MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Palavras feias

Tenho pensado (é, eu penso, embora bicho-animal, tenho esta capacidade), a partir da leitura de textos em blogs, assim como outras leituras, nestas questões de linguagem, palavras, palavrões ( gostaria de poder deixar aqui os links que deram origem a estas reflexões, mas confesso que como indisciplinada e preguiçosa, não sei como voltar à maioria deles e seria injusto deixar apenas alguns). Retomando o fio, tenho pensado no termo "palavras feias" expressão surginda a partir da pergunta, a cerca de 2 anos, de uma das minhas adolescentes, sobre qual eu achava a palavra mais feia. Enquanto eu refletia, tanto sobre a perspectiva do ajuntado de sílabas que formasse algo desagradável à escuta ou leitura , ou então na representação, no significado das palavras e pensei em FOME MISÉRIA IGNORÂNCIA , a lista ia crescendo, voltei a questão de que, do que ela queria saber, se era a condição dos chamados palavrões, termos chulos, muitas vezes com significados ligados à genitalidade, e para entender, pergunto a ela qual a palavra que achava mais feia e ela responde " gostosa, odeio quando um garoto fala essa palavra ". Chega-se então mais uma vez à questão da subjetividade, ou intersubjetividade, e das circunstancias que acompanham cada condição.
Aqui, nesta esfera, tenho visto, mesmo em "blogs maneiros", que a coisa mais feia é a discordância. Ai de quem se atreva a questionar o que foi dito. Não se usa do diálogo para busca de crescimento, mas só se aceitam palavras para "pentear o ego". Já por diversas vezes ao tentar apresentar minha opinião, mesmo que doxa, sem fundamento, apenas para tentar entender um pouco mais, sou recebida como se estivesse agredindo o expositor. Perguntas são interpretadas como ironia, afirmações, então, parecem verdadeiras ofensas pessoais, palavrões. Alguns blogs já deixam um texto ao início " aqui só se aceitam pessoas grandes" ou "seja bem vindo se vier com amor". Ora, a mera curiosidade não vale? O desejo de saber mais do mundo e das pessoas é visto como grosseria. Não se aceitam aprendizes. Sòmente Mestres. Por isso que fazem tanto sucesso comentários do tipo "vim dar um beijinho" "tenho postagem nova,lá".
Palavras feias ? Penso que são aquelas usadas para bajulação, mentira, e aí é para mim a carapuça, intolerância.

(ver tambem:
***)
(outras postagens antigas daqui que abordam esta questão de comentários, não indico pois foram direcionadas especìficamente e até com o nome de quem se tornou meu inimigo(a) virtual. Acho até que algumas, senão todas, recolhi para "rascunhos" )



(" Yin e Yang, sombra e luz, seco e úmido", foto de fevereiro de 2009)
Volto a explicar que minhas fotos não são artísticas, são simbólicas. Por isso dou nome a elas, embora quase nunca deixo o nome aqui, desejando que os amigos entendam o simbolismo. Como estou falando de palavras, deixo com a foto tambem suas palavras, o que ela, a foto me disse.
.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Quando falei de...

ARTE E PRECONCEITO, no dia 21, eu estava refletindo sobre tema de uma conversa virtual com um blogueiro onde houve uma pequena discordância e ele me havia chamado de iletrada, em outros termos. O que eu não sabia ainda e isto sim é de grande importância em se tratando de arte, é da questão da censura havida em Braga a uma pintura de Courbet, sec XIX, chamada " A Origem do Mundo" que ao ser reproduzida na capa de um livro ocasionou a apreensão da edição, por imoralidade (?). O que é imoral? Uma obra de arte ou a censura?
Ver mais:( pela ordem do que fui encontrando )
Samuel o cantingueiro
Varal de Ideias
sao
azedas e verdes...
.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Estou mudando meu pH

Quem me conhece, bem ou pouco, já sabe que há muito, muito tempo não como carnes vermelhas, carnes brancas ocasionalmente, com preferência para peixes, que evito doces, não adoço sucos, prefiro mel a açucar, uso cereais integrais, não fumo nem tomo bebidas alcoólicas, mas sou adicta de Coca-cola. Há bem mais de trinta anos, quando iniciei uma vida profissional que me levava à privação do sono e por não suportar café, necessitando de uma cafeína, ou estimulante, descobri a cocacola. Não consegui parar nem grávida e, com filhos pequenos, levava as garrafas escondidas, como bêbado leva a cachaça embrulhada em jornal. E nem precisa(va) estar gelada.
Sei dos malefícios. E ainda por cima, me sentindo culpada por questões ideológicas. Vício é vício. Só que, recentemente ao tomar pela primeira vez na frente de meu neto mais velho, que acha que Coca cola é shoyu, pela cor do liquido e vermelhos no rótulo, percebi a gravidade de meu comportamento. Mais grave do que saber que na minha idade a severidade da perda de massa óssea, já visível na fragilidade das unhas, é grande, notem bem, eu não bebo água, são mais de dois litros de coca-cola dia, o que impede até uma alimentação correta, pois afeta o apetite, foi a vergonha de ver o Gabriel perguntando se eu bebia isso e insistindo com a mãe em beber shoyu da garrafa.
Parei. Há uma semana. Estou em casa, com dores de cabeça, abstinência da cafeína, que ocorre sempre que tento parar ou nos dias que passo na casa deles, os netos. Dores musculares, parece que o corpo está enrigecendo. Dores intensas. Não consigo dormir a noite, pelas dores e pelos inumeros cochilos durante o dia. Sonolência constante. Mas vou conseguir. Um dia de cada vez, não é este o lema?
Sinto falta de grupos de suporte.
Mudando o ph? Minhas células viviam imersas em conteúdo excessivamente ácido, afinal em uma pesquisa passada soube que o pH da cocacola é de 2.1 ou 1.7 mais ácido que o acido clorídrico.
Se eu sobreviver a esta readaptação física (hshshshs), vai ser bom demais.

