MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Papai Noel e o presente surpresa

(foto: entardecer em Delphi)

Lembram que Natal passado pedi ao Pai Natal Noel "tolerância" e ganhei? Fiquei um tanto boazinha... Bem, este ano, no meio de tantos probleminhas, esqueci-me de fazer o pedido, e então, surpresa, 23:00 da noite de Natal, meu irmão telefona-me de São Paulo, avisando que estava indo para a rodovia Presidente Dutra ( Rio-Sao Paulo), aquela hora, para trazer-me nossa mãe, presente de Natal? Ela aprontou tantas, que o "grand finale" se deu no meio de uma ceia natalina, tipo "ela ou eu" e entendo o desepero, imagino os gritos, vejo a cena, porque conheço bem a pessoa e os danos de que é capaz. Ficou lá quatro ou cinco meses. Antes, 10 anos na casa da minha Santa irmã mais nova. Bem, ganhei de natal, assim, com minúscula, no meio da madrugada, a velhinha. A ficha ainda não caiu, nem sei se estou em estado de choque, imobilizada pelo pânico, perseguida pela culpa, afinal, trata-se "da mãe", ou simplesmente estou despreparada materialmente para recebê-la (bem como psicològicamente). A casa, estabelecida como caos, e nem posso mais sair, um pouco que seja, viajar, enquanto não conseguir um esquema de cuidadores.
Este ano, que eu experimentei o tal "espírito natalino", montei árvore e decorações com os netos, dias antes, fui até comprar lembrancinhas, ganho isto? Papai Noel, pô! É isso que eu mereço?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tenho estado tão conectada à terra, à Terra, às plantas e seres que encontro por aí, que quase não tenho pensado nada que não seja absolutamente de ordem prática e imediata. Até me esqueço deste sítio daqui, ou tão cansada fico pelos dias, que repouso é apenas isso, deitar-me, fechar os olhos, os ouvidos se fecham, diluem-se os demais sentidos, e a alma voa, de encontro a tudo que amo, novamente.

(foto:Findhorn, "Santuário da Natureza")

( Interior;autoria da foto: Cacá Simas)

O Romano presente na Grécia

(foto: Grego e Romano, Atenas)

Detalhe, a diferença entre a arquitetura do período grego clássico e a arquitetura romana, esta em arcos.
Em toda parte encontramos a superposição da cultura dominante(?) absorvendo a dominada e (re)construindo-se. Em todos os lugares que fui, lá. E somos o resultado deste modelo, helenocêntrico, que por Roma, difunde-se, ocupa o lugar das culturas tradicionais da região-Europa, que moldado, expande-se, ocupa as Américas, eurocêntrico, então o nosso modelo cultural. Romanocêntrico, conquistocêntrico,bélico, invasivo, dominador, travestido em religião.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009



"Seguindo de carro, em estradas que cortam a exaustão plantações de algodão,cansaço
mental decorrente das reflexões produzidas pela visão dos campos de oliveiras, finalmente um discreto relevo, morrotes que fariam dos nossos, das, Gerais, montanhas colossais. Recobertos por uma mesma especie de árvores, um ou outro leito seco de rio, cruzado por pontes, quilômetros e quilômetros, horas e minutos, sempre a mesma paisagem. Não há o que Apontar pela janela para distrair as crianças cansadas, e, em uma curva, de repente, Meteora".



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Ontem foi domingo

Eu sei,e ainda não estou gagá, como se dizia no tempo que eu era criança daqueles que depois dos horrendos "30" se tornavam velhos. Hoje, na era do polìticamente correto, ( menos na política, é claro), no maximo se permite referir aqules da ... terceira, melhor, nãoseioquemais idade e que padecem de um certo grau de desatenção - o que muita vezes pode ser voluntaria e intencional para ficar longe de tanta baboseira, mas isso é digressão, no máximo permitimos aos jovens informar que "vovotemalzheimer".
Mas ontem foi domingo, sim, e daqueles dos bons. Acompanhada por uma amiga que tambem gosta desses dias, segui de carro por estradas de lama sabendo incertamente onde talvez eu fosse passar ou parar. Onde chegar? Peripécias passadas, o destino, sempre que saio é chegar em casa. Paisagens como as que gosto,flores que nunca havia visto, erosão, pastos, reflexões sôbre as tais ações antrópicas, sequelas profundas decorrentes da ganância de uma espécie em relação a tudo que está na superfície da Terra. E abaixo da superfície. E acima.
Cheguei em Arcozelo. Algo queria saltar de minha memória, as palavras "Aldeia de Arcozelo" iam e viam, associava com a palavra "Arte" e dai não passava. Até que vejo, a direita, estas palavras em azul sobre uma parede branca. Estaciono e visito as ruinas do que foi a Aldeia de Arcozelo, instalada em uma antiga e histórica fazenda de café. Da pena ver quanto que se perde neste país, do esforço dispendido, de documentos e monumentos de história, de espaços e possibilidades para educação, turismo e difusão da cultura. Mas ontem foi domingo, porque ainda deu tempo de visitar a Amiga da Fazenda e conversar enquanto ela terminava os queijos do dia, conversa mole sobre responsabilidades duras. Dia perfeito.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Nem sei


As vezes um caminho muito conhecido de tanto que foi trilhado, começa a trazer estranhamento; a mesma pedra onde sempre tropeço, parece ter mudado de lugar, ou será que acaba por ficar oculta entre tanta poeira levantada, sedmentando um caminho enquanto passam-se os anos do meu caminhar, enquanto arrasta-se meu aprendizado, enquanto nem tropeço, pois quase não ando mais, carregando meu corpo em um arremedo do que teria sido, outrora, um andar apressado, tenho muitos lugares que ir, tenho demais para aprender, o tempo? Está sempre brincando de ocultar-se, de desaparecer quando é mais necessário, ou quando eu mais gostaria de comandar as possibilidades e de ver tudo sob todas as perspectivas. E nestes tempos que as portas ficam fechadas. E os caminhos se voltam sobre si mesmos.

sábado, 28 de novembro de 2009

HÔ! HÔ! HÔ!


Bem, aqui estou, novamente, para ficar, eu acho. Ou só de passagem, pois afinal, é esta nossa humana condição. Mas, com o socorro dos filhos, estou com modem novo, etcétera e tudo, e não havendo outra intercorrência ou circunstância...
Sou obrigada a admitir, quer dizer, forçada pelo compromisso comigo assumido de não utilizar aqui personagens aos quais seria concedido alguma licença literária, ou o direito a pequenas mentirinhas, para enfeitar o pavão, ou, dizendo de outra forma, porque pretendo que seja verdade sempre o que aqui está escrito, tenho, portanto, que confessar que foi bom ter ficado longe daqui, afastada, ter sentido saudades, foram boas as lições aprendidas nesse período de alternância entre a opulência de uma viagem e a escassez severa da realidade do retorno. Metafòricamente e não. Pessoalmente e não. Agravadas as condições financeiras, ou de escassez, associados ao velho hábito de refletir muito sobre as multiplas possibilidades que minha mente conseguir alcançar, só ficariam consequências sérias. Bom, é retomar, ou melhor, apenas seguir adiante, já que o tornar a algo, muito provàvelmente é perda de tempo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Oi, claro, e o que mais?


Quando cheguei da viagem, encontrei-me sem:
(1) carro
(2)internet
(3)dinheiro

O carro, eu havia deixado com o filho que mora em Buzios, ja que o dele estava na oficina e não ficando em casa evitaria que as adolescentes caissem em tentação, ou que a ocasião fizesse um ladrão. Tres dias depois de chegar, encontro o carrão, só que com a suspensão quebrada, sèriamente. Direto para oficina. Sem poder fazer exigências, devido à terceira carencia.
Sem internet, continuo, apesar de pagar banda larga, parece que o problema é no moden, roteador, devo implantar um sistema mais moderno, mas sem o item três e a dois ou tres meses da tão esperada decisão de grande mudança, vou ficando sem, e está duro, duro mesmo, ja sinto saudades de verdade desse mundo daqui, dos amigos, de passear pelos sitios dos outros e no meu.
Sem dinheiro, eu já estava antes, e a viagem foi totalmente financiada, a questão, eu acho, é do tal fator previdenciário, ou de que eu já deveria ter acrescentado um biscate aos meus proventos de aposentada, o que a cada mes faz o vermelho aumentar.
Ah! E ao baixar as fotos da viagem, vi que algum problema na lente, talvez, faz com que apareça uma mancha preta não identificada em quase todas as fotos. Ah! isso quase me fez chorar. O resto, o caos, esse eu vou administrando como posso.

sábado, 24 de outubro de 2009

Voltando ao começo


Descobrindo o que é de fato globalização. Surpresa, ao chegar ao primeiro mundo e encontrar nossas lojas de 1,99



Aqui,em Reading, logo no primeiro dia, comecei a encantar-me com as flores, as jardineiras estão em todo lugar, nas ruas, nas casas.



