MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

segunda-feira, 30 de junho de 2008

"Ao mestre com carinho"

Chamo de mestres àquelas pessoas e algumas vezes até coisas ditas inanimadas, que nos apontam possibilidades de ultrapassarmos aquilo que nos tornamos. Mestres são aqueles que produzindo inquietação nos conduzem à pesquisa, à reflexão, que nos mostram que algo mais é possível, sempre é possível. Muitas vêzes procuramos, esperamos (dizem que é necessário um discípulo pronto...) e quando e de onde menos esperamos, surge um. Pode estar nas indagações de uma criança, nas atitudes de um animal, nas palavras de um desconhecido. Embora ao encontrá-lo dele não queiramos nos apartar, vampirescamente queiramos mais e mais, aquilo que o mestre nos legou, sempre e sempre irá frutificar, irá desdobra-se infinitamente, ou pelo menos até o fim desta jornada, e semente será de outras jornadas. Tive o privilégio de encontrar um mestre assim nesta rêde, e hoje o dia ficou um pouco menos feliz quando eu soube que ele pretende se afastar. Mas outras perdas na vida me ensinaram que a impermanencia no plano material so é decorrencia de nossa vontade e este mestre, caso de fato pare de interagir neste nível, o blogueiro, já me deixou um legado de questões que, sem dúvida me fizeram ir alem do que minhas pernas permitiam, e me farão ir mais adiante, êste mestre já faz parte de mim. Mas, por favor, não vá ainda. Quero mais.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Um bom fim de semana

Qual planeta está em conjunção com qual ( ou será disjunção?) ou qual bicho me mordeu, ou onde se escondeu o superego? Ou o afloramento sem disfarces da real face da "Urtigão", ou excesso de besteiras que entram pelas letras lidas prejudicam o senso e a mente, ou quem manda ir para qualquer lugar, sem discernimento, ou cadê a isenção do olhar, o distanciamento necessário? é vírus? bactéria? príon? estou atacada por mau-humor. Ainda bem que vou para uma das matas favoritas amanhã.
Lá só tem do que é bom, mesmo coisas que teòricamente(?) irritam são facilmente superáveis. Sim, confesso, vou sentir um pouco de saudades dos amigos que a "maquina" trouxe. É... até admito, aqui tambem encontrei coisas que valem a pena. Mas se não for recarregar as bateriasceluraresdocorpofísicoemental (ou da interferência da serotonina nas funções mitocondriais) não consigo contornar as pequenas dificuldades que vão se tornando grandonas. Afinal eu SOU um bichodamata. Mas volto logo, pois aqui existem ainda coisa que me amarram e impedem que eu siga definitivamente por outros rumos.

Listas:


acrescentar à lista:
Intolerancias: a minha burrice AAARHGHH!!!

PS: pronto. Já que não consigo trazer outras, vou deletar e isso sei fazer bem - deleto até o que quero preservar - a área linda de Bach que por única acaba até se tornando chata. Resolvido o problema por hora. Mas como sou quem sou, mais teimosa que mula MULATARTARUGAANTAJURÁSSICA, vou tentar até conseguir... depois que voltar do meu próximo passeio à roça pois os neurònios funcionantes estão entrando em colapso e se sentindo incapazes, tadinhos.

Em "Lamurias" ou "Aprendizagem"?

Questão um: esse meu contador de visitas é mentiroso. Não é possivel que tanta gente tenha vindo aqui em uma semana. Na verdade ainda não entendi o funcionamento destes instrumentos.
Outra questão : dias lutando para conseguir música de fundo e de repente consigo uma. Mas e as outras, porque não vieram junto? Assim minha trilha sonora se torna incompatível com a minha diversidade. Horas e horas clicando, com todos os poucos recursos que aprendi e...nada. Tudo desaparece no meio do caminho. No dia que eu encontrar o lugar para onde está indo tudo, mesmo que uma lixeira, vou encontrar o caos: uma enorme produção de coisas repetidas e sem sentido. E que nem terá a perspectiva do caos inicial, de produção a partir de. É mesmo um caos terminal que, eu acho, vai acabar imobilizando minha pobre máquina, montada a partir de sobras em desuso das outras que ficaram mais fortes e bonitas. Minha reciclada máquina cansada e gasta e ainda tendo que carregar um monte, um MOONTE de coisas sem sentido, como acontece com um furo no forro da bolsa...ou na decoração de minha casa. Coisas da velha, talvez, o gôsto por arrastar comigo inutilidades que funcionam sòmente para fazer recordar que afinal eu vivi. Mesmo que viva ainda. Para lembrar, a cada olhada da impermanência, já que todos esses saldos na verdade não são em nada semelhantes ao que as recordações remetem e nem as recordações são semelhantes ao que foi vivido. AH!! isso é que é Maya (?!?!?) E a lição do desapêgo tão bem assimilada, como muitas outras na teoria? Valham-me Entes !

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Não sei como olhar para o outro senão a partir de mim mesma.