Civilização - 2

Penso que já nasci velha e com o tempo passado isso só acentuou. Pois fico estarrecida com as estatísticas do período de carnaval. Quantidade de mortos e feridos em acidentes de transito. Afogamentos em balneários. Violencia com armas nas ruas e aumento da violência doméstica ( esta quase não noticiada, mas visível a quem trabalha em certos setores de "apoio") . Assaltos, roubos, furtos, tudo em escala maximizada. Este aumento da mobilidade interna da população que sem cuidados devidos acentua a condição de risco. Ainda não entendi até hoje a necessidade de "divertir-se" nestes poucos dias, como diversão/lazer não fôsse uma necessidade constante do Humano. E não devesse ser exercido como direito que implica responsabilidades, diàriamente.
(quiqueutôfazenaqui)
.
Ver tambem "dengue"

Memórias...


Passando ontem por este muro, lembrei-me da importancia que sua construção, a cerca de 40 anos, teve na minha vida.

Moro atualmente no mesmo bairro em que nasci e nasceram meus pais e parte dos meus avós. Descendentes de colonos alemães, cada familia da região tendo recebido glebas de terra que foram sucessivamente sendo divididas por seus filhos e netos, tornando-se quase lotes. Isto no lado direito da rua. No outro,( vou ate tentar saber porque, posteriormente, )existem mansões de veraneio. Casas de familias abastadas do Rio ou outros lugares, assentadas em enormes jardins, gramados, com requintes de casas de ricos. Vários fatores faziam com que nós, do lado pobre, tivéssemos certos conceitos ou preconceitos formados a partir desta convivência. Exclusão, inveja, sei lá. Na rua perpendicular a nossa, a maioria das casas já eram dos ricos. Nesta casa, certa vez, derruba-se a cerca viva comum naqueles tempos mais seguros, para construir o muro. Eu, na fase que hoje se chama adolescencia, fiquei chocada. Construir muros derrubando flores, só podia ser coisa de rico. Já vira outras fazendo o mesmo. Colocando extensos pátios de lajotas de pedras substituindo gramados e sem ao menos grama entre elas. Note que desde a infancia era apaixonada por jardins e bichos, ajudando minha avó com suas plantas e fazendo os meus jardins em qualquer pedaço de terra disponível, meu sonho já era ter um sítio. Qual não foi meu espanto ao ver que a dona, uma socialite, mandou fazer buracos no muro para não ter que cortar galhos das árvores. Isso mudou minha cabeça, tambem nela fez-se uma abertura para entender que nem todos merecem classificações fundadas nesta ou naquela circunstancia. Que valores devem se atribuidos a indivíduos e não a classes sociais. Fiquei menos marxista, ou menos radical.
Mais tarde vi que aquela senhora tornara-se uma das primeiras ecologistas nestas terras brasilis e que os pobres querendo ser como ricos, calçavam seus pátios, cimentando-os.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Civilização

Depois de uma caminhada, cedo sob céu azul, sol brilhante, logo que entro em casa o céu começa a rugir, muda sùbitamente para fantásticos cinzas, a chuva cai, impetuosamente, o cheiro bom de terra molhada entrando por todas as janelas, começo a vivenciar mais um contato com o sublime quando, pelas mesmas janelas entra cheiro de churrasco, no vizinho. QUERO VOLTAR P'RA MATA !

Qual o critério que define que mamíferos como cães, gatos, homens são amigos e bois, porcos são alimentos ? Eu sei, vão dizer, é cultural, pois quem come boi se choca com costumes de civilizações que comem cães ou insetos. Mas pelo menos se não é possível mudar o mundo, quero me mudar daqui, onde banquetes deste tipo não ocorram todo fim-de-semana, onde animais não sejam sacrificados à gula, sob meus olhos ( quero dizer, olfato). Não quero vizinhos humanos ao meu redor. Humanos só determinam critérios de conveniência. E no entanto estou ouvindo Chopin, sons de um humano.

