MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

As quatro estações


Sabe, aqueles lugares onde durante um dia experimenta-se as quatro estações ? Pois eu experimento em cada dia todas as possibilidades de humor. Enquanto me digo feliz para as filhas - e estou, ao mesmo tempo escrevo uma e-mensagem indignada ( com direito a rosto afogueado de raiva, com coração acelerado) a um amigo que me encaminhou um texto daqueles com imagens improváveis e musiquinhas, com conteudo abominável por tanto que superficial e tendencioso e aí sinto medo, pois será que ele vai se zangar com minha crítica? Mas esta mídia deveria ser interativa, então estou tambem insegura, enquanto pratico tolerancia comigo mesma. Sinto vontade de dançar pela casa, sinto constrangimento pelo aspecto levemente (?) obsceno das gorduras flácidas sacolejando-se sobre articulações enrigecidas. Que ninguem veria, alem de mim, pois estou sòzinha em casa. E não danço ou danço... Ao mesmo tempo que gosto de conhecer, fujo do contato com pessoas . Se eu expusesse isso, (finjo que ninguem mesmo lerá) poderia ser avaliada e diagnosticada como algum tipo de transtorno esquizoafetivo. Seria medicada e passaria a ser coerente, sem oscilações de humor. Que chatice, deusmelivre. Não daria para conviver com alguem assim, muito menos se fosse eu mesma.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

De espinhos


O que são eles, na verdade ? Estruturas diferenciadas de folhas, caule ou raizes, com finalidade de conferir proteção às plantas que deles dispõem. E que se forem retirados causam dano a essa planta e deixando cicatriz. Para nós, no entanto são artefatos prejudiciais, pois podem produzir ferimentos que poderiam ser potencialmente graves quando infectados ou no caso de serem urticantes. E nos dificultam o acesso irrestrito a certas flores das quais queremos desfrutar, colhidas. E que portanto, devemos aprender a evitar. Nosso mal, o bem da planta. E não é tudo assim ?

Uma velha idiota


Que noite essa! Começou ao anoitecer de uma calma tarde de horário de verão com aqueles probleminhas que se pensa que não o deveriam ser pois se deveria construir o nosso mundo pautado em outros valores, mas...quando as adolescentes chegam em casa e informam problemas de insuficiência na conta bancaria...começa uma dor de estômago, minha velha conhecida. Como? Porque ? Quem sacou a mais ? Que drogas de taxas ? Coisas que só poderiam ser verificadas no dia seguinte. Tóoimm! Lá no fundo, a dor, até as costas. Tomo um chá, mas não "desligo". Estava tudo sob controle... Orçamento restrito, mas suficiente. Putz ! Na véspera, zombara das "sortes do dia" do orkut que dizia " voce nunca mais vai precisar se preocupar com questões financeiras" ao que postei uma mensagem para mim mesma "Como? Vou morrer ? Virar mendiga? Virar beirinha na casa de alguem?". Tá vendo, consequencias da falta de pensamento positivo... Então fui dormir, ver se com o sono a dor passava. Piorou ! Sonhei que minha filha, a 300 km de distancia me ligava pois havia entrado em trabalho de parto e eu...não tinha trocado para os pedágios! Acordei com o abdome distendido, mais dor. Tomei remédio químico! E se isso acontecesse...nesta noite...Para tentar me distrair ligo o PC - "a máquina", e vou ver se ela havia mandado alguma mensagem: Orkut : sorte do dia: "voce hoje vai receber uma ótima noticia por e-mail" HAHAHA! Nem rindo e nem com omeprazol a dor alivia...São quase meia noite. E abro a caixa de mensagens e lá está um e-mail de um amigo de paginas virtuais, com um pequeno comentario, que me faz chegar a um site tãao bom quanto inesperado, com conteudo que ha anos atras eu tinha estudado superficialmente. O choque foi tão grande que...BOW!Chamo o raowl... metáfora para esvaziar o conteudo gástrico através da cavidade oral. Mal deu tempo de correr ao sanitario. E eu não estava com náuseas. Este processo, fez com que a dor desaparecesse completamente. Passeei horas por aquelas maravilhosa páginas, aprendendo, revendo. Uma ótima nova me chegara por e-mail.
Hoje cedo vou aos bancos e como já acontecera outras vezes em situações semelhantes, havia um crédito, em outro banco, sobre serviços prestados há um certo tempo e que eu já pensava ser fundo perdido. É sempre assim. Porque me preocupo? Porque busco meu sofrimento ? Tantas vezes já tive provas de que o necessário sempre me vem. Assim como o supérfluo me é tirado. E eu não aprendo. Não confio no tanto que sou abençoada.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