Reading, cedo, ao seguirmos para o Sul. Violo direitos de imagem? Não sei quem são as pessoas da rua, mas imposivel fazer fotos se gente. Existem aos montes, em todo lugar.

Choque de realidade

Não vou falar os contrastes óbvios entre primeiro mundo e em casa.
É que quando cheguei em casa, na segunda a noite, bem, na terça feira, tudo estava como eu esperava, tendendo ao caos. Com a desculpa do cansaço, do fuso horario, deitei-me entreguei-me à depressão. Não porque tenha ficado chocada, mas porque, sempre, bem lá no fundo, a gente espera um milagre. Mas desejar e merecer, parecem coisas bem diferentes, portanto, ha dois dias, dedico-me a minimizar os danos da minha ausência, à saúde dos cães, do carro, higiene da casa, higiene da contas bancárias ,e sem coragem mesmo de ver as fotos e flmes que fiz. Até porque "minhas crianças" foram embora pra casa, Minas, as saudades são IMENSAS. Meu corpo sente falta do Davi ao colo, minha mente sente falta das questões do Gabriel.
Mas uma viagem como esta, promove além das descobertas óbvias, profundas alterações em quem se é, me colocou frente a vários de meus demônios, me aproximou de paixões que imaginava e acreditava superadas. Penso que, por varias condições, me infantilizou, e dura foi a luta para superar desejos infantis, como, por exemplo, pelo consumo desnecessário, ou a irritação decorrente de frustrações produzidas exclusivamente pelo processo de que falo, a recriação de desejos. O bom de tudo é, me parece, que cresci um tanto. Algumas de minhas duvidas e questões básicas, avançaram um pouquinho, o resultado é que valeu mesmo a pena.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O resgate da mala sem alça

Tessaloniki - Londres (sob chuva, mas não sairiamos do aeroporto)- Aberdeen.
Em Londres, pegamos a mala com agasalhos, separando alguns para a viagem e desembarque. Durante a viagem para Aberdeen, bem que notei que o interior do avião ia ficando mais e mais frio. Acrescentei um casaco, dois, mas nada me preparou para o momento do desembarque. Daqueles, escadinha na pista. Uma rajada de vento frio que mais parecia uma ventania de gelo. Corremos para dentro do saguão onde chegamos azuis. Pobre Bebe! Taxi nenhum queria nos levar, excesso de malas. Foi necessário aguardar que chamassem um especial, e que mostrou-se mais do que isso, um verdadeiro guia turistico. Disse-nos que a cidade tem cerca de 40 000 habitantes, que as construcões sao todas em granito e que daqui saiu o granito para a ponte de Londres. A cidade era originalmente uma aldeia de pescadores, pois está entre dois rios e o mar. Depois desenvolveu-se devido ao petroleo. Macaé da Escocia. No dia seguinte, cumprida a trajetória habitual, supermercados ( isso merece uma postagem posterior), fomos procurar capa de chuva para o carrinho. Chove horrores. Uma cidade cinza de granito e cinza de chuva. Outra surpresa, apenas um dos dois shopping-centers da cidade e muito maior do que a minha cidade de 300 000 habitantes comporta. Mas muito maior mesmo! A mesma impressâo que tive no supermercado. Mais uma vez comprovado o enorme poder aquisitivo dos cidadâos do Reino Unido. (Ai de quem chamar um escoces de ingles!) A tardinha seguimos de onibus para Findhorn. Isso mesmo, a antiga e tradicional comunidade. Desnecessario repetir as desventuras com as malas, agora sob a chuva. Mas chegamos bem, aqui estou ainda, hospedada em uma casa da comunidade, tipo "bed and breakfast", passeando sob a chuva, fina a maior parte do tempo, mas diariamente. Horror! Vizinho a comunidade fica uma base aerea de onde decolam todo o tempo os mais diversos aviôes militares. Ontem, seguidamente, mais de dez cargueiros. Que dolorosa carga levam, para o Iraque e Afeganistâo, segundo me informei. Muitas das vezes, cargas humanas, para derramar seu sangue em terras estrangeiras, sustentando a vaidade e desmedido desejo de poder de alguns poucos que se creem donos do mundo. Contradição, essa proximidade entre uma comunidade que a mais de 40 anos prega a paz, harmonia, integração, sustentabilidade, sob o estrondo constante dos motores dos aviôes de guerra. Mas nâo é assim o mundo? E até quando sera assim...

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Delphi e Macedonia


Hospedados em um camping, que oferece casas de dois quartos, completas, seguimos para a regiao do oráculo, a 1 km apenas. Apesar da quantidade de gente, de todo o mundo, sentar entre as ruinas dos templos, identificando os varios processos históricos da regiao "nao tem preço". Ficar sentada em frente a casa de banhos do gimnasium, imaginando como seria em mármores e jardins, as salas de exercicios, o templo de Atenas abaixo, ou o de Apolo acima ( onde nao se pode chegar, acesso restrito a visitação, pena),verdadeiramente emocionante para alguem que na infancia adorava ler sobre a mitologia grega. Alias, tenho mesmo muito a agradecer a esses meus filhos, que vem realizando meus sonhos. São muito melhores do que mereco. Um, levou-me a Macchu Pichu, sonho maior, em 2006. E agora, a irmã, ele e o outro proporcionam-me tudo isto. Que sejam sempre abencoados!
Visitamos, a partir de Delphi, Itheia, apenas 18 km, um balneário aos moldes das nossas cidades de praia. Gabriel diz:" como e bom estar nessa praia", que de areia, nada tem, apenas cascalho, mas o azul, é especial. Penso que deve ser aqui que aportavam os antigos gregos quando vinham para consultar o oráculo. Chegando em casa, terei muito que pesquisar.
De Delphi, seguimos para Tessaloniki, onde eles tem amigos que irão nos hospedar alguns dias. As estradas são fantasticas. Chego em Tessaloniki dirigindo, eu. Procuramos informacões, de novo ninguem fala grego, os poucos que "arranham" parecem de uma ma vontade, primeiro pensamos que deve ser porque o Felipe pode ser parecido com um Turco. Depos nossa amiga, grega, diz que são assim mesmo, rudes. Então ta! Mas uns jovens em um carro se prontificam a nos levar ate a esquina da rua que procuramos. Périplos, e aqui estamos, encontramos o amigo canadense casado com a grega, e que estiveram uma temporada hospedados em Vicosa, na casa da minha turma, no final do ano passado.
Descoberta importante: o norte da Grecia, não é Grecia, mas Macedonia. Chamar um macedonico de grego, equivale a ofensa. E ainda tem a região da Tessalia, entre Grecia e Macedonia. Como sao diferentes os sentimentos e identidades dos povos, daquilo que aprendemos geograficamente na escola ou nos jornais.
Nos diversos dias e passeios que fizemos por esta região, um dia emocionante, foi quando nosso amigo levou-nos, bem proximo, as montanhas, de onde contemplamos a baia onde ficava o porto da Macedonia, de onde partia a armada de Alexandre,e ao fundo o Monte Olimpo. Fizemos um pic-nic entre pinheiros, ouvindo o soar dos sinos das vacas num pasto proximo. Musica que deixaria com inveja muitos compositores, numa paisagem deslumbrante.
Num outro dia, apenas poucas horas de viagem, quase na fronteira com a antiga Iugoslavia (sic), nas montanhas, fontes e piscinas de aguas quentes e geladas, num bosque deslumbrante, com cascatas nas encostas das montanhas. Os seixos dos rios, de uma brancura surpreendente.
E depois, um tanto mais longe, o que levou a necessidade de pernoite em outro camping, na Tessalia, METEORA. Contemplar aquelas formacões geologicas impressionantes, visitar os monasterios, onde precisamos cobrir os ombros e usar saias (que fornecem ao entrar), coisas que precisarei de tempo para ir descrevendo, as impressões e sensacões. Algumas ate dolorosas, ao tomarmos conhecimento da tragica historia dessa nacão, de seus mártires pela crenca em um deus unico , de sua luta pela independencia e autonomia. E um pouco do que representa a ortodoxia na historia e hoje ainda. Não ha no Norte da Grecia, uma casa, uma rua ou industria que não tenha na entrada uma "capela" com icones. Nas praias, pracas publicas, em todo lugar.Durante os 400 anos de dominio turco, o que sustentou a nacão foi a religiào, proibida.
Não podia deixar de acontecer, um dia na praia. Aqui, sim, praia de areia, mar de azul-Egeu, de frente para o Monte Athos, um dia de descanso.
Treze dias passaram-se num instante. Chega o dia da despedida. Felipe e Gabriel continuam em Tessaloniki mais tres dias, eu, Davi e Ana, seguimos para a Escocia, onde ela tem a segunda parte de seu curso.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eu, grega


