MOSTRANDO

SÓ PARA LEMBRAR, QUE ALGUMAS VEZES ESTOU POSTANDO NOS OUTROS ESPAÇOS DO SÍTIO, DAQUI. OU ESTOU ISOLADA EM ALGUM SÍTIO DE CÁ, FORA DO MUNDO BLOGAL.


Tenho postado AQUI ou AQUI

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dia de Festa



Hoje meus pais fariam 61 anos de casados. Se separaram cedo, já são falecidos, etc, mas isso não quer dizer que eu não comemore esse dia, afinal, sou produto disso. Tenho usado esse pretexto, dessa comemoração, para trabalhar o PERDÃO, coisa que tenho enorme dificuldade. Pedir perdão pela minha falta de compreensão para com eles, e com meus avós. Pedir perdão pela minha arrogância , pela intolerância, pela impaciência. Tanto tempo sem perceber certas coisas, certos valores. E tento, me esforço muito para perdoar, pois como eu, não eram perfeitos e muitas vezes me magoaram muito. Luto também para perdoar todos que, ao longo da vida, me injuriaram, caluniaram, ofenderam. Que pare de desejar " que deus lhes ensine", pois fingindo ser boazinha, que nunca quis o mal de quem mal me fez, no fundo desejo a retaliação, com o argumento que eu jamais seria tão dura nas "lições" como deus o é. Perdão, então. Para mim  tambem

sábado, 10 de dezembro de 2011

Adoro chuva



Para me enroscar na cama, e sentir o prazer que a natureza sente com uma chuvinha.Um livro ou  dois, algum bom filme, muitas vezes até um desses seriados monótonos e repetitivos. Prazer da natureza ?  Nem toda a "natureza"  gosta , mutos animais sofrem com as chuvas, apenas esperam passar, encolhidos onde podem, precariamente abrigados e alimentados, outros  nem isso. Alguns muitos humanos também.. Muitos  seres penam pela desmedida que é própria de Gaia,   desmedida em beleza como em selvageria..Ou será tanta chuva  por artes de um deus  , como li recentemente  (***),  " o maníaco por água... Aquele que dividiu o Mar Vermelho e fez  Noé construir uma arca ".  Mas aí também o seria por ventos e fogueiras... Mas o bom mesmo de chuva é que são questões de dias, ou dia, depois temos outro tipo de clima, Sábia natureza, quando se equilibra. E como não podia deixar de ser, enquanto me regojizo, me entristeço pelas lembranças de tanta desgraça que vi em minha vida por conta da chuva que estou apreciando...
E de repente, depois de varios dias cinzentos, de uma noite inteirinha chovendo, de um dia com chuva intermitente, o vento fica forte, e mais ainda do que o comum, e enquanto cochilo  sob um livro,  a casa é invadida por um brilho dourado, do ocaso;  acordo, vou ver, mais dourado ainda e se transforma em vermelhos e púrpuras  entre nesgas de um céu azul..

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fé na incerteza



Tinha uma programação intensa para a semana, coisas chatas de fazer, passar por lugares que ativam memórias desagradáveis, dolorosas mesmo, esforço, cansaço, mas tudo bem, a esperança do fim de semana, de quinta em diante, o chamado/convite  que recebi, para os prazeres simples de sempre, o que mais amo, brincar com minhas crianças. Tudo bem, vai compensar, faço o ruim e depois faço o bom..  Daí consegui fazer tudo, apesar de engarrafamentos desesperadores, lugares mais ainda, calma , amanhã eu vou...pensava, consolando-me, quando transportava coisas, trocando-as de lugar, de cidades, enquanto trocam de estilo de vida, ao mesmo tempo, três dos meus filhos. Mudanças. Chegando o "amanhã", ainda  haviam uns poucos retoques, coisitas para levar, pegar, entregar. Tudo pronto, preparo-me para os 450 km de rodovias e fotografias, com  uma chegada ao destino. Tudo pronto, e o quartomóvel, pau-pra-toda-obra, apresentou fadiga !  Sei lá, um ronco estranhíssimo quando viro o volante na manobra simples de sair da garagem  e a toda curva mais fechada. Voltei. Na hora do bom, pifou !  Tá, é bom a sensação de dever cumprido, mais uma vez, mas não sou Iluminada, a ação pela ação nem sempre me satisfaz. Preciso de uma recompensa, o dia da compensação. Ou que pelo menos os organizadores daqueles trabalhos muito legais que andei fazendo e aquele outro que me deixou em crise, vocês lembram, né, pelos quais não recebi até hoje  meus $$$$,  e alguns já completam seis meses , me paguem o valor combinado, e virá sem juros, para que eu possa ir à oficina mecânica tentar solucionar o que ocorre. Prejuízo emocional feito, as limitações do corpo parece que se intensificam, dói muito quando me vejo frustrada assim, vai entender as tais ações autoimunes .  Vai entender os mistérios desse mundo. Não adiante ficar certinha, porque o que acontece ao redor tem outras leis e regras que desconheço e discordo, mas me são impostas.
Estou muito, muito triste. Eu sei que tudo passa... Mas eu perdi mais essa.

domingo, 4 de dezembro de 2011

:-))



Estou fazendo tudo certinho. Óbvio que algumas coisas podem não dar o resultado pretendido, ou esperado. Existem outros fatores que não controlo. Fatores no Outro e no Mundo  e fatores Internos, em mim mesma, Existe um tempo necessário também, para que atinja meus próprios ideais e sei que  estou longe mesmo do que espero de mim. Mas estou cuidando para que sob todos os aspectos que conheço seja o melhor possível, o que seria bom para toda a humanidade, o que leve à felicidade - eudaimonia. Aqui na Terra Gaia e num Além, caso haja, caso essa seja uma realidade possível. Aposto em todas as possibilidades que já ouvi falar, que conheça ou venha a saber. Possíveis e convenientes.
 Aos erros meus de cada dia  busco fazer de mestres, para que me ensinem não mais cometê-los . Maus mestres, ou eu má aluna, custo muto a  aprender. Apreender, compreender. Mas teimosa, como dizem que sou, uma alinhada a meus signos astrológicos mágicos, sigo tentando, perseverando, mudando em minha teimosia de perfeição. Trilhando entre dúvidas, com fé nas incógnitas.

Bom dia !


OUTRA  AQUI


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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Listas

Gosto muito dos cantos dos pássaros que ouço por onde ando nesta minha vidinha.. Gosto dos sons do vento nas árvores e quando sopra tocando musicas nos bambuzais, ai, é lindo demais. A água da chuva no telhado, o som da chuva batendo forte no meu carro enquanto viajo. As águas cantantes dos rios encachoeirados. Sinos. Os zunidos das cigarras cantando a chuva que virá, os cricrilares dos grilos. O som penetrante de um motor a diesel, um Scania, ou mesmo dos pequenos, acalma. Uma moto grande em disparada passando pela estrada dispara o coração, aquele zunido, como gosto de ouvir. Um avião quando vai decolar. As ondas do mar. Sapos conversando na lagoa, cães na madrugada, um  galo anunciando a alvorada, outro acolá. Um matraquear de crianças, alguém a gargalhar, e ainda   historias com final feliz.. Tudo isso é bom de escutar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Novo aprendizado.

Quando volto para  a casa vazia, fico um pouco, as vezes mais do que pouco, apreensiva, como se ficar sozinha fosse solidão ou algo a se temer. Como se ( finalmente)  estar comigo mesma exclusivamente fosse algo assustador. Confesso :  estou gostando.

