MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

terça-feira, 31 de agosto de 2010

BOM DIA, BOA SEMANA!!!!

Estou no Rio, mais uma vez a espera de peças para o carro. Mais uma vez? Porque não contei aqui as (des)aventuras das semanas passadas. O carro sofreu um ataque de mau-olhado. Só pode ser. Ou falhas humanas, o que pode ser mais real, mas mesmo assim, numa perspectiva integrativa, as duas opões podem ser verdadeiras. Começa quando eu deixo outra pessoa, da minha mais absoluta confiança dirigir (porque eu confio nela, mas ela parece não confiar em outras pessoas dirigindo, o que aliás é bastante comum em motoristas, principalmente do sexo masculino), mas o bom motorista - e é, não há ironia aqui, ao dar uma ré num estacionamento de uma parada na estrada, precisávamos trocar fralda do Bebê, só para ao colidir com uma árvore e ...lesões na porta traseira do carmário. Apesar da minha culpa de ter sugerido que parasse de ré, ao invés de parar como habituado, ele, arrasado, se propõe a pagar o restauro, o que sou obrigada a aceitar, já que... todo mundo sabe, eu nem podia ter carro, tão pouco$$$$$$$ recebo por mes. Mas o orçamento que apresentam lá, na cidade que moram(os) é absurdamente alto e decido fazer outros orçamentos na minha antiga cidade, onde os prestadores de serviços já são conhecidos, sabem a minha história e não apenas criam uma imagem a partir da apresentação atual. Um 4x4 importado, grandão. (Ironia! mudei-me para, entre outras coisas fugir de minha história) Custo da restauração: seis vezes menor do que o orçamento inicial, mas... só uma semana depois, o que me faz viajar, não posso ficar parada, tenho compromissos em diversas cidades, e como sempre, vou e...em um buraco quebro a barra estabilizadora da suspensão trazeira, venho ao Rio, encomendo a peça, tres dias depois me será encaminhada ao endereço que eu dou, vou para Petrópolis, e acende no painel a luz de indicaão da necessidade de substituição da correia dentada...deixo o carro lanternando enquanto espero a "barra", hospedada na casa de uma grande amiga, onde ficaria tres noites apenas...Tres noites em um mesmo lugar, para Urtigão, um ser em movimento, é demais. O bom é que a conversa é ótima, rimos muito, a casa é deliciosa, mas acabo ficando dois dias a mais,cinco ao todo, e a peça não chega. Eu que precisava consertar a suspensão para procurar a correia, os dias passando, pego o carro lanternado e com dois outros problemas, sigo quase 200 km para atender "minha mãe", na verdade dar uma folga para a filha que ficou com ela, voltando ao Rio, menos de 48hs depois, mais duzentinhos, com o carro "biquebrado", para a caça à peça desaparecida e adquirir as outras - sob encomenda, tres dias e correio...NÃÃOO!!! A outra, a barra, deve estar no correio, foi devolvida pelo porteiro do predio de minha filha e que estava avisado por mim, tres vezes que aquilo chegaria ao apartamento dela, em meu nome, segundo informações na concessionária que postou a peça. tenho que ir a Petropolis buscá-la. Enquanto isso, tres dias aqui, esperando a próxima- não caio no conto do correio, vou retirar no balcão.
Fico aqui, morrendo de saudades dos netos que não vejo desde a semana do "acidente", dos filhos e filhas espalhados por aí, mas vou jantar com dois dos filhos. Tudo tem o lado bom afinal. Só não entendo a razão do lado mau.

domingo, 29 de agosto de 2010

Para o ser da mata ou algum bicho....

Todos aqueles que desejam conduzir um povo, e piores, aqueles que o fazem usando o poder existente em alguma religião. A todos esses, tenho evitado há décadas.
Evito políticos, pastores, padres, gurus. Passo longe, com mêdo. Sempre fui assim.