"Crítica"

Por crítica eu entendo uma emissão de um juizo, a partir de um ponto de vista, ou como em Kant, uma análise. Ao se propor como tema de um debate a forma como a crítica é exercida, a partir da subjetividade do crítico sendo êste um ególatra, quer me parecer que estamos incorrendo no mesmo êrro (hybris, desmedida), pois que estamos criticando o crítico a partir de nossos pressupostos, de nossa subjetividade, constituida por nosso ego, e que no caso consideramos como superior àquele que julgamos. Bordieu ao tratar da condição do poder simbólico , remete para a condição onde nossas ideologias passam a servir a interesses particulares que tendem a ser representados como universais, para perpetuação de um modelo de cultura dominante. Isso é natureza humana? Na questão da industria cultural contemporânea ou a da produção da obra de arte patrocinada pela Igreja, na Idade Média/ Renascimento, o que sempre tivemos é a mesma coisa, a intenção de perpetuarmos o poder ao nosso modo, desejo e vontade. Preciso de fato descobrir a sutil nuance entre os que podem fazer isso e os que não podem. Mas isso não é só questão de ponto de vista?

Subindo montanhas

As vezes tento alguns passeios para os quais não tenho capacidade. Foi assim quando decidi subir uma montanha de minha região com alguns de meus filhos, eles os adolescentes e eu cansada do trabalho, sem preparo físico e ainda por cima no meio de um "estado gripal". Quase voltei, quase chorei, literalmente ao final eu me arrastava até o topo, ao alcance de meus olhos, mas muito distante de minha aptidão física. Êles lá, me esperando e curtindo as maravilhas da paisagem, pois sabiam que desistir não era algo que fizesse parte da minha natureza, e nem atrasar os outros pela minha eventual lentidão, e eventualmente enviavam gritos de estímulo " Mãããe vem logo, tá demais". Cheguei e pude desfrutar não só do local como principalmente de uma superação de meus limites. Isso aconteceu a cerca de 4 anos e em uma época em que eu havia superado o maior obstáculo de minhas experiências pessoais, algo tão impossível, tão improvável, que até hoje ainda não consigo analisar com clareza. Daí que subir àquela montanha naquelas condições pessoais se tornou uma metáfora de minhas vivências.

Esta semana fui "subir o Alcobaça de novo" , virtualmente. Me explico: surfando em blogs fui convidada a participar de uns debates em 'comentários'. De onde estou dá para imaginar a beleza que me espera, pois deste flanco da montanha já o visual é belíssimo, imagine 360°. Porem sei que meu ritmo tem que ser compatível com minha condição. Portanto, vou por aqui, crianças. Pode ser que eu até alcance voces. Ou não. Mas vou desfrutar a paisagem, intensamente. Ou, aplicando ao caso, vou ler mais sobre os temas que vocês apontam. Por sorte os livros que vocês citam tenho-os já semi-lidos, só preciso caminhar até o outro extremo da casa. Por que "a máquina " está num quarto e os livros em outro? digamos que eu hierarquizo da seguinte forma: PC próximo à área de serviço - ondas eletromagnéticas, blablabla. Livros, que são a paixão, entre o ambiente de estar e o quarto de dormir. Lógico, né? Por que agora que estou superando o preconceito contra "a máquina" não a transfiro? Óbvio também: assim sou obrigada a fazer uma micro-caminhada toda hora, pois que senão "as juntas emperram". E continuo caminhando por montanhas, metafóricas ou não.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

" comunicação"

Tenho outro blog com nome idêntico porem com endereço diferente. Talvez alguns de voces já tenham visto e lido a historia da origem dos dois...Uso aquele para comunicação de assuntos mais extensos do que em um orkut quando tenho algo a dizer para a família. Pequenos casos, cartas abertas, que antes eu encaminhava por e-mail, mas assim está sendo uma nova experiência. Eis que uma ótima pessoa depois de ter sido visitada em seu blog vem ao meu, aquele, lê algo fora do contexto e faz uma interpretação que não tem nada a ver com o que é. Fico super constrangida pela minha falha em me comunicar e de coisas assim é que tirei aquela questão da comunicação e intersubjetividade. Vou colar aqui o comentário que ela deixou lá pois que sempre palavras positivas devem ser difundidas, mas lá, não tem nada a ver.
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" Salvé! "Eu realmente não conheço a síndrome da Therezinha, mas quero dizer-lhe que conheço a síndroma de MIM! e que resulta em pleno!
então é assim:
De manhã começa-se com um leve despertar e com um OBRIGADA por mais um dia e um LOUVOR ao céu ou á Terra...tanto faz.
Depois uma meditação que nos enche de vigor e serenidade simultâneamente. ao londo do dia, olhar para o céu várias vezes e falar alto como se houvesse outra pessoa em casa - porque as há - e conversar...de tudo..contar o que vai na alma de bom e mau. O que não se entender da vida e os porquês, depois desta conversa as respostas aparecem nem que seja através de uma revista, TV, vizinha/o, rádio, our-doors, como já me aconteceu!
é a linguagem divina que é mágica a dar-nos as respostas de que precisamos para não necessitarmos de andar á procura...de nada!
Não há nada que se procure no esterior! O que se tem vontade de saber, etc. está tudo dentro!Não é pelo consumismo, ou por ficar retida em casa que as coisas melhoram. E...por favor afaste os medos...eles são o principal veneno para que as coisas não avancem! Vigie os pensamentos. nunca pense em coisas que já passaram...por isso só lhe vai criar mais angústia e insatisfação. Faça de conta que nasceu hoje - logo que acordar - porque o sono é a nossa morte dia´ria e nunca sabemos se acordamos!
Os pensamentos só de coisas praseirosas, em todos os sentidos e o mai elevados possível. Nada de egoísmos, invejas, e tudo o que seja o mote de desvio daquilo que realmente É! Um Ser magnífico, pacífico e amoroso por natureza!
Vá lá levante-se aranje-se e vá para o sol e ache-se o Ser mais belo e inteligente que o mundo tem e que é SEMPRE MAS SEMPRE MUITO AMADA! agora sinta isso! deixe-se envolver por essa paz duradoura e feliz que a envolve...feche os olhos e sinta! Ande a pé pela natureza, riachos, cachoeiras porque aí há com fartura...é aí nessa maravilhosa Obra da Criação que sentimos mais esse poder!
Se não sabe fazer meditação, aí está algo que deve aprender..porque fica mais preenchida CONSIGO MESMA!