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terça-feira, 1 de novembro de 2011



Estou em casa hoje apos 2000 km em cinco dias. Cumpridos compromissos, volto e sei  que estou  sem comidinhas nos armários ou geladeira, os ultimos dias aqui foram com os netos, antes da viagem. Odeio fazer compras. de qualquer tipo.Vou então ao jardim. Um terreno, lote,  quase completamente calçado, cimento, ardósia, pedras de Sao Tome. Proprietária eu fosse, um tanto daquilo seria removido, mas inquilina, tenho que preservar a estupidez. Espalho vasos, jardineiras , onde ponho flores e  cores  e  tempêros e odores, perfumes. Então hoje colho bananas e  mamão que plantei quando aqui vim morar ,nos  seis metros quadrados de areia enriquecidos paulatinamente com humus de minha compostagem. Uma  goiaba e mangas, de árvores que encontrei e que a imobiliária me propôs cortar caso incomodassem. Ainda posso colher coco, vários estão "prontos" em meu (?) único coqueiro. Talvez um maracujá maduro, não olhei, há pouco estava em flores novamente. Respeitadas as porções dos passarinhos e ... tá, porque não, dos meus indesejados morcegos ( indesejados quando insistem em pendura-se dentro de casa), deixo frutas maduras nos pés, ganho sinfonias todos os dias.  Salvo o meu dia, tenho  refeições sem precisar sair. Como a Vida pode ser boa, também.

Ver  mais  .AQUI

domingo, 2 de outubro de 2011

Depressão



As vezes me toco em como sou estupida mesmo. Fui aceitar um trabalho, outro " cuidados médicos em eventos", porque preciso muito do $$$$$$  para saldar uma dívida com minha irmã, dívida que se arrasta a ponto de me envergonhar imensamente.  Agropecuária. Evento para estimular a matança de bovinos. Já me incomoda. Só que ao chegar lá, descubro que era eufemismo para acompanhar uma companhia de Rodeios. EU  ODEIO RODEIO !!!!!!!!!!!!!!!!!!! Odeio maus tratos a animais. E não podia sair, abandonar o posto. É crime. E permaneci, no fundo satisfeita em saber que na véspera um " Peão " havia sido pisoteado por um touro, e culpada por me regojizar com o sofrimento humano de um ser apenas ignorante. Mas lutando para não desejar que todos os peões se dessem mal. No segundo dia, (a burra gananciosa ou necessitada assumira 36 horas), pelo menos eu não estaria presente no horário dos rodeios,  vou ver um carneiro que desde a véspera estava amarrado perto do meu carro, pastando; penso eu, idiota que sou, para aparar o mato que por ali crescia, bicho sujo, certamente não para ser exposto,  e que neste dia começara a balir sem parar. Vou conversar com o animal, faço-lhe cafuné, ele se acalma. Grita novamente quando me afasto, volto e fico ali um tempinho conversando até que a recepcionista vem me chamar:-  " Doutora, atendimento !" Vou então, um início de resfriado. Busco ser simpática com meus pacientes, puxo um tiquinho de prosa, dou conselhos sobre alimentação ,  e o senhor, que cuida da limpeza das baias (? é assim que chama ?) dos Nelores expostos, diz  - " Ah!  mas hoje a gente vai comer bem, o patrão mandou um carneiro para queimar. O churrasco vai ser bom !"  Engasguei. Chorei. Desabafei com os colegas da equipe, ninguém entendeu meu desespero. Certamente virei alvo de chacota o que não me importa nem um pouco. Não tinha como roubar ou comprar o pobre bicho que chorava, ele seria também logo substituído por outro. Arrisquei - " gente, Cordeiro de Deus, é como se referem a Jesus "  risos e afirmações do quanto a carne de carneiro é gostosa.
Ainda lá,  e reforçado depois  em casa, decidi (durante minha noite agitada) :  que se danem minha irmã e minha dívida. Pagarei quando puder, se ela se apertar, não tenho solução, vendo meu carro. Mas isso,esse trabalho, não. Não mereço. Não posso.

( foto de 01/10.  Sob a sombra das arquibancadas e submetidos a um calor infernal, sem vento, ficam em minusculas barracas as equipes de apoio, alguns com esposa e filhos, alem de alguns peões que sonham com o sucesso )

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DIFICULDADES...

Enquanto não resolver meu problema de mosquitos - ainda eles, não dão uma trégua , aqui onde moro, mal consigo usar o pc. Ao computador e apesar do calor tenho que ficar com mangas e calças compridas, botas em pés e pernas, uma cobertura - saia sobre calças pois eles picam através da roupa, e mesmo com tudo, as mãos ficam avariadas. Algumas vezes uso luvas cirúrgicas. Mas o calor se torna desconfortável, insuportável mesmo e obriga o uso de outros aparelhos elétricos, simultaneamente, o que é contra meus princípios, abusar dos recursos do planeta a serem compartilhados. Então tenho escrito pouco, postado menos ainda., e só essa semana ( dããã...) me occorreu instalar mosquiteiro de tela de tecido sobre o computador, alem dos que tenho sobre as camas, apos meses e meses de uso de produtos químicos que já me produziram reações alérgicas- eu que nunca sofri alergia a nada, exceto à maldade. ( Meu kit-permanente inclui velas e incensos de citronela, ventilador ligado, repelentes naturais e outros não tão assim, alternados, lampadas a aparatos elétricos anti-insetos e por aí vai.)  Buda que me perdõe, mas ele, Iluminado, há de entender. Eu, não sei se me sinto confortável matando tanto assim.
Isto foi apenas uma introdução para explicar o porque de, embora a viagem tenha se encerrado no domingo, apenas hoje que venho comentar.

IRRESPONSABILIDADE


Percorri cerca de 2000 km em rodovias e estradas de terra semana passada e horrorizada com a seca e queimadas que vi, fiquei com a impressão que este ano estão piores que em anos anteriores. ( Ver mais AQUI)  A região percorrida é o que pode-se chamar de minha zona de conforto, ou o espaço entre casas de filhos e netos que percorro frequentemente com a desculpa de ajudar, mas essencialmente trata-se de prevenir meus males do coração ( ver mais AQUI). Mas o que chamou a atenção desta vez é que a grande maioria das queimadas estão nas beiras de rodovias, vi alguns focos iniciando-se, outros já estendendo-se até longe e não vi queimadas em torno de estradas de terra de pouco transito, e as percorri aos montes, quero dizer, aos kilômetros.( montes também, de terra, barro, pó ) Nestas, a poeira está alta, cobre e tinge até o topo das árvores. Idem com os pastos ressequidos, mas não vi extensões queimadas, o que me fez concluir que a menor parcela de culpa é dos produtores rurais, como afirma-se comumente, culpabilizando-os por queimadas produzidas e que sei que ocorrem, sim, mas nos casos em questão, não . Ninguém iria atear fogo ao pasto onde estão seus próprios animais, famintos e emagrecidos, mas vivos, e fugindo da ação do fogo.( E ao chegarem aos limites das cercas ?.) E o fogo começa, eu insisto, às margens das rodovias. Então concluo: mais um dano dos cigarros, atirados irresponsavelmente pelas janelas dos veículos que passam em fúria, e seus ocupantes seguem sem a menor noção da consequência de seu gesto automático.

Campanha :  SEJAM RESPONSÁVEIS COM SUAS PONTAS DE CIGARROS !  A NATUREZA NECESSITA DE TODO CUIDADO AGORA.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Canto xamânico - Guerreiros da Paz




Adendo em  25 de novembro :  vim rever este canto e surpresa, apareceu agora uma mensagem de que é video privado... Não era, quando postei, óbvio.Não vou excluir.  Permanece, quem sabe um dia ele volta  

sábado, 3 de setembro de 2011

Insonia



Aqui estou, como se dizia no meu tempo, virada. Porque virei a noite. Ou será que a forma correta seria dizer-se "varada"  por ter passado a noite em claro ?  Mas neste pais enorme de uma(?) lingua, frequentemente as palavras ou expressões vão tomando sentidos diferentes conforme a região, conforme a intensidade de migração interna, conforme a cultura dos grupos que fazem uso da determinada expressão, adaptando-as às condições particulares. Muitas vezes encontro as canções de roda e outras da infância, com palavras diferentes das que eu cantava e ensinei a meus filhos. Porque os folcloristas e cantadores, conforme vão recolhendo essas musicas o fazem a partir de sua perspectiva e a do informante. Ou seja, uma ciranda-cirandinha, do sudeste  ou do nordeste terá suas rimas levemente modificadas.
Por que perco o sono e me perco em pensamentos requentados, repensados, aprisionada pelas lições que não aprendi.?
Porque fiquei ansiosa, questões que o fim de semana prometem. Ou não, porque frequentemente não durmo, mesmo numa quarta feira. Porque ficar em casa gera angustia, imaginando o que poderia fazer se pudesse seguir em frente, mas fico, aprisionada também em compromissos que assumi, mais do que isso em gratidão pelo bem que recebi.. Pre-ocupações, por antecipação ou por estarem previamente assumidas, enquanto a vida nos une. Meus anjos  peludos de quatro patas.
São horas já de assumir as necessidades do dia, que já está alto e eu ainda aqui pensando em ir, finalmente, dormir.
Mas o que fazer, se o problema verdadeiro, o que agita e descontrola as funções básicas, esse não tem solução, pois não depende de mim. são outras escolhas, infelizes certamente, e que afetam as mães.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

BOM DIA ! ------------------- BOA TARDE !