São como fariseus, que aquele revolucionário quis contestar, lá, pelos anos zero, pois dele fizeram marcador de tempo. Estabilizador de datas. Mas o que era, apenas um revolucionário a mais numa época e lugar cheio de revolucionários. Mas que apresentava um modelo um tanto incomum. Contestador de regras morais vigentes, de padrões de comportamento social, apresentando um novo paradigma. Não apenas mostra onde há erro, mas como escolher outro rumo. Mas seu discurso é ambíguo. Não fala dos bens daqui, a ênfase é a Casa do Pai. Mas desfruta dos bens daqui. De finos óleos, bons vinhos, até andou produzindo algum para uma festa amigos, na sua juventude, talvez um pequeno deslize; a comida deve ser boa, contam dele que diveras vezes participou de banquetes com amigos, tendo até oferecido algum. É natural. Essa é a natureza, harmonia, equilíbrio. Dizem que pela demonstração de fraqueza na terra demonstrou a Riqueza do Transcendental. Num mundo regido pelo amor ao dinheiro, à beleza física, à força muscular, o valor em combate, ser crucificado é ser derrotado. E ele é então derrotado e de novo a ambiguidade do seu ser é evidente, pois assim ele vence, coerente em sua proposta, mas deixa na terra muitos que sentem que ainda não sufocaram mais uma rebelião, confrontam-se com aqueles que buscavam entender a palavra daquele que chama Mestre, talvez o Messias, mas ja estão confusos. Finalmente os vencedores, e mais uma vez, como já haviam feito na Grecia, apoderam-se dos ídolos e deuses que encontram e traçam um novo modelo de civilização democrática(?) que sustente seu modelo de política. Sua forma de poder imperial. "Ano Zero de uma nova cultura criadas por nós, bem, marca aí, óó...manêro!"
"E agora, vamo votá!!!!"

domingo, 22 de agosto de 2010

Ainda sobre a destruição que promovemos

Leiam, reflitam... Embora eu saiba que meus amigos, que me lêem, estão cansados de refletir sobre isso, por isso que nos aproximamos, nos tornamos amigos.

Ainda a Pegada Ecológica, Overshoot , Relatório Meadows e Sustentabilidade: conhecer Enrique Leff




legenda: Como carneiros, pastamos entre o lixo...


Por essas e por outras que não consigo decidir em quem votar : O Serra e seu "neoliberalismo" excludente? A Dilma e o PAC, modelo de desenvolvimento insustentável, obsoleto, que vai acelerar a destruição ( Deveria chamar-se PAD ). Nenhuma proposta realmente nova. Tenho que escolher o "menos pior"? Ou votar no que não vai ganhar, para aliviar a consciência? Como se minha consciência fosse intestino...


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Do lixo

Quem andou lendo aqui, talvez se lembre do texto das "Crônicas Amazônicas", quando falei da experiência da comunidade de cabocos ribeirinhos que visitei, sobre o lixo, que selecionavam , reciclavam quando possível e guardavam o restante pois tinham a consciência de que não adiantava mandar de volta para a "cidade" porque lá iria parar em um lixão e "dane-se". Então buscam formas de promover uma reciclagem efetiva, enquanto isso, aguardam, guardam.
Hoje, lendo aqui e ali, encontro este texto
trecho:

"Separar os lixos em casa, mesmo demonstrando a preocupação individual, não passa de um placebo para a consciência de cada um. Mais valia que quem o faz seguisse o camião do lixo e percebesse várias coisas a jusante da sua atitude: a mesma separação nem sempre é, depois, respeitada; a indústria transformadora apenas aproveita a separação como se fosse um recurso técnico gratuito e continua a poluir por ausência de métodos ecológicos de produção; etc, etc, etc..."