Esta é portanto a síndrome feliz de MIM!

Abraço
Mariz ESPAVO! - reconhecendo a LUZ que há em SI! (como em MU - Lemúria) "
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terça-feira, 24 de junho de 2008

Continuação : Desnudamento

uma pequena lista
Preconceitos: computador, redes, tecnologias em geral, as mídias no
geral
Mêdos: submissão ao Grande Irmão, qualquer submissão, preconceito.
Ignorancia: não aceitação do inevitável, aversão a mudanças.
Descobertas: o novo mundo, fluidez, dispersão
Temor: ficar (m)idiotizado, não ter como escapar de uma história pessoal.

desnudamento

Gosto de contar sôbre os caminhos que percorro. Revelar, descrever.Talvez seja isso que somos. Nossos caminhos. Os percorridos e aqueles a percorrer. Somos este instante que é a sintese de tudo isto. Isto é o ser.
Em algumas andanças atravesso mundos distintos, embora eventualmente entrecruzem-se ou interpenetrem-se. E quando me refiro a mundos, não estou me referindo a modelos culturais, não .Trata-se do movimento entre os mundos da matéria, a possibilidade do mundo espiritual e a nova dimensão de existência, o mundo virtual. Então, entre as minhas andanças recentes, que sempre envolvem andar onde tenha poeira, minhas trilhas e ruas, viajo agora tambem neste mundo blogueiro (qual a palavra em portugues para isso? só neologismos?)
e tenho encontrado uma réplica bastanta fiel daquele onde o Logos se fez Matéria (e emoções), neste, onde o Logos só se faz Palavra ( e conceitos).
Encontrei então nessas andanças, Mr Fart que me indicou um..."espaçoidéia-pessoa virtual" , um Blog, o Im-posturas, que em sua sub página, a de comentários - que eu continuo achando que deveria ter a apresentação da principal,uma exposição de pensamentos ou idéias que me obrigaram a aprofundar o que sabia de superficial e num mergulho de snorkel me deparasse com algumas respostas ao que procurava e que como tais, incitam outras perguntas, outras questões. E cheguei a uma frase de Roland Barthes " toda recusa numa linguagem é uma morte". E aí encontrei uma chave, que me abriu e me fez entrar sùbitamente na sala da descoberta de preconceitos insuspeitados. E estou sacudindo-os, tirando poeira, vendo o que são, de fato, já que jogar fora, sem investigação é só produzir lixo. Eu acredito em reciclagem para sustentabilidade.
Enquanto isso tambem estou elaborando listas de Ano Novo, para agora mesmo, pois todo dia é um ano novo iniciando. Listas de, por exemplo, coisas que ontem eu não sabia e hoje aprendi, de coisas para mudar de compartimentos. Adorei!

Diversão

Estou adorando este brinquedinho. Não só porque estou aprendendo a usar e quase controlar uma máquina, sem cursinhos, o que está fazendo um bem enorme à minha auto estima - e quem não gosta de cafuné no ego, mas também porque estou descobrindo coisas sobre mim mesma que ignorava, por exemplo o tal do preconceito. A negação de uso de mídias na verdade mascarava idéias preconceituosas que eu não me atrevia a esmiuçar, ou a por em movimento, para promover mudança. Estava entocada, achando que sem contato avançava mais, pois que contatos com o medíocre poderiam afetar, e não percebia que a imobilidade estava sendo agente da mediocridade. Ora viva, um remelêxo! ( Sem contar que, escrevendo com o risco de que alguem leia, vou ter que me atualizar em gramática, alem de informática...)
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Pronto! Já está a tal auto-estima arranhada! esta confissão era para o outro blog o sem hífen e escrevi neste, e não consegui copiar/colar para transferir. Antes que 'delete', o que sou especialista, vai aqui mesmo e vou a uma nova sessão de 'êrros até um acêrto'.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Em busca dos links perdidos

Tentando refazer trajetos, encontrei outros caminhos, fui parar além mar, e descobri pessoas lindas, pois que aqueles textos e imagens, só podem ter sido gerados por pessoas especiais, que buscam dar relevância a seu espaço, publico. Conteúdo, fundamento, consistência. Melhorou meu humor, diminui a sensação de estar só. Alguma tribo fala e fala muito bem - uma lingua parecida com a minha, a que só balbucio.

sábado, 21 de junho de 2008

Perdi meus links !

