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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CASA DA FLOR

Pedalo um pouco, caminho, fotografo, observo, ouço, recordo,  tiro poeira, invento poeiras, cuido  de horta e jardim em vasos e cuido de horta e jardim em terrenos que  "invado", brinco com netos e neta, fico  com eles por necessidades dos pais ( e meu grande prazer), cuido de cães e sou cuidada por eles. Invento mudanças, de casa  ou dentro de casa. Reformo, reciclo, reuso, consumo conscientemente, quase sempre, cuido  de minimizar meu lixo e o da minha casa, planto árvores, brigo para que não cortem árvores, que não se destruam ecosistemas, faço crochet e bordo um pouco, tricoto, em lã e língua, remendo e cirzo, me alimento, de forma  muito pior do que deveria,  até cozinho um pouco, não gosto de rotinas, creio que emburrecem o ser, uso drogas na tv  e algumas vezes na internet, nem sempre fecho os olhos e os ouvidos ao que não presta. A boca, não fecho muito. Seja para comer, seja para falar. Nariz, nem pensar. Desde esses teclados em rede  perdi um pouco do controle dos meus dedos, muitas vezes eles teclam diretamente o que  penso  sem passar pelo super ego ou outros instrumentos de controle.

Pesquisando a região onde vim morar, geográfica, histórica  e politicamente, descubro sempre coisas muuuuitoligaisss!!!
A CASA da FLOR  atualmente  ponto turístico  em São Pedro da Aldeia, município vizinho  e ex distrito  de Cabo Frio, é uma pequena construção, minúscula mesmo, feita em estuque por Gabriel Joaquim dos Santos, em uma pequena colina, próximo ao terreno onde moravam seus pais, construída e decorada permanentemente , durante cerca de 60 anos, com materiais encontrados na região. Lixo. Obra prima. Arquitetura espontânea. O guia excelente, é sobrinho do sr Gabriel. Parece o próprio. Foi difícil encontrar o local, faltam placas de sinalização, mas pergunta aqui, ali e cheguei. Não só eu. Lá encontrei um outro grupo  de visitantes, e antes de sair já chegara outro. Deve ter em GPS, mas sou meiomuito arcaica.

Mais sobre esta  obra e seu criador, encontrei aqui, neste excelente site
  casa  da flor   de  onde transcrevo  :

"Aquelas flores é feita com caco, de telhas, é um coisa mais forte, caco de pedaço de pedra, porque quero fazer que fique aí, não se desmanche. A chuva bate, lava, é sempre, é uma sempre-viva aquilo."

Mas tem muto mais da obra e do pensamento do Gabriel, no site.
E  mais fotos do meu passeio, um ou outro comentário do que vi e ouvi,  AQUI,  no RE(VI)VENDO e no  " cozinhas...  "

" A  casa  depende do espírito, é uma casa espiritual."

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sábado, 8 de setembro de 2012

Continuo

sendo  compulsiva.
 Tive  que reduzir  minhas pedaladas  por avaria do corpo físico  da ciclista e da bike.  O ente  de rodas já está recuperada.  O   de pernas e cabelos brancos, ainda demora. O medo  é o pior inimigo. Fiquei  sem saber se alguns novos sintomas foram  decorrentes das bicicletadas ou do acaso.
 Hoje fui à praia  em pleno fim de semana grande.  Minha praia deserta o ano todo  fica coberta por  toda sorte de tralhas de praia alem de muuuuuita gente  mesmo. De pé não  se conseguia ver nada além dos guarda sóis, por aqui todos brancos, nem ao menos a possibilidade de ondas de cores. Sentada, da para ver nesgas do mar.  As meninas que nem meninas são mais, queriam ir a praia e com o bebê, as praias boas são muito distantes e sem infraestrutura... É, os quiosques e suas traquitanas também facilitam a vida de uma velha e seu neto-bebê.  Ou,  da lição de cada dia,  em busca da perfeição, em  mim, aprendo  que a perfeição das coisas é conter em si a totalidade. O bem e o mal.