na íntegra: AQUI

sábado, 21 de agosto de 2010

Dona Sra Urtigão diz:


sabe aquele monte de fotinhas que aparece aí em cima? Algumas são de amigos, que vem me visitar, conversam comigo, outras nem faço ideia clara de quem sejam, porque se apareceram foi para espiar pelas frestas das portas ou janelas, mesmo eu tendo ido dar uma passadinha nas casas deles. Então, decidi, se em tres meses - olha que estou gentil, não derem o ar de sua graça, vou sumir com eles daí. Não me importo se vierem para criticar, questionar até gosto, aliás, até gosto de polêmicas, não suporto adulação, mas quero que digam ao menos um " oi, eu sigo e li", mas ficar achando que minha casa é vitrine de outdoor, igual essas plaquinhas que fazem propaganda de político que andam por aí, isso é chato. Então, amigos, amigos, negócios à parte. Não me envaidece nem um pouco colecionar figurinhas. O que me envaidece é ter amigos, mesmo aquelas pessoas com quem temos diferenças, pois estes amigos tambem nos ajudam a pensar, a crescer. E pode chegar em qualquer parte do sítio, mas tem que dar as caras.

ps: a foto aqui é minha mesmo, eu que fiz e sou o modelo.

Não sou eu a autora desta foto


Mas bem que gostaria de poder algum dia estar perto de Sua Santidade o Dalai Lama.
É a segunda vez deste que comecei a escrever aqui que uso foto que não de minha autoria, mas não sei se o acaso ou por qual motivo pensei que minhas fotos de minhas andanças e/ou natureza não seriam compatíveis com o que vim aqui hoje lamentar.Talvez até inconvenientes.
É que na mesma rede onde acompanho as andanças do Dalai Lama, acompanho também alguns sites de informações sobre questões ambientais e hoje vi ali, já divulgado em outros blogs uma notícia interessante. Ou, trágica. É que hoje é um dia importante para a história ecológica da humanidade deste ano: é o dia em que a Terra entra em falência. Explico: mais ou menos como meu orçamento: o dinheiro, meu recurso para promover o sustento da minha família, acaba antes do final do mês, aí eu uso cartão de crédito, cheque especial, ou seja, recursos do mês seguinte e de repente: pimba, falência. Nosso planeta está nas mesmas condições. Segundo cálculos feitos, a capacidade de produção de recursos para a manutenção da população do mundo, com os índices de CO2 emitidos a serem recaptados pela vegetação, para um ano no planeta, esgotaram-se em nove meses. Hoje começa-se a entrar no vermelho. E nem sei se consideraram neste "orçamento" imprevistos, como as recentes catástrofes no Paquistão, queimadas extensas de parques, etc. ( Cachorro que adoece e levo ao veterinário, carro que quebra inesperadamente, no meu caso) A minha sorte é que sou socorrida por recursos dos filhos, sempre e as vezes até de meus irmãos. Quem irá socorrer a Mãe Terra, se a maioria de seus filhos só lhe dão dor de cabeça e seus irmãos Planetas em Órbita do Sol, estão "incomunicáveis"?

VER COMO OS CÁLCULOS SÂO FEITOS, A PARTIR, POR EXEMPLO, DAQUI

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

NÓS SOMOS A CATÁSTROFE


As monções da India e da China estão bem mais severas, inundação catastrófica no Paquistão, megaincêndios no Parque Nacional do Peneda-Geres em Portugal, a Amazonia ha muito tempo não queimava tanto, a fumaça e fuligem afetaram sèriamente até as grandes capitais, muito frio, alem do habitual em muitos lugares, calor quebrando records em outros ( ex: Russia, Moscou quente com records de temperatura e Sibéria mais gelada do que nunca), a Africa atravessando secas maiores do que o habitual, com previsões climáticas catastróficas para os próximos 10 anos, com falta dágua quase absoluta ( Gente, 10 anos é amanhã). Não vou me dar ao trabalho de postar os links das notícias, está aí, para todo mundo ver. O que as pessoas não vêem ou não querem ver, por comodismo, egoísmo, sei lá, é a necessidade imediata de que TODOS tomemos atitudes para minimizar o que vem por aí. Porque impedir já não dá, mas que pelo menos façamos coisas para desacelerar o que for possivel deste processo. Pelos nossos filhos, pelos nossos netos, já que como espécie, só desenvolvemos consciência individual, não nos percebemos como parte de um todo planetário. Então, repito, pelo bem de nossos filhos, mudanças, já. Não haverá parte segura no mundo.