A primeira coisa que fiz quando cheguei de viagem, da roça foi, não sei como, fazer desaparecer a lista de blogs...Como estou gripada, febril,só vou cuidar disso depois. Por hora, pra cama dormir muito, pra ver se o dodói passa.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Um pouco sobre nada

No outro blog, num dia desses falei sôbre o vazio que acompanha a existência. Da solidão que nos transforma em compulsivos. Da incompletude. Nós da espécie humana, não conseguimos relaxar. O lazer se torna uma busca ansiosa de prazer. Tudo e qualquer experiência se converte em ansiedade.
Do sufismo tiramos uma lição que diz que " as doenças são consequências de relações exageradamente emocionais com nossos objetos de desejo". Aristóteles, de origem persa, ao tratar do desejo afirma que este tem por objetivo o fim e que este fim deve ser o bem e que este bem para a maioria de nós trata-se do bem aparente, ou que o que parece bom a cada homem é por ele desejado. Mas o desejo talvez seja o que gera movimento, o que impulsiona os seres para a existência e através dela, o que promove a vida. O equilíbrio então seria a solução .O 'caminho do meio' que propõe o taoismo , e que Aristóteles, talvez em suas andanças com Alexandre tenha descoberto, e nos apresenta como a virtude, o equilibrio entre os dois extremos de uma dada condição.
A solidão, exaustivamente cantada em versos e prosa e explicada por místicos, psicólogos, filósofos -os de fundamento e os de botequim - talvez seja não a ausência do outro, mas a ausência de si mesmo. Do amor por si e conhecimento de si.
O que me fez divagar nessas linhas é a minha total incapacidade de compreender o outro, e talvez a mim mesma. Entendo e aceito, mas não compreendo. Uma vida dedicada a entender o que é ser humano sob vários de seus aspectos, e que nessa fase me deixa com desejo de não ser humana, tal a fragilidade que percebo nesta espécie, fragilidade essa que por mecanismos de defesa é transformada em maldade. Não dá para ser participante de algo que não concordo, estar onde não me identifico. Não, não sou suicida nem depressiva, se quem for ler ficar preocupado, desnecessário. Minhas divagações tratam do universal, enquanto que eu sou excessivamente autocentrada ou seja, viva no particular, MINHA familia, MINHAS experiencias, o que me protege, e isso torna o meu olhar quase que "de fora" quase que um ideal de antropólogo, quase que um "antropólogo cósmico", olhando,da "MINHA mata" para o exterior,e usando o esconderijo para me proteger dos "Peninhas", os trapalhões da vida, que estão sempre tentando invadir, impor seus modelos a quem de fato não está interessado em ser como os outros.

domingo, 15 de junho de 2008

Pablo Pamplona acrescenta:

Você me chamou no meu blog pedindo um conceito objetivo ou técnico de comunicação. Olha, pelo que sei, isso não existe. O mais objetivo que consegui encontrar no meu tempo de faculdade foi na matéria de Etimologia (o estudo das ciências). Parece óbvio, mas comunic-ação significa "ação em comum". Toda forma de interação entre duas ou mais pessoas, seja verbal ou não verbal, é um ato de comunicação. (Não sei dizer se é possível comunicar consigo mesmo, mas certamente sim com objetos, plantas e animais.)

Mas aí cai naquela questão (mais filosófica do que comunicóloga) de descomunicação... bom, eu sinto isso acontecer comigo o tempo todo. Quanto mais aprendo, mais vejo que não sei de nada. Mas sei que a comunicação existe quando encontro uma pessoa igual a mim, com muita coisa em comum. É assim que nos apaixonamos, não é?, por mais cruel que esse sentimento possa ser...

Não sei achar uma conclusão, então de resto acho oportuno citar duas coisinhas, algo que vi num blog e uma música do grande Tom Zé (adoro citar).


Porque alguém tem sempre que falar?
Muitas vezes não deveríamos falar, e sim ficar em silêncio.
Quanto mais se fala, menos as palavras significam.
Palavras devem expressar apenas o que queremos dizer.

em Viver a vida, de Jean-Luc Godard


Eu tô te explicando pra te confundir,
tô te confundindo pra esclarecer,
tô iluminando pra poder cegar,
tô ficando cego pra poder guiar.

"Tô", de Tom Zé
.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ainda em Babel

Cara Patty Diphusa : a questão que levanto talvez seja a do uso das palavras e de um mau uso. Um uso excessivo e sem responsabilidades. O que está sendo dito só interessa ao espetáculo do ato de dizer, e não mais a essência do dito, ou ao fundamento que deveria estar embutido na comunicação, ou o atingimento dos significados tanto de quem diz como de quem "recebe", em suma, qualquer pessoa fala qualquer coisa e cada um entende como quer e retransmite de qualquer outra forma, ainda. Não sei se consegui me fazer entender. Você , Diphusa, mas eu sou Conphusa. . Talvez a solução esteja no que voces, Patty, Andarilha, Ubbalda, expuseram sobre comunicação não verbal. Gente , por favor tragam-me luz...

Salada de Babel



Fiz uma bela salada de Babel. Gostei do que li, gostei de observar os blogs de quem veio aqui, depois de terem me visitado; fui com um outro olhar. Bem, na minha salada ficou faltando um certo tempêro, quem sabe ainda chega.
Crianças, estou indo por uns dias para um lugar sem eletricidade -voces conseguem imaginar o que seja isso? O que e quem me espera? Mas para alguem como eu, é indispensável para recarregar minhas células corporais. Vou, mas volto breve. Banho frio só por poucos dias.

Sobre Babel ,Patty Diphusa diz :

Oie, posso entrar?
Sobre comunicação, sei não. Cada vez mais acho que pode estar mesmo em gestos, olhares, sensações que antes foram tão massacradas pela palavra. Mas também usamos das palavras cada vez mais. A Internet é uma prova disso, não?

Andarilha diz:

Ora, ora, sra. Urtigão, parece que estamos meio desencantadas, é isso?