PS: eu gosto de chuva, assim, alternando com o tempo de sol. O que estava difícil foi suportar 7 semanas ininterruptas de chuvas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Filhos:


Eu me enganei, eu ainda não estou pronta. Não sou auto-suficiente, nem vivo em paz comigo mesma. Estou doída de saudades de todos voces, e como estão fìsicamente distantes fico com as malas prontas, aquelas que tenho para cada região de cada um de voces, à beira da porta, sem me decidir, e acabo chorando pois sei que assim não vou a lugar algum e que a saudade vai doer mais e mais pela indecisão. E vou ficando enquanto o dia, as horas vão-se escoando. E eu, inutil, do meu dia de sol e vento faço um nada, inventando desculpas, de um cansaço que sinto e não sinto, pois não é cansaço do corpo mas apenas cansaço de mim mesma.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

?


Ontem foi um dia ótimo. Cansativo, porem realizei coisas, cumpri tarefa necessaria e que se arrastava, passeei em lugares comuns, ao voltar para casa fiquei em um superengarrafamento, burrice, ir ao Rio e voltar em véspera de feriadão-super, mas tinha compromisso - mais um- aqui. E não perdi o bom(?)humor. Porque vi coisas e adoro isso.
Hoje foi um dia ruim, estagnado ou pior do que isso, pois novamente experimentei aqueles encontros que destroem as pessoas. Encontro com a maldade. Ou necessidade de situações a serem resolvidas com um psicopata. ( E não fui ao Rio de novo levar as meninas que foram de õnibus, pois pensei que não resistiria ao segundo dia de engarrafamento.)
E passei grande parte do dia triste, ansiosa a posteriori ( existe isso?) . Mas como tudo pode ser revertido, ao final do dia exigi de mim forças que me esqueço que tenho e descobri o prazer de fazer uma comidinha legal ao invés de pedir entrega, "pôr a mesa" bonita, com louça bonita, para jantar. E entendi um pouco mais de quem sou/fui/serei. Entendi quando a Cacá me pergunta: "Como é que voce dava conta" e eu respondo que organizei a vida para isso, que tive que abrir mão de algumas coisas, simplificar ao máximo qualquer ação, evitar qualquer movimento que não fôsse essencial. E, na verdade, nem sei se dei conta, ou se deixei tudo pela metade, ou com uma parte incompleta. Privados de coisa que teriam sido necessarias, que ela, por exemplo, não consegue abrir mão. Vitoriosa? Sobrevivente? Fracassada sei que não, pois afinal, dei conta. Todos, sem exceção são pessoas de quem posso me orgulhar, e então sinto orgulho de mim, de tudo que fiz pela metade, e que eles completaram para si.
.

Arte e preconceito

arte de rua
O que faz com que determinadas manifestações das artes em geral sejam consideradas menores sòmente por não fazerem parte das preferências de alguma elite que se arrola direitos de decisão sobre padrões estéticos, sobre o que pode ou não ser considerado Belo. Se o conceito de Belo fosse absoluto, não haveriam modificações ao longo dos processos históricas das diversas culturas, e nem discordancias na questão de gosto. Não entendo quando alguns "literatos" ou "escritores" depreciam o trabalho de outros, pretendendo uma uniformização aos seus padrões, sejam quais forem as justificativas apresentadas. Serem processos culturais eu concordo, mas isso não deveria acarretar movimentos de discriminação para esta ou aquela manifestação desta ou daquela cultura, tribo, sociedade. Se não ha identificação com algum movimento cultural, pois bem procuremos aquela tribo onde nos sintamos bem, acolhidos, confortáveis. Mas ao rigor crítico de afirmar "isto não é arte " poderia ser contraposta identica afirmação do lado contrario. " Se não entendo o que escreves isto não é literatura, apenas amontoado de palavras". Uniformizar as pessoas em entendimentos para que todos apreciem a mesma coisa conforme pretendia Platão é uma forma de fascismo. Não respeitar as diferenças. Isso é não entender a alteridade. Arte é manifestação do indivíduo, aceito ou não pelo coletivo. |E não sendo o coletivo uniformemente definido, existirão artes para todos os gostos. E a diferença é que produz movimento. O uniforme é estático. E a apreciação de várias formas de manifestação, artísticas e culturais, é o que permite o crescimento dos indivíduos. Penso assim. E não nego a participação da ciência na esfera do humano. Não é a linguagem o determinante da humanidade. O fato de desconhecermos algo não significa que este algo inexista, apenas que não o sabemos ainda. O que determina quem somos é o somatório de todas as nossas possibilidades. Artísticas, científicas, linguísticas, filosóficas, tradicionais e porque não, transcendentais.
FELIZES aqueles que encontraram em UM livro a VERDADE, o ABSOLUTO. Ou serão IGNORANTES ?


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

.Da amizade - 1

(Nota: este texto corre meio mundo como sendo de Vinicius de Moraes, mas não é. A sua Obra Completa, Editora Aguilar, não o registra; muito menos o registra a página oficial, mantida pela família do poeta )(fonte: Jornal de Poesia )


"PROCURA-SE UM AMIGO

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive "
.



