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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Oh ! Ninguem é perfeito !


Ou, encontrei pés de barro em meu ídolo tambem.

Assim:

" A não ser os homens, não conhecemos na Natureza nenhuma coisa singular cuja alma possa dar-nos alegria e à qual nos possamos unir por amizade ou algum gênero de relação; o que há, pois, na natureza fora dos homens, a regra do útil não reclama que o conservemos, mas podemos, segundo essa regra, conservá-lo para diversos usos, destruí-lo ou adaptá-lo ao nosso uso de qualquer modo "

( B. de Spinoza )

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NÂO  CONSIGO POSTAR COMENTARIOS NOS BLOGS AMIGOS. O BLOGGER RESPONDE QUE O BICHO-DA-MATA NÂO È MEU!!!!!!!!  E NEM SÃO  MEUS  MEUS OUTROS BLOGS QUE ACESSO PARA POSTAR,  QUE CRIEI, MAS NÂO ME PERMITEM COMENTAR. É PORQUE SOU CHATA ?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Carta do cacique MUTUA a todos os povos da Terra

." O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos. O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora.
Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado.

Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, a garganta pediu saliva. Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo.
Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.
Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio
O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.
Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o índio.

Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes
Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento.
Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue.
Hoje pela manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Mas o homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.
Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós.

Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.
É verdade que, depois que homem branco chegou, o homem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo

Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.

O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.
Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar
Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta.

O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu.
Com um grito agudo perguntou:
Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu?
Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens
O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte

O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia
A ave de cabeça majestosa me atraiu para a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.

Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo.
Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor
As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra.

Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.
Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.
Os caciques caraíbas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.

O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.
O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.

Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto.

Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer. Rio Xingu! Vamos nos fortalecer! Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer.

Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver.

Cacique Mutua"

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Me puxaram o tapete
 e embaixo não tinha chão !
Continuo em queda, sem esperança de voltar ao chegar ao fundo do poço onde fui (?) atirada, ou perto de onde me arrisquei e caí.
As provas não param, tenta, a Vida, descobrir insistentemente se aprendi o caminho e o jeito de caminhar.
Uma coisa aconteceu, de tanto vergar ao ser fustigada, mal me levanto ou reajo. Espero apenas. Triste certamente, e cansada de tanta luta. Parece não fazer diferença o que quer que se faça.


Tão lindas as rosas, tão bom seu perfume, no entanto aí estão sempre tambem os espinhos. Acho que prefiro orquídeas...

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quinta-feira, 9 de junho de 2011


Um lugar lindo à beira de uma rodovia onde fui parando repetidas vezes por exigência do meu quartomóvel. Mesmo depois de passar por bom mecânico, o defeito não se revelou mas permanece se apresentando, recurrentemente. Viagens diferentes, tensas, com paradas obrigatórias, súbitas. Mas ouvi boas historinhas de vida e de viagem de caminhoneiros enguiçados nos mesmos pontos.
Por essa rodovia passei incontáveis vezes ao longo de minha vida  Muitas horas de minha existência foram passadas ali, velozmente.E o que me impressionou desta vez foi que eu nunca percebera a quantidade de caminhões parados em seus desvios, enguiçados, nos mesmos desvios onde eu estava sendo  obrigada a parar para "esfriar".  Há quarenta anos que por ali rodo em meu poderoso ( quase sempre) veículo, ou mesmo de ônibus, milhares de vezes, simplesmente seguia, tentando obter a perfeição e rapidez ao percorrer este trecho de serra. Passando. Rápida. Ao mesmo tempo que me encantava com a paisagem, sempre. Mas dessa vez foi diferente,  encontrei um pai que não iria chegar a tempo do aniversario da filha , no dia seguinte, por conta de um bico injetor. Outro que há poucas horas de casa agora, de onde partira há varios dias, teria que voltar, com o caminhão que seria rebocado ao alto, para poder descer (?) até a concessionária da garantia de seu novo transporte com defeito grave. E vários outros, com outras coisas para contar, sobre o carro que atravessa a estrada, a colisão, o medo, a pressa, a saude, a saudade. Complicado parece. E é. Pais de familia, homens cansados da lida, esperançosos, resignados, revoltados.  E invisíveis, quase sempre.

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domingo, 5 de junho de 2011

Por onde ando? Andei ràpidamente nos outros sítios e hoje estou em casa



Sem tempo nenhum para escrever, sequer para pensar além dos algoritmos de sobrevivencia - trocar fralda ainda não tirar casaco está ficando frio  comer tomar água ou suco como convencer dois meninos a tomar banho sair da praia não descer da passarela de observação não querer só bala desligar a televisão a passagem na cidade grande do Rio de Janeiro na viagem de volta, almoço com os tios a chegada em casa e finalmente a tristeza da despedida e uma saida quase em fuga, porque não quero chorar na frente deles.


Meu pc esta tão fraquinho, tenho corrido muito por conta de minhas e não minhas necessidades, a casa é infestada por diversas especies de mosquitos - e outras pragas...bem isto ia sendo complemento a uma resposta a um comentario e que foi virando lista de reclamações, hoje meu primeiro dia sòzinha, sem os meninos apos duas semanas, dia de reflexões ( que sempre se iniciam durante o longo percurso de minha volta para casa) e não param, avaliações de desempenho, estratégias de correção, projetos futuros para manutenção do equilíbrio, sentimentos...
 
Quando penso que terei que defrontar-me com minha tristeza, alguem vem e me conta algo, uma fofoca descoberta na rede, mais triste ainda. será possível ? Nem posso dizer o quanto lamento tanta imaturidade, casais que não aguentam o tranco de uma paternidade/maternidade. estou triste e zangada. Afinal assim sou, muito zangada.
 
Na viagem de volta que eu não queria voltar, meu carro deu problemas ou será que eu sabotei ao prepará-lo para a viagem ? - Fui pôr água no reservatório de refrigeração, e a 100km de casa, anoitecendo ele superaqueceu. parei muuuuuuitas vezes, esfriar um pouco, pôr mais água, até que um filho ao telefone disse: - tem que esperar esfriar muito - e disse um tempo. Esperei algo entre pouco e muito, não sei ficar parada assim, tensa. Caminhar? Eu conseguira chegar à beira mar...Mas chovia muito. Então esperei médio e segui, sem problemas, cheguei duas horas depois do previsto  e alem do momento em que precisaria ter chegado. ( Talvez)
 
Aconteceu: como não confio em computadores, guardo minhas fotos no cartão de memórias, nunca deleto e faço outra...MEU CARTÃO ACABOU LÁ  EM MINAS !!!!! Não pude acalmar o espirito fotografando na volta e só por isso o pôr-do-sol que passei foi dos mais deslumbrantes. Além de outras visões.

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