De fatos a reflexões


Uma dedução ?
O fato é que ontem eu estava trabalhando em uma "historinha para o neto" quando após cerca de 1h de produção, o sistema começou a falhar. As fotos não "salvavam", eram necessarias tres, as vezes quatro tentativas, irritei-me, tentei não irritar-me, praticas de respiração, levantava-me, confesso que soltei impropérios, um quadro de horror. Mas fiel ao principio de perseverança, presa ao lema de que é necessario trabalho para progresso, ou que só o esforço é compensado, insistia. Bem, após mais de 5hs de sofrimento - afinal não é o sofrimento que engrandece, que dá resultados - finalmente ficou pronto. Salvei, mais uma vez, pois salvava a cada etapa. "Vizualizei". Fiz pequenas correções, ortografia, um ajuste de espaçamento. "Vizualizei" no écram novamente. Pronto. Conforme eu pretendera. E "publiquei". Levantei-me, fui beber um copo d'água, tantos já bebera enquanto levantava-me na tentativa de acalmar-me, de ser tolerante com a máquina ou comigo mesma. E volto para apreciar. Toda a parte dificil NÃO estava lá. Apenas aquela da primeira hora.
Fui dormir.
Ao acordar hoje, retomei o trabalho. Tudo fácil, correndo ràpida e tranquilamente.
Então penso, será que é o trabalho exaustivo necessário ou sòmente aquele que flui naturalmente. Note, estou expandindo estas reflexões para todos os campos da existência ou experiência. Não será essa nossa compulsão pela dor o que de fato cria esta mesma dor e nos torna presas de um sistema retroalimentado pela nossa incapacidade de compreender verdadeiramente o que seja a vida e então a transformamos num processo de culpas e expiações. O sangue do Cristo funda nossa cultura e molda nossas ações, mesmo aquelas dos que são ateus, pois permanecem vitimados por este poder simbólico, amarras da cultura que exige mais e mais e não nos permite meramente o ócio, nem quando com finalidades contemplativas - gera culpa - pois aquele que contempla, enquanto contempla, se torna um peso a sociedade. Ou assim preferimos acreditar.
Qual a causa de tamanho engano ? Somos prisioneiros de um sistema economico voltado para a ganância onde o valor é, se não o volume de posses, pelo menos o volume de trabalho. E assim vamos perdendo o bom humor, massacrados por tarefas que nos arrastam em um mundo de culpabilidade, perdendo o contato com aquilo que seria o ser. Ou, o Ser.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

VIOLÊNCIA POLICIAL DE PRIMEIRO MUNDO

*
ASSISTA:
http://www.youtube.com/watch?v=WRkome5k98w


Do que se trata afinal a violência ? de MEDO gerando MEDO ?
o medo incutido ao nascer como manifestações de xenofobia, o medo de se perder o que foi conquistado ? Ou de não se atingir novas conquistas? É medo o que nos faz desejar possuir, controlar ? O mesmo que nos faz fugir, sonhando com algo melhor e nos colocando frente a frente com aquilo de que fugimos ? Tudo que presenciamos por aqui, sempre, e recentemente, por exemplo, todo o drama da Eloa e de Lindemberg que agora se desdobra com a história de seu pai, não tem sempre o mesmo fundo ? Mortos de medo e pelo medo, por instrumentos criados e aperfeiçoados para nos proteger deste mesmo medo que passamos a inflingir. Multiplicar ao ameaçarmos com o nosso, o outro.
O mesmo sentido pelos espanhois ao invadirem as terras depois chamadas Américas, quando se defrontaram com o estranho, onde deuses que não foram entendidos em seus simbolismos eram representados por figuras que eles, espanhois, atormentados pelo medo da Inquisição, entendiam como o demonio. E partiram para o exterminio, para a expansão não do território ou cultura, mas simplesmente de seu proprio pavor. Mais do que a posse, o motivo foi eliminar a cultura.
O medo de perder seus direitos aos excessos que fazem agora os angloamericanos fecharem os olhos às desgraças já demasiadas no planeta e expandirem seu terror.
Sempre esta falta que em nós é produzida e se manifesta como um excesso de sua contrapartida. Não, o oposto de medo não é coragem. É AMOR.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Uma igreja aprisionada ,



pensando ser livre


.