domingo, 15 de agosto de 2010

"Serra Velha"

Como depois da mudança ainda não desencaixotei meus livros, ficaram prontos para a proxima mudança que sei será relativamente breve, não tenho como consultar para fazer este texto como gostaria, e então o rascunho está rolando, rolando, até que decidi soltar assim mesmo, com informações da minha memória desde que pesquisei este assunto há muuuuito tempo,me parece que até melhores do que as que encontrei no tal google. Caso tenha incorrido em algum erro, peço já desculpas, e solicito que corrijam e caso eu mesma descubra algo, ou em qual caixa estão meus livros sobre a história de Petrópolis, corrigirei eu mesma.
O motivo desta postagem foi a polêmica sobre a estrada de ferro, lembram, né?


Com interêsse em buscar caminhos para a interiorização, para as regiões de lavras de ouro, pedras preciosas, especialmente nas cidades hoje conhecidas como Ouro Preto, Diamantina, e considerando que o caminho qe passava por São Paulo se tornava bastante perigoso devido a assaltos - já naquele tempo- tanto por colonos quanto por índios, aos escravos (e seus donos) e insumos que iam para o interior e ao ouro que era trazido para ser levado para Portugal/Espanha/Inglaterra/Holanda precisavam percorrer caminhos mais seguros. Então parte das entradas e expedições regulares saiu do eixo Porto de Paraty , Serra da Mantiqueira para o Porto do Rio de Janeiro e subida da Serra da Estrela passando por Itaguai e por onde hoje é a localidade de Paty do Alferes, ( Reserva do Tinguá) Mas as condições deste percurso, extremamente perigosa, escorregadia, e que causava grandes e sérios acidentes, principalmente nas chuvas fortes do verão, quando comboios inteiros de mulas despencavam morro abaixo, levaram a busca de outros acessos por outras vertentes da Serra da Estrela, construindo-se então essa nova estrada para comboio de burros e escravos, sobre trilhas conhecidas dos indios da região. Com o tempo, o Imperador, D. Pedro I encantou-se com a região do Alto da Serra, e tentou comprar a Fazenda do Padre Correa, na localidade hoje conhecida como Correas, o que não conseguiu, adquirindo então, para seu uso, a fazenda do Córrego Seco, vizinha àquela, pràticamente improdutiva, devido as condiçoes geogáficas e do solo, lugares muito íngremes e com grande quantidade de rochas. Mais tarde seu filho, Pedro II ordenou ao Major Julio F Koeller que construisse na mesma região uma estrada para acesso à Serra pelas carruagens,com trajeto reestruturado que em alguns lugares cortava a antiga trilha; foi construido um palácio de veraneio ( Hoje Museu Imperial de Petrópolis) e as casas para a côrte, num projeto urbanístico do mesmo Koeller e a região foi colonizada, ainda num empreendimento projetado pelo dito major, por alemães, "importados" após uma série de eventos que ficaria longo demais discorrer aqui ( eles iam para a Austrália, houve um motim, foi-lhes oferecidos ficar blábláblá) o percurso da corte se fazia da Praça XV de barco pela Baia de Guanabara até a embocadura do Rio Inhomirim, dali seguia ainda em barcos pelo rio até o pé da serra (Hoje Vila Inhomirim, quando passavam para os côches e subiam a Serra. Haviam fazendas no caminho, onde pernoitavam ( Uma delas a Fazenda da Mandioca, que é referida como pouso e hospedagem de Langsdorf). Cansado dessa longa viagem, ( que era feita todo ano para fugir da malária no verão do Rio de Janeiro, além do calor)o Imperador que gostava das novidades, determinou a construção de uma estrada de ferro desde o Porto na Baia de Guanabara, localidade de Mauá (hoje) e que em muito menos tempo chegava até Petrópolis. Devido as condições do terreno, foi construido um sistema de cremalheiras, para que o trem não descarrilhasse, e bem, eu poderia ainda encher de detalhes esta história, bucar as datas, mas o importante aí está. Foi a primeira estrada de ferro do Brasil, e construida pelo Barão de Mauá, acho que tambem engenheiro, como Koeller, a esta época já tràgicamente falecido.