Pela manhã recebo sempre visitas de algum Beija-Flor , certamente pelas flores de algumas pouquíssimas fruteiras e plantas aprisionadas em vasos,  que se alternam em cores e perfumes, ou também pelas possibilidades de captura de pequenos animaizinhos que ficam nas teias que não limpo das janelas.

À tarde aparecem outros, mais esquivos, nunca se deixaram fotografar, mas fazem os mesmos trajetos e fico pensando na tal especificidade desses animaizinhos.

.E o que acontece entre esses dois pontos do dia, quando não posso viajar ? Enquanto me habituo ao estar só pela primeira vez em tantas décadas, na casa ondemorammeuscães, e de onde todos os filhos partiram por suas próprias vidas, e onde espero que venham, visitas, clichê. Certamente não estou disposta a manobras para ocupar solidão. Fora a clássica mídia doméstica, expandida pelas redes sociais. Por que ? Ah! Eu continuo tendo medo de gente, esta estranha e ameaçadora espécie.
Recentemente, um por semana, morreram três dos meus amigos peludos de quatro patas. Uma, já idosa, os outros dois inexplicàvelmente; e uma outra adoece, identificada uma infecção endêmica por aqui, está também  em pré operatório por um tumor  então diagnosticado. Não posso deixá-los, por hora, nem 24 hs, pois alguns estão sendo medicados de 12/12 hs.
 Para quem me conhece, imobilidade e abstinência de netos é um drama. Um DRAMA !  Passear num raio de 6 hs  para voltar em 12 horas, só por passear, minha culpa ecológica não permite: sair queimando diesel a toa, é demais, tenho que ter a desculpa de chegar em algum lugar/fazer algo útil. A pé, certamente, mas tem tambem um limite de distancia a ser percorrida, transporte publico... ah! eu sou meiomuitobesta, enjôo, em qualquer viagem, mesmo curta, a menos que esteja ao volante e as vezes no banco do carona...
Além do mais, minha câmera fotografica está em revisão. Resta apenas uma pequena, de bolso, de poucos recursos... Desde a epopéia do carro que enguiçou repetidas vezes que as coisas estão assim, como sempre foram, pedras, travessuras, belezas e gostosuras. E muita, MUITA saudade...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Que trabalho é esse ?



Para que leu as duas postagens anteriores e ficou se perguntando " -fotos do trabalho? Essas ? "
 Venho explicar. Também para quem ainda não sabe qual foi minha profissão antes da tão sonhada e amada aposentadoria, que certamente me deu VIDA mas tirou possibilidades $$$$$$$$$$$$$, o que me obriga a,  para qualquer aquisição ou função extra, a humilhação de pedir a filhos ( ou aceitar quando eles percebem e oferecem )  complementação financeira, ( Muito "mico" mesmo, para quem sustentou sòzinha a família ) , ou , trabalhar. Terriveis opções. Só de pensar em voltar, fico doente. Mesmo. Fìsicamente doente. Então uma jovem amiga que se mudara bem antes, para sair das (im)possibilidades profissionais de nossa cidade me acenou com esta possibilidade; plantões em eventos, na cidade dela.
 Isso, sou médica. Trabalhei alem do tempo mínimo de serviço necessario, em unidades de emergência. Pronto socorro clínico. E concomitantemente,  obstetrícia, sempre porem prestando serviços à rêde publica. Ideologia de juventude que consolidou-se com o tempo; atender aos que mais necessitam, com qualidade. Óbvio que o sistema travou esta possibilidade - a qualidade- e foi criando um estado mental e emocional desesperador, onde a distancia que se formava entre as possibilidades de investigação diagnóstica e terapêuticas e a prática possível  se torna  cada vez maior, criando  um estado esquizofrenizante. Como voltar, se desde então só piora? Como permanecer mentindo ao paciente para que ele não perca as esperanças, se sei que o que prometo não será possivel ? Como ver coexistir duas possibilidades de medicina, para ricos e para pobres. Então aposentei.
Mas que trabalho foi aquele, daquelas fotos ? Posto de atendimento de urgência - UTI móvel, para acompanhar uma cavalgada pela região serrana de Macaé. Sendo paga para cuidar, enquanto desfruto de incríveis paisagens e aprendo coisas novas, sobre um mundo que pouco conheço. 
A vida tem sido boa comigo. Apesar das pedras que ainda encontro. Mas adoro pedras !

A Nova ficou velha

     

 E aqui estou há um tempão, com varios rascunhos iniciados e nada efetivo para trazer. Concordo com um amigo daqui quando disse que nada mais há para ler, porque nada mais há para escrever. De tudo já foi dito muito, demasiado. as palavras em excesso vem trazendo mais confusão e distorções. Mesmo quando subdividem uma área e criam novas ciência, ela mesma A Ciência, já se esgotou em si por si e pelo seu método. O que resulta é o mesmo, com nova terminologia adaptada e alguns neologismos, que serão sempre as mesmas palavras e idéias reconstruidas.
Mas porque então insisto e ocupo este espaço de Nadas e Vazios ? Porque cartesianamente existo e freudianamente sinto e aristotélicamente penso e hegelianamente procuro o caminho enquanto me desespero ( Não, não ao modo do Sören K. ). Uma maneira de buscar minha tribo, que desapareceu na minha história em tres dimensões.


(a foto feita no ultimo sábado, durante uma jornada de trabalho)

Divagações de madrugada insone



Por que se vê tv de forma compulsiva, ou então esta aderência às redes sociais, acordar e ver quem comentou ou ao menos curtiu voce, seu status , no facebook. E em todo e qualquer momento possível.
 A solidão de todos e cada um, que arrasta e cria vinculos, laços afetivos sem sequer se  ter estado juntos, num mesmo campo magnético, tocado a matéria, em nenhum momento. Paixões surgem e crescem, sem nenhuma interferência de ferormõnios.
 É bem agradável esta sensação  de se chegar a algum lugar e ter alguem à sua espera.. Afaga a personalidade, acalma a alma, acolhe. Mas expõe, sobrecarrega de novos modos de compromissos, e nem se está preparado para isso. As novas formas de viver(?) e experimentar relações não chegou com nenhum modelo onde se pudesse espelhar. Nossos ancestrais não têm nada a nos dizer, mostrar, sobre isso. Nossa historia é nova. A segunda roda, a segunda escrita, impressão, pólvora.
 Nosso espelho agora nos mostra de dentro para fora, mesmo com todos e aparentemente maiores recursos para nos escondermos, disfarçarmos, mentirmos,  a verdade sobre nós que   teima em saltar à vista de todos ou cada que assim o desejar, aparecendo em alguma frase, citação ou foto escolhida de cada avatar.  Todos expostos cruamente por opção. Modo de viver em vitrine, onde o privado se converte  em  publico e este cada vez mais invade e ocupa espaços interiores.