Como não podia deixar de ser a chegada a Grecia foi...escandalosa. Sair do aeroporto, pegar o Metro, tudo bem, mas sair do metro, nao encontramos elevador, apenas escadas rolantes ENORMES. Com carrinho de Bebe e montanha de malas so um pouco menor. Bem, Ana sobe a escada com o carrinho e o Bebe equilibrados, chegam a salvo ao topo. Eu entro na escada com duas mochilas as costas, a direita e esquerda, empurrando a mala enorme com outra em cima e a mochila do Bebe no monte. Desequilibra-se tudo quando as escadas se formam, apoio-me contra o corrimão, num equilibrio precarissimo, e começo a intentar mentalmente que não desabemos tudo! Uma eternidade e chegamos ao topo. Ufa! Em frente ao elevador para subirmos a outra etapa, o Davi gritando de excitação, vejo no reflexo da porta alguem caminhando rapidamente em nossa direção: Felipe, exclamo. O pai do Bebe. E logo atras, correndo, o Gabriel. Estavam no andar de baixo e ouviram os gritos do Davi, subiram correndo. Tornou muito facil encontrarmos a hospedaria onde ficariamos durante a estada em Atenas. Eles, chegaram cedo do Brasil, ja estavam instalados. Bem pertinho da Acropole.
Agora compreendi porque um senhor, grego, que encontramos no avião, que disse morar metade do ano na Inglaterra, onde vivem seus filhos e a outra metade na Grecia, afirmou que iriamos achar a Grecia muito parecida com nosso pais. Raramente encontramos alguem que fale ingles, mesmo em importantes terminais de passageiros ou turismo. Se não fosse uma noção muuuito rudimentar de grego, que me permite transliterar as palavras (como lamentei não ter me dedicado ao estudo do grego quando houve uma oportunidade, e apenas ter "passado por cima"), varias vezes teriamos tomado rumo errado. O que não seria catastrofico, mas nosso tempo era curto.
Mas voltando as aventuras. Nossas instalações na hospedaria eram um apartamento de quarto, sala, cozinha e banheiro.Banheiro! Porque náo contei antes, no dartington, o banheiro era coletivo, com um Box minimo, impossivel entrar com o Bebe, para seu banho, dai que optei pelo banho dele na pia do quarto, coitadinho, parecia uma sardinha na lata, mas o espaco era seguramente maior do que no banheiro. Na casa dos amigos, onde dormiamos não tinha banheiro, teriamos que atravessar todo o jardim, a noite, enfrentar o cachorro que dormia na cozinha, que certamente iria ao menos latir e acordar as pessoas da casa ou atravessar o patio entre as casas e ir a casa dos nossos hospedeiros. E uma das noites, a cada vez que Davi tosia, vomitava. Em Atenas, um banheiro exclusivo. Oh gloria!
A Acropole, bem, é a Acropole. Andamos muito, exercitamos a imaginacao, fundamentada nos conhecimentos históricos. Depois descemos ate a velha Ágora, visitamos alguns outros templos,alguns locais onde Apóstolos pregaram aos atenienses, a noite, exaustos,ao quarto e banho longo, sem culpa pela escassez da agua europeia, afinal, eles nos tiram tanto...No dia seguinte, visita ao museu, ao meio dia, um carro alugado, onde levamos quase uma hora para encaixar a bagagem, para continuarmos o passeio.
Nao posso deixar passar em branco a alegria do reencontro dos dois irmáozinhos, na estacao do metro. De me levar as lagrimas.

"As aves que aqui gorgeiam, não gorgeiam como la"

Haviam tres motivos que me faziam ter vontade de visitar o hemisferio norte - sentir os perfumes, ou cheiros, ouvir os sons e ver o ceu estrelado. O ceu surpreendeu-me e agora entendo Gonçalves Dias. Nosso ceu tem mais estrelas. Onde fiquei, a cidade tem 7500 habitantes e estando na periferia, area rural, mesmo assim ao olhar o ceu, as estrelas são poucas, afastadas umas das outra. Ah! saudades da exuberância da Via Lactea! Os cheiros, a parte rural tem os mesmos, a cidade idem, o que muda são os perfumes das florestas, pinho, pinho e mais pinho. Os sons, ah! Os sons! Vi pela primeira vez bandos de corvos grasnando(ou crowncrowniando) pelos ceus. Lembram as maritacas, com seus sons semelhantes, porem o colorido, os verdes vibrantes das aves brasileiras, fazem um contraponto importante com o negro, sob o ceu, daqui.No mais, em que pese eu estar em um paraiso ecologico, muito poucas aves diferentes eu vi ou ouvi.
A região em que estive é referência em recuperação ambiental e estudos em sustentabilidade. A quantidade de produtos orgânicos a venda impressiona. Todas as casas que visitei e seus vizinhos teem uma horta de fundo de quintal. No territorio do Dartington Hall, em uma outra mansão do sec. XIII, funciona o Schumacher College, importante centro de pesquisa e desenvolvimento de questoes ambientais, que integra pesquisadores e promove cursos de e para o mundo todo. No entanto, me parece, falta a consciencia do "outro". Não percebem que sua riqueza se fez e se faz as custas do empobrecimento das colonias, antigas e oficiais e das não oficiais. Mesmo em um curso onde buscam conhecimentos advindos de povos tradicionais, sequer cogitam em promover reparação dos danos outrora causados a esses povos ou ao menos minimizar alguns danos. E fico com a impressão que, uma vez obtidos os conhecimentos que procuram, mais uma vez serão obtidos esses recursos, custe o que custar aos povos dos quais se servem. Como se todo o mundo e todos os povos existissem apenas para promover o bem estar de alguns. E, parece-me, sem a consciencia do mal, nem culpa ha. Uma total e autentica ignorancia.
Apos dois dias hospedadas no Dartington, finalmente os amigos dos amigos fizeram contato, questionando porque nâo estavamos em sua casa. parece que a net promoveu alguns desencontros. Então, no dia em que consegui subir minha mala, tive que desce-la para a mudança de estadia. Mas contei com o que descobri - o cavalheirismo ingles. Agora corro o risco de ficar abusada. Uma autentica "Dona Sra".
Passamos tres dias hospedados na casa de um casal, ele ingles, a esposa japonesa e seus dois filhos pequenos, quatro e sete anos, presumo. O meu ingles, sofrivel, e o dela, com sotaque japones eram praticamente incompativeis, mas no final funcionou. So que dormiamos em outra casa, em frente, questoes de espaço. As duas casas em um conjunto habitacional na periferia de Totness, e bem proximo ao Schumacher College, o que facilitou um tanto a vida da minha filha, que voltava para casa em caminhadas noturnas, cerca de 22 hs, por entre bosques, tanto num quanto no outro caso. Ainda bem que eu havia levado uma lanterna, "sei la pra que. Na sexta feira, ultima tarde, o casal levou-nos a praia. Fui no banco da frente de um carro ingles. Da para sentir o medo de ir pela contra mão... Realizei então um outro sonho: ir a praia, confortavelmente, de cachecol, casaco e botas. E, alem do mais, não tem areia: as pedrinhas são confortaveis para sentar e não grudam, tirei as botas, molhei os pes e as canelas...(hshshs) agua menos gelada do que supunha. Na praia, no litoral sul da Inglaterra, demais. Fiquei sabendo da importancia historica do lugar, onde os aliados prepararam o desembarque para a Normandia e meu filho havia me dito, antes de embarcar, que a regiao e relevo são de periodo devoniano, antes da existencia de plantas ou animais terrestres. Pedrinhas velhinhas,então.
Dia seguinte, trem para Londres, ja sabendo como me comportar, chegando, Hotel e minha filha tinha um compromisso ligado a sua pratica religiosa. Pego o Bebe e me aventuro em caminhadas pela região, empurrando o carrinho. Chic, uma 'vo inglesa.
Dia seguinte, um city-tour em Londres, naqueles onibus de dois andares, para turistas, aberto. Ceu azul como no Brasil. Aventuras e desventuras, outro tanto, como um mega-cocô do Bebe na hora de entrar no onibus, alem das sacolas de compras de supermercado, de fraldas e papinhas, todo o "tour" a tiracolo, pois o mercado fecharia cedo e não dava para perder tempo voltando ao hotel. Muuuitas fotos, do dia Londrino.
Malas rearrumadas, a sem alça ficaria com as roupas de frio guardada no aeroporto durante a proxima etapa: Grecia.


