas, por que insistir ou persistir ?
Se a vida é aprendizado, ao mesmo tempo que as provas podem promover avanço, podem acarretar fracassos. Pode então ser favorável a interrupção num dado ponto, com o sucesso obtido. (Saber sair da mesa de jogo )
Se a vida for expiação em uma roda de encarnações,por que não interromper e dar prosseguimento um pouco adiante, um pouco descansado, talvez, mas com o privilégio do esquecimento.
O que resta a um corpo dolorido, com uma mente cansada e um astral desiludido ? Contas a pagar ?
Mas então a dor passou, novamente.


Em 26/11/08

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Voltei !

E mais uma vez a volta não foi boa. ( Quero dizer, o caminho da volta ) E não falo da chuva torrencial, em metade do percurso, nem dos inumeros acidentes graves, dos quais felizmente só presenciei resgate dos veiculos. O que me atormentou não foi a saudade antecipada dos que deixava, nem a ansiedade pelos que encontraria. Mas da minha angustia por ter visto à beira da estrada - e mais precisamente a tres metros, mais ou menos, minha atenção despertada pelos sons como grandes estalos, uma mãe, aparentemente jovem, "corrigindo" uma filha com a violencia de chineladas, desferidas em uma criança que pelo porte não teria tres anos. A boquinha escancarada pelo terror e dor, não emitia um som. Passei na velocidade de estradas, tive impulso de parar para "corrigir" a mãe com alguma violencia equivalente, não havia acostamento, e segui, sabendo que não poderia retornar e menos ainda para agir violentamente, e segui, me odiando por isso. E me odiei por ser humana, por fazer parte de uma espécie racional, que venera e teme deuses e é capaz de crueldades deste tipo. Esta é a natureza humana? Serão duas, as naturezas ? Ou os tipos de humanos ? Ou todos os humanos têm necessariamente as duas naturezas manifestadas ?
Tema : Omissão. Covardia.

sábado, 22 de novembro de 2008

AMANHÃ VOU P'RA MATA !


Sei que não tenho um lugar, mas nada assemelha-se mais ao meu lugar do que estes lugares que parecem com lugares de ninguem.
Sei que não gosto de viajar em estradas com chuvas fortes e menos ainda quando parte da viagem se faz à noite mas ficar nessa aparente segurança de uma casa que não é minha, mesmo sendo a minha, tambem não gosto.
Sei que não gosto de negativas, mas uso-as pois provàvelmente gosto delas.
Sei que tambem gosto de acomodar-me, ao conforto dos objetos-lembranças que acumulei, e não sei para que os acumulei , pois quando me for definitivamente, quanto trabalho deixo aos meus queridos para que se livrem de tudo.
Sei que o desapego faz parte de uma importante lição de felicidade - eudaimonia- mas desapegar-me assim agora, com certeza não me deixará feliz.
Sei que balançar entre as multiplicidades do meu eu é o que instabilizando-me, estabiliza-me.
Sei que nada sabendo, não tenho a pretensão de querer saber algo alem deste nada que não sei.
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Sei que não abro mão de alguns desejos, pois a eles atrelo algumas poucas esperanças e isto é o que movendo-me produz minha vida.
Sei e não sei que vivo.

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Intolerancia e indignação (minhas)

AOS PUROS E SUPERIORES : NÃO LEIAM

Não preciso justificar-me por ser contraditória, afinal, "se trago as mãos distantes do meu peito é que há distancia entre intenção e gesto, de tal maneira que depois de feito, desencontrado eu mesmo me contesto" ou entre o que penso que deveria acontecer e aquelas possibilidades "demasiado humanas" existe um infinito de condiçoes por onde passo e passeio. E se coisas boas encontrei nesta ferramenta, alem de "orientadores" ou condições/pessoas que nos apontam e demonstram novas perspectivas, ensinamentos,saberes, é tambem a possibilidade de expressar-me, como uma experiência de compartilhar.
Assim, vou "colar" uma resposta a um comentario que não aceitei - é, fiz isso com esse, por pura indignação. E se me contive não publicando minha crítica, agora após dias vendo o mesmo comportamento da mesma pessoa em diversos blogs onde vou, persistindo dia e dia, me deu uma vontade danada de esbravejar. Tudo bem, entendo que cada um é cada um, mas eu sou a Sra Urtigão e esta não será minha primeira desavença nesta mídia. E ficar calada ante algo que me incomoda...ainda não atingi este estágio espiritual. Nem consigo perdoar de verdade quem me ofendeu...Não me vingo, pois tenho esperança na "justiça divina"...olha que malvada sou.
Pois gastei meu tempo pesquisando sobre comentarios passados desta senhora.