O  exercício da paciência.  A horta que faço, longe daqui  30 km, tem  me  ensinado muita  coisa.  O  tempo  de limpar o chão,  que nem posso chamar  de solo, apenas restos degradados  de construções humanas, pedras, areia, pedaços de concreto, algum barro, preparar  a terra, gradar, arrancar torrões de raizes, rizomas de um mato que foi inicialmente aparado, para saber onde pisava, adubar, semear, retirar  pedras e pedaços de cerâmica, numa especie de arqueologia contemporânea. Há um tempo para esperar, não posso atropelar, semear ao mesmo tempo que adubar.  E depois ainda esperar brotar, crescer, transformar a paisagem. Ao ritmo do sol, das águas, da terra, do vento.  Ao som do canto  das aves.
O  que fazer das pedras ?
Já muitas vezes fiz isso, de um terreno degradado, extrair um jardim. Mas dessa vez, o dono da terra não gosta de flores, diz que são inúteis, assim como gramados, que apenas retiram recursos do planeta para nada. Por mais que eu desenvolvesse argumentos em prol da estética,dos prazeres dos sentidos, será mesmo impossível transgredir esses conceitos.  Como sempre introduzi frutas e hortaliças em meus jardins de flores, dessa vez as flores terão participação mínima, mas aqui e ali, entre caminhos para velocípedes e carrinhos, entre canteiros de formatos não convencionais, encontram-se pequenos pátios de  areia e barro para brincadeiras e algumas plantas aromáticas e flores medicinais. Em planos e em realização. De três em três dias, que visita demorada de sogra e mãe diariamente, ninguém mesmo merece. E eu tenho que esperar o dia. Amanhã.

( abóbora  e milho,  dois dias atras, sexto dia das sementes  na terra )

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domingo, 2 de setembro de 2012

A desmedida - a HYBRIS

O  ERRO

Procurar  evoluir,  é  como somos massacrados desde que nascemos.  Crescer, comer, sobreviver, reproduzir, secretar, produzir  e antes de morrer, evoluir.  Senão, desde que se descobriu a morte  e com ela o provável alem morte, que se pensa no bem viver, pelo menos lá, se aqui não pode ser.
Tenha como Deus Jeová, Krishna, Maomé, o Mercado,  todos apontam que deva ter um sentido para tudo  e portanto  uma evolução  e como sabia Aristóteles, o bem é algo  que a todos convém ( em minhas palavras)
Portanto, erro só como lição a ser aprendida, portanto um bem  a ser evitado.  Ou não ?  Uma lição é um bem, o erro é uma lição, logo...Ou não ? Evolução ?
Aprendi  de minhas leituras de clássicos que o mal também não existe em si. É apenas algo gerado pelo bem- deus  e que deve ser evitado.  E tome monte de regras que ninguém ou quase ninguém, segue,  sequer os pastores de todos os níveis e seitas, esses talvez menos do que seus fiéis, pois como o nome diz, estes são fiéis, ovelhas crentes e confiantes na voz de seu líder,  Pastor, Padre, Pai, Papa.  Esses talvez por saberem mais, não mais tem fé.
Se o mal é apenas o bem visto de outra forma, e tantas metáforas ouvi, tantas lendas li de Livros Sagrados que apenas me confundi.
A desmedida ?  Como não se empanturrar  de chocolates ou alguma delícia ?

o TAO

Ou  sou  mesmo  bipolar.  Não !  Multipolar. 