PS. amigos, as fotos, vou anexar depois. Nao sei como descarrega-las nessa maquina, tenho medo de apagar tudo, sei la, sou ANTACIBERNETICA. Assim como correçoes de acentução e pontuação

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dartington Hall





Dias dois e tres

No dia 20 de setembro, a noite, banho tomado, catingas e cansaços descidos pelo ralo, saimos para dar umas voltas. Quase igual aos filmes. Prédios de tijolinhos, flores em jardineiras nas janelas e sacadas, lindas as floreiras penduradas em todos os postes. Lojas de 1.99, ops, 1 pound. Roupas chinesas nas vitrines, tocador de acordeon com visual punk-mendigo, numa esquina, um outro sem teto, muito chic em roupas apropriadas ao ultimo dia de verão, um bom friozinho, dorme sobre caixas de papel. Mas, nos tres ou quatro quarteirões que percorremos, apenas esses dois. Preços do que vi? Bem baratos mesmo, equivalentes ao que compraria em minha cidade.
Dormir, porque dia seguinte seguimos para Devon, sudoeste. O trem, horarios rígidos, traçamos estratégia para arrastar a montanha de bagagem, são mesmo apenas um quarteirao e meio.
Chegando na estação, minha filha pergunta à funcionaria uniformizada, qual o carro dos nossos bilhetes, ela olha, agarra o carrinho do bebe e SAI CORRENDO pela plataforma! Agarramos a montanha, conforme possivel, e corremos atras! O Bebe! De repente, folego. Ela para, fala algo ràpidamente com outro uniformizado enorme, que pega o carrinho e continua a correr. Nós, esbaforidas, com toda a traquitana, vemos o gigante entregar o bebe a alguem dentro do trem, no carrinho.OH GOD! Vou me atirar lá dentro, que se dane a bagagem, a filha, e quando percebo, estamos todos, com a montanha, no trem em movimento. Agora é colocar aquilo tudo no bagageiro exíguo e localizar os lugares. Pasmem! Nossos bilhetes, com o Bebe, é em um carro "quiet". Mas o Davi, com seu sorriso, começa a mostrar quem é! Amolece qualquer ingles!
Seguimos por verdes campos, por horas, fazendas, pequenas cidades, vemos que o trem pára apenas um minuto em cada estação, como fazer para descer aquilo tudo, planejamos quem pegará o que, a Filha ainda com imensas dores, 10 minutos antes vou até onde está a bagagem, preparo tudo para a descida, vou pegar o Bebe, o trem pára, a porta não abre, olhando em volta, descubro que eu tenho que abrir a maçaneta, apressadamente, salto, puxo meia montanha, que desaba na plataforma, e então, surpresa, meu preconceito para com os ingleses, a sisudez, a fleugma, é mito, logo um senhor puxa o restante para fora e me ajuda a equilibrar a montanha. Salva e sã na plataforma. Com coriza, nariz entupido, os dois comigo idem, tossindo. Vamos pegar um taxi, em Totnes, para o local onde eu devo ficar hospedada, já que os amigos dos amigos que iriam me hospedar ainda não confirmaram. A Filha, deve ficar no alojamento do curso. Deveria.
O Ingles do taxi, deve estar curtindo com a nossa cara. Ou ficou enraivecido com a montanha. Não conseguiamos entender um palavra do que ele falava e ele nao entendia o que Carolina tentava falar. Ora, ela ja apresentou trabalhos em ingles em congressos nos EUA, ja morou na Australia, eu entendo diálogos em filmes, poxa. Bem, mostra-se papel com endereço escrito, ele nos leva ao equivalente a uma pousada, onde ninguem abra a porta, está quase na hora da primeira aula, tentamos outra, e finalmente vamos parar no Dartington Hall. A filha faz o check-inn, ràpidamente e corre para o curso, deixamos a bagagem na recepção mesmo, enquanto sento no muro, do jardim da entrada, para dar papinha de vidrinho para o Bebe, que chora, faminto e que até então só comera alimentos naturais, organicos, preparados em casa. (alem do leite da mãe). O quarto só será liberado em duas horas.

ÓI QUI EU TO CHIC
O tal lugar, uma fazenda restaurada, do seculo XIII, que entre outros, pertencera a duas das esposas do Henrique VIII é muito bonito. Jardins... ingleses!
Pego a chave do quarto e descubro que é no segundo andar. Térreo, primeiro e segundo!
Não tem camareiro. É hostel. Hospedaria. Como vou, com o Bebe, levar tudo aquilo para cima? Levo aos poucos entre passeios pelos jardins, as coisas do bebe, e minha bagagem de mão. As malas acabam só subindo no dia seguinte. Vão ficando na recepção, onde fui buscar umas roupinhas... Mico? Again?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Uma mala sem alça na Inglaterra

Preparativos

Uma semana antes, fico sabendo que irei com minha filha mais velha à Inglaterra, onde ela deve fazer dois cursos de uma semana cada, com intervalo de duas semanas entre eles. Considerando o tempo longo, e seu filho mais novo ainda lactente, o desmame subito com separaçao prolongada traumatica, ela decide levar a Vovo para ficar com ele. Nas duas semanas de intervalo, o Papai ira com o Gabriel, encontrar-nos.
O problema: ela e o bebe estao gripados, ainda febris, ela com dor lombar, intensa, avaliada por uma fisioterapeuta, como "torção em uma vertebra", sei lá o que possa ser isso, minha modesta experiencia em medicina não me permite visualizar o que seja vértebra torcida, mas...Na véspera da viagem, fazemos uma maratona, por uma amiga homeopata, uma shiatsuterapeuta, e finalmente a prescriçao emergencial da médica homeopata de um Voltaren, caso necessário. Insisto em que talvez seja melhor que o Bebe permaneça no Brasil, ela não aceita, voltaren tomado, embarcamos. Duas mala de 25 Kg, carrinho de bebe, mochila de transporte de bebe, ( estão previstas caminhadas nas férias de 15 dias), mala com roupas do bebe, bagagens de mão gigantescas dos tres viajantes, serão locais de muito frio e de muito calor. Como simplificar? Além do mais, eu, na iminencia de pedir concordata, não posso me dar ao luxo de comprar coisas leves e apropriadas para tal viagem. Levo do que tenho. Roupas de frio pesadas.

A viagem

A filha, sem poder carregar peso, as vezes gemendo e chorando de dor ao simples movimento de respirar mais profundamente ou de tossir. O bebe tossindo, chora desconfortável. Eu, com medo de dormir e deixá-lo cair,deito-o no banco e acabo fazendo parte do percurso sentada no chão, entre os bancos, ainda bem que andei emagrecendo bastante, há 6 meses, não seria possivel.
Escala: Aeroporto de Madri
Uau! Gigantesco. O entorno, no entanto, me choca, em outro sentido. Aridez. Nem uma árvore. Nada verde, nem pastagens. Tudo ressequido. Nenhum relevo, dois morrotes, ou teriam sido isso em alguma era, cortados, com construçoes e seu (?)topo. Voo para Londres. Ao pousar, algum verde, pouquíssimas árvores, campos recortados por cercas vivas, nenhuma montanha. Pego a bagagem. Antes de sair do setor de bagagens, minha mala quebra a alça longa. E é mala de duas rodinhas... Ah! Como deve ser bom as de quatro rodinhas. Aqui estamos, Londres, uma montanha de malas, com uma sem alça.
Pensam que foi só isso? Bem, atravessamos o aeroporto, onde pegaríamos um onibus. ( A filha foi como bolsista aos cursos. Viagem de pobres.) Ela resolve comprar um suco gelado. Arrastando-se entre dores. Vou entrando no onibus, com duas mochilas às costas, um bebe nos braços, bolsa e camera à tiracolo, enquanto ela orienta o motorista no embarque das malas, sem poder ajudá-lo, me entregou o copão de suco (ou seria um balde?), o bebe agita os braços, o copo vai ao chão, bem dentro do onibus. Mico? Monkeito? Pego uma canga da minha mochila para secar o chão, ante olhar de horror dos demais passageiros e do motorista. Uma hora de viagem, e chegamos a READING, onde iriamos pernoitar, para um descanso, antes de seguirmos para o Sul. Ao sair do onibus, decidimos pegar Taxi até o hotel. O motorista argumenta que são só duas quadras, mas com a montanha que arrastamos, decidimos pagar pounds mesmo assim.
E entramos no Taxi de um Gopal. Lembram? Aquele motorista indiano, super simpático?
Aliás, desde que cheguei à Inglaterra, não vi ingleses. Sòmente orientais: japoneses ou chineses, muçulmanos e muitos, muitos indianos. Será que estou no lugar certo?
O Hotel: de uma rede internacional, porém mais barato um pouco, nào tem aqueles carinhas para ajudar com as malas. E a chave eletronica da porta, não funciona, minha filha teve que descer QUATRO vezes até que uma "chave" funcionasse.