comentario que não aceitei em "opiniões"
Renata Maria Parreira Cordeiro disse...
Minha nova amiga:
Já publiquei o Soneto II de Shakespeare. Publicarei um por dia. Vá lá, caso contrário ficará desatualizada.
Um abraço,
Renata

19 de Novembro de 2008



Cara Renata
Não a chamo amiga, pois em meu entendimento amizade é uma relação que envolve reciprocidade em afetos ações, relações e, conforme venho observando nos blogs que visito, alguns de pessoas que considero amigos, outros sòmente conhecidos, voce não é uma pessoa que atenda a esses requisitos. Não posso analisar se seus blogs são brilhantes pois não sou especialista na área em que voce atua, mas posso afirmar que são agradáveis de se conhecer. No entanto nunca vi em suas visitas e comentarios aos diversos blogs, nada referente ao conteudo do blog visitado, apenas convites para visita ao seu. E, minha cara, isso desmerece a pessoa que voce é, ao meu ver. Pois receber sem doar cria unilateralidade nas relações, o que me parece completamente diverso de amizade. E Narciso, apesar de belo, não foi amado, exceto por si próprio . A vida necessita de amor para se sustentar.
Um abraço, que poderia ser uma sacudidela, e bem vinda se voce assim o desejar e achar que vale a pena, e, seguramente, irei ao seu, não para atualizar-me pois que para isso é necessario muito mais do que só um tipo de informação, mas para meu prazer. E para isso dispenso reiteração de convites.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Solidão ?


Não gosto de encontrar semelhantes e não tenho tolerância com os diferentes. Penso que esteja cansada e isto pode não ser um bom sinal. Pois gostaria de ter esperança de que algo inusitado seja possivel.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

opinião



Este mundo, a blogosfera, que a principio parece tão diferente do outro, o chamado mundo real, na verdade comporta-se apenas como um espelho. Aqui estão espelhadas todas as manifestações possíveis da assim chamada humanidade, ou exposição das caracteristicas humanas. Sem retoques. Explico. Embora todos - e isso é natureza humana- tentemos nos apresentar com "a melhor roupa", mostrar apenas o bom que somos, subjaz a essas demonstrações, traços da essencia psíquica de cada um. Tanto aqui, no chamado mundo virtual como no real. E essa mídia representa na verdade uma interface entre essas duas esferas, pois que virtual pelas ferramentas que utiliza mas real pois construida por pessoas humanas. Com uma caracteristica que considero superior às do chamado mundo real, que é a condição de distanciamento proposta pelo próprio instrumento de contato e que permite através desse jogo de ocultamento/ desvelamento, uma maior exposição de traços pois não estarão reconhecidos como traços de, ou traços em.
Ao falar em mundo real, não estou assumindo que reconheço o mundo material como unica possibilidade do real, apenas utilizando conceitos do senso comum para tentar expressar um encantamento que me possui ao encontrar as infinitas possibilidades proporcionadas por esta mídia.
Assim, quando navegando pela blogosfera, e acho mais apropriado o termo "surfando",
vou descortinando caracteristicas que compoem pessoas, como mosaicos, e identificando em certas caracteristicas coisas que sou eu, coisa idênticas àquelas que eu fiz ou faço, traços de "questões de gosto" que eu considerava intimas, pois que não revelava , e não estou me referindo a nada inconfessável, apenas a coisa que não há porque comunicar, pois pensava que no todo seriam incompreendidas, como por exemplo o gosto por fotografar flores e folhas, que em meu meio são consideradas tolices sem sentido por não apresentarem utilidade ou finalidade prática.
O que acontece é que nesse jogo de identificação de semelhanças, mesmo marcadas as diferenças, vai-se construindo identidades e embora permaneça a denominação virtual, penso que essas identificações tornam a existencia mais real, acessa possibilidades de compreensão da alteridade e sua consequente projeção da subjetividade e (deliro?)
quem sabe até a construção de possibilidades de um mundo de Paz. Pois o primeiro caminho para a paz passa pela compreensão e tolerância, ou aceitação da diferença.
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