Vista do Alto da Serra, com a baixada fluminense e a Baia de Guanabara ao fundo, com a Ilha do Governador. Por esta paisagem maravilhosa que passava a Estrada do Imperador. Seria realmente magnífico, do ponto de vista turístico, a reconstrução de parte desta estrada, pelo menos a parte da Serra, já que até o Porto de mauá, bem isso poderia até ser proposto, posteriormente.



Trechos da estrada dos côches, antigamente calçada em "pés de moleque", tipo de calçamento que hoje ainda encontramos nas cidades historicas de Paraty, Ouro preto, etc, patrimonios da humanidade. Hoje tem seus vinte e poucos quilômetros calçados com paralelepípedos, mas continua ainda bastante bonita.


Na maior parte dela ainda encontramos muretas de contenção do tempo do Império



Se sou a favor da restauração, com finalidade turística e econômica? Lógico que sim. Mas considero a necessidade de um planejamento concreto inter e multidisciplinar que inclua a população que mora na região, e não atingir-se um bebefício de alguns com exclusão dos desfavorecidos. Capacitação, financiamento, medidas responsáveis. Aí dou todo meu apoio ( Como se isso fizesse diferença hshshs)

sábado, 14 de agosto de 2010

*** ANDANÇAS ***

Intensamente vermelhas por todo o noroeste do Estado do Rio e maravilhosamente amarelas em Minas Gerais. Mas eu, com meu mantra, depressa, depressa, olhava e raramente fotografava.


( as amarelas, que se espalham por toda região que visitei esta semana, sei que são Ipês, mas as vermelhas, não descobri o que são)

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sábado, 7 de agosto de 2010

" QUEM RISCOU A PEDRA RISCADA? "