Questão

Analisar este silogismo.Válido ou inválido? Falso ou verdadeiro? esqueci-me das regras. tM , tm... distribuição... aiaiai, vou ter que reestudar. Muitas coisa não deveriam ser deletadas jamais de nossas memórias. Caminharíamos mais ràpidamente.

Tudo que é bom dá trabalho
Gosto do que é bom
logo, gosto do trabalho



PS: Esta questão da memória, post futuro.

domingo, 19 de outubro de 2008

Simbolismos


obs: tôdas as fotos de meus blogs, quando não atribuidos crédito, são minhas, por isso que carentes de uma certa beleza encontrada em trabalhos de profissionais , mas todas que escolho trazem um simbolismo que me parece sempre bastante claro. E ainda um aspecto oculto que são as lembranças de quando foram feitas.

Besteiras

Sei que dizer o que se pensa não é o mesmo que ser sincera, leal. Muitas vezes é só rudeza. Mas é por isso que Bichodamata, virei Urtigão, pois não consigo conter uma certa critica ácida às besteiras que vejo ou que acho besteiras e olha que tenho me segurado muito, fora uma ou outra investida em blogs, nos comentarios, pois quando é besteira pouca, me calo com esforço, me afasto e pronto, quem sou eu para me achar melhor. Sou sim muito pior, pois falta refinamento de maneiras, costumes. Mas quando é demais, extravasa pelos dedos e fico a digitar frenèticamente com os dois indicadores e um ou outro dedo médio e... pronto, lá vai uma torrente de palavras que serão recebidas como agressivas, embora em minha mente sejam apenas criticas ao desarrazoado. Mas convenhamos, esses excessos de Nova Era dá nos nervos de qualquer um. E sou hippie, holista, nova era, portanto falo de cadeira ou quase cátedra (e arrogancia). O que me irritou ? Umas tais " pérolas incandescentes ". Isso, para mim é puro carvãozinho. Tanto trabalho da ostra para fazer uma bela pérola e alguem acha que denominar suas reflexões de pérolas incandescentes agrega valor... Pois cinza é tudo que dali vem. E cinzas tanto podem ser produtos da incandescencia de pérolas como de quaisquer outro produto organico, inclusive bosta. Na verdade não fico irritada, ( vou me estender um pouco, pra não terminar o texto com "bosta") fico penalizada por ver tanta superficialidade no outro e tanta pobreza de espírito em mim, que não consigo evoluir, aprender, tolerar.

O prazer dos caminhos

Alguns amigos(as) deste mundo onde nos tornamos amigos de quem só conhecemos uma pequena faceta, o que na verdade é a mesma coisa do outro, o dito mundo real, afinal quem pode dizer que conhece o outro? Na verdade não conseguimos conhecer nem a nós mesmos... Mas, voltando a estes(as) amigos(as), que de fato considero assim, pois tenho como amizade aquela condição interpessoal que nos impulsiona sem produzir dor, me fizeram compreender o quanto de valor existe nos caminhos que percorremos, mesmo quando nos afastam do que idealizávamos como objetivo, ponto aonde chegar, e mesmo quando nos esquecemos do porque partimos. Talvez eles(as) mesmos(as) não saibam a importancia que seus comentarios "aqui" ou seus textos "lá" tiveram na construção da minha felicidade. Como outros encontros que venho tendo, alguns esbarrões, inclusive, alem destes a que me refiro me tornaram mais alerta.
Estando habituada a classificar tudo em moldes produtivos, onde não poderia haver espaço para desperdicio, onde o tempo se reduz a dinheiro, onde motivações são missão, projetos ultrapassam o mero desejar realizar, para refletir etapas programadas, mesmo não sendo da área gerencial, sou gerente de uma familia, amorosa é verdade, mas que tem que ser funcional, pois assim somos moldados pelos hábitos criados, diria mesmo incutidos pelas necessidades sociais de sobrevivencia, e o tempo-dinheiro, valor agregado, nos afasta do tempo real, do prazer existencial, abertura para a contemplação do que é simplesmente, ou do estar no mundo, humanamente, animalmente. Existir.
É, sou mais uma chata nesse mundo a falar sobre essas coisa que acabam não levando a nada. Óbvio que , pelas leituras, pela convivencia com pessoas das mais diferentes "configurações", devido a minha condição profissional, sei que o que estou dizendo é apenas um lugar comum. Chatice de quem não encontrou seu lugar. Angustia da busca. Mas ai é que está. Estou descobrindo(re) que não preciso de um lugar, pois tenho todos os lugares por onde conseguir passar. Que enquanto buscava, perdia o por onde passava. O caminho é que é o lugar, onde estou aqui e agora. Curioso é que em outras fases de minha vida já soube disso e esqueci. Por isso esses(as) amigos(as) recebem aqui o agradecimento, por terem me lembrado. Graças a eles(as) estou mais feliz hoje.