Saudades...

Um cricrilar na vizinhança, um unico grilo da cidade, agora, me deixou com uma enorme saudade do coaxar dos sapos e da imensa quantidade de cricrilares de lá.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Morpho achilleana



(em 09/11/08 , Viçosa, Mg)
PS: Fiquei sabendo que em parte do Acre é chamada "madrinha Rita"

Triste


Existem dias em que sem nenhum motivo aparente amanhecemos tristes, ou, repetinamente entristecemos. O céu cinzento é igual ao de ontem, os lugares, sons, músicas, as mesmas paisagens que encheram o coração de alegria, em momentos assim perdem a nitidez, embaçam-se as cores, sem nenhum evento que justifique. Apenas está aí, uma tamanha tristeza que faz o corpo parecer menor, que enche os olhos de lágrimas por um nada, saudades imensas de algo nunca vivido, de alguem que nunca foi conhecido, de um canto não cantado. Ou será apenas um reflexo pálido das saudades experimentadas, das partidas vividas, toda a tristeza já sentida, que passa pelo coração, para não ser esquecida ?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cadernos de Campo

Em 09/11/2008
Depois de tanto procurar, ou melhor pesquisar, eis que de repente, um pouco mais de mim foi descoberto. Por mim mesma, a principal interessada.
Descobri que só sou capaz até uma certa medida E QUE O MESMO VALE PARA OS OUTROS. Isso praticado, se possível é mais do que tolerancia. creio que a isto chama-se AMOR.
Quebrada minha quase plenipotência.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Da série "cadernos de campo'

Em 08/11/2008
No campo, hoje,
a alvorada dos pássaros,
o cheiro do sol na terra molhada,
a luz do dia atravessando a folhagem,
o perfume das folhas.
...................
17hs
O céu ficou escuro.
O ar, completamente parado.
Nem uma folha se move.
Ñão ha brisa.
Ao longe, ouve-se trovões,
unicos sinais de que ainda há algo
E num instanta tudo se transforma
folhas das árvores voam arrancadas de suas matrizes
A ventania. Uiva, grita, canta,
nos cantos da casa.
A tempestade chega.
Não se ouve interrupção dos trovões
Toda a natureza está rugindo.
A água e o vento abatem-se sobre as árvores fazendo-as soar lamentos.
O cinza céu desabou.
Sobre a terra tudo é cor de cinza

Em cinco minutos a natureza volta à placidez habitual ( aparente )

Cheguei...

