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sexta-feira, 23 de março de 2012

Como eu já sabia,

e  nem  penso  em  reclamar, (?!?!?!?!?)  afinal  não  dá  para  ser diferente.  Algo  muito  bom  sempre é acompanhado  pelo  seu  complemento,  algo  não  bom. Mas  a idade  e   a experiencia  consequente  tem  que  servir para  alguma  coisa,  mesmo  que  eu  não  entenda os por ques,  sei  que,  querendo  ou  não,  a unica  solução  é  aceitar  o  que vem  mesmo  que não seja  exatamente  o  que  quero,  mesmo  que  seja  absolutamente  o  que   nem  quero.  Sei ?



Pois   é  minha  saida de casa  seguinte  foi uma...aventura.  Rio  de Janeiro  em  horário  comercial. Eu   com  a paciência  para  tráfego  pesado  e engarrafamentos... Paciência  que  desapareceu  a algumas décadas atrás  e nunca  mais  encontrei ou  consegui  cultivar  outra... Gente,  gosto  de estradas,  de seguir  em  frente,  esse negócio  de ficar  parada   ao  calor  do asfalto, esperando  que  as politicas publicas  sejam  eficazes,  só  dá  errado. 
Assim,  vejo  uma placa  de saida para onde  eu estava indo,  "  cidade  universitária",  saio  da pista, pego  a entrada, engarrafamento,  a tal  entrada para  a linha  amarela...Um  funil  de 5 pistas para  duas,  quase  duas, caminhão  só  passa um... Não  entendo  como  fazem   algo  assim.  Uma linha expressa,  que  para  ser acessada  é  bem  parada  mesmo  e ainda  pára  a outra  via  expressa,  de onde seguem  os  carros,  da vermelha para  a amarela,  o  funil  magico  obstrui  as duas vias.  Mas,  sem  solução,  sigo  e  dou  de cara  com  um portão  fechado  para acesso  a "cidade universitária.  FECHADO.  Tenho  que  seguir  pelo  monstruoso  engarrafamento,  barulhos, o  pobre bebê  dentro  do  carro  inquieto, ainda  bem  que  a Mamãe  está  junto, mas nem leite  acalma,  o  calor, o  barulho,  o  astral  de gente irritada,  e levo  exatos  55 minutos para  sair  da ilha  do Fundão,  de frente  ao  portão,  seguir para  o retorno, Av. Brasil,  e novamente Ilha  do Fundão.  Quem  é  a BESTA  que deixa uma placa  indicativa  sem  avisar  do  portão  fechado ?  Mas sigo,  pego  a caçula, levo  as duas para  a casa -  republica  desta, onde ficarão  uns  dias  a Mana  e o Bebê , e novamente  estou  engarrafada.  Peço  ao  gari  informação  se estou  no  caminho  certo,  ele diz  que  sim, logo  ali,  sigo  e nada, o viaduto  não  está  a vista, peço  informação  a dois senhores de aspecto  distinto  no  carro  ao lado,  eles dizem,  -"Não,  tem  que  entrar  a esquerda  e depois a direita", gentilmente  me  deixam atravessar, uma ruazinha de  200 mts  que  levei  quase 30  minutos para  percorrer,  para ao  final  descobrir  que  só  poderia dobrar  a esquerda  e voltar  para  a ruazona  onde eu  estava... Que RAIVA! Que maldade ! Eu  que  fui  desconfiar  do gari,  bem  feito...Finalmente  consegui,  sigo  em  velocidade  de muitos carros,  até  a subida  da serra,  como  é  possivel,  agora   nesta  estrada  só  se anda  a  20,  30km/h ,  excesso  de caminhões,   mas o  pedágio  é  de auto estrada.  Chego  na  serra.  realmente  não  sou  mais  daqui:  chovia  e eu  nem  tinha  calçado apropriado,  perdi  a prática !  Tenho  nojo  de pisar  de sandália  naquelas poças de chuva de cidade.  Se  fosse  na  roça, outra  coisa, mas lama  urbana ?  Éca !
Noite  boa,  papo  com  amigas,  dia  seguinte  brincadeiras  com  a netinha, unica  menina, unica  petropolitana, unica  motivação para  enfrentar  essa cidade,  e sigo  viagem  de volta,  crente  que   em  3 hs  chegaria em  casa,  tempo  habitual. . Ilusão.  Num  entroncamento  confuso,  onde  chego  apos  2 hs para percorrer  5 km,  um  caminhão  de  " Resgate"  obstruindo  a agulha, obriga  a  que  se siga  por  10 km  até  um  retorno  para  novamente  chegar  ao  entroncamento.  O  Obstrutor  continuava  lá.  A lentidão  do  tráfego  permitiu  ver  o  motivo :  NENHUM.  Absolutamente  nada  que  justificasse.  Seria  uma experiência  de  como  fazer tudo  piorar ?  Precisavam  aumentar  a poluição  do  ar,  o  consumo  de petróleo  sem  sentido  ?  Ou  são  meus  mestres querendo  ensinar-me  alguma lição ?  Se  era isso,  dançaram,  só  senti  muita revolta, muita  raiva,  tanta  que  já  no  caminho  comecei  a sentir  dor,  cheguei  em  casa  e fiquei  uma  semana  de cama,  sem  conseguir  mover-me,  pela  dor intensa,  daquilo  que  já  sei,  a doença  do  "eu  me  odeio"  aquele  disturbio  que  produz  anticorpos  contra  meu  proprio  sistema,  sempre  que  eu  não  consigo  cumprir algo  de forma  a  me  deixar  satisfeita.  Não  aprendo  nunca, mas hoje, assim,  de  repente  as dores todas tinham  sumido, sem  sequelas aparentes,  pude  andar,  sentar sem  chorar, vir  aqui  matar  as saudades.