sábado, 19 de setembro de 2009

Voando


Aqui estou eu, mais uma vez de malas prontas, viajar para cumprir as mesmas funções: ajudar a filha mais velha, o genro, com meus netos, e divertir-me. Só que hoje não vou rodar. Vou voar. E mais: atravessar o Atlântico, pela primeira vez em minha vida. Uma viagem que parte à trabalho ( dela), parte lazer, vai me levar a lugares que não imaginava que um dia pudesse ir. Coincidência, os dois mini cursos que ela vai fazer, serem próximos destes lugares. Aguardem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

RAIVA!

Pegando carona na indignação do Rubinho Osorio, só deixo registrada minha REVOLTA e INDIGNAÇÃO quanto a uma medida econômica de produtores de sei lá que pais da Europa que jogaram fora milhões de litros de leite para forçar os preços. Enquanto GENTE morre de fome pelo mundo afora. Não é à-toa que meu netinho diz que essa é uma palavra engraçada, o CAPETALISMO. ( E não há meios de faze-lo falar essa palavra com I. Sabedoria das crianças)
Não sou ingênua. Sei que quem produz precisa ser justamente remunerado. Mas há justiça nos volumes de lucros objetivados? Nessa cadeia de produção e acumulação de recursos? Há justiça na pobreza extrema e na morte anunciada de milhares todo dia enquanto recursos são desperdiçados? Aaii!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

" Muita gente pensando em deixar o planeta melhor para os nossos filhos. Não seria o caso de deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

domingo, 13 de setembro de 2009

Copiei e colei:

Em uma parte da entrevista com Marcio Pochmann, que li no blog viomundo



"Então se muda completamente o conceito de trabalho, de estudo, de vida?
É. Na sociedade do conhecimento não há justificativa técnica, não há razão alguma que as pessoas comecem a trabalhar antes dos 25 anos de idade. Não é a sociedade do conhecimento? O principal ativo não é a informação? Por que começar a trabalhar cedo? Por que começar a trabalhar antes de ter completado a universidade? Mas isso já existe no Brasil. Dificilmente vamos encontrar um filho de rico que tenha começado a trabalhar antes dos 25 anos de idade, depois de ter completado a universidade, ter feito MBA, ter estudado fora do país. Somente no Brasil os filhos de pobres estão condenados a trabalhar sempre. A gente quer dar trabalho para os filhos dos pobres, não quer educação. As ações de educação são todas voltadas para o mercado de trabalho. Os filhos dos pobres começam muito cedo a trabalhar. Por começar muito cedo, eles não estudam e vão ocupar os piores postos no mercado de trabalho brasileiro. Temos república no Brasil? Não temos república, nada. República significa a igualdade de oportunidades. E se há os que começam a trabalhar aos 15 anos de idade e outros só aos 25, não há igualdade de oportunidade. Os filhos dos ricos vão começar depois e ocupar os principais postos do mercado de trabalho, seja no setor público, seja no setor privado. O mercado de trabalho reproduz a desigualdade. Os filhos de pobres continuarão sendo pobres e os filhos dos ricos sendo ricos."

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Confissão n. n


Eu adoro ir para a roça, e mais ainda encontrar os netos, a filha, o genro. Estou indo agora, até porque é semana de aniversario. Mas... Vou perder os dois capitulos do fim da novela...
Estou rosa de encabulada ao admitir que depois de tantos anos e ideologias, acabei por assistir alguma novela. Se continuar neste caminho de regressão, daqui a pouco assistirei Bigbrother? Valei-me entes da inteligência!

Enquanto isso, ficando na casa-da-cidade-que-ainda-alugo, vou desenvolvendo certos vícios. Mas acontece que depois do meu encontro com uma jararaca ( Não era naja, hshshs),na minha casa-da-mata estou um pouco...cautelosa, receando dormir no meu retiro da mata. Hoje mesmo um amigo produtor rural daquela região me disse que se apareceu uma é porque tem duas. Aiaiaiai! Se a sabedoria popular for sábia, estou mesmo com um problema. Vou procurar os cientistas para tentar descobrir o que é falso ou verdadeiro nesta questão. Por favor, se alguem souber, diga-me.No mais, alguem me disse que tem capitulos de novela no youtube...Porque VOU p'ra zona da mata Mineira, e saio da mata fluminense. Poucos dias, só.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quando entrei em casa hoje à tarde, após plantar as mudas de alfazema e laranjas que eu havia mantido aquecidas ontem dentro do carro, tive um contato imediato. Com uma cobra. Serpente. Daquelas que metem medo. Tá bom. Media uns 30cm. Mas era bravinha! Abanava ou sacudia, sei lá, o rabinho, enquanto armava-se em minha direção. Eu, armei-me com uma vassoura para o enfrentamento. AI! Esqueci-me de tudo que aprendi no National Geographic Chanel. O bote da cobra atinge 40% do seu tamanho ou...40 vezes o seu tamanho? Cobra voa? Tá ! Eu sei que é réptil, mas, sei lá, algum salto voador...Um bote de SuperCobra. Eu estava sòzinha, pelo menos meia hora até a civilização, sem vizinhos próximos. A Velhinha SuperDestemida enfrenta o Réptil Mortal. Vai enpurrando com a vassoura, o bicho reage, insiste em ficar, rasteja sob um tapete. Cadeiras são arrastadas ràpidamente, quase arremessadas, aos poucos vai sendo conduzida até à porta, enfrentando bravamente a piaçava. Finalmente uma tacada...digo, vassourada, arremessa o monstro até uma distancia não segura, dois ou tres metros no jardim, entre moitas de agapantos. Não querer matar bicho, dá nisso. Agora terei que conviver com um possível "O Retorno". Ouvi a voz de minha Avó Madrinha, em minha infancia, advertindo ; " Se aparece uma é porque tem duas pelo menos". Mas se matasse a dita, a companheira viria para se vingar. Assim afirmavam os que me ensinavam das coisas da vida. Pedi então para que se afastasse definitivamente daqueles lugares que chamo de meus. E agora, torna-se necessário toda uma estratégia do "habite-se" naquele lugar. SuperDestemida? Sei não, nem tanto assim.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Passei parte do dia de sol em frente a um computador. Revendo amigos que só conheço de paginas virtuais. Revendo, então, páginas. Mas estou ao lado de uma janela ensolarada, entre os sons da cidade, do trânsito, das pessoas, equipamentos, em meu campo visual tenho o verde refletindo-se de mil formas. E o azul. O sol refletido pelo teto do carro a lembrar-me que deixei ao calor as mudas de plantas que iria hoje levar para a terra. Eu sei. Culpa? Eu vou lá? (ali)
O dia vem se fazendo dificil, hoje. Atenção! Lição à vista! Hoje tem teste.
Em um certo momento desse dia, inverti o olhar. E vi alguem que quase não conheço.Ou que evito conhecer, preferindo a escolha da superficie a observar. Gente tem várias superficies. E tenho preferido observar o outro. Mais confortável do que observar a mim mesma. Só que hoje, inverto todos os olhares.
Não vi, li ou ouvi noticiários.
Não cumpri nenhuma obrigação. Estão lá, se desesperando a minha espera. Elas, as obrigações. Só elas.
Eu, aqui. Achando graça.