sábado, 18 de outubro de 2008

INVISIBILIDADE

Recentemente duas informações recebidas despertaram minha atenção para a mesma questão
UMA:
" Quando o luxo vem sem etiqueta...
O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e
boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa
a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora
do rush matinal.
O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube:



Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos
passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos
maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas
num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais
de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde
os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar
ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no
pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo
jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor,
contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão
num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura.
Um artefato de luxo sem etiqueta de grife."

OUTRA: Uma tese de mestrado  em psicologia, onde o pesquisador, atuando como gari no seu campus, não era reconhecido por seus pares. Mais no link
http://ociokako.blogspot.com/2008/09/invisibilidade-pblica-tese-de-mestrado.html




PS:Na natureza, este Ipê roxo está maravilhosamente belo. Ao ser fotografado - e tentei diversos angulos - suas cores se perdem ao fundo, ora o azul do céu e mesmo o verde das árvores, que realçam o roxo ao vivo, o apagam na imagem

Êh vida boa...


Já é hábito, posso dizer, estar mal informada. Na verdade as minhas andanças, meus caminhos, idas e vindas me afastam de procedimentos que eram comuns em outras fases da vida, como por exemplo acesso diário a informação. Ou, àquele típo de informação sobre o que acontece no mundo pela ótica dos formadores de opinião. Ou ainda aquela informação sobre fatos que alguem decidiu que são relevantes para nós, os submetidos. Sòmente ao "chegar da roça" é que vou tomando ciência das coisas que aconteceram "no mundo"...Como se não fosse fato relevante as mudas do jardim que brotaram, ou o ninho de beija-flor ou ainda o botão de flor, coisas que meu neto descobriu...
E cada vez mais eu descubro, nestas minhas visitas, o tempo que perdia sendo "cidadã do mundo", pois onde eu vivia, o tal chamado mundo real, era o lugar mais irreal deste universo, se bem que não conheça todos os recantos do tal Universo. E aprendo ainda que a verdadeira informação vem através dos pequenos fatos de uma vida simples, onde vamos aos poucos nos desimpregnando de vícios e posturas fúteis, hábitos inúteis, como por exemplo, ganhar mais dinheiro para ter mais confôrto, sendo que a dor nas costas independe do grau de confôrto que utilizamos. Abandonar os desejos daquelas coisas que quanto mais temos mais queremos, permitindo-nos ser enredados numa busca incessante pelo muito e dispender mais energia inúltimente, nunca atingido o prazer, a satisfação.
Parece-me que estou me tornando, ao abandonar certas "necessidades", uma hedonista de primeira, ao molde de Epicuro, finalmente compreendendo a distinção entre as coisas que são realmente necessárias, afinal descobrindo o prazer de viver.

E começa a cantar o meu sabiá, em algum lugar do jardim. Tanto que reclamei de seu canto matinal( são 5 da manhã) me despertando para o dia, mesmo quando eu não queria e agora descubro que sentirei muita falta dele caso a mudança necessária para uma cidade grande se concretize.