Idas e vindas. estou novamente na cidade onde eu...(moro?)...tenho uma casa alugada onde guardo minhas coisas...ops...meus trens.
Cheguei em casa, foi viagem difícil, esta. E ó que nunca reclamo! (de viajar )
Viagem difícil com chegada pior ainda, após uma partida apressada, antecipada, sem nem agarrar os netos para abraço de despedida, pois amanheci com um tal estado gripal, mais para gripe do que para resfriado, este estado.
Ou fiquei fraca ou dengosa, o que não era até bem pouco meu hábito.
Mas coisas boas: cheguei, após ter viajado dirigindo carro sòzinha e febril. Ou, VENCI uma dura prova. ( Envolve coisas que ficaram para tras tambem ). E vendo o quanto eu que sempre temi lições, especialmente as mais difíceis, tenho conseguido fazer boas escolhas para as ferramentas a empregar em cada prova, só tenho que me sentir feliz. E mais ainda, gripe e cama. Com as seguintes vantagens:
NINGUEM irá roncar ao meu lado, perturbando meu sono.
NINGUEM irá puxar-me as cobertas enrolando-se
NINGUEM irá, dormindo, empurrar-me para o lado frio dos lençóis.
( Quem já morou em algum lugar frio e umido como aqui saberá do que estou falando )
Então, decorrendo destas premissas, universais negativas, POSSO concluir que terei boa noite de sono tranquilo...( Dor nas costas e nas pernas, da virose. Eventualmente dor de cabeça, da virose. Ou quanto o chafariz...ops...nariz permitirá. Tosse? Será ? Não, apenas após cerca de quarenta e oito horas )
Não relacionei sed contra das minhas escolhas
Ninguem para trazer chazinho na cama (1)
Ninguem para passar mão na testa (2)
Ninguem para acolher num abraço (3)
(notas
(1) filho trouxe
(2) filho e filhas passaram
(3) filho e filhas acolheram
* Quando digo partida é sempre do ultimo lugar onde estive e não obrigatòriamente da minha casa.)

Me diga :


Alguem sabe a utilidade dos mosquitos, qual sua razao de Ser neste ecossistema ? Qual bem nos trazem ? Apenas para reavaliar preceitos pessoais tipo não matarás nenhum se vivente ? Não vou mata-los... (Rever esta questão.)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A noite passada...

Uma noite insone no campo, pois o barulho é ensurdecedor. O coaxar de sapos...centenas...milhares talvez, pois o barulho de suas várias espécies forma uma orquestra... meio batido isto, né? Mas o coaxar de sapos na lagoa, acompanhado por cricrilares, ciciares ou sei lá o nome dos sons de grilos, cigarras e quantos insetos mais, com uma ou outra intervenção de coruja e alguma outra ave noturna. E eu deitada, confortàvelmente em uma confortável casa, esperando o sono, sem nada mais poder fazer, menos para não incomodar os humanos da casa do que para mover o cortinado/mosquiteiro, atrás do qual eu ouvia zziumm zeiein zooim os tais pernilongos famintos, ansiosos por um descuido, um pé resvalando pela beirada da cama/proteção. E pensando...Se eu precisar sair daqui...Se for necessario ir ao banheiro...zzeeeiimm zziuimm. Acendo uma lanterninha, que sempre trago comigo nas minhas andanças...olho o mosquiteiro, quatro mosquitos pousados...Não, oito ! Dezesseis ! Mais de trinta! Contemplando o petisco que se expunha, relativamente inacessivel. E ouvi, confesso que sim..."- eu quero a perna ", "- prefiro aquele ossinho do tornozelo" "-eu adoro artelhos", "-joelhos", "-nada como a dobrinha da orelha", "- pálpebras..." E eu imóvel. Banquete completo. Talvez tenha cochilado, pois acordo sobressaltada, uma imensa luz no mosquiteiro, -botaram fogo para eu ter que sair...Mas não, apenas dois vagalumes que vieram tambem pousar na tela para ver o motivo de tamanho movimento ou ajuntamento. Afinal, curiosidade não é só privilégio da humanidade. Cubro a cabeça com o lençol, reduzo o tamanho de meu corpo, intentando que nem uma parcela encoste na tela. E durmo. Ao amanhecer, apenas cinco haviam ultrapassado a barreira e dormiam comigo. Eu, uma velha bichodamata, rendo-me a química do seculo XXI. Volto para lá munida de repelentes, armadilhas luminosas e o que mais puder descobrir e que não afete o bebê. Que só pode ser amamentado e ninado dentro do cortinado. Pobre mãe, pai, filhos. Quem manda morar num lindo lugar, perto da lagoa. Numa casa ecológica, em uma ecovila!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

OOLÁÁ !