Bem, o bom destas novas tecnologias, alem do óbvio, que é o acesso rápido a uma infinidade de novas informações, é a possibilidade de trazer para perto pessoas que se tornam amigas e que de outra forma, provàvelmente, jamais seriam encontradas. Então hoje, agradeço em primeiro lugar, por ter encontrado aqui tantos amigos. em segundo lugar aos gênios criadores destas ferramentas.
Namaste
.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

REVELA-AÇÃO


Sempre fui impaciente, ansiosa, imediatista. Em criança, minha avó-madrinha, dizia que eu queria "abraçar o mundo com as pernas", na adolescencia(*) criticavam-me por "acender a vela nas duas pontas". Amadureci, envelheci, aprendi muito, experimentei, conheci coisas por informação ao intelecto, outras apanhando da vida, mas não mudei esta característica. Quero muito, quero tudo. E quero já. Ontem ou pelo menos agora.
Está difícil atravessar esta fase de mudanças drásticas, radicais (parecem) por ser assim - fase - e não instante. Eu gosto de mudanças, embora me assustem um pouco. Como estrondos. Mas prefiro aquelas instantâneas. Não gosto de fotos posadas. Faço-as com as pessoas de costas, em poses estranhas, porque capturo a ação.
Não consigo sentir na vida o mesmo que sinto em estradas, o prazer do percurso tanto quanto o da chegada. Nas estradas, cada olhar é um instante, tudo que vejo é novo, mesmo quando revisitado. Nas circunstancias da minha existência, não sinto desejos de rever as mesmas experiências, mesmo pensando ser possivel que a necessidade de repassar uma experiência possa ser um rever de lição, a necessidade de aprender algo que não vi, algo esse que pode ser a própria paciência, tolerância. Se as "classes" não aceleram será porque o aluno não acompanha. Sei disso, mas logo penso em "mudar de curso", procurar outras possibilidades. Mas falta a carta de alforria, o certificado de conclusão. E para conseguir a libertação de uma série de grilhões, é necessário paciência, que para mim traz acoplada tristeza.

* minha geração não tinha adolescência. Passava-se ràpidamernte da infancia à vida adulta, à juventude. Era mais rápido, indolor. Mas eu queimava a vela nas duas pontas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O que eu estou fazendo aqui?



Tentando entender por que fiquei tão triste hoje.
Deixei lá, hoje cedo, sem me despedir, algumas das pessoas que amo de doer.
Ao sair, as 6hs, porque tinha aqui compromissos inadiáveis, vim pensando que de nada adianta ir para o campo se levo a cidade para lá. (Por "cidade" leia-se stress)
Então parei para cumprimentar um amigo que estava no jardim colhendo flores e sementes para dispersar. E não pude aceitar seu convite para ir ver as novidades -"meu jardim está lindo!", porque meu primeiro compromisso do dia, ainda naquela cidade era às 6:45 e que cumpri a contento.
Vim, então, por 300km pensando nas questões que me aguardavam, òbviamente parando e fotografando uma ou outra coisa.
Ao chegar e dirigir-me ao primeiro ponto de problemas, nada pôde ser feito. O inadiável para mim havia sido adiado pelos outros. A mesma coisa no segundo e terceiros compromissos.
( Já é Carnaval? Feriado? Porque não me avisaram ? )
E o quarto motivo da vinda, foi cancelado por imprevidência de alguem que me fez vir.
Estou me sentindo uma perdedora. Hoje. Porque perdi coisas boas de verdade por um nada, desdobramento de coisas ruins que nem aconteceram, adiadas e que terei que enfrentar depois do recesso de ...festas. É, amigo. Agora entendi seu comentario. Ainda bem que minha memória não arquiva algumas coisas. Esqueço da tristeza passada. Mas estou muito triste hoje.
.

Tempo - 4

( ANOTAÇÕES DE 15/02/09 )

Enquanto guiava o carrinho e apreciava o entardecer, pensava em quanto as coisas mudam no tempo. Certamente, hoje, influenciada pela tertulia, tema TEMPO. Torna-se necessario admitir que meu universo expandiu-se apos eu ter assumido que entrar para este novomundovirtual era necessario, para que acompanhasse os tempos.
Mas estava pensando não só em amigos novos mas em como cada um fundamentava a si próprio e como justifica-se termos e conceitos, em como expande-se a cada dia meu conhecimento, a partir das decobertas dos conhecimentos de outros, desconhecidos e ao mesmo tempo amigos. E os pensamentos, as ideias (sem acento fica menos ideia, mais molde) vagavam em minha consciência, com a fluidez das nuvens que eu contemplava e mais rápido que a maior velocidade que o pretinho conseguia - dentro da lei, nemtantoassim-.
E mentalmente descrevia, - o sol refletindo-se em ouro e prata nos cumulus, nymbus, enquanto os cumulus cumulus agigantam-se acumulando toneladas de água que irão derramar-se por estas paisagens...E lembrei-me que cada imagem vale mais do que sei lá quantas palavras e sem desacelerar, armo a camera de bolso e clico várias vezes, talvez alguma hora eu apresente aqui a série "fotografando da janela de um carrinho em movimento", mas como deve ser proibido, não admito que faço isso. Então, as vezes eu paro.



.