Com atraso



(Permito-me apenas trancrever parte do texto de mensagem recebida pelo correio eletronico)


*Cumpre-nos informar que Pierre Weil, fundador da Unipaz –
Universidade Holística Internacional – fez sua passagem sexta-feira, dia 10 de outubro de 2008.
**Seguem mensagens de
Jean-Yves Leloup, Karin e da Coordenação da Unipaz Pernambuco.*

*Jean-Yves Leloup*
Nosso amigo Pierre Weil nos deixou - ele deixou seus limites para
ser "um" com este Infinito cuja intuição e pressentimento ele tinha
desde a sua mais tenra infância.
Sentiremos falta da sua presença forte e frágil ao nosso lado, temos
o direito de chorar... no entanto, devemos nos lembrar das suas
palavras:
*"Saibam que a morte não existe enquanto desaparecimento definitivo
da nossa existência; é apenas uma transformação, uma mudança de
estado de
consciência, comparável ao sonho e ao sono profundo.... Se
compreendermos isso, poderemos ficar contentes, lúcidos e estar em
paz... enviem do fundo do seu coração um voto para que este estado
se comunique a todos os seres vivos..."*
Nossas lágrimas serão, então, como as lágrimas do mestre, que ele
frequentemente mencionou: lágrimas de compaixão.
Que as sementes de consciência e de paz que ele plantou em nós e nas
obras que ele fundou continuem a florescer e a dar o seu fruto.
De agora em diante, que a sua presença, "clara e infinita luz", nos
acompanhe...


*Karin*
Antigamente, dizia-se que aqueles que partiam, partiam para o dia,
partiam para Deus. O dia deve estar brilhando mais forte no lugar
onde Pierre está agora...

Envio para vocês um poema de William Blake:

*"Um veleiro passa na brisa da manhã e parte rumo ao oceano*
*Ele é a beleza, ele é a vida.*
*Olho até vê-lo desaparecer no horizonte*
*Alguém diz ao meu lado: 'ele partiu!'*
*Partiu para onde? Partiu para longe do meu olhar, é tudo!*
*Seu mastro continua alto.*
*Seu casco ainda tem força para carregar sua carga humana.*
*O desaparecimento total das minhas vistas está em mim, não nele.*
*E exatamente no momento onde alguém diz ao meu lado: 'ele partiu',*
*existem outros que, vendo-o apontar no horizonte e ir na sua direção,*
*exclamam com alegria: 'Ele está chegando!'*
*Isso é a morte..."*

A todos um abraço com muito afeto...

* *

*Coordenação Unipaz PE ***
Queridos, a delicadeza sutil da trajetória da vida revela a cada
instante a sutileza do sopro presente em todo nosso ser...
Dando continuidade à sua plena expressão quando o sopro revela o vôo
do belo pássaro, que por não possuir mais prisões, se lança livre no
Universo... assim, nosso querido Pierre encerra uma etapa e inicia
outra.....
Hoje, como onda buscando o mar, o Pierre se integra no Mar de Luz...
Mas fica a presença forte e determinada de quem sabia desde cedo de
sua missão...
Permanece em nós suas últimas palavras de muita emoção no congresso
da transdisciplinaridade , em Brasília:

*"Ubiratan, lembra o que falamos no início.. quando tudo isto chegar
as universidades, é hora de sair de campo..."*


Ele saiu suave, como o azul de seu olhar...
Ele saiu discreto e simples, como seu jeito de não gostar de elogios...
Ele saiu consciente da hora certa, em paz e com alegria...
Ele compreendeu o sentido desta mudança, querendo até nestes últimos
momentos, partilhar com outros, seus últimos ensinamentos no
Avivida...
Ele simplesmente permitiu que o sopro encontrasse outra forma de
expressão...
E este lindo beija-flor está voando leve sobre outros canteiros...
Cabe a nós dignificar o que aprendemos.. . e que nossas lágrimas de
saudades reguem ainda mais os canteiros, que nós beija-flores-
aprendizes, ainda temos que cultivar...

domingo, 12 de outubro de 2008

Da DOR e de homens (sp)