( a foto feita sábado, durante uma jornada de trabalhoa)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nova



Estou há um tempão pensando nisto para compartilhar e agora que tento começar, fico indecisa... " Nunca...."........ " Sempre..."  e dai discorreria , mas seriam começos diferentes, inversão da ordem, e afinal, qual condição que surgiu primeiro como estrutura do tema ? ( Acho que vou me inscrever em um curso, "tipo assim" literatura), dificil abordar, né? pois se é exatamente esse o tema-questão, um olhar mais-de-frente-possivel sobre EU.  Bem, o " Nunca " seria:  - Nunca gostei de meu nome.  (blablabla).......
O " sempre" passa por algo como - Sempre que alguma nova criança esta chegando à familia........ até a questão da escolha do nome.E ao tema central, EU  e Eu não gosto do meu nome.
Nome - aquilo que nomeia. Eu, a nomeada, sou (?) aquilo que o nome significa ou simboliza. Ou homenageia (?!?!)
OH!   QUEM  SOU  EU ?  Se meu nome nem nome é, apenas um diminutivo, um apelido carinhoso de... Aí começa : segundo alguma fontes impressas e outras da internet meu nome pode ser diminutivo de duas possibilidades, de duas origens diferentes, eslavo ou romano e mesmo em cada uma dessas, a origem e significado mudam ainda, conforme a fonte consultada, o que não acontece com a quase totalidade dos nomes que pesquisei. Na verdade, em buscas para nomes de irmãos, filhos, saber o significado do nome do namorado e amiga(o)s, para nomes de sobrinhos e depois netos, nunca eu encontrei nenhum outro que permitisse multiplos significados. Sem nome, então.Por isso que com raizes flutuantes.(pesquisem a metáfora)
Meu nome ? Descobri então o significado, observando quem sou: tania, diminutivo de estefania ou tatiana, não é diadema nem nada assim. Meu TANIA significa forasteira, assim que sou, que segui minha vida, forasteira. não só nos lugares onde estabeleço residencia, onde passo e sinto vida, mas tambem na propria vida. Sem raiz porque sem nome.
( Mas sou "-Mãe","- Vóvó"... e isso é bãodimaisss)
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(foto: autor: Gabriel, julho de 2011, Rasa)

por onde


Não existiram caminhos sombrios. De uma forma ou de outra cada um permitiu em graus variados a percepção de seu trajeto e dificuldades.  Ser claro não é o mesmo que ser fácil.  O aparentemente intransponível, muita vez pode ser caracterizado por excesso de luz.
Do ponto em que se encontra o que vê são muitas formas de escolher o caminhar.  E por onde.  Pois para onde ir  e por onde voltar, num retorno, ou eternamente circular, isso também está no rol das coisas distintamente claras e definidas.  Desde sempre.  Porque assim é.  Apenas e totalmente.
Inércia, dizem alguns.  Espera,  outros.
Aguarda. Acalma. Aprende. Acumula.
Resguarda recursos. Tudo quase pronto. Este quase... Aí  está sempre a falha, um quase.


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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Como sempre



Indo e voltando, os planos que faço sendo repentinamente transformados por alguma força que insiste em contrariar-me, mesmo que , tenho que reconhecer, frequentemente com consequências melhores do que as que decorreriam caso meus projetos tivessem se concretizado conforme concebidos. Reclamo, esperneio, blasfemo, mas, reconheço, fora a carcaça, cada vez mais velha, minha situação esta cada vez melhor.
Da carcaça, o que tenho a dizer: maltratada e já tendo sido estabelecida com defeitos, só posso dizer que esta bem boa pro uso e com alguma recondicionada, corrigindo alguns desmandos alimentares, quem sabe ainda me servirá bem, ate que eu quebre o recorde mundial de existência. O emocional, ah! Este então, ainda é corpo-criança, embora eu mesma tenha tentado e a Duravida  também, adquirir alguma maturidade, não consegui ainda, espírito criança que agita-se entre os extremos das emoções, experimentando, investigando, perguntando por que mais do que qualquer um seria capaz de suportar. E o corpo mental, então ! Este é que tem mesmo muito por aprender, por isso sigo. Tropeço, corro, me arrasto. Viajo para longe e rapidamente estou recolhida também em meu ninho-casa construído com as memorias de toda a extensa experiência que venho desfrutando.
Por que só falo de mim ? Por que não uso esse espaço aqui para fazer critica politica, social, o escambau? Ué ! Você não percebeu?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Oh ! Ninguem é perfeito !


Ou, encontrei pés de barro em meu ídolo tambem.

Assim:

" A não ser os homens, não conhecemos na Natureza nenhuma coisa singular cuja alma possa dar-nos alegria e à qual nos possamos unir por amizade ou algum gênero de relação; o que há, pois, na natureza fora dos homens, a regra do útil não reclama que o conservemos, mas podemos, segundo essa regra, conservá-lo para diversos usos, destruí-lo ou adaptá-lo ao nosso uso de qualquer modo "

( B. de Spinoza )

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NÂO  CONSIGO POSTAR COMENTARIOS NOS BLOGS AMIGOS. O BLOGGER RESPONDE QUE O BICHO-DA-MATA NÂO È MEU!!!!!!!!  E NEM SÃO  MEUS  MEUS OUTROS BLOGS QUE ACESSO PARA POSTAR,  QUE CRIEI, MAS NÂO ME PERMITEM COMENTAR. É PORQUE SOU CHATA ?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Carta do cacique MUTUA a todos os povos da Terra

." O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos. O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora.
Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado.

Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, a garganta pediu saliva. Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo.
Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.
Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio
O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.
Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o índio.

Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes
Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento.
Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue.
Hoje pela manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Mas o homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.
Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós.

Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.
É verdade que, depois que homem branco chegou, o homem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo

Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.

O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.
Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar
Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta.

O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu.
Com um grito agudo perguntou:
Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu?
Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens
O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte

O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia
A ave de cabeça majestosa me atraiu para a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.

Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo.
Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor
As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra.

Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.
Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.
Os caciques caraíbas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.

O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.
O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.

Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto.

Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer. Rio Xingu! Vamos nos fortalecer! Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer.

Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver.

Cacique Mutua"

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Me puxaram o tapete
 e embaixo não tinha chão !
Continuo em queda, sem esperança de voltar ao chegar ao fundo do poço onde fui (?) atirada, ou perto de onde me arrisquei e caí.
As provas não param, tenta, a Vida, descobrir insistentemente se aprendi o caminho e o jeito de caminhar.
Uma coisa aconteceu, de tanto vergar ao ser fustigada, mal me levanto ou reajo. Espero apenas. Triste certamente, e cansada de tanta luta. Parece não fazer diferença o que quer que se faça.


Tão lindas as rosas, tão bom seu perfume, no entanto aí estão sempre tambem os espinhos. Acho que prefiro orquídeas...

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quinta-feira, 9 de junho de 2011


Um lugar lindo à beira de uma rodovia onde fui parando repetidas vezes por exigência do meu quartomóvel. Mesmo depois de passar por bom mecânico, o defeito não se revelou mas permanece se apresentando, recurrentemente. Viagens diferentes, tensas, com paradas obrigatórias, súbitas. Mas ouvi boas historinhas de vida e de viagem de caminhoneiros enguiçados nos mesmos pontos.
Por essa rodovia passei incontáveis vezes ao longo de minha vida  Muitas horas de minha existência foram passadas ali, velozmente.E o que me impressionou desta vez foi que eu nunca percebera a quantidade de caminhões parados em seus desvios, enguiçados, nos mesmos desvios onde eu estava sendo  obrigada a parar para "esfriar".  Há quarenta anos que por ali rodo em meu poderoso ( quase sempre) veículo, ou mesmo de ônibus, milhares de vezes, simplesmente seguia, tentando obter a perfeição e rapidez ao percorrer este trecho de serra. Passando. Rápida. Ao mesmo tempo que me encantava com a paisagem, sempre. Mas dessa vez foi diferente,  encontrei um pai que não iria chegar a tempo do aniversario da filha , no dia seguinte, por conta de um bico injetor. Outro que há poucas horas de casa agora, de onde partira há varios dias, teria que voltar, com o caminhão que seria rebocado ao alto, para poder descer (?) até a concessionária da garantia de seu novo transporte com defeito grave. E vários outros, com outras coisas para contar, sobre o carro que atravessa a estrada, a colisão, o medo, a pressa, a saude, a saudade. Complicado parece. E é. Pais de familia, homens cansados da lida, esperançosos, resignados, revoltados.  E invisíveis, quase sempre.