Mas é claro que existe comunicação. Se não houvesse,
- como é que tanta gente compraria pelo mundo afora o mesmo carro, a mesma bolsa, a mesma sandália, o mesmo perfume?
- Como é que moças e moços saberiam que o charme jogado sobre alguém está surtindo algum efeito ou não?
- Ou então, como é que as pessoas que de um mesmo edifício se comportariam se fosse cada um por si?
- E nos parques nacionais, como é que os visitantes recolhem seus lixos e procuram preservar a natureza?

Tudo isso é comunicação.

Muitas vezes ela é usada por gente sacana que só quer se dar bem. Ainda assim é comunicação, não é?

Agora, em se tratando de astros, esses às vezes mandam uns recados que a gente não percebe ou interpreta errado, não é mesmo?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

ubbalda :

Sra. Urtigão voce está enganada. A comunicação verdadeira existe. É aquela que dispensando as palavras se estrutura em um olhar, no calor da pele, por todos os sentidos. Comunicação não é logorragia nem razão, é sentimento que vem da alma e é percebida pelos corpos,é amor verdadeiro,é união.

sobre Babel

Pois é, as palavras e os signos sempre geram confusão. Não há COMUNICAÇÃO. Ninguem entende nada. Nunca. Não há nada em comum verdadeiramente entre seres humanos. Só a capacidade de produzir des-entendimento, des-harmonia.

"TEMPO" (1)

Tiago Paixão, sobre Babel

Tiago Paixão sobre a postagem "BABEL":

Isso vai ser divertido demais... bem vamos lá: (acabei de puxar um cubano, pois isso merece)

Começamos pelo começo (óbvio): É o diabo da subjetividade... o tal do ruído... aquela inexatidão que é inerente a linguagem. A causa disso? Eu me lembro que há dez anos eu estudava teoria da comunicação e me diziam em livros de 400 páginas que eu tinha que ser objetivo. no entanto, a questão já começava cabulosa por ai... Objetividade no sentido de restringir a percepção??? Objetividade no sentido de concisão? Na realidade acho que ninguém quer assumir o onus de determinar isso... o primeiro, que facilitaria a compreensão da realidade certamente teria o custo de impedir a interpretação... associando isso ainda ao diabo do mercado, ferra tudo... pois na comunicação não há santos. O segundo, esbarra nos interesses das empresas de comunicação

Num segundo momento, imagino a maldita espiral do silêncio... os erros repetidos e surgidos a partir do diabo do ruído. Pra mim, o que importa é que não há nada senão apenas a necessidade de informar e informar-se entendendo que para isso há a margem da interpretação e que isso não é ruim quando o desgramado do comunicador não tenta condicionar o leitor (receptor) e permite a ele a simplicidade mostrada pela tua filha... A comunicação é como comida.. A melhor é a simples e sincera... As de grife são comprometidas com egos, são parcas e por elas se paga um preço alto demais.

Pronto!!!!!

BABEL

É difícil atingir-se uma condição de comunicação de um conhecimento de modo claro e distinto. Em parte pela própria dificuldade da parte que tenta expor uma ideia. Por outra, porque aquele que está ouvindo vai filtrar os conceitos ou argumentos segundo suas possibilidades de percepção ,compreensão, condições psicológicas, que envolvem seu campo afetivo, dentre outras circunstancias. Daí uma grande quantidade de teorias sobre linguagem, lógica, comunicação, que não me atrevo a citar por possuir um conhecimento apenas superficial dessas questões. Só que de uma forma , digamos natural, não erudita nem teórica fundamentada vou construindo meu saber ou mais corretamente, meu não-saber. ( Lembro-me de brilhantes observações de uma das filhas, incompatíveis com sua tenra idade e que quando eu perguntava " como você sabe disso?" me respondia : "tô olhando"). Não que o que eu diga sejam conclusões brilhantes. Se for pesquisar, algum teórico do campo das ideias já discorreu longamente sobre isso ou aquilo, acho até que tudo já foi dito ou pensado. O que é original de cada ser humano é ,de certa forma uma síntese, pessoal, apoiada em cada experiência pessoal, única, intransferível, que faz com que cada conceito ou conhecimento seja tambem único e intransferível. Viventes da área da comunicação: chego aqui a uma teoria pessoal de que comunicação não existe. Por favor esclareçam-me. (vou postar na página principal,com o devido crédito. ) Acho, e pago penitência ao "achismo" - a "doxa" no lugar da "sophia" -que as tentativas de comunicação verbal ou escrita, o Logos humano atuam no sentido de des-comunicação. Influência excessiva do Mito de Babel?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pois é

Estou intranqüila hoje. Embora essa tendência à hiperatividade sempre tenha me acompanhado. Ainda bem que sou de outra geração pois senão, estaria medicada até mudar a alma , para controle da síndrome, deve haver uma... Como gostam da classificar em síndromes. Transformar em patologias as diversidades de comportamento, de personalidades. Daí vender produtos que igualem as pessoas, enriquecer, enquanto empobrecem a humanidade do ponto de vista da criatividade ou diferenças. Sábio Orwell. O que interessa mais aos poderosos? o lucro ou o contrôle ou os dois e mais alguma coisa ainda...É, confesso que estou um pouco triste hoje. E isto é raro: confessar-me em público (ou no privado) e ficar triste. Mas ter saído da mata traria êsse tipo de consequência, eu sabia e assumi o risco.
Quantos pobre-coitados presos a um nada de valores nessa existência. O quanto correm atrás da felicidade sem saber que ela está ao lado, é só parar de procurá-la e ver, senti-la, experimentar. Tento explicar: andei passeando em MUITOS blogs ontem. E o que eu vi? Praticamente nada. Isso mesmo, umas enormes coleções de vazios, uma futilidade...transtornante. E se queixam do vazio...Como nós, humanidade, somos contraditórios. E o que sobra é, um pouco de poesia quando também não é fútil, um pouco de jornalismo geral, politico, e que também não muda nada, não promove transformações, nem quer, apenas receitas velhas, antigas fórmulas, e formas ultrapassadas . Pois é. Desisto e volto para onde vim? ou insisto mais um pouco, pois eu que andei pegando trilhas erradas?
PS. Algumas poucas e boas exceções . É. Pode haver mais...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

CONSEGUI !


