Vai ou vem. Sobe ou desce.Yin ou Yang. Habituamo-nos a ver a vida assim.
Bem ou mal. Algumas vezes proposto um caminho do meio, uma justa medida(?), ou
um meio termo, o que transforma o binário em terciário, sòmente.
As variações entre os extremos começando a ser aceitas, recebem o nome de diferenças. Não mais o meio e dois extremos, mas todas as possibilidades entre estes tres pontos. Desviantes ?
E então luta-se por "inclusão", como se incluidos todos já não estivessem ou, estiveram, antes de ter sido criada a exclusão pela proposta intelectual e filosófica dos tres pontos.
Permitindo-se um retorno ao que deve ter sido o original de nossa espécie, criar um todo. Não mais uma linha de infinito para infinito mas o infinito pròpriamente dito, como um movimento de uma faixa de Moebus. Ou como a existencia em si, num movimento caótico e portanto imprevisto, inclassificável, ilimitado. Entes viventes apenas experimentando o ser e não tentando ser conceito. Ou coisa, o que pode ser bem diferente de ser coisificado por um conceito. Pior ? Melhor? Voltamos sempre às classificações definidas pela gestão da razão sobre nossas vidas, gestão esta que valorizamos como unica possibilidade, sem perceber que assim atuando, estabelecemos uma só possibilidade de conhecimento, o que pode ser sentido como falta pois o um diminui o muito, porem nunca sendo o nada, que não deixa de ser tambem infinito.
2 comentários:
As pessoas não compreendem facilmente aquilo que é ou age de modo diferente daquele ao qual estão familiarizadas. Muitas vezes preferem rejeitar sem pensar, a esforçar-se por compreender. Perdem a oportunidade de crescimento e abertura que resulta, quase sempre, de tentar compreender o que ainda não compreendem. Ao rejeitar o outro diferente, desvalorizam-no, criam uma relação: eu=melhor, outro=pior. Dividem. Quando encontram outros medíocres que pensam da mesma forma, aglutinam-se e institucionalizam a divisão. Reforçam-na uns à dos outros, em processo de ressonância. Até que a divisão se torna inquestionável, e a justificativa para a mesma, não só dispensável como inexigível. E está feita a encrenca a que você se refere.
Impressionista,
classificamos, hierarquizamos, arquivamos, só não tentamos um olhar verdadeiro, despido de preconceitos.Tem que ser assim? Ou é sòmente um hábito que pode ser transformado? Mas quando a expressiva maioria constitui um habito como se realidade fosse?
Um abraço!
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