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domingo, 5 de junho de 2011

Por onde ando? Andei ràpidamente nos outros sítios e hoje estou em casa



Sem tempo nenhum para escrever, sequer para pensar além dos algoritmos de sobrevivencia - trocar fralda ainda não tirar casaco está ficando frio  comer tomar água ou suco como convencer dois meninos a tomar banho sair da praia não descer da passarela de observação não querer só bala desligar a televisão a passagem na cidade grande do Rio de Janeiro na viagem de volta, almoço com os tios a chegada em casa e finalmente a tristeza da despedida e uma saida quase em fuga, porque não quero chorar na frente deles.


Meu pc esta tão fraquinho, tenho corrido muito por conta de minhas e não minhas necessidades, a casa é infestada por diversas especies de mosquitos - e outras pragas...bem isto ia sendo complemento a uma resposta a um comentario e que foi virando lista de reclamações, hoje meu primeiro dia sòzinha, sem os meninos apos duas semanas, dia de reflexões ( que sempre se iniciam durante o longo percurso de minha volta para casa) e não param, avaliações de desempenho, estratégias de correção, projetos futuros para manutenção do equilíbrio, sentimentos...
 
Quando penso que terei que defrontar-me com minha tristeza, alguem vem e me conta algo, uma fofoca descoberta na rede, mais triste ainda. será possível ? Nem posso dizer o quanto lamento tanta imaturidade, casais que não aguentam o tranco de uma paternidade/maternidade. estou triste e zangada. Afinal assim sou, muito zangada.
 
Na viagem de volta que eu não queria voltar, meu carro deu problemas ou será que eu sabotei ao prepará-lo para a viagem ? - Fui pôr água no reservatório de refrigeração, e a 100km de casa, anoitecendo ele superaqueceu. parei muuuuuuitas vezes, esfriar um pouco, pôr mais água, até que um filho ao telefone disse: - tem que esperar esfriar muito - e disse um tempo. Esperei algo entre pouco e muito, não sei ficar parada assim, tensa. Caminhar? Eu conseguira chegar à beira mar...Mas chovia muito. Então esperei médio e segui, sem problemas, cheguei duas horas depois do previsto  e alem do momento em que precisaria ter chegado. ( Talvez)
 
Aconteceu: como não confio em computadores, guardo minhas fotos no cartão de memórias, nunca deleto e faço outra...MEU CARTÃO ACABOU LÁ  EM MINAS !!!!! Não pude acalmar o espirito fotografando na volta e só por isso o pôr-do-sol que passei foi dos mais deslumbrantes. Além de outras visões.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

OS JACUS ESTÃO VOLTANDO

PARA   LER  CLICAR   AQUI 

olá, amigos

Tenho mesmo estado sumida. É que não resolvi o problema infernal dos mosquitos de diversas espécies daqui e digitar, só com calças e mangas compridas, botas, ventilador e as mãos - dedos - expostos não resistem a mais de 10 minutos à quantidade de picadas. Ou espalhar "remédios" no ambiente e arriscar outra crise alérgica. ( Sim, já estou preparando mudanças novamente). Viajo como sempre, então aqui são poucos dias do mes. Mas nestes é que tenho acesso a esta dimensão, desta vida de relações virtuais, porem não menos importantes e sujeitas aos males(?)  das afeições. Saudades de voces !
(Hoje postei  no Re(vi)vendo.)

Sigo agora para regar minhas plantas reais ...ops, materiais, este mundo dito virtual tambem me parece bem real  e intercalar com visitas aos sitios dos amigos daqui, do blogomundo antes de reiniciar as visitas aos sitios do mundocomoeuconheciaantes.

(Entre o mar e a serra.. LINK  AQUI.)
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Por onde andei...

(Notas feitas em um envelope de contas a pagar, em 29 de abril, 2011)

Uma tristeza enorme pelo que não posso consertar. Fiz apenas tudo do que eu era capaz, o melhor possível, mas certamente deveria ter feito algo mais, afinal, privilegiada que sou, sabia mais. Deixei-me levar frequëntemente pelo ressentimento; permiti que mágoas fossem convertidas em raiva e a raiva transformada em frieza quando não em palavras cruéis. Permiti que o amor fosse pequeno. E evitei olhar. Sem ter recebido carinho, fiquei no mesmo nível, e retribui olho por olho, sentimento por sentimento, e assim ficamos, neste fim. Quisera agora ter fé  que fosse um ponto de passagem, uma transformação. Mas estou presa a duvidas e a essa tristeza.


Chorando ?
Sobre erros do passado, aqueles que não posso consertar, embora deva corrigir...

domingo, 27 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

Dia de São Jose, padroeiro da familia. Parte de  minha família está unida no Amor, porém dispersa no espaço. Outra parte dispersa-se sem solução.
Dia do reinício de um ano astrológico. Reinicio ? E de uma bela lua cheia. Recurrencia?
E os mosquitos não largam do meu pé. ( E qualquer outro pedaço do corpo ao qual tenham acesso )
Quem manda morar num mangue?
É hora de voltar para a serra. Mas desfrutei tão pouco da praia, foram tantos tormentos nesta fase. Bem, recomeço, a cada dia.

quinta-feira, 17 de março de 2011

arruinando-me...ou querendo dar nomes aos bois


Estou sentindo muita dor. Há tres dias. Incapacitante se bem que recorrente, felizmente. Uma dor nova que nunca sentira, não conhecia. E por isso um pouco mais angustiante. E por não conhecê-la, sinto medo. Dor no corpo, na matéria, e que ao que sei, segue-se sempre às dos corpos mais sutis quando não identificadas e tratadas a tempo. E que se não for de novo identificada e corretamente tratada acaba com as possibilidades de experimentar ainda nesta existencia. Mais uma vez procuro a causa, numa perspectiva arqueológica escavando nas camadas do meu existir os desencadeantes, para que consiga removê-los. Não adianta extirpar seja o que for do corpo material, ou remexer no psíquico, emocional, nem nos sutis, no corpo astral. Tenho que chegar à alma que adoece.
Por que estou doente? Numa semiótica cientifica, pela sintomatologia história e exame físico restrito, investigaria ângulo esplênico do colo, cauda de pâncreas. Pelas abordagens tradicionais, sei de causas tais como erros alimentares persistentes, excesso de preocupação e ocupação, raiva, muita raiva, rancor, desejos descompensadamente emocionais  de respeito, reconhecimento, consideração, de uma casa e lar com familia e manter-me viajando para estar quase simultâneaente e varios lugares. Mas o principal é a raiva.
Então faço uma lista mental dos quens, aquelas pessoas objetos de minha ira, enquanto que agentes da mesma, sabendo que irar-me é vingar-me,  em mim, dos erros dos outros. Queria poder gritar para o mundo como me sinto porque de quem, de tantos, mas nem posso. A raiva que estou sentindo acumulada, desesperada,  por anos de sublimação de ressentimentos em nome de um bem estar geral, da não ofensa, da educação, da evolução do espírito, mesmo que tantas vezes tenha gritado e soltado pequenos fragmentos, o excesso que teimava em cair de uma taça repleta. Não foi suficiente embora produzisse grandes alivios de outras dores que senti. Tenho uma lista. menor que uma folha de papel. Mas densa, pesada e presa a mim. Vou queimar no fisico, a folha de papel. Quisera gritar ao mundo, dar nomes humilhar bater e depois esquecer. Na medida justa. Olho por olho, dente por dente. Mas nem isso posso, me chamariam de injusta, de covarde. E seria, pois a compreensão do outro não é a minha. E a minha, não está suficiente e necessária para mim. Então adoeço?