Hoje


eu acordei com... sei lá o nome disso, raiva, ressentimento, mágoas, qualquer palavra não definiria bem. Talvez a sigla TPM, se eu ainda tivesse a tal da M...
que penso aqui, poderia bem ser a outra M mesmo. Desconsiderando a tal flutuação hormonal que com certeza afeta até as menopausadas, estou mesmo é fula da vida, furiosa com a vida, o que na verdade significa estar furiosa comigo mesma, com minhas escolhas, desde as de longo prazo e efeitos duradouros, até aquelas pequenininhas, comprar o pão em outra padaria e não gostar do produto ( que em outros dias até teria gostado). Mas as de longo prazo e efeitos catastróficos, estas sim, tem sido algumas que questiono, mesmo consciente de que não adianta nada. O feito está feito, bem ou mal feito, nada pode ser desfeito. Apenas(?) superado.
Modificado, talvez, ou, melhor ainda, assumidos como o melhor que poderia ter sido, pois afinal é o melhor, pois é o que existe agora. O restante é apenas especulação.
E, bem, qualquer emoção ou sentimento, amanhã, ou que sabe daqui a pouquinho estará modificada.
Carpe diem

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Frase encontrada em pixação em parede:

" O QUE VOCE FARIA SE NÃO TIVESSE MEDO ?"


BOM MES ! VIVA SETEMBRO !


Nem acho que agosto é mes de desgosto. Mas que setembro renova o ar, ah! Isso eu acho. Porque traz a primavera, ou porque acomodaram-se já as mudanças do semestre, não saberia dizer, porem o que digo é o que sinto. Gosto de setembros. De outubros, na verdade, confesso que o que me mete medo é dezembro e janeiro. Pelas tempestades nas finanças decorrentes de festas obrigatórias, e que por esta caracteristica de obrigatoriedade deixam portanto de ser festividades, como pelas fortes manifestações da natureza, enchentes, desmoronamentos, barreiras. Mas isso, tempestades, não é mais prerrogativa da estação quente. Desta ou daquela temporada. São efeitos ou causas recurrentes que despertam para a necessidade de atenção e cuidados reforçados. Tanto aquelas do clima como as econômicas. Mas estou divagando em lero-leros, talvez por falta de disposição para o enfrentamento daquilo que gostaria de trazer às palavras, mas ainda me fogem as letras, preciso ruminá-las mais, digeri-las melhor, para que sendo absorvidas possam ser assimiladas e quem sabe compreendidas. O que posso afirmar, com certeza é que a reiteração de traições pelas mesmas pessoas, já nem magoa muito. Em breve, continuando assim, não preciso mais debater-me com as condições humanas do perdoar. Irá ser desnecessario, porque o(a) agressor(a) não consegue mais atingir, e seus esforços e manobras se tornam inuteis e até risíveis. Por isso e por outras que é bom ir descobrindo tudo que for possivel. Tirar o que encobre. Visualizar. Ver. Encontrar.
Cansa, mas eu gosto de viajar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

BOM DIA

É MEU DESEJO À TODOS



O meu será ótimo. Farei uma viagem de 600km, hoje, com pausas, encontros com netos, e estarei aqui de volta amanhã, para o trabalho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

De volta, eu acho



Ontem, enquanto me dirigia de minha casa (1), para meu jardim (2), atravessei a cidade, e os lugares que eu percorria não eram aqueles que eu via. Por alguma magia da minha mente, o que eu sentia ou revia eram os lugares de minha infancia e juventude. Ruas que nem eram calçadas, lojas , magazines, que encheram de cores e desejos, e porque não, aventuras, a minha infancia, lugares que visitava de mãos dadas com minha mãe, tudo aqui novamente, através do brilho de sol que trouxe a manhã, refletindo nas árvores e rios do centro da minha cidade, a memória de toda uma vida. E estive feliz como se é feliz na inconsequência da infancia.

(1) a alugada
(2) a área de litigio(?) com o Parque Nacional (ou busca de acordo)



POR ONDE ANDEI ESTAS SEMANAS ?

AQUI





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quinta-feira, 30 de julho de 2009

twiter desatualizado


por onde andei? Dentro da rotina de ir seguindo sem saber quando vou parar.


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Correspondencias


Caro Tossan

Em minha ultima passagem, um dia desses, neste reflexo de mundo chamado virtual, mais especificamente no blogomundo, fui visitar sua pagina e encantei-me com
as fotos do mar. Creio que este meu sentimento - encantamento - desencadeou forças que me arrastaram até o mar-que-costumo-ir. E ao chegar aqui novamente, encontro presente uma sua visita, que muito me honra.
Deixo então, em agradecimento, uma das imagens do mar-que-vi.
Abraço!


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sábado, 25 de julho de 2009

Atualizações

Nem sei mais em quantos mundos vivo. Se parar para pensar, poderia listar quais são e contar. Mas prefiro assim, em trânsito, simples movimento, sem muita reflexão a respeito dos porques. Ou dos por que. É assim? Ou outro auto engano, especialidade minha, ou quem sabe, da grande parte da humanidade.
Bem, avancei muito nesta fase onde as transiçoes se fizeram mais intensas e frequentes, exigindo um grande esforço. Maior ainda por exigir interações que venho procurando evitar. Não sou mesmo boa nisso.
Ficou pronta a reconstrução da casinha. Um "cantinho p'ra chuva" num lugar tão lindo que paredes são demais. Se tornam dispensáveis. Embora sempre um desejo de mais, possa ir modificando essas condições. Ontem levei colchão, almofadas, louças. Um pouquinho só. Dormi ao som da chuva no telhado antigo, de eternit. Li, como há muito tempo não conseguia fazer . E voltei para cá, a casa dos cachorros. Sou necessária ao bem estar deles. E não consigo levá-los. Lá, ou presos, ou dano ambiental severo. Embora existam cães na vizinhança,ficam presos à casinhas. Eu teria que deixá-los em espaços suficientes para diversão, exercícios, abrigos, pelo menos como estão aqui. Tambem não aceito bem a ideia de levar para lá antenas que aumentem o potencial de captação de ondas de telefonia, internet, tv. Fico pensando que tenho o ar mais puro que existe. E não abro mão dessa ideia.
Quando digo que "ficou pronta..." falo de um básico super básico. Faltam, por exemplo, vidros nas janelas. E outras coisas tais. Mas já colho o que almoço. Frugalmente.
Emagreci um tanto. O que foi bom, era necessário. E nada fiz específicamente para isso. Apenas me movimentei e fui feliz. Estou feliz. Como um mar, em ondas. Os baixos existem. Tal como os vales e as montanhas. Aprendi a acreditar na recuperação, entendida como renovação.
Creio que estou menos obsessiva. Que estou me aproximando de meu centro.
Eu e aquelas montanhas somos idênticas. E preciso dessa parte de mim. Pois sou parte delas.

nota: O pc está pronto, mas não fui ainda buscá-lo. Fico me sentindo ... sei lá, lastimando-me por não postar minhas fotos. Sensação de incompletude. Mal feito.

domingo, 12 de julho de 2009

Caderno de notas- em algum dia de junho...

As coisas que ficam não-ditas,
acabam envenenando nosso espírito.
E, no entanto, há coisas que NÃO podem ser ditas.
E isso, nos mata, adoece, enfraquece.

sábado, 11 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Novidades ?

Aqui estou, na madrugada, novamente em um pc. Explico: as meninas vieram passar as férias em casa(?) e trouxeram uma máquina portatil para casa, então, terei algum acesso à rede. Mas espero tambem para breve, a visita de um dos meninos para cuidar da virose que inutilizou o meu amigo pc, virose que tem me afastado dos amigos que aqui encontrei. Só que como estou trabalhando demais para conseguir construir um abrigo para dias de chuva na mata onde vou habitar assim que as férias escolares terminarem, o tempo anda escasso.
Não mudei muito durante este periodo de ausencia e grandes mudanças exteriores. Continuo correndo pelas estradas, cumprindo funções que assumi. Continuo parando para contemplar as coisas que encontro. E tenho sido privilegiada com cada amanhecer e entardecer de tirar o fôlego. Lá, onde moro, a casa-da-bicho-da-mata, uma casa que sem paredes ou telhados, permite maior integração à paisagem e seres da natureza. Estes, tem se aproximado a uma distancia que até assusta. Assim, estar a dois metros de um tamanduá-mirim ou beija-flores, parados no ar, observando o estranho bicho-bípede que esta convivendo com eles, é privilégio único, enquanto ouço o silêncio, ou o vento nas folhagens, nas moitas de bambus, ou o rumorejar das águas descendo pelas encostas... Sou tão feliz que chega a dar medo.