Chega de Polyanna e Kant

Viajando eu viajo mesmo. Como o carrinho não tem som, as adolescentes colocam fones de ouvido em seus MPqualquercoisa e fico sem saber se estão dormindo ou acordadas o que faz com que eu viaje só. Fiquei pensando em como fui treinada, domesticada, no colégio de freiras, na minha infancia. Leituras obrigatórias, ( alem do principezinho) a Polyanna. Crescemos com a (culpa?) missão de sermos responsáveis, alem de tudo, (nem se pode cativar sem culpa) por uma eterna imagem de "está tudo bem"; se falta algo, porque "Deus não quis" ou se sobra daquilo que não queriamos, é só merecimento, se algo não está bom, pelo menos temos alguma coisa, outra. Treinamento em tirar algo de "bom" de qualquer adversidade. Aprendi a fingir que gosto de coisas que nem gostava tanto assim. E mesmo a rebeldia da adolescência, quando ao questionar o porque das diferenças e aparentes(?) injustiças sociais, volto-me para Marx, Bakhunin, ainda assim, sem conhecer, me torno kantiana. O dever pelo dever, a ética que funda a existencia e portanto a felicidade, ja que esta só pode existir naquela, só se manifesta atraves do dever cumprido, em uma lei universal.
Mas se nem agora conseguir me libertar, definir o que de fato quero, neste tempo ou lugar, parece-me que perco uma oportunidade de viver/experimentar outra possibilidade em ser ou crescer.

domingo à noite

A N O T A Ç Õ E S

.C .de
.A .V.
.D .I.
.E .A.
.R .G.
.N .E.
.O .N.
.S .S.

Não gosto da noite em estradas
Mas gosto muito do entardecer
Conciliar a hora da partida,
com a hora da chegada
para apreciar as luzes da
tarde, sem os
sobressaltos das curvas
sem luz natural,
tarefa complexa, administrar
imprevistos.

Bem, aqui estou eu a 300 km da partida, 4 horas e um pouquinho em estradas, com este céu maravilhoso, e chegarei a tempo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

TEMPO

--------------------------------------------------------
Eu, a intrometida, me metendo na tertulia virtual do Eduardo, do Varal de Ideias, me lembrei desta aqui, a que chamei Tempo, logo depois de publicada, em julho/08. Clique na palavra tempo se quiser voltar no tempo e ler o texto "antigo"
(Estou me sentindo na sala dos outros!)

Alem disso, estou com essas tres fotos que penso e des-penso em publicar, com o nome "ações do tempo" ou " O tempo é máquina de fazer monstros", expressão que uso brincando mas nem tanto assim, sobre as alterações da beleza segundo padrões, produzidos pelo passar do tempo. E que mesmo quando alguem tenta formas de controle ou suavização, as marcas ficam presentes. ( Na falta de um termo que não soasse agressivo)
Outra questão ligada ao tempo e que ja discuti por aqui com blogueiros "falecidos" é a relatividade embutida na demarcação de periodos que chamamos tempo, ou as questões de como o tempo diário pode se expandir ou concentrar em função do que fazemos dele, e de como é utilizado. E isso me lembra de como estou atrasada ou empacada na leitura do "Ser e Tempo" de Heidegger e de um tratado de Bergson que ainda não comprei e que me foi indicado quando das questões acima referidas e que por falta de ...tempo? ( "Tempo é dinheiro" portanto são sinônimos, né?) Tempo/tempo, tempo/dinheiro, produtos ou produtores escassos em minha vida, hoje e sempre.

7 meses


15 anos


55 anos (1 ano atras)


( O tempo me revelando, ou como diz o Eduardo, do varal, citado acima, "matando a cobra e mostrando...")
.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Estou cansada de coisas que não funcionam conforme deveriam, de tudo que era para ser simples e demanda um enorme esforço para resolução. Estou cansada de tanto trabalho para tão pouco resultado. Vou acabar convertida à crença incondicional de deus por ser convertida a crer em seu inimigo (?) , o tal do capeta. Concluir pela existencia necessaria do bem pela contemplação do mal infindo, sem que no entanto, encontrasse um bem durável.
Então deve haver mesmo uma razão para a existência, fazer com que se desista dela ou por métodos agudos de interrupção ou o mais comum, o cansaço e desgaste chamado velhice que levada ao extremo atinge a tal da morte. Quantos idosos muito idosos conheci em minha vida que afirmavam este cansaço da vida, esta vontade de que a existencia tivesse um fim e que fosse, de preferência, ao contrario da vida que viveram, algo suave.
Estou cansada de lutar, eu que sempre fui guerreira, as vezes me pego derrubada, com vontade de "deixar p'ra lá" afinal, certos ou errados dependemos sempre de algo que não controlamos, forças invisíveis que nos arrastam e determinam, ficando sòmente a ilusão de termos o controle de nossa vida,ilusão de livre arbítrio, pois nos é dito que certas escolhas nos arrastarão ao indesejável. E isso não é liberdade.
É desistência.