terça-feira, 15 de março de 2011

PUXA! Há pràticamente um mes encomendei um livro no site SUBMARINO e não foi entregue no prazo. Reclamei e hoje, varios dias após a minha queixa informam que cancelaram meu pedido. Assim. Será que é porque ofereciam o livro por um preço abaixo do que outros sites e não honraram a propaganda ? propaganda enganosa? IRRESPONSABILIDADE !

sábado, 12 de março de 2011

dia internacional da mulher


porque isso me irrita
porque sem saber ou sabendo o
porque desse dia,

as mulheres ficam aceitando cumprimentos
as mulheres ficam comemorando com shows
as mulheres esquecem que é dia para remexer a consciencia 
das mulheres e dos homens e dos gays

 SE TOQUEM
para o trabalho que ainda é necessário. Não há nada ou quase nada para comemorar no mundo em desenvolvimento, porque as mulheres continuam a ser mortas ao nascer, apenas porque nasceram mulheres. Continuam sendo mutiladas em sua genitalia para serem menos mulheres e mais servis. Continuam vítimas de toda sorte de abusos fisicos e psicológicos, para terem destruidas suas identidades e autonomia, continuam estimuladas a fazerem de seu corpo instrumento de servidão ao machismo, continuam ganhando menos que o homem, continuam com menos , muito menos cargos de chefia, continuam com dupla jornada ou tripla, continuam chefiando ou sustentando familias sem o reconhecimento devido, continuam...
SE  TOQUEM
não se esqueçam do que aconteceu no dia 8 de março de 1857 quando 130 mulheres morreram queimadas, trancadas em uma fábrica porque se manifestaram por "pão e paz". Por isso é dia da Mulher ( desde 1975, criado pela ONU) é para lembrar que a luta só começou. Não é para comemorar em feiras de beleza que se montam para todo lado, com "cabelos e unhas grátis". Céus! Troca-se o "pão e paz" por "cabelos e unhas" e bumbuns e pele sedosa e instrumentos para sedução do macho que lhe sustente ! Nem  é para ficar mandando "parabens p'ra voce" e menos ainda agradecer poesias de cunho fortemente machista que são desencavadas e publicadas para todo canto, louvando a graça e a delicadeza da mulher. Engajamento ! Consciência ! Responsabilidade ! Enquanto uma parte das mulheres luta por um mundo melhor para todas do mundo, e este mundo não exclui a graça e a beleza, outra parte puxa p'ra tras acreditando no tosco discurso imposto pelo universo acomodadamente masculino.
Não dá ! Fico P. da vida quando vejo mulheres inteligentes cumprimentando-se pelo " seu dia!"
Sabem porque não gosto, agora. Fico envergonhada por essas atitudes;  por pertencer  a esta classe tão sem classe. A  algo ainda tão equivocado assim. E não receber nenhum convite ou ouvir falar de nenhuma atividade de esclarecimento ou solidarização com todas as mulheres que ainda são vitimizadas diàriamente.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nas palavras da poetisa Edna St Vincent Millay :

"My candle burns at both ends;
It will not last the night;
But, ah, my foes, and oh, my friends -
It gives a lovely light. "


( "Minha vela queima nas duas pontas/ A noite toda não vai durar/ Mas ah, meus inimigos, e oh, meus amigos - Que bela luz ela dá!")

quinta-feira, 10 de março de 2011

" O Eterno Retorno"

Começo a longa viagem de volta.Volta?  Mas como, se nunca encontrarei, ao pensar que volto, o mesmo lugar de onde parti. Tão óbvio isso, tão comentado por aqueles que pensam sabedoria. Então, recomeçando: Reinicio  agora uma nova jornada, o nariz emerge do fundo da fossa de onde estive, iludida como sempre, achando que em algum momento vou parar de sentir cheiro de merda e ver a dita. A vida afinal, em que pesem algumas belezas é isso. O esforço para sobrenadarmos nossos proprios excrementos  e os alheios, que nos cercam e penetram, constituindo o ser.
Mas, outra vez, mergulhei tão fundo em minhas experiências desalentadoras que quase perdi o fio que me sustenta, um tênue autoconvencimento a que chamam esperança. Mas estou viva e quero estar viva, sem vergonha do meu querer. Com a certeza que sempre tive que estes fluxos são constituintes dessa magnífica condição de aprender o saber. Escarificada, mutilada, cicatrizada, com novas limitações, mas tambem novas perspectivas.
Não gosto do conceito de caminho para a luz. Não tendo como saber o que é Luz, sei no entanto que ela é indispensável MAS, eu sempre tenho muitas objeções, sem as sombras que forma ao contato com a não luz, sem a gradações do seu espectro de onda, eu não saberia o que são as cores  e a beleza que entendo é total e absolutamente dependente do contrário e do contraditório. Então, luz não é o absoluto e se aponta para o Transcendente final, não gosto muito do que antevejo por lá. Plena luz. Que divertida é a roda das encarnações, as possibilidades de trocar uma máquina cansada e avariada, por outra recondicionada. Por que não digo uma máquina nova? Ora, até onde sei as moléculas e átomos de cada corpo são os mesmos desde que... desde quando... é, perdi as palavras, não quero usar o "sempre" porque remete ao "nunca", em dúvida entre como prosseguir agora - no texto - paro então. Na vida, estou por aí, por muto tempo ainda , espero e desejo, com este mesmo aparelho  que uso há muito, velhinho, gasto, mas que preparo para um recondicionamento para que possa suportar minhas memórias e receber outras ainda por muito e muito do condicionante a que chamamos tempo.



 foto:  Macaé, ontem, quarta feira de cinzas,
quando lá estive pela quinta vez consecutiva desde o sábado de Carnaval
Putz! Esta foto quase deveria estar no "VELHINHA VELOZ", mas foge ao modelo de como são as fotos de lá.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Sei que nada sei... Sei ?

Recebi de uma amiga este link.  AQUI ( "Sistema HAARP")
 A respeito disso, já algumas vezes venho recebendo mensagens eletronicas. e sempre me posiciono com certo ceticismo. Não confundam, ceticismo não é negação, apenas duvida ,fundamentada ou não, apenas duvida sistemática.
 Mas trancrevo abaixo o que repondi a ela :

Já algumas vezes li sobre isso com um certo ceticismo. Acredito sim que seja possivel, penso até nas possibilidades de tecnologias ET como sugerido, mas porque aconteciam fenõmenos climáticos e geológicos semelhantes e ate piores com extinções em massa, glaciaçoes, inundações, aquecimentos, terremotos, separação de placas tectônicas, etc, na historia de Gaia, muuuuito antes do surgimento dos norteamericanos e da própria humanidade ? Dificil para alguns humanos saberem-se incapazes de controlar o planeta em sua totalidade, então atribuem ao OUTRO humano um controle, um PODER superior ao da própria terra. Menos mal para a tal espécie que inventou a ciência e acredita que ela é resposta para tudo, causa e conseqüência de qualquer coisa estarão sempre subordinadas à mente, ao intelecto humano.
Essa é a grande ilusão, talvez ai resida Maya, a ilusão que os hindus atribuem à existência humana. Não a existência em si, uma vida nos sonhos como a explicação dos povos tradicionais/aborígenes australianos, mas o simplesmente considerar-se dono e tutor de tudo que existe ou percebe.
Ah! esses fenômenos estão mais intensos, mais frequentes? Bem, ai tenho que concordar com intervenção humana, mas nem preciso pensar muito. Sabemos o que temos feito para alterar ràpidamente o equilibrio planetário. E nos achamos os poderosos, com o controle, sem nenhuma responsabilidade. A culpa ? É do OUTRO. Do vizinho, do capitalista, do comunista, do muçulmano, do chinês, da mulher...
Vamos ter mais um medo, desse tal sistema ? Tudo bem, já morro de medo do tal  Deus, caso ele exista e seja o grande controlador...

