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sábado, 27 de novembro de 2010

PAZ

 " PAZ ,  é óbvio, mas não posso deixar de refletir sobre coisas que tenho lido nesta rede, onde as propostas são mais de vingança do que de justiça, vejo mais pedidos de extermínio de uma pequena parcela da humanidade, do que de inclusão daquela outra parcela  de desesperados. PAZ está implicada no AMOR  Incondicional. Jamais será obtida, verdadeiramente, pela violência."

Tinha dito a mim mesma que não iria abordar este tema. Como voces, amigas(os) sabem, não costumo falar de acontecimentos que estão exaustivamente ocupando nossos espaços mentais. Até porque, e principalmente, minhas opiniões divergem bastante das da maioria ou das das maiorias, e isto acaba criando um estado mental de animosidade, que sempre é desconfortável. Daí que as pessoas amigas que sabem de mim, é porque descobriram andando por aí, o que penso, e montaram a imagem que reconhecem .
Mas acontece que me deixei seduzir pela tagarelice dessas redes e cada vez me envolvo mais em divergências.

Um pouco antes de escrever este comentario ao post de uma amigaderedequeconheçopouconareal que pedia que compartilhássemos um banner sobre paz para o Rio,eu havia deixado escrito algo que tem me acompanhado insistentemente estes dias de guerra aqui ; a lembrança do ataque frustrado a bomba ao Riocentro em 1981.

Estou em Cabo Frio, onde alguns carros foram queimados nas ruas. O Rio de Janeiro, onde moram filhos faz parte do quintal da minha casa, lugar onde tenho que passar regularmente. Embora aposentada do trabalho, por tempo de serviço e idade mínima, não me animei a continuar a trabalhar, por extremo esgotamento que atingiu uma indistinção de um quadro de doença. Mas temos que cuidar. Das cidades e lógicamente das pessoas que ali vivem. E os moradores do Rio não são apenas as elites que agora tremem de medo em suas fortificações.
Os que se dizem bons, aprisionados, defendendo-se d...  fiquei sem a palavra :  povo?  pobres?  populacho?Isso era uma espécie de piada há 20 anos atrás. Uma advertência, que fazia rir. Ah! Não! Dos traficantes.
E pede-se Paz, mas não se quer compartilhar direitos, ou comida. Ou Amor. Pede-se Paz, enquanto os dentes rangem sedentos pelo sangue do "bandido". Do "elemento".  Pedem para excluir-se definitivamente da sociedade aquelas pessoas que sobrevivem do comércio dos produtos que essa mesma elite usa para animar suas festas. "Ah! Mas lá nas comunidades tem muitos  trabalhadores disponíveis. vamos eliminar estes que trazem perigo."
É ! Eu não sou normal, mesmo. Mas por que o ataque ao Riocentro não me sai do pensamento?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Parcialmente requentada

Vendo agora no jornalglobal regional uma reportagem sobre a cheia do rio Muriaé em Cardoso Moreira, município do noroeste do estado, a quantidade de casas definitivamente interditadas pela cheia do rio, (anuais) a quantidade de pessoas desalojadas e vivendo em aluguel social, em lugares que tenho passado frequentemente e que tem me induzido à reflexões e que no início do ano  inspirou-me um texto que não escrevera, porque ainda não havia parado para fazer a foto ideal, mas que agora escrevo aqui. No momento, com fotos que fiz em algum dia desses do local a que me refiro, sem sequer parar o carro, talvez no mesmo dia do texto, ou uma semana antes ou depois, que está longe de ser a foto que eu quero, que dê uma ideia real do que digo.





A  VÁRZEA  E  O  RIO

Era uma vez um lindo e forte Rio, que descia vigoroso e tranquilo pelas vertentes suaves das montanhas. Com as chuvas, anualmente, crescia mais e mais em volume com as águas recebidas, que haviam sido despejadas sobre as serras e o Rio, orgulhoso, esparramava-se em suas margens, em suas várzeas. E isso diluia a violência do volume que o Rio adquiria, e fazia das várzeas, Vargem Alegre, Vargem Alta, Várzea de São-qualquer-tantos que existem por ali., todas, sem exceção, várzeas alegres com a fecundidade das terras renovada pelo Rio. Mas o Homem, essa praga que precisa sempre mais, cada vez mais, que cresce e multiplica-se irresponsàvelmente a mando de sei lá... viu tudo que aquela Terra fecundada da Várzea produzia e se apossou dela. E construiu moradias e fez plantações, ou pastos e tudo crescia muito, produzia muito e enriquecia o homem, que ainda sabia conviver com as cheias do Rio. Mas a riqueza vai deixando o Homem cada vez mais confuso. Ele perde a noção. Não mais vê grande, vê apenas o dinheiro de hoje e amanhã, então, pensando em ganhar mais, vender mais, constrói estradas para escoar a produção. Que acompanham o Rio, paralelas, evitando grandes meandros, mas que constitui-se em uma muralha entre o Rio e sua amada Várzea. Tres, quatro  metros de altura. Dois em alguns lugares, mas sempre lá, elevada, a muralha. A Estrada.  E o Rio fortalecido pelas águas que caem nas Serras, não mais pode descansar em sua Várzea. Desce veloz, feroz, pelo leito em que está confinado, enfurecido pela paixão frustrada e segue, invadindo e tentando destruir a Cidade dos Homens, daqueles que o afastaram de sua amada, que lá está, enfraquecida pela perda de seu querido,  e passa  , não mais fecunda , adoecida, a precisar dos remédios dos homens para continuar produzindo a riqueza que eles continuam a perseguir sem perceber que deixaram passar, perderam.