Olha só:

B & A = BA
e sem a ajuda solicitada.Agora falta aprender o resto, mas foram 10 dias corridos de aprendizado autodidata . Eu e raposinho estamos precisando de estrada, senão... Olha êle aí de porta aberta, me chamando. VOU. Mas volto.

NUM DIA DESSES DE MAIO



Passo pouco mais de quatro horas dirigindo por uma estrada que já se tornou familiar. Mas ao final, a recompensa é maior do que o pote de ouro do final do Arco-iris. Chegando, encontrarei aqueles que para lá se transferiram e que eu amo.
Como é possivel que digam que não gostam da paisagem...Uma, a que mora lá, diz que a da serra onde cresceu é que é bonita. Não! São diferentes, mas igualmente belas, magníficas. A outra, que não gosta de ir, justifica-se "que chato, êsse parnasianismo monocromático". Ai! Como, monocromático: vejo ali uma infinidade de cores, de tons. Parnasianismo? Sim, a cada curva da estrada, novos encantos. As altas escarpas da serra cederam lugar aos morrotes - como é que se chama mesmo êsse relêvo, vou rever depois - que parecem deliciar-se ao Sol, jogos de luzes e sombras, espraiando-se até não poder mais. Entre êles se ocultam e ora se apresentam, moradias, bucólicas, sempre com um pequeno jardim florido, o cercado da "criação", as formas geométricas multitonais das pequenas plantações. Não, jamais será cansativo. Sobrevoam pássaros que nem sei quais são, em bandos , ou solitários. Próximo ao final, subindo a serra, pois estou no "Circuito Serras de Minas" , sou contemplada com o pôr-do-sol. Raios cintilando entre as nuvens, cores que vão do dourado ao púrpura, quase não consigo seguir adiante, a vontade é de parar em contemplação. Mas pé-no-chão, a estrada não tem acostamento, uma senhora sòzinha... e, além do mais, a recompensa que me espera no fim da viagem... E num mixto de êxtase contemplativo e ansiedade para chegar, sigo. O céu muda ràpidamente suas cores e troca as cores da Terra. As sombras intensificam-se, as matas e ranchos tornam-se sòmente silhuetas , e súbitamente o céu reluz novamente em milhões de estrelas."Luz do Firmamento". E já chegando,vejo a Terra reluzindo em milhares de vagalumes.E então,lá estão: os sorrisos dos meus queridos!

domingo, 8 de junho de 2008

ajuda:

Crianças,apesar do progresso, vejam abaixo tudo que já aprendi a fazer, AINDA NÃO CONSIGO PÔR LINKS !

EM PRIMEIRO DE ABRIL...




Imaginem só, hora zero, último instante da noite, primeiro do dia, ( a propósito, como viviam os gregos sem conhecer o zero?) Mas deixa pra lá, hora zero ou meia noite, a estrada deserta, uma planície imensa, nenhuma cidade perto, uma ou outra luz distante em moradias espaçadas. Naqueles êrmos, a maioria já dorme, será? Lua nova, ou, não-lua. Não, não é um conto de terror. É uma crônica do esplendor, do contato com o sublime. A imensidão estrelada, o firmamento...Algumas estrelas passam, correndo. Para onde foram, apressadas?
Já cinco horas da manhã, seguindo pelas estradas, o mar invisível,rugindo à nossa esquerda. O céu, aí sim, iniciando o dia. Cinzas, azulados, rosados, ó palavras, não fujam, permitam-me transmitir pelo menos uma vaga noção daquilo de que participei...
Seis horas, a estrada margeando a praia, um nascer do sol... e depois outro e outro, o Sol brincando com a Terra, ocultava-se no relêvo que contorna parte do Oceano, ocupando-se em deslumbrar, reaparecendo, até que não podendo mais, brilhou definitivamente nas ondas do mar. Êste, brincando também, lançava suas ondas para o alto, mais alto, mais, como que tentando, aqui na praia, unir-se ao céu, como unido está no horizonte.
Retorno sòzinha. Mas não acaba aqui. As estradas se ligam, interconectam-se e eu não preciso repisar por onde andei, não preciso parar. O final será só quando e se eu quiser. Sigo então para longe do mar, para perto das montanhas. Vou por entre fazendas, o pasto em várias tonalidades de verde devido às chuvas recentes, pontilhado por animaizinhos, o gado, ao longe.Recuso-me a pensar na crueldade de seu destino. Vejo-os sòmente, na comunhão com a natureza.Na sua beleza.
E sigo sem parar, serpenteando na estradinha, do mar à serra (ou Serra-Mar). O rio, à minha direita, serpenteando também,em sentido contrário ao meu, ansiando pelo seu encontro com o mar. E, de pura alegria, lança cintilações de luz, em cada curva, explosões de águas nas pedras das corredeiras, encontro das águas, e corre por entre a mata. Mata Atlântica, acreditem! Ainda existe! Maltratada, é verdade. Invadida por lugarejos, por ocupações humanas, as tais ações antrópicas. Mas grandes ilhas da mata persistem, e até pontes de mata entre algumas ilhas.
Desço pelo outro lado da serra. Àreas de cultivo, grandes plantações. Que pena, antenas de celular, desfigurando a beleza das aflorações graníticas. Nós humanos precisamos nos alimentar, comunicar, e com excessos...
Mas aquelas montanhas, tão familiares se reinventam, por novas maneiras de se expôr à luz, novas sombras. As vezes descem parte de sua capa de terra e vegetação, tentando, quem sabe, coibir os abusos que nós cometemos.
Às treze horas, estou em casa, de onde partira quinze horas antes. Nâo foi um sonho, embora tenha dormido um pouco, na madrugada. E chego com saudades dos que ficaram. Porque o tempo não se mediu pelo relógio, mas pela intensidade da emoção experimentada. Fiquei muito tempo fora.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