Outra maratona...


porem passando por lugares assim.
.
Convenhamos, mesmo cansando o corpo, só dá para descansar o todo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Rolando na Roda da Vida

Enquanto eu me dedicava calmamente a curtir e aprender como seriam os dias de potencial solidão, nem havia ainda degustado todos os suchis e sashimis que havia encomendado quando entra subitamente um dos filhos, " Mãe, me leva p'ro Rio agora..." Héin, como, mas não estava em Macaé, a trabalho ? "Deixei meu carro no lanterneiro, tenho que estar no Rio daqui a pouco, ..." e justifica, eu ensaio um gemido de ...protesto e lá fui para o Rio de Janeiro. Deixo este , o viajante, onde queria, aproveito para ir dormir na casa do outro filho, abraço a menina que está de mudança provisòriamente para a casa do irmão, de manhã levo este à Petropolis, onde tinha um negócio a resolver, e já que eu estava lá... após o que deixo-o na Rodoviária já me preparando para seguir direto para Viçosa, onde eu iria no dia seguinte, mas a menina caçula, de lá, chama, chorosa, com saudades, antecipo, vou com o carro cheio de utensílios para a nova morada, recolhidos na casa da minha irmã e na minha, e levando uma prima , minha sobrinha, que tambem se muda agora para estudar lá. Entrega feita, abraços trocados, filhota apaziguada. Aproveito para dormir na casa da filha mais velha, que pediu, pois o genro mais uma vez viajou a trabalho, passo um dia lá com os netos, e mais uma noite, dividindo-me entre a que agora se muda e a que já lá está ha muito tempo, e volto para casa. Vidinha calma de aposentada com ninho vazio.(850 km, 48 hs)


(Em um ponto de parada, na rodovia, um lugar muito florido chamado "Cantinho da Roça")

E finalmente chego em casa...Casa? Mas não é minha casa todos os lugares onde ando, todo o chão que piso, todo céu sob o qual eu durmo?


As vezes eu mesma não acredito na quantidade de monstros que venho exorcizando em mim.
.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

* * * * *

Tanta coisa tão boa encontrei hoje nos blogs que me acompanham (HSHSHSHS) que um dia que eu previa triste por ser o segundo dia em que minhas ultimas filhas que ainda moravam comigo mudaram-se para estudar fora, segundo dia do ninho vazio, que parece até que foi de propósito, se tornou um bom dia. Tão bom foi ficando ao apreciar tudo de bom que até resolvi transformar em festa, eu com voces que leio/vejo/ouço. Encomendei a comidinha favorita para almoço e lanche, acendi velas perfumadas, e aqui estou, feliz dentro do melhor possivel. Lendo, vendo, relendo e revendo, ouvindo musicas e até ouvindo o som das palavras que vou encontrando. Um bom copo de minha bebida favorita, que tenho evitado pois me tornei adicta, uma cocacolabemgelada. O Pc que estou usando, o delas, pois o meu está sem motor de arranque, ou seja, ronca, ronca e não pega, é muuuito lento, por excesso de "coisas" baixadas, o que nem está sendo ruim, aumenta a expectativa, a boa ansiedade: quem está chegando, trazendo o que.
Festa boa sô !
.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Gente...

...vou ficar vaidosa demais. Ou como dizia-se na minha juventude, vou acabar tão sebosa que posso até escorregar... Ou, creio que diz-se assim hoje, 'me achando'.
Só porque sou um tanto metida e saio por aí dando palpites nas casas alheias, estou com uma linha de seguidores de fazer inveja ! De blogs/pessoas de primeiríssima qualidade. E de uma gentileza ímpar. Geeente, carece não ! Eu que preciso seguir voces para aprender coisas, ver as belezas que criam, apreciar as artes que produzem.
De qualquer forma, mesmo não tendo este sítio tal merecimento, fico muito grata.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Antes da ordem existe o caos

" A natureza material consiste dos tres modos - bondade, paixão e ignorância. Quando a entidade viva entra em contato com a natureza, ela fica condicionada por estes tres modos.
Ó impecável, o modo da bondade sendo mais puro que os outros, ilumina e livra a pessoa de todas as reações pecaminosas. Aqueles que se situam neste modo desenvolvem conhecimento, mas ficam condicionados pelo conceito de felicidade.
Ó filho de Kunti, o modo da paixão nasce dos desejos e anseios ilimitados e por causa disso a pessoa se prende as atividades fruitivas materiais.
Ó filho de Bharata, o modo da ignorância causa a ilusão de todas as entidades vivas. O resultado deste modo é a loucura, a indolência e o sono, que prendem a alma condicionada
......................................................................
Às vezes o modo da paixão se torna proeminente, subjugando o modo da bondade. E às vezes o modo da bondade subjuga o da paixão, e há outras vezes que o modo da ignorância subjuga a bondade e a paixão. Dessa maneira há sempre competição pela supremacia."
( BHAGAVAD GITA)