UM GRANDE ABRAÇO !

quarta-feira, 2 de março de 2011

pensando FELICIDADE

Um dia desses, enquanto eu estava de enxerida no facebook de gente importante, vi que alguem dizia que não era feliz aos quatro anos e agora ( com idade semelhante a minha, talvez, um tanto menos)  é feliz. Dei palpite  dizendo que precisava desenferrujar algumas sinapses para pensar sobre este tema e fiquei devendo algumas considerações sobre o que eu acho de felicidade.   Mas como sai imediatamente para entregar meus netos a minha filha - e separar-me deles é antítese de felicidade, fui protelando, mesmo quando na estrada, sentindo cheiro de terra molhada, pensei: felicidade é cheiro de chuva após londa estiagem, ou, racionalmente, psicológicamente, supressão de carências. Cheguei, escrevi isto nos comentarios dela, dizendo que era brincadeira verdadeira, que não era minha resposta ainda,  mas o tema ficou me rodeando, como compromisso não cumprido, promessa não realizada.
As tais sinapses enferrujadas me remetiam a Aristóteles, a Kant, a alguns outros pensadores que tambem só conheço superficialmente, afinal, não me aprofundo em nada, nessa minha ânsia pela abrangência do conhecimento. Quero saber tudo e como não é possivel, lógico, passo ràpidamente por muta coisa e não fico sabendo nada. Na falta de tempo ou condição intelectual para ler/reler Kant. procuro conceitos em dicionários de filosofia.
O que é felicidade?
 Para Aristóteles, logo no início de sua " Ética a Nicomaco ", apos discorrer sobre o que é o supremo bem, diz " Em palavras, quase todos estão de acordo, pois tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem que este supremo bem é a felicidade e consideram que o bem viver e o bem agir equivalem a ser feliz: porem divergem a respeito do que seja felicidade, e o vulgo não sustenta a mesma opinião dos sábios. A maioria das pessoas pensa que se trata de alguma coisa simples e óbvia, como o prazer, a riqueza ou as honras, embora tambem discordem entre si: e muitas vezes o mesmo homem a identifica com diferentes coisas, dependendo das circunstancias: com a saude quando está doente, e com a riqueza quando é pobre ".
 Para Epicuro, " Uma vida feliz é impossível sem a sabedoria,  honestidade e a justiça e estas por sua vez, são inseparáveis de uma vida feliz " ( No Dicionário Básico de Filosofia de Danilo Marcondes e Hilton Japiassu).
Durante grande parte de minha vida ouvi a frase " felicidade não existe, o que existe são momentos felizes" e recentemente li , atribuida a Roberto Benigni :
"Sejam felizes. Se em alguma ocasião a felicidade se esquecer de vocês, não se esqueçam vocês da felicidade. Tenham sempre isso mente.
Deve bastar pouco: não deve ser cara a felicidade. Se é cara, não é de boa qualidade."

Bem, continuo minhas pesquisas  e vou trazendo o que encontro para aqui, quem sabe nessas, não encontro com a tal da  FELICIDADE ? Por enquanto é certo que percorrer estradas, em que pese a culpa das pegadas ecológicas,  é algo que me faz feliz. Mais ainda se para ir ao encontro de pessoas que amo.



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Flores e espinhos

Bom dia amiga

Desejo um bom dia para voce e para mim tambem, embora as pespectivas para este fim de semana não sejam das melhores. Parece que me aproximo do fundo do poço. Mesmo sabendo que o fundo apresenta uma perspectiva de mudança, sempre é possivel que se atole lá e por lá se fique. De nada adianta toda minha sapiência sobre as questões espirituais, esotéricas, metafísicas, porque na verdade acho que já estou atolada, me debatendo como em areia movediça e com o peso da consciencia ajudando a ir para o fundo, porque de certa forma e grande forma eu contribui em muito para este estado de coisas. Talvez a demora em tomar algumas decisões importantes, sopesando prós e contras, procurando culpas que não tenho, mas que me são atribuidas por uma certa moral criada para dominar os humanos e que tem ainda uma enorme força em meu subconsciente. Talvez porque fui condicionada, pelo desamor que recebi quando pequenina, a tentar agradar a todos, a necessitar de aprovação dos outros pensando que só assim eu poderia ser amada ou aceita e sempre a culpa por não sê-lo. E ao não receber o que eu criei como esperança, o desastre aumenta. Talvez a resistência em tomar drogas ou outros medicamentos que obscurecessem a razão, mesmo que, sei disso, sejam atalhos facilitadores para melhora da situação. Talvez eu acredite no que sempre me disse a mãe, que eu mereça ser punida, repetidamente, pois nunca alcanço a meta pretendida; a perfeição.

Não acredito no perdão de um Deus, e por isso não acredito em deus,  pois vejo como as criaturas são tratadas. primeiro é sempre a punição. E em se tratando de ser´punida, nisso eu tenho prática, mesmo sem saber os por ques e mesmo tendo quase certeza da injustiça do ato. Existe uma frase que li em alguma auto-ajuda que se recebe como e-mail :" è necessário que alguem nos ame como somos para que possamos crescer ". Pronto, eu não cresci. Pemaneço presa a um cordão umbilical, sêco, estéril, que não nutre além do mínimo para que não se morra, mas que não traz o que é necessário para o desenvolvimento. Lamúrias, lamúrias. Mas não fico só nisso, voce sabe o quanto me empenho em transformar este estado de coisas, fui e sou guerreira e mesmo sabendo que venci a maior parte das batalhas, de que adianta, se chego à vitória cheia de ferimentos, cicatrizes, dores e com quase nehuma esperança. Se ao final da luta, penso na inutilidade de tudo aquilo. Concluo que pode não ter valido a pena, na maioria dos casos. Se valeu em alguns, deveria justificar tudo ? Eu quase sei a resposta, eu sei, mas tenho dificuldades para admitir, pois fui condicionada a saber que sem a perfeição, nada foi eficaz. E este estado, o de ser perfeito, está muito longe de mim. Muitas, milhares de encarnações. Batalhadora vitoriosa e fracassada, ao mesmo tempo e lugar - o espaço tempo da minha vida, quase uma prova de que o princípio da não contradição, que sustenta nossa sociedade, nossa cultura, é inválido. Sou e não sou ao mesmo tempo no mesmo lugar, sob as mesmas condições. Estou vencendo, pois ainda estou viva ? Que dor isto me dá.
Ia te enviar como e-mail. Depois pensei que amigos principalmente não merecem ter sua mente invadida pela minha falência. Então resolvi deixar aqui, onde sei que voce me visita e saberá o porque da ausência de minhas mensagens.

Um grande abraço.
 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

EI  BLOGGER !!

CADÊ  A LISTA DOS BLOGS QUE SIGO ?

DESAPARECERAM COMO ?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

DE PASSAGEM

PRIMEIRO:
Tenho notado em minha andanças igrejas de uma certa seita que se diz cristã mas pratica históricamente o anticristianismo, quase sempre cercadas por arames farpados e porteiras, numa tentativa, talvez,  de impedir que as Vacas, principalmente as mais novas insistam em fazer parte de seus  cultos.

( Outra  AQUI )

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VOLTANDO DEVAGARZINHO

EU  E  MEUS  CACHORROS
MINHAS FLORES DE QUAISQUER LUGARES
INDO E VOLTANDO,
FAZENDO UM POUCO DO QUE GOSTO,
CIRCULANDO POR ESTRADAS E RODOVIAS,
 PASSANDO POR VILAS E CIDADES, CADA VEZ  MAIS
 LENTAMENTE, AS VEZES ME AVENTURO A PARAR,
MAS TENHO TANTO MEDO DE GENTE
QUE CONHEÇO, QUE NEM QUERO CONHECER OUTRAS.
SÓ  AS  BENS  PEQUENAS, AQUELAS QUE AINDA SÃO SINCERAS.
MAS DESTAS NÃO QUERO ME APEGAR.