Tenho pensado na dor. Qualquer dor. As do corpo e as da alma. Ou espírito, como queira. Aquelas que doem nas emoções e por causa delas. Provei muitas vezes das duas. Creio até que foi um privilégio, pois vejo que a experiência sensível conforma o conhecimento. Não há como pensar a dor. Imaginar a dor. Apenas a partir de uma memória do que foi sentido. Discordo quando o conceito de empatia diz ser possivel a identificação. Apenas se aquele ato foi experimentado. Mesmo que a memória aos poucos vá diminuindo a clareza do ato memorável, e, para nossa felicidade isso acontece, mas só podemos de fato compreender o que parte de nossas vivências.
E então pensar no que dói. A ação externa que nos atinge, ou o nosso substrato, nossa condição intrínseca "dolorível". A causa. É certo que algumas doem mais pelo retorno, pela repetição. Em outras, vamos ficando insensíveis ao ponto de quase não sentirmos mais. Então o que é mais significativo, o sujeito ou o agente?
A ciência nos diz que dor é defesa, produz uma reação para autoproteção. Mas já vi viciados em dor, necessitados de mais e mais para conseguirem sobreviver, pois de tal forma estiveram impregnados por ela que se tornou a própria vida. Temem deixar de existir se deixarem de sofrer. E esta condição, é inata ou adquirida?
E ficam então as questões: dor é existente ou ato de razão? Existe a dor ou apenas os que sentem dor? É objetiva ou subjetiva? Analgésicos ou autoconhecimento?
Tenho, no momento, tendência a ficar com as segundas hipóteses. Mas como sempre de fato não sei, apenas tenho opiniões e muito pouco fundamentadas, na verdade. (Se é que verdade existe.É objetiva ou subjetiva...)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

convite


*Viçosa, outubro de 2008.*

*Queridos amigos,*
*temos a grande alegria de convidá-los para a inauguração da Lona
Cultural!* *Dia 11 de outubro, a partir das 15 horas.*
*Seguem em anexo o convite e um mapa de como chegar.*
**
*Programação:*
*Palhaço, Malabares, Música, Arte, Artesanato, Cantina e muita
diversão.* **
*Fraterno abraço,*
*Crianças e Famílias da "Casa das Crianças Menino Jesus"*
*Viçosa/MG*
**
**

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ou Sísifo ?

Um não findar do mesmo acaba valendo a pena, mesmo assim, pois o simples fato de estar experimentando é o que importa, pois isto, a experiência, mesmo quando aparentemente repetitiva, é o que conduz a mente/espirito para alem do já conhecido ou aprendido, ou, apreendido.
Apostando em outras possibilidades de vida-alem-da-material, no entanto, tememos estar errados e aferramo-nos ao que conhecemos ( plural majestático ), ou pior ainda, o temor de não estarmos convenientemente preparados e entrarmos "numa pior". Afinal, dentro das possibilidades que nos apresenta Pascal, sendo melhor vivermos como se Deus exista, mesmo assim em qual deus estamos apostando ? Javeh, que exige temor de seus crentes? Khrisna, o dançarino e suas pastoras ? A Deusa? A pura Luz, o Imanente? Cada qual com suas pequenas variantes apesar de fundamentos pròximamente comuns, exigem no entanto um caminho de perfeição e busca mìnimamente diferenciado. Não pensar sobre o que não se pode experimentar implica em desistir de conhecer ?
Lá vou eu, subindo e descendo a montanha, com minha pedra (ou no plural) sem sair do lugar, por mais que pense/reflita, mesmo com tantos argumentos que procuram esclarecer, e quantos mais, mais gosto, mais pedras significa mais diversão. Contradição?

domingo, 5 de outubro de 2008

Ocaso ?

Cansei. Des-cansei. Achei que nãovaliaapena. Desisti de desistir. Sigo em frente questionando os porques dos porques. Necessidades essenciais pelo desconhecimento da essência. Questões kantianas, questões humanas, de onde, por que, para que, para onde e de que modo. Podemos errar, devemos consertar, o que esperar? É necessário prosseguir, a teimosia é só teimosia?(?)(?) Por onde ir, é só seguir, parar, olhar, sentir, refletir ? Esperar o novo dia, que será igual mesmo quando diferente, infinitamente até o fim. Algo de novo sob o sol, é, foi, tudo sempre o mesmo, do mesmo, matéria, forma, potência, desistência, equivalência? Conhecimento, lógica, entendimento? Algo de novo sob a chuva, a água lava tudo, a vontade, a intenção, para onde é dirigida? Anacronismo.


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