Ainda em processo de conclusão das atividades relativas a um espólio,que envolvem meus irmãos e um tio; promovendo transferências das duas filhas que ainda moram comigo, uma para cada cidade diferente, para continuação de estudos; mantidas as necessidades particulares de matar saudades dos filhos(as) que ja moravam longe, e dos netos; refletindo sobre perspectivas financeiras, pois com custos aumentados, só o que recebo como aposentada será insuficiente, vou ter que voltar a trabalhar(ARGH)e só sei fazer o que sempre fiz e definitivamente não gosto mais, é real que do amor ao ódio o limite é tênue; meu pc está funcionando só quando quer e lá estão minhas fotos sem backup, a maioria delas, tenho que compartilhar a máquina/pc das duas meninas; ainda não resolvi questões de partilha de meus bens ,com o ex, separação de sete anos atras, pois ele dificulta ao extremo qualquer possibilidade de acordo( Só para dar ideia da persona, ele paga estacionamento todos estes anos de um carro 4x4 que ficou em seu nome, mas que eu necessitaria, não vende nem cuida, hoje está completamente deteriorado, ferro-velho) não partilha taxas e impostos de imóveis mas não concorda com nenhum valor para venda, só essas questões dariam um...livro); meu inferno astral está para começar, acredito em renovação e o processo que acompanha cada natalício, não sei onde vou morar, a casa não é minha, cada filho quer que eu vá para perto dele e eu quero ir p'ra mata e nenhum concorda, pois acham que estou velha para ficar sòzinha.(Outro parentesis: descobri uma faixa etária idêntica a adolescência, quando voce não é nem uma coisa nem outra, no caso do adolescente, criança ou adulto, no meu caso madura ou senil).Perspectivas: tento dar ordem ao caos, o que é compatível com o que sempre fiz, cuidar, ou me renovo, rebelo, fujo de casa?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

***

Sempre achei que comentarios poderiam estar na pagina principal, como uma conversa,ou parte da postagem, sem necessitar este abrir de janelinhas, que no meu sistema que ora está bem, ora despenca, dificulta muito acesso. Mas, pensando melhor, enquanto escrevo, dispensa-se os do tipo 'passei por aqui, vá no meu blog" explìcitamente ou os que só dizem "bom fds" que quase me parece com fdp. Ou mensagens mais apropriadas para orkut, ou...é melhor deixar tudo como está.


Esta usuária móvel encontra-se temporariamente fora da área de cobertura...

A velhinha abusada, transcrevendo comentario

Os palhacinhos filósofos, preocupados com questões transcendentais, num circo no meio da mata.

(Pelo menos é comentário deixado aqui sem pedido de privacidade)



Manolo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "estou me repetindo"

"Colega, os palhacinhos estão meditando, e hão de acabar por encontrar-se.

Questões de Manolo a Furrequinha

- Furreca, você, que vive aí, do outro lado, como é que é, hein?
- Igualzinho ao seu lado. O pensamento é tudo. O filho pródigo, quando volta à casa do Pai, volta pelo mesmo caminho, para a mesma casa, mas ele é outro. Logo, não se iluda. Não mudam os lugares: ou mudamos nós, ou nada muda.
- Então, Furreca, você está querendo dizer que se meu pensamento continuar materializado, eu posso passar para o outro lado sem me dar conta?
- Sim! E isto é apenas o começo. Partindo de sua premissa, você pode vir para cá e continuar vendo per speculum et in aenigmate.
- Posso concluir, pois, que não há lugares, mas apenas a nossa epifania?
- Pode, Manolo, como hipótese teorética; haverá lugares, mas como reflexo do que somos.
- Valeu, Furreca. Por hoje, basta. "

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

" Estou me repetindo"

Este texto ficou com suas palavras perdidas, invisíveis, soltas pelo universo. Quem sabe um dia (ou uma noite) eu as encontre vagando, esbarrando em meu vagar, e possa então traze-las para cá, para onde deveriam ter ficado. Ou não, se fugiram é porque não deveriam ter ficado... Ou talvez eu, que as perdi, não volte a encontra-las jamais. ( Mas ,sem duvida, continuarei me repetindo, com outras palavras, outras ordenações e sequencias)

Um abraço, um beijo, um aperto de mão...

um afago, um carinho, mil beijos, beijinhos, abraços, um abraço forte...E por aí vai.
Como fazer ao encontrar alguem, como fazer ao desperdir-me, no plano material como tambem no virtual. Sou bichodamata, tornei-me Urtigão pela vida. Quisera um simples aceno. De longe. Não aprendi com meus pais gestos de carinho. Apenas de cuidados. Para utilizar demonstrações afetivas com meus filhos era sempre uma questão de determinação da vontade: é necessario, faz falta ao desenvolvimento do ser humano, eles não podem ficar como eu... Então sempre me sentia falseando algo e sei que eles percebiam. O meu amor imenso não sabia se expor.( Com os netos, tem sido fácil, expontâneo)
Ao pretender externar um afeto, vivido, experimentado, sentido, não uso emoção, pois esta foi bloqueada em suas manifestações. Aplico razão. O que é mais apropriado aqui. O que está sendo esperado pelo outro. Como devo e o que devo fazer. Abraço pela direita ou pela esquerda. Há quem diga que num abraço os precordios devam se tocar. (Mas e se meu...nariz, por exemplo, tocar alguma zona do corpo do outro, o que ele(a) irá pensar). Um beijinho, dois beijinhos, três...na bochecha, beijo na testa, selinho(?????). Os óculos arranham a face do outro ou então um bater de bordas de óculos. Um aperto de mão é complicado, envolve sentir-me desarmada, entrego minhas reservas de segurança ao permitir minha mão presa a do outro. E jamais pode ser aquele de mão escorregadia, de pontas de dedos, pois este é quase um insulto quando assim fazem comigo.
As mão se dão. Os corpos se entregam. É necessario confiança. E esta me foi sucessivamente abstraida pelas violencias que encontrei.