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

" AYAUASCA PERMANECE LEGAL "

LINK  AQUI


Confesso que ainda me surpreendo ! Como eu poderia imaginar que no Brasil do sec. XXI ainda houvesse intolerância religiosa. Como um deputado evangélico pretendeu proibir uma prática religiosa tradicional, que vem dos povos pré-colombianos,  tanto os povos andinos quanto os das terras baixas da hoje Amazonia. ( Aqueles mesmos de quem tomamos as terras, a cultura, a dignidade e convertemos em quase prisioneiros em suas reservas ou escravos da miséria.).
Certamente permanece legal!  É o mínimo que se espera em um país democrático.

( E recentemente foi a tentativa de massacre por parte da mídia, quando do assassinato de um seguidor dessa religião, o cartunista Glauco).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sem título



Meu blog está sob censura.
Não tenho mais liberdade de dizer/escrever o que penso.
 (DESÂNIMO...)


Posso ser agredida em publico via facebook, sem direito de resposta, já que minha resposta - justificativa comentario foi deletada e foi dito em publico que foi deletada, mas ao postar aqui meu desabafo eu que fui criticada e cerceada. Ora, a casa aqui é minha, não lessem, se não gostam. Mas pela felicidade geral da micronação, aceito a censura ( aparentemente)


Hoje acordei sem meus netos, pela primeira vez em duas semanas. Sem saber o que fazer, saí para ver o nascer do sol




"PESADELO" ( trecho)
.( Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro )
.......................................
Você corta um verso, eu escrevo outro


Você me prende vivo, eu escapo morto

De repente olha eu de novo

Perturbando a paz, exigindo troco

Vamos por aí eu e meu cachorro

Olha um verso, olha o outro
......................

domingo, 30 de janeiro de 2011

Outro tipo de desmoronamento



Parte do meu mundo está desmoronando. Eu não poderia  ficar tão afetada assim  a cada vez, , afinal, já deveria estar acostumada com isso, pelas inumeras vezes que meu mundinho desabou. Sou mestra em reconstruir, recomeçar. Mas não aprendo mesmo as lições e por isso sofro intensamente a cada novo golpe.
 E quando digo sofrimento, não é apenas figura de linguagem, acontece que sofro de um mal autoimune, que em situações assim contribui para piorar tudo, ao mesmo tempo que é piorado pela minha inadequação.
Atribuir responsabilidade a irresponsáveis? Argumentar com ignorantes ? Que ilusão, pretender ser compreendida. Pior ainda, pretender evitar que sofram ao meu redor. Compete a cada um sua própria evolução. Eu sei, sempre soube, mas não perco a arrogância de querer retirar as pedras do caminho das pessoas que amo. Senão não seria amor. Mas vou aprender a observar, apenas. Com a alma sangrando, ver erros que poderiam ser evitados, serem cometidos, com a conviçcção da ...burrice.
Apenas uma duvida:
i) se vejo, sofro, então, " o que os olhos não veem, o coração não sente"
ii) " Entregar a Deus"
iii) mas então estou incorrendo no pecado da omissão ( Mesmo quando não há mais nada a fazer)
Pois que seja; um karma para a próxima experiência.
Mas como fazer para não ver ? Ou não me preocupar.
Apenas desistir de certas pessoas.

( E se eu sumir uns tempos, não se preocupem, trata-se tambem do PC que está apresentando "falência progressiva de múltiplos órgãos" e a solução será o lixo e sem poder adquirir outro)
Quanto a foto, eu queria outra, mas ela não baixa.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Do que não queria ter visto ou ouvido


Relutei um tanto antes desta postagem. um certo pudor, talvez receio de cometer um erro, afinal, " não saiba sua mão direita o que fez a esquerda " é mais ou menos assim, né,as palavras daquele grande sábio. Mas pensei tambem que é importante que não se deixe passar possibilidades de incentivo ao trabalho necessário quando já se está esmorecendo. Quando o cansaço nos obriga a parar mesmo sem saber se seremos substituidos. O cansaço precoce, afinal, para mim, foram apenas tres dias de trabalho acrescidos ao da viagem, pode ser devido à idade, não tenho mais cinquentita, mas não, sou bem resistente. Certamente se deve à uma  imensa dor que circunda os locais por onde passei. Talvez pela angustia dos desencarnados que sem entender o que passou, ainda estão presos ao corpo, enterrados onde inadvertidamente passamos e pisamos no afã de atender aqueles que estão sequer sem água para beber, ou notícias "de fora". Mas tambem pela dor dos vivos que perdidos ficaram dentro de tantas perdas. Há quem acreditasse ter sido o fim do mundo, todo. Sem contato, vivos e confinados com os seus cadáveres, de amigos, ou filhos e pais, sem recursos básicos ou as facilidades habituais. Algumas vezes, enquanto distribuia água sentia-me uma inútil, afinal, tão pouco, sequer me atrevi a chegar muito mais adiante, longe de onde tinha que, finalmente, desistir de seguir com carro , 4x4, reduzida. Algumas centenas de metros, apenas. Afinal, ainda recebíamos advertencias de riscos de novas chuvas. Mas recordo das lágrimas das duas crianças à beira de estrada devastada, ao receberem a água, ao anoitecer do dia, do  8º dia da catástrofe, dizendo que estavam com sede desde a manhã e sei que mesmo quase nada acaba por ser muito. Mesmo sem ter cesta básica ou qualquer alimento em meu carro, naquele momento, que tambem precisavam. Avisa-se a outras equipes. O sorriso ao receber a água, daqueles que sob sol intenso e poeira dedicam-se a escavar a lama na tentativa de encontrar os corpos que ainda lá estão. Alguns na busca dolorosa de seus queridos, outros apenas sentem a necessidade de estar ali, ajudando, apesar do mal cheiro, do risco de doenças, com equipamentos inadequados ou insuficientes.
Se eu poderia ter feito mais, certamente, ainda voltarei para lá, mas precisava reabastecer-me. Emocionalmente. Descobrir que o caos em esfera micro que encontro em casa sempre que me ausento mais de dois dias na verdade não tem a importancia que sempre atribui. ( Mas ainda assim ao chegar fiquei furiosa, pois o motivo para vir, acaba por ser insignificante perto de tudo que vi )
Descobri que mesmo sem suprimentos, quando meu estoque acabava, ainda tinha...ouvidos para ouvir. Os relatos, a necessidade de mostrar " ali, era o quarto de meu filho, aqui o meu, onde eu só via o rio, ou a lama ou destroços. E contavam novamente do medo, da dor. Da força da água que arrancou filhos pequenos do braço das mães ou dos pais. " A ultima coisa que me lembro é do choro dele sendo levado ".
Risos histéricos, ao especularem como será, sem casa e sem emprego, sem grande parte da familia ou dos amigos. Muitas empresas tambem foram destruidas.
Vi tambem muita solidariedade, gente de perto, gente de muito longe, trazendo suprimentos de todos os tipos e principalmente seus braços e coração. Mas vi o oposto disso. Aproveitadores, seres que não deveriam estar entre os humanos.
Por que afinal, falar disso ? Eu chorava, à frente da TV, como muita gente, ao ver as imagens. Então fui.
Mas falo porque ainda vão precisar muito. E então peço: quem puder e mesmo sem poder muito, sempre há o que fazer. Contar historias para as crianças, brincar. Ouvir as historias, das crianças e dos adultos. Uma palavra de conforto, de fé, ( quem for felizardo o bastante para dispor disso), de esperança, para todos.. Doar de si, um pouco que seja.  Eu voltarei apenas daqui a 15 dias. mas quem puder vá agora, depois, daqui a 1 mes, doe alimentos , água, carinho.  Vai ainda ser muito necessario. Mantimentos, suprimentos, material de limpeza, de higiene pessoal. Muitos ficarão acampados meses ou talvez anos. Dá para imaginar? Não, eu sei que não, então, ação.




Dra Sandra, que sofreu infarto a menos de um ano, subindo em busca de uma família isolada, onde havia informação de prováveis feridos



Uma das equipes de saude, retornando após identificação das necessidades dos que moravam acima., e atendimento a algumas delas.

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