FAZENDA NAS NUVENS , eu fui, em abril


Chovia há dias e continuou chovendo durante o período em que la permaneci .Mas, apesar disso sente-se o Paraiso. Embora as nuvens estivessem tão proximas, demais, o que impedia visão à média e longa distância, as maravilhas do lugar são percebidas a cada olhar, a cada passo (e tambem a cada pingo). A mata Atlantica apresenta-se ainda original na fazenda e regenerada no entorno da reserva, o que permite sua observação em diversos aspectos. Mas o melhor não é o olhar científico. È a sensação da ausencia de certos sons que nem percebemos mais que estão em nossos ouvidos e em nossas mentes- o zumbir constante das cidades e, a inclusão em nosso universo sonoro, de outros...gorgeios aos quais não estamos habituados. Sons da água corrente,das numerosas nascentes da região. Sons da mata que custamos a identificar. Somos transportados a um universo atemporal, onde o que realmente vale é a simples existência e, mais ainda, o Ser. E não falei da luz.
ps. Lucia e Carlos, obrigado

Fazenda nas Nuvens -

texto e fotos de Haroldo de Castro
Carlos e Lucia Simas conhecem profundamente o encanto da Serra da Mantiqueira. Trocaram as praias do Rio de Janeiro por essas terras distantes, incrustadas no meio das montanhas mineiras, na região de Aiuruoca. Conseguiram montar uma casa, criar cinco filhos e estabelecer uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Durante dez anos viveram isolados do mundo, convencendo amigos e parentes que a sua RPPN Mitra do Bispo, no município de Bocaina de Minas (MG), merecia ser preservada e que seus aliados deveriam comprar terras ao redor das suas.
Como no Brasil a maioria das áreas bem conservadas está nas mãos de particulares, as RPPNs representam uma forma criativa de aumentar o número de áreas de conservação. Em 1996, o Ibama regulamentou as RPPNs e centenas de proprietários passaram a procurar a instituição federal. Apesar de não perder o direito de propriedade, os donos das RPPNs se comprometem a conservá-las para sempre. Mesmo se a propriedade for vendida, os novos donos devem respeitar a área protegida, pois a decisão é irrevogável.

Carlos Simas teve sua RPPN oficializada em 1999. “Nossas terras estarão protegidas por décadas, talvez séculos. Isso dá um sentido de permanência e continuidade. Bom saber que meus netos e bisnetos terão de cuidar de árvores que ainda nem nasceram.” Chegar na RPPN Mitra do Bispo não é para qualquer viajante. Tivemos de recorrer a uma Rural Wyllis de Aiuruoca para atacar o caminho de terra, pois meu automóvel urbanóide não daria conta dessa tarefa. Somente com tração e marcha reduzida poderíamos vencer os 24 km de subidas íngremes, curvas tortuosas e pontes cambaleantes. Pedro Guatimosin, de 21 anos, bem mais jovem que sua Rural ano 73, trabalhava como guia de ecoturismo. Ele tinha ouvido falar da Mitra, mas não havia visitado ainda o local. “O desconto no aluguel do carro é porque vou aproveitar para conhecer outros visuais”, confessou Pedro. Depois, ele quase se arrependeu. Os 24 km foram cobertos em três horas.

No dia seguinte, partimos para a derradeira aventura: escalar a pedra da Mitra do Bispo. Tínhamos pela frente uma bela subida, com um desnível de mais de 500 metros: sairíamos de 1.600 e chegaríamos a quase 2.200 metros de altitude.
Demoramos para passar por um pequeno trecho da trilha apelidada de “Corredor das Bromélias” pela família Simas. A cada dois metros, uma bromélia em flor nos esperava para uma foto ou uma estória. Listamos quase uma dezena de espécies diferentes. “Ainda bem que as orquídeas não estão floridas, porque, a esse passo, nunca chegaríamos no topo da Mitra”, riu Carlos.

A floresta tropical cedeu espaço a um bosque mais baixo e mais aberto. A camada de terra fértil era cada vez mais escassa e fina. Finalmente, chegamos na rocha viva, granito puro. Já não tínhamos árvores e galhos para usar como apoio. A leve caminhada tornou-se subida íngreme, a quatro “patas”. Os escorregões seriam mais perigosos. O consumo de água dobrou, triplicou. O topo parecia estar cada vez mais longe.