Mas  no  meu  jardim-de-vasos,  assim  de repente,  essa  velha  orquidea  surpreendeu-me  com  flores,  a  primeira  abriu  no  dia  que  Miguel  nasceu,  e a cada dia  está  mais  bonita.

Resumo :  ida: 240  km  em  sete  horas;  volta  180  km  em  seis horas  e meia. Tempo  suficiente  para  ir até  Viçosa  e  voltar.  Que  saudades da turma  de lá !

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segunda-feira, 12 de março de 2012

Inacreditável ! Tudo isso em um só dia !

Dia  8  de março.  Saio  de casa  às  3:45.  Destino : Paracamby.  Nem  sei  onde é, não  fossem  as informações que  colhi  aqui, no Sabio Google. Rumo ao  desconhecido, testando  o  quartomóvel, ainda  em recuperação  depois  de tantos mau-tratos  de mecânicos incompetentes e/ou  desonestos.  E  olha  que  ainda faltam  alguns  re-consertos, mas é  imperioso  que  eu vá,  vou  assim  mesmo.  Motivo : dia  de nascer  meu  quinto neto, e o  primeiro  filho  de filho.  Os outros, tres meninos  e uma  menina, são  todos  filhos  de filhas.  A  familia  da mãe  é  daquela região.
Manobro saindo  do portão, tensa,  a caixa de direção  roncando  ainda, me garantiram  que posso  viajar, mas que medo ! Só  então  percebo a claridade. Tudo  claro, uma enorme lua  enchendo  o céu  e a terra com seu  brilho de  reflexo. Sigo  em direção  sul, serpenteando, sempre a lua à frente, ora um pouco à direita, ora a esquerda, conforme  a rodovia se acomoda no  relevo discreto. Vez e outra, muitas vezes  a neblina esgarçada, deitada  sobre os  mais profundos  vãos  da terra  reluz ao  brilho  da  noite, ainda não  madrugada. Poucas vezes atravesso  nesgas da névoa rala. Nas poucas montanhas rochosas,  reflete-se  com intensidade o  brilho  lunático. Sou  mesmo  muito  sortuda.  Muitas dezenas de quilômetros adiante, no retrovisor, começo  a perceber um cinzento arroxeado, o dia  vai chegando, e logo  chego às margens da Baia de Guanabara, um visual  encantado ou  encantador, e onde hoje  tenho  uma surpresa,  por  conta  da companheira  de viagem,  que  se despende por ora, com um lindo  espetáculo. :