Ontem , por conta de compromisso profissional, necessitei deslocar-me até Nova Friburgo cidade serrana no Estado do Rio de Janeiro. Vantagem que fui com despesas pagas, ou parte delas. Fiz por minhas custas um percurso bem maior, ja que decidi levar uma das filhas que iria até Petrópolis - o preço de sua passagem de ônibus é idêntico ao valor que eu gastaria em combustível e pedágio pelo trecho a mais. Além disso poderíamos ir conversando e eu adoro mesmo estradas. Acabamos vendo um monte de arco iris, penso que passamos sob um deles! Passei então por Petrópolis, tangenciando a cidade sem poder visitar nenhum dos amigos de quem sinto saudades e nem meus netos que estão lá essa semana. Seguindo para Nova Friburgo, tangenciei Terezópolis onde tambem tenho amigos que não pude visitar. Sigo pela Tere-Fri ( estrada lindíssima em belezas naturais e "antrópicas", como plantações de hortaliças, flores, pomares, entre as belíssimas e imensas rochas, montanhas, e chego ao destino. Cumpro meu compromisso, esquivo-me da complementação - parte social, não sou mesmo boa nisso, nem um pouco adepta de "baladas", durmo no hotel pré-pago e volto pela estrada Serra Mar que liga, lógico, a serra à baixada litorânea, em Casimiro de Abreu e logo chego a Rio das Ostras. Apenas 80km entre uma e outra, num deslumbramento de paisagens, que eu já conhecia de certa vez que havia subido, mas como sempre me disseram, descer é especialmente mais bonito. No caminho passei direto por Lumiar ( quem ainda não ouviu falar) parei um pouco adiante para ràpidamente fotografar, onde eu vi em uma placa indicativa a frase que escolhi para título aqui, da Pedra Riscada e onde compartilhei por breves instantes da "globalização da natureza", ou do delicioso perfume de eucalipto enquanto ouvia o pio da araponga ao som de fundo da correnteza do rio. Mais adiante e já preocupada, parei no Encontro dos Rios, outro lugar que já conhecia mas que me encanta sempre, o canto das corredeiras, as luzes das águas, tudo muito, muito, lindo. Mas não posso me deter, sigo adiante, desço, corro ou, faço o carmário ou quarto-móvel correr. Olho o mar, estou atrasada. Por que? Atrasada para que? Aquela que invadiu minha vida, me pôs cabresto após a aposentadoria, a mesma que na minha juventude me impediu até de ter amigos estava em casa sòzinha desde as 7:00hs, já que a minha filha que ficou um dia com ela sairia hoje muito cedo. Por que não poderia ficar mais? Não quer, e dou toda razão a ela(s). Porque a sra bruxa malvada teve a "gentileza" de tentar humilhar e ofender as duas esta semana, dizendo que elas nem eram netas dela e tinham obrigação de fazer TUDO que ela queria na hora que ela queria porque filha adotada é para ser empregada, porque foram enjeitadas.
Por causa dela, da bruxa, eu perdi tudo que poderia ter feito. Tá bom, vou me consolar pensando no que pude ver e ouvir. Mas será que não poderia ter tido bem mais?
Aí fui trocar fralda fedida de quem pode se levantar para ir ao banheiro e não vai porque, como diz, não quer porque tem preguiça e filho tem a obrigação...


Respostas:

Olá, amigos
Minha resposta a voces no texto do "comentário no facebook" foi ficando tão grande que resolvi converter em outra postagem.
Quem não viu/ leu minha discussão lá, ( aliás o Rubinho não me aceitou como amiga lá sniff ( hehehe) só entendeu parte do meu desabafo, então tento resumir aqui: trata-se de um projeto já várias vezes proposto mas nunca concretizado de restaurar a antiga estrada de ferro que subia a serra de Petropolis, parece-me que històricamente a primeira do Brasil e que passa por lugares incrìvelmente bonitos e serra esta que tem tambem uma antiga estrada do tempo do Império quando servia para os côches que levavam a corte imperial para o veraneio em Petrópolis, àquela época calçada em pés de moleque e hoje em paralelepípedos e que funciona como ligaçao de distritos dos municipios de Magé e Duque de caxias com Petrópolis. Muita gente mora num desses lugares e trabalha no outro, ou tem parentes, e certamente a reativação da estrada de ferro pode sim trazer beneficios, além do turismo e o próprio turismo corretamente ordenado idem. O que ocorreu foi que quando perguntei ao autor do projeto e ao candidato ao governo que apoia esta idéia como pretendiam viabilizar a questão, a resposta do autor do projeto( da assessoria do candidato nem se dignaram responder) foi no mínimo indecente, dizendo que as familias que estão no caminho seriam removidas e cadastradas e que ele não tinha nenhuma responsabilidade quanto a isto, e que se consultasse o plano diretor do municipio para ver o que poderia ser feito posteriormente por eles. Ou, removam, coloquem em um cadastro e f... ( Parece uma resposta que ouvi ha anos atras quando em um congerssso médico de reumatologia discutia-se a prevenção da osteoporose feminina por reposição hormonal e alguem perguntou ao ilustre palestrante sobre o aumento do risco de cancer, por exemplo o de mama e a figura respondeu; " esses casos são encaminhados depois para a ginecologia" )
Acontece isto, Rubinho, a proposta é "remover e cadastrar para que sejam realocadas..." em um municipio que é todo APA, que tem deficit assumido pela secretaria de habitação ha 5 anos atras de 10 000 moradias, pouquíssimaa tendo sido construida,o que não atendeu nem aos desabrigados da última catástrofe, que dispunha à época deste levantamento de 60 000 crianças e jovens nas escolas publicas, ou seja mesmo considerando os que migram, a taxa de mortalidade e os que permanecem nas casas dos pais, teria este déficit aumentado significativamente nos anos seguintes, que tem a maior parte da população carente em áreas de risco de deslizamento ou enchentes e agora querem transformar em área turistica e que deveria ser, ou foi turística tambem um dia, mas que permitiram ocupação há décadas, áreas com relativa segurança, digo relativa porque lá tambem ocasionalmente ocorrem desmoronamentos de encostas, porem com menos frequencia que em outros locais e que tem a população bastante organizada atualmente no sentido da preservação ambiental. Mas o projeto não prevê discussões nem nenhum projeto social de inclusão. Prevê, sim expulsão dos moradores para abrir espaço a privatização da área para projetos turísticos.Pois é, né Bia não só o Museu, como outros pontos turísticos mal cuidados ou inacessíveis. Veja o Parque Cremerie, bastante abandonado, o trono de Fátima, o turista que chega lá no alto não tem como estacionar o carro para apreciar a bela paisagem, "vista", da cidade e nem tem transporte turistico adequado para chegar ao local sem carro, o lago de Nogueira, completamente assoreado, o Horto Municipal, ou parque ecológico, não sei que nome deram, há anos sem ser funcional, parece que foi inaugurado já mais de uma vez e nunca teve as portas abertas. E Magé, vai ter como tornar Vila Inhomirim mìnimamente "turistável? O passageiro turista, como está, talvez nem vá ter coragem de sair do trem... Não é como comparar com Ouro Preto-Mariana ou S. João del Rey-Tiradentes que eu irônicamente escrevi lá e fui interpretada erroneamente. Não há planejamento de verbas ou financiamentos para realocar ou facilitar que os comerciantes locais se adequem, serão apenas removidos. Vale o dinheiro, o Homem que se dane.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cabo Frio


