MOSTRANDO

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2015 - retrospectiva

Fiquei triste por mim, pelo mundo
logo no comecinho do ano, o carro, meu Valente, se mete, sem mim, em encrenca, vira problema, perda total e  aquela musica: Voce não me ensinou a te perder, marcou um semestre, enquanto juntava e recuperava pedaços, e ainda falta, para poder retornar às estradas, mas está bem, finalmente, quase bem, ainda falta muito.
Fiquei triste pelos imigrantes de guerras, pelos que perderam a vida na esperança de  sobreviver ao que lhes vinha, todo dia.
Fiquei triste pelos sem terra, sem casa, sem educação, sem esperança, desses que encontro todo dia, toda hora, ao vivo, mesmo  e nas noticias rapidas e  repetidas, do mundo todo, entrando em meu coração impotente, escorrendo pelos olhos, janelas de uma alma entristecida ensombrecida pelo que vejo.
Choro pelos meninos mortos por serem não brancos, apenas por isso. Desde quando, homem branco, fecha seus  olhos, até quando, deus branco, permite a lagrima e a dor assim, apenas pelo ser ? Mortes continuadas ao homem da terra roubada , ao outro roubado de suas terras por um- alguns , que se diz dono.
Chorei pelos fanatismos, religiosos, politicos, pelas tristezas dos atentados, sejam a bombas, sejam a bala contra os meninos das favelas...Ops, não se fala mais assim...
Chorei pela  comida contaminada e que contamina a terra, a  água, que contamina o ar, os bichos, as gentes, minha familia, e  que morrem de politicas publicas.
Chorei quando a agua sumiu, chorei quando a água invadiu, desalojou. Sempre assim.
Lagrimas que sairam por causa do Velho Chico, não, não bastariam para nada, o Rio Sao Franciso  se vai, em canais para agroenriquecimento de uns para que, sei lá.
E pela lama que dizem , partiu de Mariana, mas foi da ganância de alguns corações e destruiu o que sobrava de um rio, que nem era mais tão assim, Rio Doce, mas mantinha vidas e nelas, esperanças.
Começo, ao final,do ano, a acalmar-me ante as provas pessoais, que OH!  Tem sido ... provas. E, na verdade, reconheço, pequenas, ante a dor do mundo, que nem sou capaz de perceber, mas torturadoras, ante o medo de errar, falhar e arcar com as consequencias do erro. Se existe um Deus, é duro e impiedoso, não se comove com lagrimas ou preces, tem sua razão, dizem. Não consigo crer em tal Pessoa. Ou, creio, vi muitas assim, mas não amo tal ser, apesar de temer, o Ser e a Dor.
Colhemos, tambem, do que plantamos, sucessos, certamente, juntos, familia, mesmo que cada um lá longe, o movimento  foi certo. Xeque mate. Abre outra.
Partindo p'ra outras historias e novidades,
Permitindo novos desafios e, o que é maior, depois de negar tres vezes, a existencia da Força e essa se mostrar inequívoca e poderosa, dessa vez sigo  armada de novos paradigmas - uai- usei essa palavra que rejeito - e concluo : o ceticismo  não é falta de fé no metafisico, eu creio que coisas estão alem de minha consciência, aparentemente. Não creio e não consigo, acreditar em nenhuma doutrina religiosa, menos ainda nos comandantes dessas doutrinas, em nada, em sua completude.  Uma coisinha aqui, outra ali, um mosaico  não de moisés, uma colcha de retalhos. Acho que... eu deveria ser uma Jedi...

sábado, 5 de setembro de 2015

Beleza



http://tekey.net/b/dinka-de-sudan/






Fotos lindissimas que encontrei no facebook. Espetaculares, assim como espetacular deve ser a cultura - ou, as culturas - que as fotografas puderam conhecer nesse e em outros trabalhos. Mas hoje, que estou mais cinica do que de costume, fico me perguntando, e levo adiante a pergunta, ganhos materiais para as artistas , as fotógrafas, certamente, mas e para os modelos, alem de lhes roubarem a alma ?

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Apenas isso

As lamentações, joguei fora.

