
Lembram que Natal passado pedi ao Pai Natal Noel "tolerância" e ganhei? Fiquei um tanto boazinha... Bem, este ano, no meio de tantos probleminhas, esqueci-me de fazer o pedido, e então, surpresa, 23:00 da noite de Natal, meu irmão telefona-me de São Paulo, avisando que estava indo para a rodovia Presidente Dutra ( Rio-Sao Paulo), aquela hora, para trazer-me nossa mãe, presente de Natal? Ela aprontou tantas, que o "grand finale" se deu no meio de uma ceia natalina, tipo "ela ou eu" e entendo o desepero, imagino os gritos, vejo a cena, porque conheço bem a pessoa e os danos de que é capaz. Ficou lá quatro ou cinco meses. Antes, 10 anos na casa da minha Santa irmã mais nova. Bem, ganhei de natal, assim, com minúscula, no meio da madrugada, a velhinha. A ficha ainda não caiu, nem sei se estou em estado de choque, imobilizada pelo pânico, perseguida pela culpa, afinal, trata-se "da mãe", ou simplesmente estou despreparada materialmente para recebê-la (bem como psicològicamente). A casa, estabelecida como caos, e nem posso mais sair, um pouco que seja, viajar, enquanto não conseguir um esquema de cuidadores.
Este ano, que eu experimentei o tal "espírito natalino", montei árvore e decorações com os netos, dias antes, fui até comprar lembrancinhas, ganho isto? Papai Noel, pô! É isso que eu mereço?