Hoje na região, chegou um Lobo Marinho. Por vários dias tem chegado aqui pinguins, alguns vivos outros mortos. Baleias já foram duas, mortas, isto em cerca de quinze dias. O Lobo Marinho está vivo e em boas condições segundo os biólogos que optaram por deixá-lo descansar nas areia da praia onde chegou, considerando que sua remoção a um zoo seria por demais estressante e poderia acarretar danos à saude do animal que se encontrava apenas exausto. Disseram que assim que descansar irá iniciar a longa jornada de cerca de 4500km até a Antartida. Será que vai voltar? Será que consegue? Por que será que veio tão longe?

É a terceira ressaca este ano esta que que se iniciou hoje e deve estender-se até amanhã. A primeira em abril, fora de época conforme amplamente discutido na ocasião, arrasou com a orla na famosa e turística Praia do Forte que ficou sem a grande extensão de areias branquíssimas que a caracterizava. Algum tempo depois a areia foi "descoberta" em fotos de satélite preenchendo parte do Canal de Itajuru, que liga a Lagoa de Araruama ao mar. Curioso, isso, presenciar o mundo em transformação. Ou, seria, caso os interesses humanos não fossem intervir e drenar a areia de volta ao local de onde foi retirada pela furia do mar. Caso fique onde está, irá a médio e longo prazo, alem do assoreamento do canal, prejudicar gravemente o equilibrio da lagoa. Ou seja, com os anos, ou quem sabe séculos, a lagoa secaria. Talvez restasse um grande salar. De onde a areia vem sendo retirada pela força do mar, o litoral recuaria, toda a região seria profundamente transformado, num tempo geológico relativamente curto. Mas os interesses humanos e suas tecnologias vão tratar de restaurar o que existia. Já estão em andamento obras para conter o avanço do mar, já estão tomando providencias para recolocar as areias onde estiveram, retirando-a do canal, para facilitar a navegação assim como permitir a renovação das águas da lagoa e manter sua piscosidade.
Mas estou encantada com tudo isso. Menos pelas ações do homem, mas por poder apreciar as forças da natureza em ação. Aqui, ao vivo, vejo a Terra VIVA.