Quem  me conhece  e até quem me visita  aqui, certamente percebeu  minhas flutuações de ânimo, de humor;  ora estou empolgada com alguma coisa, fazendo projetos, ora  deprimida, enrolada  em posição quase fetal assistido repetidamente os mesmos epsodios  de seriados americanos, e tomando refrigerante, sem sequer comer. Pelo menos o  que tomo agora é guaraviton, assim, sem propaganda. E  de guaraná, essência natural, dizem,  sem gás  e com  o tal ingrediente estimulante, cafeinal  que  me permite  alongar  os músculos  doloridos sempre. Foram  quase trinta anos  de adicção  à coca cola,  interrompidos há  poucos anos, eu já blogava,  mas substituídos, algo assim como aqueles adesivos  ou balinhas para fumantes.
Falar  em  dor, assumindo  a realidade, tenho  feito trabalho  corporal  pesado. Não aquele de academias, respeito  quem gosta... (respeito?  de boca p'ra  fora...) mas realizando  coisas,  faxina  em casa  com troca  de posição dos móveis, carregar  caixas  e mais caixas para guardar, tirar caixas e caixas de onde estavam, para que entrem as outras  e ao final  todas fiquem bem  guardadas, são livros, os  que chegaram, são do filho  que vai "morar fora"  um ou dois anos, as outras, que estavam ainda sem abrir desde  a mudança para cá  e desde  quando descobri os efeitos da maresia sobre as coisas, que acabei optando por deixar boa parte dos livros guardados em caixas com antimofo, antibarata, antitraça, em um quarto  bem sequinho aqui da casa,  mas o assunto era o efeito  do trabalho  muscular  sobre as dores "autoimunes". O fato é  que aquela dorzinha  de abaixa levanta, flete estica, etc, é ótima para reduzir as dores fortes do emperramento das artrites, miosites e tantas ites que me assolam.  ( e alguém ganhou sozinho  mais de vinte milhões da mega sena, ouço agora na TV, a quina já  me aliviaria, as dores do bolso vazio...) 
Há  três  ou quatro semanas,  sem conseguir seguir  minhas regras de felicidade, e por muitos motivos  e fontes e ofensas recebidas ( e aceitas) ,  irada, raivosa, cheia de autopiedade, dolorida,  indo então  à casa  de um filho  cuidar das  plantas  do seu jardim enquanto seus donos viajavam, cuidar de plantas me faz bem, sempre,  decidi " invadir "  o terreno ao lado,  que também é dele, mas que ainda não foraefetivamente ocupado exceto por algumas mudas de fruteiras que plantou assim que adquiriu o terreno - o lote - mas que estava tomado por um mato tipo gramínea, rizomas (  quando Deleuze invadiu  minhas referências mentais para essa palavra ?)  , um mato alto, bem mais  alto do  que eu sou (???)   sufocando tudo  que lá  havia.  Botas, luvas de couro, chapéu de palha, facão, tesoura de mato, sacho de duas pontas, podão de cabo longo  e adentro  a mata. (  Cercada por um muro  de 2 metros.)  Como sou feliz ! 
Entre aranhas terrícolas, alguns outros insetos, felizmente  sem acidentes, traumáticos ou peçonhentos,  mas com poucas horas/ dia de terapia  na terra  fiquei  bem,  dos meus males  do corpo e da alma.  Ainda dói, mas é diferente. Extraindo rizomas  da terra, introduzindo sementes. Sempre precisei disso. Desde criança  brinco  de sítio, invado terras.  Quando  voltaram de viagem, pedi permissão para continuar  me tratando lá.  Concedida, mas o filho diz  que fica   constrangido  de me ver capinando e plantando e se sente culpado - está  de férias-  sem capinar também. Mas tem o bebê.  Lógico ! Agora o filho vai ter que aprender a me respeitar,  a capina é minha, fazer canteiros e horta  também. Como  o quintal é dele, é o dono da terra,  só vou lá duas vezes por semana, caminho  do meio, o Tao, mas plantei abóbora, mamão , chuchu,  tomate cereja e alguma couve;  já tem lá dois mamoeiros sobreviventes que plantei de outra vez que ele viajou;  plantados por ele,  acerola, goiaba, jabuticaba pequenininha e já produzindo, carambola, laranja, mirradas,  asfixiadas pela sombra e pela falta de umidade.   Varias mudas de aipim, plantados por ele e quase sufocados no mato  e abacaxi  quinze mudas que plantei,  idem. Tudo limpo, agora, preparado para crescer. Muitas pedras tiradas da terra  estão alinhadas em beiras de caminhos imaginários  imaginados  para velocípedes. Miguel está com quase 6 meses. Seu pomar e horta - jardins vão crescer juntos com ele .  Preparo agora leiras formando  caminhos  e ramas para batata doce, alem  de local para banana prata, duas moitas de bananeiras, vou levar mudas daqui de casa. Amanhã é dia.  Exercito  a paciência, item tão em falta  em minha vida. Trabalhei toda a vida  em emergencias, sou boa disso.  capinar, revolver e adubar  a terra, descarregar a raiva, enterrar, estercar, fácil, avante, empreendimento,  ter que esperar dias até plantar as sementes ou mudas, calma, esperar mais ainda  que germinem, paciência, que  cresçam. Como  é bom isso. Contemplar. Meditar. Medita-ação.  Amanhã é dia. Terapia.
 Ontem colhi aqui em casa do que plantei quando me mudei, bananas, partilhei um cacho...Também o mamão. Partilho sempre com as aves ( e mamíferos voadores frugívoros), os filhos e netos, noras e genros filhos são,   e os vizinhos.

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