Quando eu já pensava em desistir, um suave raio de sol me fez recobrar forças para a escalada final. Enquanto eu retomava meu fôlego, Carlos admirava sua paisagem preferida. Do alto da Mitra, ele contemplava a RPPN, a Serra do Papagaio e o perfil ondulado das montanhas da Serra da Mantiqueira. “Isso aqui é um paraíso. Pena que você tenha de voltar para Washington.” Concordei com ele e me entreguei ao visual. Algo me dizia que aquela imagem do alto da Mitra do Bispo seria a última a ser gravada para a Conservação Internacional. E foi. “

•••
Conhecer a Mata Atlântica é um dos 150 Lances de Viajologia
que constam do Teste de Viajologia Brasill.

Haroldo Castro, fundador do Clube de Viajologia, viajou como fotojornalista e diretor de documentários a 131 países. A viagem à Serra da Mantiqueira marcou o final de 16 anos de colaboração com a Conservação Internacional..
CLUBE DE VIAJOLOGIA
Texto e fotos: Haroldo Castro

no principio...

Sergio Amadeu (samadeu) e a TV cultura são os responsáveis por tudo isso.Porque depois de assistir à reprise de um debate e favoràvelmente impressionada por seus argumentos, pesquisei quem é. E como falara em blog, blog, etc, resolvi afinal ver do que se tratava.Ñão que já não houvesse escutado o têrmo e obtido algumas informações, mas não "salvei". A partir dêle, então, comecei a vagar por blogs, linkando, alguns muito bocós, outros muito bons, alguns davam até a impressão de que alma gêmea existe. E aí pensei, por que não? A decisão! E eu, que sou infoanalfabeta, excluida digital, porque com muitos filhos (proletaria) e poucos sistemas no lar, para dar espaço aos numerosos filhos - numerosos demais para a pós modernidade- mas também muito,muito amados, decido criar um blog. Não sei nem criar pastas, salvar, ou armazenar fotos, menos ainda recuperá-las dos arquivos ou transferi-las. Não sei incluir anexos em e-mail. Para tudo isso usava a tecla...ops, o grito "filho(a), me ajude nisso" ao que estava disponível. Bem, em frente a um Desk antigo, que serviu a várias pessoas e agora foi posto de lado, começo, via google, fazer um blog! Faço, na verdade um semi-blog, ja que alguns problemas estão sem solução. Ou, pior, dois semi-blogs, de mesmo nome e endereços diferenciados por hifen. Se alguem quiser saber como isso foi acontecer, posso tentar explicar.Perguntem. Agora resta saber o que fazer neles, ou com eles.Minhas fotos? São tão lindas- eu acho, mas pouco criativas em relação ao que se faz em fotografia. Textos? Putz! Todo mundo já escreveu tudo sobre tudo! Puxa vida! Vou blogar para mim mesma. Versão cyber de "querido diário..."
Postado por Dona Sra. Urtigão às Terça-feira, Junho 03, 2008
Marcadores: e agora?

estou me divertindo

Crianças, obrigado. Estou me divertindo muuuito com as idiotices alheias, rever como as pessoas se levam a sério e como a vaidade rege a vida. Mas tambem estou encontrando coisas legais e, algumas, mesmo quando superficiais, inofensivas. Muitos conseguem, na trivialidade da vida, não estarem idiotizados pela própria imagem Valeu sair " do mato, da caatinga e do roçado"," deitar em cama mole" ( trechos de musica que voces crianças, se ouviram, não "salvaram". Mas é isso, o contato virtual com humanos, sem dúvida é menos danoso e pode ser de fato divertido. Quanto ao mais, sei que em breve volto para meu sítio e saio do site, por que, convenhamos até essa baboseira vai cansar. Mas valeu mesmo, aos que me incentivaram e aos donos dos sitios que estou visitando. Agradeço desde já à acolhida. E bem vindos. A proposito, aos que acham que sofro, de azia ou qualquer outra coisa, estão enganados, a vida é boa demais quando se vive com consciencia (ambiental,social). Eu rio muito, o que é saudável, viajo muito, vou aonde quero,faço e digo o que quero, evito arrogância, que talvez seja o que dê azia,e, por isso, precisa ser frequentemente arrotada, meus senhores.(sras,srtas,jovens e crianças). Sou uma velhinha, que como Zaratustra, achou nescessario descer a montanha. Mas numa boa. Na PAZ, desculpem-me se ofendi alguem.Com as Bençãos de Francisco de Assis, Namaste

quarta-feira, 4 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

vitoria

Quem dentre meus filhos, noras,genros e netos,amigos,inimigos e demais parentes ou categorias, poderia imaginar isso? Sem ajuda de nenhum dos experts que aciono para as questões mais triviais das novas tecnologias, estou aqui ME EXPONDO, por intermédio de uma mídia aterrorizante. Os meios foram a curiosidade (que sempre foi imensa) e paciência (sempre escassa). Idosos! é possivel aprender!

aprendizado

Nada mais dificil para uma velha bichodamata do que entender e aplicar novas tecnologias. Eu que nem sequer aprendi a programar um videocassete -sabem o que é isso, ou, era isso? Dirigir? só automóveis básicos. Fotografia? ainda uso filmes em máquinas semi pro.E, de medo de sair da toca, resolvo trazer coisas novas para a toca. Como será possivel isto? Só não estou tremendo de medo, porque há muito tempo deixei de sentir medo, de tanto medo que senti,das coisas que a vida me aprontou. Ou será que fui eu quem aprontou e ainda não percebi.Como na caverna , ainda me recuso a olhar para fora, deleitando-me com as sombras.As vezes saio, mas no escuro...

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