.( foto: praia do Peró, Cabo Frio, esta semana)

Comentário no facebook

continuação:

( Sou " verde" por ideologia, por natureza, desde a alma aos fios brancos do cabelo, mas acima de tudo entendo a ecologia como integração equilibrada do homem e natureza, porque ele, o Homem, não é o dono dela como acreditam muitos, mas apenas uma ínfima parcela e a parte que mais desrespeita sua mãe natureza e a culpa quase nunca é do indivíduo, que sustenta sua ignorancia nas ações dos que teriam o dom e o poder de esclarece-lo, porem poem à frente sua ganãncia, esquecendo que são apenas mortais)



Tenho um monte de blogs, que na verdade são as partes do meu sítio e hoje fiquei tentada a fazer mais um, além da "Velhinha veloz" criar a " VELHINHA BRABA" por conta de umas "tentativas de esclarecimento" sobre uns projetos que afetariam a minha cidade . É, mesmo morando em Cabufa, descobri que "uma vez petropolitana, sempre petropolitana" até porque sempre vivi e morei lá, mesmo quando fazia cursos universitários ou pós, no Rio de Janeiro, eu fazia parte do contingente da população que faz de Petrópolis " cidade dormitório".

Mas porque criar " o velhinha braba" se para isso já havia me convertido na sra Urtigão e moro aqui, como bicho-da-mata. E tambem porque ser braba não é condição adquirida depois que o tempo passou. Sempre fui muuuito braba e a idade vem até suavizando este aspecto. ( Adoooro quando meu neto Gabriel diz - " assim eu vou ficar muito babo, muito babo mesmo" , me sinto participando do futuro, nele hshshs)

Mas a minha briga, quero dizer, briga não, tentativa de que me esclarecessem foi por conta de um projeto turístico legalzinho, maneiro mesmo e até quem sabe, bem intencionado. E eu adoraria levar meus netos ao passeio no "Expresso Imperial" mas a questão é o custo social que isso acarretaria, quanto à remoção de famílias que "atrapalham" o processo da reconstrução desta estrada de ferro de "apenas 6km", subindo a serra ( ou descendo, óbvio), mesmo com o argumento que ocupam ( há décadas) áreas de preservação ambiental. Para onde iriam, afastando-se de seus amigos, parentes, historia, escolhas? Para um conjunto habitacional a ser construido...em outra área de preservação ambiental, já que Petrópolis é toda APA, mas que polìticamente obteria , pós EIA-RIMA conluios e negociatas, autorização, após fajutas audiência públicas, como são as obtidas nos mega investimentos para construções de imóveis para classes A e A e...tá, classe média alta e põe alta nisso, mas que colocariam essas pessoas "invasoras" desfavorecidas ( os ricos fazem quadras de tenis dentro da APA) a horas das possibilidades de trabalho, coisa que tambem faz o empregador preferir trabalhadores de perto - menor custo do vale transporte além de menor absenteísmo. Sair de casa as 4:30 da manhã no inverno de Petrópolis é no mínimo absurdo, irreal. Como Humanos não percebem o que estão a fazer aos outros Humanos?

Sem falar dos grandes beneficiários quanto dos processos financeiros que envolvem estas obras. " O de cima sobe, o de baixo desce"

Ah! Eu hoje " estou muito braba mesmo".
Nem vou postar fotos bonitas da região, que tenho aos montes.

( E ainda fui assistir hoje ao vídeo postado pelo Eduardo, do blog OBSERVAR e ABSORVER sobre o permanente genocídio praticado por nós eurodescendentes civilizados em terras conquistadas.)

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