Tenho como objetivo proximo conectar-me a partir de casa, mas penso que levar linhas telefonicas ou da net para lá pode ser um sacrilégio, contaminar o ar puro...Assim como não posso(?) levar meus amigos de quatro patas e pelos, pois temo que seu ladrar, mesmo quando presos ao canil ( que seria|será construido) possam interferir na paz e harmonia do local. Decisões difíceis, a outra possibilidade seria permanecer em duas casas, uma para mim, outra para eles, cuidando e conectando-me.
Enquanto isso, passo a passo, problema a problema, sigo desatando nós que a vida nos apresenta. A enorme dificuldade de fazer e assumir escolhas, sabendo ou não sabendo como seria caso a opção fosse a outra.
Esta nota que é na verdade explicativa, será acompanhada em breve de algumas fotos. Enquanto isso, vou passar para visitar os amigos, lentamente, conforme possa...

sábado, 27 de junho de 2009

SAUDADES !!!!

E pedido de desculpas pela ausencia sem justificativa antecipada, mas a cada dia pensava que "...amanhã vai dar certo..."
1º) Virose grave na máquina. Acho que suinou. Ainda está em tratamento, ficaram sequelas, sem trema. Tremo de pensar que pode não ter recuperação.
2º)Uma imensa goteira na casaemquemoroalugada, que obrigou a colocar móveis de tres cômodos em um. Ou seja, fiquei sem a maior parte da casa.
3º) Na sequência, queimou o roteador, e o outro computador da casa, sem fotos minhas e que as vezes uso em emergências (é de um dos filhos) está sem acesso à rede.
4º) Decidi me mudar para meu paraiso, o lugar mais lindo que conheço, e onde não tenho telefone nem redes, só as de deitar, entre árvores, onde minha casa é como aquela que descreveu Vinicius de Moraes, uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada... almoço em mesa de plástico no gramado, acendo fogueira ao entardecer, comendo mandioca cozida em fogueira-fogo-à-lenha, as mãos engrossam dos cabos da enxada e foice, a mente torna-se tranquila pela ausencia de pressa, o tempo torna-se o tempo do mundo. Enquanto reformo (aí com um pedreiro e um ajudante)um casebre em ruinas, com menos de 20 metros quadrados, para os tempos de muita chuva e onde penso colocar e organizar meios de contato com o exterior.
Fotos? Tenho feito, poucas. Lá sempre fotografo pouco, pelo tanto que permaneço em êxtase e trabalho. Nada posso mostrar aqui hoje, pois estou na cidade 1 a caminho à tarde da cidade 2. Como sempre, essas tarefas entre minhas cidades e filhos continuam, minha rotina. Se estou com um PC agora, é porque vim trazer de emprestimo meu pedreiro-faz-tudo a minha filha que teve uma pane emergencial no seu apartamento- vazamentos. (Pensando, que coisa, tantas goteiras e vazamentos nesta sequencia, num planeta em que falta água. Eu estou imersa...)
E constato agora que minha ultima postagem se deu no 365º dia da minha vida blogueira. Ou, 1º aniversario dos bicho-da-mata. E nem comemorei. Ou melhor, estou comemorando com um mes inteiro de mudanças na vida material enquanto de férias do mundo virtual ( fica combinado assim, né...)
Saudades, mesmo, de todas as amizades construidas aqui.
Vou voltando às visitas conforme for conseguindo acessar a rede.
Não se tem algo sem abrir mão de outro algo.
ABRAÇOS!

domingo, 31 de maio de 2009

Em busca de Sebolas

Assim, com S . É o nome de um lugar, aqui próximo. Saimos, passando por Secretario, lugar com caracteristicas de Vila do Interior e que no entanto é um bairro de um distrito de Petrópolis. Coexiste ai a tradição rural com uma ocupação recente por proprietários de casas para veraneio ou, mansões de férias. Sem saber ao certo como chegar passamos por lugar com nome estranho , Queima Sangue e depois em Santo Antonio fomos pedir informacoes,e descobrimos tratar-se já de bairros de Paraiba do Sul. Fomos muito longe! Mas como não vimos ...( não é plural majestático, não, estavamos eu e uma amiga andarilha, não digo velha amiga porque soaria mal)...Sebolas pelo caminho ? Onde tem o museu Tiradentes, onde fui a muitos anos passados, em exposição a parte do esquartejado do Inconfidente que coube àquele lugarejo -vila, uma historia local, envolvendo antigos amores, doloroso amor, lá morava um dos amores do herói. Haviam outros, com certeza, pouco sei a respeito.
Bem, já que estamos aqui, pedindo informações, nos indicam uma visita Às Fontes Salutaris. Antigo local de engarrafamento de águas minerais, ferruginosas, magnesianas, e que hoje vem sendo restaurado e transformado em parque de lazer. Valeu!
Finda esta visita, decido retornar pelo mesmo caminho, afinal, onde está Sebolas ? E vemos a placa! Olhamos ao redor, mas passamos aqui, antes, como pode... e, na placa voltada para um sentido, está escrito INCONFIDÊNCIA , no outro, SEBOLAS.
Preconceito...















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cheguei surfando (metafòricamente)

Interessante ter encontrado AQUI a postagem do Ricardo Blauth intitulada Ondas do Prazer. Porque estava pensando em algo que me impressionou desde ontem pela manhã, quando assisti pela SESC-TV, ZEZO RIBEIRO e seus violões (nome do programa e do musico). Fiquei pensando sobre o prazer demonstrado ao tocar. Ato em êxtase. Que depois verbaliza, na entrevista. Sem contar a música em si.



E mais sobre o fazer com prazer...Ah! O passeio de hoje!
Quero dizer, o passeio de ontem, sábado, pois ainda é o mesmo dia, posto que não dormi, condição indispensável para que eu consiga me sentir no outro dia. Confuso? Deliberadamente.

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Está chovendo bem, surgiram subitamente muitas goteiras na casa onde moro. Tive que mudar móveis de lugar, empilhar, cobrir. Tenho que ir onde não quero, a trabalho, por dois dias. Não gosto da combinação chuva-rodovias. Não pude ir onde gosto com meus netos, pelo compromisso profissional e NÃO quero ir onde preciso (repito e repito). O que fazer? Ficar cuidando da casa, minimizando estragos? E quais estragos estaria produzindo por faltar ao trabalho? E, de qualquer forma, parte do dano está produzido. Não fui À Serra Verde, móveis estão úmidos, sem possibilidade de secar, em breve o môfo avança. Hipótese: se este fosse meu último dia, onde eu gostaria de estar, o que desejaria ter feito? Cumprir um dever ou viver um prazer?

Vejam no site. É importante

Está no blog Vi o MundoAmadeu: Mídia antiga estimula medo da internet

Sou fã do Sergio Amadeu. (Entre outras coisas, êle que trouxe para este mundo, sem saber.)E sou fã tambem do Azenha e do Vi o Mundo

quinta-feira, 28 de maio de 2009

"estranhices"

Sou realmente um bicho estranho. Cheguei em casa, vim do paraiso, meu corpo está com cheiro de mato, meus pés com perfume de terra. Não quero trocar as roupas, nem quero tomar banho. Quero que a memória permaneça estimulada pelos aromas de onde andei este dia. Por que é preciso trocar estes perfumes, melhores do que qualquer outro que eu conheço, pelo odor químico de um sabonete, ou o cheiro forte do cloro que "trata" a água da cidade?




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segunda-feira, 25 de maio de 2009


Bem, aqui estou, revivida, com coragem nova, depois de uns mergulhos pelas matas de meu entorno, por fazendolas de amigos, ver a água corrente, rolando as pedras. E mesmo depois de alguns percalços rotineiros dos compromissos da vida obrigatória-civilizada, encontro condições de entender que não é possivel modificar escolhas de outros adultos, mesmo quando estes são crianças para mim. Mesmo quando algumas destas escolhas me agridem integralmente. Só posso aceitar ou procurar distanciar-me, quando impossível a aceitação. Pronto. As sementes eu lancei em solo bem adubado. Reguei. Cuidei. Nada mais resta a fazer, senão esperar pelos frutos que virão. Se doces ou amargos, não depende de minha vontade. Ou responsabilidade.

domingo, 24 de maio de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

Falta ainda coragem para o grande salto. Minha vida foi vivida em medo.
Mas vou!