Ficarei "em casa" cerca de 36 horas. Lá onde nasceu o nenem, a Internet é de antena, a mesma antena do unico telefone, celular, e, portanto eu não poderia ficar "alugando" todo o sistema quando os donos da casa necessitavam da linha... Quando eu ficava com vontade de escrever, recorria aos velhos "cadernos de campo". Algumas das coisas que escrevi vou colocar nesta postagem, com a respectiva data, como se tivessem sido postadas nas datas, outras, nos outros blogs, só porque senti muita falta deste espaço e dos amigos que encontrei aqui. E agradeço aos cumprimentos recebidos. E confesso que estou exausta, do stress - de uma obstetra recem-aposentada por ter entrado em crise com as deficiências do sistema e que vai ver uma filha ter filho no "interior"...e um parto que, como não podia deixar de ser, a tal " esmeraldite" que assombra os chamados "profissionais da saude", passou por algumas pequenas complicações...Cansaço da labuta intensificada ou reintensificada já que o Gabriel, com dois anos, sem dispor da mãe tempo integral, tambem ficou estressado. Mesmo assim sobrou um tempinho para algumas curtas caminhadas pelos arredores.



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02/11/2008
COIMBRA
( De Minas Geraes )

caminhando em estradinhas rurais de Coimbra, encontro coisas assim:

Em uma pequena nascente


Em uma terra tão degradada que nem pasto pode ser mais...


A persistencia do tronco, com formas que parecem a execução de passo de dança


A delicadeza das espécies que teimam em brotar as margens dos caminhos


A beleza de uma flor da goiabeira abandonada à capoeira


ou de uma volta do caminho.


O Belo manifestado pela natureza, mesmo onde o Humano ( leia-se: ações antrópicas) interfere sem o respeito devido. Ou, pior, com respeito nenhum. Ela, Gaia, orgulhosa, mostra todo seu esplendor, escolhe cores, preserva formas. Tece, pinta. Eu e alguns poucos, temos a honra e o prazer de apreciar.

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1/11/2008

HORROR (!!)(??)



Nada ou quase nada é o que parece. O carro está estacionado e o cãozinho dormindo à sombra.

Nestas, o cãozinho vai estraçalhaçar o gatinho, pela comida, ou, só estão comendo juntos




Um flagrante é algo destacado da realidade. Mesmo quando representa um instante desta realidade. Assim como a vida que vai sendo construida pelos arranjos que organizamos em nossas memórias. E os que ainda vamos arranjar, organizar. Os flagrantes são os que escolhemos. Partimos da ênfase daquela cena daquele instante. E elaboramos o que chamamos minha vida. Escolhas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

AMIGOS estou corujando meu segundo neto que nasceu dia 28, um tanto antes do previsto e a internet aqui é dificil...Volto breve, assim que a filha melhorar.


a urtiga florescendo...


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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

As quatro estações


Sabe, aqueles lugares onde durante um dia experimenta-se as quatro estações ? Pois eu experimento em cada dia todas as possibilidades de humor. Enquanto me digo feliz para as filhas - e estou, ao mesmo tempo escrevo uma e-mensagem indignada ( com direito a rosto afogueado de raiva, com coração acelerado) a um amigo que me encaminhou um texto daqueles com imagens improváveis e musiquinhas, com conteudo abominável por tanto que superficial e tendencioso e aí sinto medo, pois será que ele vai se zangar com minha crítica? Mas esta mídia deveria ser interativa, então estou tambem insegura, enquanto pratico tolerancia comigo mesma. Sinto vontade de dançar pela casa, sinto constrangimento pelo aspecto levemente (?) obsceno das gorduras flácidas sacolejando-se sobre articulações enrigecidas. Que ninguem veria, alem de mim, pois estou sòzinha em casa. E não danço ou danço... Ao mesmo tempo que gosto de conhecer, fujo do contato com pessoas . Se eu expusesse isso, (finjo que ninguem mesmo lerá) poderia ser avaliada e diagnosticada como algum tipo de transtorno esquizoafetivo. Seria medicada e passaria a ser coerente, sem oscilações de humor. Que chatice, deusmelivre. Não daria para conviver com alguem assim, muito menos se fosse eu mesma.

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