MOSTRANDO
segunda-feira, 30 de junho de 2008
"Ao mestre com carinho"
Chamo de mestres àquelas pessoas e algumas vezes até coisas ditas inanimadas, que nos apontam possibilidades de ultrapassarmos aquilo que nos tornamos. Mestres são aqueles que produzindo inquietação nos conduzem à pesquisa, à reflexão, que nos mostram que algo mais é possível, sempre é possível. Muitas vêzes procuramos, esperamos (dizem que é necessário um discípulo pronto...) e quando e de onde menos esperamos, surge um. Pode estar nas indagações de uma criança, nas atitudes de um animal, nas palavras de um desconhecido. Embora ao encontrá-lo dele não queiramos nos apartar, vampirescamente queiramos mais e mais, aquilo que o mestre nos legou, sempre e sempre irá frutificar, irá desdobra-se infinitamente, ou pelo menos até o fim desta jornada, e semente será de outras jornadas. Tive o privilégio de encontrar um mestre assim nesta rêde, e hoje o dia ficou um pouco menos feliz quando eu soube que ele pretende se afastar. Mas outras perdas na vida me ensinaram que a impermanencia no plano material so é decorrencia de nossa vontade e este mestre, caso de fato pare de interagir neste nível, o blogueiro, já me deixou um legado de questões que, sem dúvida me fizeram ir alem do que minhas pernas permitiam, e me farão ir mais adiante, êste mestre já faz parte de mim. Mas, por favor, não vá ainda. Quero mais.
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5 comentários:
Esse mestre da Sra. deve ser uma coisa inanimada...
Abraços fortes!
Inanimado, não. Mas mesmo que seja algo como um factóide tem agido como mestre. Agradecida.
engraçado que veio a mim o mesmo pensamento: Le Griot.
Dona Sra. (gosto disso, lembra as doninhas das cidades por onde andei) o Urtigão (vejo mais como uma Urtiga em tamanho XL do que um Ermitão das Montanhas, mas com uma acidez que realmente causa dilatação dos vasos sanguíneos).
Li seus comentários e responderei... Isto que você escreveu representaria para mim mais um vermelho: o da dor causada pela perda.
Grande abraço para os dois
Cara Danitza
Fico honrada, creio que já disse, com sua visita à minha página.
Como eremita e pouca interação com pessoas, exceto aquelas poucas que se propõem ao esforço de chegar até onde me situo, tenho dificuldades com metáforas, já que sua significação, como diz o Marcelo, é deslizante, ou, com significado atribuido a um uso compartimentado ou compartilhado.
Esta minha "descida" à civilização, o contato com o que/quem "a máquina" está proporcionando, entre outras coisa está expandindo minhas possibilidades de compreensão, mas que ainda estão inferiores ao das pessoas que aí estão. Desculpe-me então quando peço e re-peço explicações.Não entendi a "acidez que dilata vasos". Quanto ao vermelho, é sangue, que extravasa no ferimento, mas também é o que sustenta a vida, é o pôr do sol, mas tambem é a aurora. É a representação dos extremos que contém tudo que existe ? É isso ?
Agradecida pela atenção, e também por me estimular a outros caminhos que valem a pena.
Dona Sra. É sempre bom estar por aqui.
Como disse sinto a Dona Sra., mais como uma Urtiga do que uma ermitã. E a Urtiga com a acidez que provoca na pele, causa a dilatação dos vasos sanguíneos. Esta dilatação pode causar baixa pressão e em mim a baixa pressão causa relaxamento.
O que vejo por aqui, são convicções e questionamentos que com toda a acidez, causam relaxamento. Afinal muitas vezes são respostas.
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