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Considerações ou devaneios?

 As coisas que queria escrever me levaram a buscar nos meus arquivos esta foto e ao trazer e ficar olhando a foto, outras coisas me vem à mente. (passado historia futuro mudanças conservadorismo inovação tecnologia)
Como outras pessoas deste mundo daqui, noto um esvaziamento do que chamávamos blogosfera. Porque sairam ? Será apenas culpa do Facebook? Ou porque a maioria de nós que aqui viemos já dissemos, frenèticamente em curto tempo-em-anos o que tinhamos a dizer?
Como outras pessoas daqui fico questionando os motivos dos fluxos, das passagens, dos movimentos. Já sei quem virou amigo, sei quem me recebe e não gosta de mim, quem está só na social e quem está só no própio umbigo.Mas não sei  por que cada um que partiu o fez; gostaria de poder saber.
Como outras pessoas daqui, não tenho mais muito a dizer, porque o movimento criativo das pessoas comuns esgota-se muito rápidamente ou está direcionado para as funções ditas "produtivas". Porque aqui já despejei todo meu lixo e todos os meus tesouros, só fico na expectativa do que mais posso aprender interagindo com tanta gente e principalmente, vendo como são legais as gentes que persistiram. Criando.
Mas eu continuo, mesmo sem méritos, mesmo sem nada de novo a dizer, repetindo-me tal como refeição requentada, porque não tenho nenhuma angustia nova e no entanto tambem não tenho nenhuma resposta para as perguntas velhas.Mas insisto, busco novos caminhos, nas estradas reais, convencionais e nas minhas andanças em geral.
Uma imagem mudou um pouco o rumo das coisas, me fez perder algum detalhe, me trouxe algum outro, quem sabe em que  dia retorne, por outra imagem, em outra viagem, o que perdi agora.

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mais coisas que vi e não gostei

Ainda num dia desses, um moço da terra, queria meu celular para denunciar o que disse ser pesca de sardinha durante o defeso. Não emprestei. Tive mêdo.

Logo depois, em Minas fiquei vendo alguem proteger nossos tomates das pragas. Héin? Proteção?
Há anos evito tomates apesar de adorar seus molhos ou saladas. É tão raro conseguir orgânico. Não farei outros comentarios.  Todo mundo já sabe e mesmo assim...


" Se tens um coração de ferro, bom proveito. O  meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."
(José Saramago)


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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Indagações

Algo tem me provocado a atenção nestas andanças... Ou diria viagens...Tanto ao longo das rodovias como nas pequenas estradas de terra por onde tenho passado, e especialmente observado nas zonas rurais e periferias das pequenas (e nem tanto) cidades do norte-noroeste fluminense como do nordeste de Minas, ...


... uma grande quantidade de casas arruinadas ou arruinando-se, abandonadas. Algumas, apenas choupanas, outras, uma boa parte do que vejo, casas compatíveis com nossa classe média. Recuperadas seriam muito melhores do que as que estou habituada a ver nas periferias. Muitas em meio a pastos ou plantações. Deixou-se de plantar? O campo mecanizado não demanda mais colonos-empregados, nem aceita meeiros? "Remédios" jogados aos campos mantem os pastos "limpos" e de resto, o fogo ocasional (ou sazonal) "cuida"? O que, qual ironia do sistema faz com que num país com imenso déficit de moradias encontre-se tantas casas vazias. Não vou falar de reforma agrária, dos sem-teto, nada, apenas da minha tristeza de ver isso,  a desigualdade, a pobreza das casas que estão sem gente, e "morremdo" e as gentes sem casas, ou morrendo por causa de onde estão suas casas.


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PORQUE  A  SAUDADE   É  COISA  QUE  DÓI  NO  CORPO  COMO  NA  ALMA  É  QUE  PASSO MEU  TEMPO  E  GASTO  MEUS  $$$$  NAS  MESMAS  ESTRADAS.

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