terça-feira, 5 de maio de 2015

É só para mim, para lembrar como tudo aconteceu


Fudeu!  Depois daquele evento estranho, onde o rosto querido esteve, por minutos,  fora de quadro dos conhecidos pelas memorias, não sei se por ele, a privação voluntaria de sono que o precedera, ou se ele marcava, marcador, eu lutei certo , e até um dia quase me afoguei, me apavorei e passei , e nem era nas canoas que remava, banana brinquedo no mar, saí com mais medo, salva por pessoas, pela ajuda, eu sei, mas passei, mas as coisas quebram, o dinheiro falta,muito e sempre, exceto no pouco tempo que teria, existiria para nós e que  foi aquele tempo, quando me foi tirado, espancada, ameaçada, violentada e de novo, e.... E me sinto humilhada por ter que pedir ajuda, a desculpa é que estou terceirizando o beneficiário (as), que vergonha , vaidade capital que me faz sentir humilhada, e  , por mim mesma unicamente, hoje, açoitada. Vergonha por ser alvo da generosidade genuina, o ficar sem carro, mesmo com carro  emprestado, cedido com amor, e que tambem quebra, mas  foi porque usei tanto, muito, uso mal, não sei, não tenho dinheiro para ter carro, não posso mais, ou ter que voltar aos plantões, do meu trabalho, à prisão da dor e impotência, onde o não feito é maior do que o feito, e isso dói tanto, e o medo da violencia, qualquer violencia me apavora, mesmo  na tv, eu choro,  e pior ficou depois daqueles anos em que a sofri.
  Os termos, as palavras me fogem, escapam, desaparecem  e voltam, com maior frequencia, até nomes queridos, palavras de uso comum, é o estress me dizem, eu sei, ele o gerador do alemão aterrador, cujo nome eu lembro, mas não quero falar.
  E o pânico criado gera mais medo que gera mais fuga das palavras que quero pensar. E choro e me desespero, tantas coisas eu quero, eu sonho para viver, então a vida se mostra em seu aspecto dificil, estou velha, dá para retardar, mas não impedir articulação de doer, enrigecer, coração, ou figado de falhar ou sei lá, são tantos a se desgastar. Cada vez mais o Tempo se faz juiz das escolhas.
  E eu penso, vivi aquele tempo, a violencia, terrorismo psicológico, hematomas a esconder, ameaças de morte, vivencia quase fatal das ameaças, mais de uma,  mas lutei, sobrevivi, não venci, pois das sequelas  não escapei, e vivi então tantas maravilhas que nem imaginava ser possivel e tenho esperança, mas aí vou sendo obrigada a aceitar perdas de coisinhas  e para mim muito significativas, carro, óculos de grau escuro, a fotofobia não me auxilia ver de dia, a máquina de lavar, esse sempre o derradeiro desespero nessas series que me ocorriam, hoje nem tanto, tenho pouca gente e roupa para limpar, falta o chuveiro elétrico, aqui é quente a água, tenho medo então de um incendio, sei lá, já que o chuveiro em falta não é desespêro, como na serra, obrigações de desapego, ou na revolta,  o castigo, a doença, essa, a que se esgueira, que, avaliada em seus multiplos aspectos, tem bem a ver.
 Falta de perspectivas emocionais que justifiquem e equilibrem um passado que não merece  ser lembrado, ao balanço feito por sei lá quais mecanismos mentais. E eu quero a esperança, que aprendi, só se sustenta quando algum sonho se torna realidade, para equilibrar aqueles esfacelados.  É esse o ponto. Sonhar, desejar,  e pra que, se nunca irá acontecer  nessa lógica material. A Vida, o Acaso, as Divindades,  não querem mesmo. Tem que ser como eles querem, eles determinam, ao final suas forças se mostram maiores do que as minhas solitarias. E isso eu vi, nenhum erro, minimo que seja, será perdoado. Como pendurar óculos na gola da blusa, a alegria do canino adotado pegar, roer em segundos. Todos os danos são decorrentes de erro minimo. E essa postura das Forças que se dizem o Bem,  me fazem querer saber da versão daquela Outra, sobre a ruptura, a queda, a Divisão. Isso não é um bem, dobrar ou quebrar, esse o tal Livre Arbítrio, livre para quem ? É pegar ou pegar . Então me firmo e sustento no trabalho, devoção dedicação ao bem do outro que atravessa meu caminho, o alivio que posso causar, mas alguma coisa está dando errado, muito errado comigo, porque estou revoltada. Me perdi no caminho ?
   Não vencido ainda o medo, o primeiro inimigo da Liberdade, estou prestes a ser vencida pela Velhice. Porque me recuso  a aceitar algumas regras do caminho que escolhi.  ( P$%#@), mas se  a  meta é Liberdade ?

segunda-feira, 16 de março de 2015

Oração, para que me lembre

Durante esses tempos de conflitos


Tenho dó de quem só conheceu a pobreza pela televisão ou literatura, talvez nem isso. Tenho dó de quem ao ler um texto compreende apenas de uma forma, e só essa, a sua. Tenho dó de esperanças pequenas, sonhos pequenos, atitude pequena. Tenho dó de quem desconhece a compaixão. 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Um raio cai duas vezes no mesmo lugar, da mesma forma

Certa vez comprei uma terra. Bonita. Linda mesmo, uma encosta escarpada e lisa onde se plantavam batatas e bananas. E plantei árvores e flores, frutas e plantas comestiveis tradicionais e não convencionais. E antevia uma vida tranquila. Mas as árvores que plantei, junto com as que deixei crescer porque nasciam e  eu cuidava, despertavam,  em outros, maus sentimentos.
Comprei porque quando meu pai teve sua vida arrancada num estupido acidente de carro quando ele nem na estrada estava, me deixou um pequeno legado e converti no meu eden. Era meu sonho. Vendi o sonho dele, comprei o meu.
Um dia, por estranhos misterios um movimento politico converte aquela região em parque nacional, dá titulos de proprietarios aos que continuavam plantando nas encostas, limpando terra pelo fogo e a mim, desapropriação, pois não produtora, tinha árvores e as árvores e os buraquinhos onde estão plantadas passam a ser  bens do parque. Luto pelo direito a uma pequena gleba do meu sonho, que me permitam ter um pouco daquilo que comprei, investi. Adianta, pequeno fragmento do espelho partido ?
Certa vez, já sem sonhos, apenas máquina sísifica, resistindo, buscando entender aquelas coisas basicas, como criança, me perguntando tantos por ques, um dos maravilhosos filhos que tenho me mostra  a casa que comprara, simples," popular" em área  "popular", limites com mata, fim de rua, e me tranquiliza e me tranquilizo, quando for necessário parar de pagar aluguel, terei onde morar, com ele, tenho um quarto inteirinho em uma casa.
E o segundo raio :  descubro esse mes, por acaso, na internet , um projeto de criação de um parque - reserva que engloba a casa onde vou viver na velhice. A linha limite é o muro da casa, a casa está dentro. Ela e seu terreno proprio.
Qual é a mensagem do fato, da coincidência ? Lutar ? Desistir ?  Cansada da luta em uma das frentes, não fui à ultima reunião no mes passado, e terei outra  da nova frente, amanhã.
Ou será que é para morar em apartamento ou clinica ?
(foto: de 2012 em uma das janelas inexistentes da casa não construida do sonho arrancado)

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