" ...Este meu jeito esquivo é porque acho que cada ser humano é sagrado, compreende ? É esse pudor de invadir, esse medo do perto. Eu sou uma criatura do longe..." ( Cecilia Meireles)

.

Dãã!



Não sei se por falta de tempo que me faz passar ràpidamente pelas casas virtuais de amigos, se por senilidade incipiente ou se por burrice mesmo, que me perdoem os burros, serem comparados a minha estultice, só agora que vi que a colega Isabella do blog "Good News"
concedeu a esta casa do mato os selos do dardos e do gentileza.
Perdão, Isabella.Se tiver um tempinho para dar uma olhada em minhas páginas recentes, verá que estou em uma fase meio muito complicada e certamente me perdoará.
Considerando a hora adiantada, retomo a questão do compartilhamento tão logo seja possível.
(Confesso que estou com medo, pois dois dos blogs aos quais repassei meu primeiro dardos, passados pouquissimos dias foram retirados. Será que atirei dardos com força excessiva e matei os blogs? )
Agradeço, Isabella.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Estou me repetindo ?

Pois bem, estou me repetindo, sou grande, contenho contradições. ( parodiando Whitmann).
Uma das coisas que gostei muito deste admirável mundo novo é a possibilidade de contatos sem contato. ou, posso dizer o que penso ou sinto sem me sentir culpada por estar alugando o ouvinte/amigo. Aqui só lê quem quer, existem teclas para "cair fora" e sem ofender.


Parentesis : estava com o texto pronto, fazendo revisão quando fui chamada ao telefone. Uma das aborrecentes disse que vinha ao meu pc "só ver uma coisa" e eu pedi então que salvasse o que eu tinha escrito. ( Elas têm o delas no quarto e ainda um portátil, que deveria ser conectado à rede e ligado...mas (dá trabalho!?!) Quando volto, a página de postagem só tinha o título, procurei o texto e havia desaparecido. Ela não fez o que falei, entrou em seu orkut, de alguma forma o sistema travou, teve que ser reinicializado, o que ela prontamente fez e apagaram-se alguns parágrafos que eu havia escrito. Estou furiosa, frustrada, revoltada porque estes seres intermediários, nem crianças nem adultos são incapazes de ouvir ou atender alguma recomendação, são os sábios do universo, que gira em torno deles. E ainda argumentam que a culpa é do sistema que deveria ter salvo sòzinho. Sou passional. Irracional quando estou afetada por paixões, no momento ira, raiva e não consigo dar ordem aos pensamentos, não consigo, no calor das emoções, lembrar-me claramente do que e como havia escrito.
Vão para Universidade, estão saindo de casa. Após 32 anos de filhos em casa, finalmente vou experimentar a tal síndrome do ninho vazio. Tristeza? Alívio? Finalmente vou experimentar o que é ser dona do meu tempo, do meu espaço. Com poucas restrições, pois continuo não sendo dona dos meus rendimentos que permanecerão compartilhados com estas, ainda, e deverei ceder tempo espaço, porem estes em menor escala.
Fecha parêntesis, encerro o texto, vou tentar retomá-lo mais tarde com cabeça fria. M....!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

novidades ?


Hoje ao vir para casa, saindo da casa de um dos filhos, um que sempre se mostrou equilibrado, justo (e agnóstico, ou ateu mesmo) e que transmite pela simples presença este equilibrio, vim pensando que, se tenho algum tipo de equilibrio, de conduta pautada pelo caminho do meio, esta, sem duvida, se deve a uma resultante vetorial decorrente de forças que se produzem pelos e para os extremos. E ao abrir as portas desta minha casa virtual encontro um recado de alguem que considero um amigo e que consola-me apontando para uma normalidade em ser assim. E eu vinha pensando em falar sobre o quanto devo ser anormal, pois vejo(?) as pessoas sempre firmes em condutas, opiniões definitivas, sabendo o que querem e para onde desejam ir. Eu, sempre navegando ao sabor de ondas, atenta às possibilidades de novas experiências, "quebrando a cara", me desesperando ou ficando imensamente feliz, sem meias medidas, com o juizo perdido ou guardado, onde não sei. Fiquei sem as duvidas que ia escrever, pois encontrando um apoio antecipado, fiquei até sem as questões que trazia por 100 km, ao volante do "básico". Agradecida, Furlam.
E daí ? E daí, que no tira e bota, no vai e vem, no balanço das emoções - e ainda bem que me emociono, no sobe e desce das indecisões - e ainda bem que não estou pronta, fechada, pois ainda tenho muito para viver,( pretendo alcançar os 202 como o Tossan), lamentando não ser poeta, artista, não ter nenhum dom desses, que permitem que a pessoa se manifeste em sua intensidade, boto novamente o que tirei desta casa, tiro do porão, revelo, pois é parte de mim e parcela grande do meu ser. Amor ao bem material, porque não? e ódio ao usurpador, para o céu, já não vou mesmo, caso exista; sair da roda de encarnações, tambem ainda não. Então, experimentar as possibilidades que não fazem mal a ninguem, exceto, talvez a mim.

Seguidores