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Não sei mais de onde tirar forças para enfrentar problemas que estão acima de minhas forças ou capacidade. Sei, sei o que vão dizer. Todas aquelas frases feitas , tradicionalmente empregadas, sei todas as frases e orações, de inumeras religiões, usadas para fortalecer ou enganar quem está frágil, iludindo-o com a pseudo força. Eu mesma as emprego para os outros. Mas nada disso funciona em momentos como esse. Esperar passar. Que a propria vida se encarrega de alterar tudo. Mas sofro.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

"DEPRESSA, DEPRESSA, DEPRESSA"

DEPRESSA, DEPRESSA, DEPRESSA, isto vem sendo meu mantra diario. Quando digo "vem sendo" aponto para o tempo da duração desta minha existência. E muitas vezes não paro a tempo. Para repensar, ponderar. Sigo rápido, vendo e aprendendo. Mas será que estou mesmo aprendendo? Ah! tenho sentido ainda tanta raiva daqueles que me afetam da forma que classifico de negativamente. Mesmo sabendo que tudo, tudo mesmo sempre ocorre para meu bem. Tanta raiva... Por isso que prefiro mato. Não dá para ter raiva de mosquito. Apenas constatar e evitar o que fazem. Por que não entendo "gente" como apenas outro ente da natureza, que segue sua determinação de humano e por isso eu não deva esperar das pessoas, que ajam como seres providos de responsabilidade, de espiritualidade?

(Lá vou eu agora a Minas, levar quem tem que ir, a desculpa para fazer o que gosto, viajar, ver centenas de quadros, pintados nas paisagens que olho, por qual pintor divino e ainda por cima com excelente companhia e indo encontrar outro tanto. Eita veiinha egoista!)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Duvidas...

A MORTE É UM MURO OU UMA PORTA ?


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sexta-feira, 15 de maio de 2009

tempo?

Estou num caminho errado. Sei que é hora de parar, retomar, recomeçar, voltar ao ponto de partida. Ou a algum local acertado do trajeto. Mas como costuma acontecer, tenho uma grande resistencia para voltar, admitir que devo fazer o que é certo, desistir de seguir impulsos, ou atender a desejos.
Sei que apesar de tudo, fiz muitas correções em meu rumo, erro menos, mas mesmo assim erro muito.
Em algum ponto da minha estrada, redefini algumas rotas, estabeleci condutas mais acertadas e pouco praticas. Não é suficiente. O tempo urge, a Hora se aproxima, não posso mais distrair-me. Brincar, só se for a sério.
Afastar-me da ilusão, deixar de ser uma fraude. Não ser. Nada.

quinta-feira, 14 de maio de 2009


Existem pessoas que fazem a gente querer ser melhor do que se é! São poucas, muito poucas, mas algum destes encontros na vida nos aponta nossa pequenez, quase uma humilhação. E nem ficam sabendo.

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BOM DIA DE MEADOS DE MAIO, O CÉU PROMETE UM AZUL LINDO DE OUTONO, O SOL AINDA NÃO BEIJA A TERRA, AQUI, NESTE VALE EM QUE ESTOU.
E EU, PRESA NESTA CAVERNA-CASA, AGUARDANDO O MOMENTO DE ME POR EM MOVIMENTO, AMANHÃ.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pau-Rosa

Ao ver agora no blog verde que te quero verde a lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção logo prestei atenção ao pau-rosa ou pau-de-rosa que desaparece de nossa natureza por ter sido durante anos explorado extensamente para a produção do famoso perfume Chanel nº5 (é assim que escreve?), sendo que retirado daqui por décadas, não sei se com autorização do governo ou contrabandeado mesmo. E agora, Maison Chanel? E agora madames? Vai ser explorado qual outro recurso até a exaustão, para apenas sustentar a vaidade?

Atenção:


MAIS AQUI

terça-feira, 12 de maio de 2009

SOMOS PRISIONEIROS DA NOSSA HISTÓRIA ?

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O bom da net



Se houve algo de bom em ter um blog, orkut, facebook, e houveram diversas coisas, desde perder o medo e os preconceitos relativos a estas mídias, aprender recursos básicos de uso de informática, conhecer pessoas, mesmo que a distância, amigos virtuais, reencontrar velhos amigos, acesso a informações que "não se vê na tv", descobrir processos do Humano, minimizando riscos, interagir, redefinir critérios, tentar perdoar, re-conhecer tanta coisa ou pessoas, mas o melhor mesmo foi o quanto aprendi sobre mim mesma, mais do que nos cadernos secretos que mantenho a tempos.
Então, a oração de hoje é um louvor à coragem, agradecimento pela vida e suas possibilidades.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Copiei este trecho do blog Vi o Mundo

link: (Vi o Mundo)
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PS: E a solidariedade com os atingidos pelas enchentes no Nordeste? Onde é que andam as campanhas? Sobrou alguma solidariedade depois das enchentes de Santa Catarina? Ou é mais fácil ser solidário com os brancos de olhos azuis? Por que a gripe suína, que não matou ninguém no Brasil, merece mais cobertura que mais de 40 mortos pelas enchente no Nordeste?


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eu tambem pergunto:
Por que ?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

caminho mais curto para fracasso

Leonardo Boff

Das muitas reflexões acerca do colapso do sistema neoliberal, três despontam com claridade. A primeira é que para salvar o Titanic afundando não bastam correções e regulações no sistema em naufrágio. Precisa-se de uma outra rota que evite o choque com o iceberg: uma produção que não se reja só pela ganância nem por um consumo ilimitado e excludente. A segunda, não valem rupturas bruscas na ilusão de que já nos transportariam para um outro mundo possível, pois seguramente implicariam no colapso total do sistema de convivência, com vitimas sem conta, sem a certeza de que das ruínas nasceria uma nova ordem melhor. A terceira, a categoria sustentabilidade é axial em qualquer intento de solução. Isso significa: o desenvolvimento necessário para a manutenção da vida humana e para a preservação da vitalidade da Terra não pode seguir as pautas do crescimento até agora vigentes (olho no PAC de Dilma Rouseff). Ele é demasiado depredador do capital natural e parco em solidariedade generacional presente e futura. Importa encontrar um sutil equilíbrio entre a capacidade de suporte e regeneração da Terra com seus diferentes ecossistemas e o pretendido desenvolvimento necessário para assegurar o bem viver humano e a continuidade do projeto planetário em curso que representa a nova e irreversível fase da história.

Esta diligência precisa acolher a estratégia da transição do paradigma atual que não garante um futuro sustentável para um novo paradigma a ser construído pela cooperação intercultural que signifique um novo acerto entre economia e ecologia na perspectiva da manutenção da vida na Terra.

Onde vejo o grande gargalo? É na questão ecológica. Ela é citada apenas en passant nas agendas políticas visando a superação da crise. Na reunião dos G-20 no dia 2 de abril em Londres, o tema não influiu na formulação dos instrumentos para ordenar o caos sistêmico. Não se trata apenas do mais grave de todos, o aquecimento global, mas também do degelo, da acidez dos oceanos, da crescente desertificação, do desflorentamento de grandes zonas tropicais e do surgimento do planeta-favela em razão da urbanização selvagem e do desemprego estrutural. E mais ainda: a revelação dos dados que mostram a insustenbilidade geral da própria Terra, cujo consumo humano ultrapassou em 30% sua capacidade de reposição.

Uma natureza devastada e um tecido social mundial dilacerado pela fome e pela exclusão anulam as condições para a reprodução do projeto do capital dentro de um novo ciclo. Tudo indica que os limites da Terra são os limites terminais deste sistema que imperou por vários séculos.

O caminho mais curto para o fracasso de todas as iniciativas visando sair da crise sistêmica é esta desconsideração do fator ecológico. Ele não é uma “externalidade” que se pode tolerar por ser inevitável. Ou lhe conferimos centralidade em qualquer solução possível ou então teremos que aceitar o eventual colapso da espécie humana. A bomba ecológica é mais perigosa que todas as bombas letais já construídas e armazenadas.

Desta vez teremos que ser coletivamente humildes e escutar o que a própria natureza, aos gritos, nos está pedindo: renunciar à agressão que o modelo de produção e consumo implica. Não somos deuses nem donos da Terra mas suas criaturas e seus inquilinos. Belamente termina Rose Marie Muraro um livro a sair em breve pela Vozes”Querendo ser Deus, por quê? “Quando tivermos desistido de ser deuses, poderemos ser plenamente humanos o que ainda não sabemos o que é, mas que já intuíamos desde sempre”.
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Original em MMCBrasil

terça-feira, 5 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

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