Vou  seguindo, sem poder parar, o  tempo  urge, nem  pensei  ao  planejar   a viagem,  que na Dutra,  a famosa Rio-Sao Paulo,  no  parte  que iria percorrer, certamente o  transito  estaria dificil. Existe  uma  hora  marcada.  O  Tempo  está  cercado, delimitado, encurtado.  Sigo.  Atraveso  a Ponte, a  baía  e  chega  então  o  sol.  Dourado, tímido  ainda, refletindo sua  beleza nas águas que acaricia,


mas mostrando  a força  que costuma trazer no verão  dessas plagas.  E  sigo. Rodando com  o  dia.  Na Dutra,  um  enorme  susto,  um  carro  logo  a minha  frente  segue  em direção à  mureta  que  separa  as pistas. Freio,  desvio  para a  direita, sabendo  que,  se colidisse, de  nada adiantaria  minha  manobra, mas no  ultimo  átimo  de segundo, o  motorista acorda, creio,  e desvia.  Eu não  vi  espaço  entre  o  carro e o muro, mas ao  ultrapassá-lo,  nem  um arranhão visível.  Graças!  E  sigo.  Finalmente entro  na rodovia  estadual, está  perto,  tudo  certo.
O  que  aconteceu  naquela  casa de saude, é digno  de outra postagem, técnico-indignada.  Mas ao  mesmo  tempo  me apresentando  uma realidade  que eu  desconhecia. Aprendizado. Estou  pasma!  Sim, agora  finalmente entendo  certas críticas e tentativas de restrições.  Tenho  o hábito  de julgar  ou avaliar  o  mundo  pelos  meus padrões, que são bastante  altos. Mas vi  agora  que  muitas outras coisas acontecem  mesmo. Não é SUS, não. É  "saude suplementar".  Mas tudo  ao  final, deu  certo. Miguel  chegou  bem.
E  a familia   perdoa os meios, pelo  fim. Fico  um tempinho, o suficiente  para mudar  umas "rotinas  hospitalares"  em  beneficio  da familia:  levar  o  Miguel  para o  quarto,  ao  invés do  tal  berçário  E  então, já  no  meio  da tarde, inicio  o  caminho  de volta.  Não posso  ficar  fora.  Deixei  em casa  uma grande crise  em andamento,  tenho  que estar  presente. Apos  contornar  novamente  a baía,  o  sol, escondendo-se agora  manda-me  sinais de  "  inté"  pelo  retrovisor  empoeirado. No  mesmo  local  onde  pela  manhã  despedi-me  da Lua, despeço-me, por ora,  do  sol.
 Adiante, outro susto.  Um  caminhão, de serviços  da concessionaria  que administra  a rodovia,  muda sùbitamente  de pista, me fecha,  freio rápido, ainda  bem  que  o  carro aguenta,  derrapa pouco, mas sem  danos alem  de meu  coração  que  dispara.  Ainda  bem  que  sustos assim não são  frequentes,  Acho  que  a falta  de pratica  recente me  deixou  temerosa.  E  sigo,  para  logo  adiante...Ela, novamente,  despontando  por tras dos morrotes do  litoral.

Eleva-se aos poucos,  num  jogo  de renascer varias vezes, nas curvas,  nas elevações ,  e iluminando,  entre os  reflexos  de luzes humanas  na lagoa de Araruama,  meu  trajeto  para  casa. 
Um dia  muito, muito  especial  mesmo.
Mais  de 500 km percorridos bem, tudo  fica bem e o  nenem  tambem.



ps:  costumo  cantar  para  acalentar  meus  netos: "  bem, bem, bem, tudo  fica bem. Bem, bem, bem  e o  nenem tambem..."

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