continuação:
( Sou " verde" por ideologia, por natureza, desde a alma aos fios brancos do cabelo, mas acima de tudo entendo a ecologia como integração equilibrada do homem e natureza, porque ele, o Homem, não é o dono dela como acreditam muitos, mas apenas uma ínfima parcela e a parte que mais desrespeita sua mãe natureza e a culpa quase nunca é do indivíduo, que sustenta sua ignorancia nas ações dos que teriam o dom e o poder de esclarece-lo, porem poem à frente sua ganãncia, esquecendo que são apenas mortais)
Tenho um monte de blogs, que na verdade são as partes do meu sítio e hoje fiquei tentada a fazer mais um, além da "Velhinha veloz" criar a " VELHINHA BRABA" por conta de umas "tentativas de esclarecimento" sobre uns projetos que afetariam a minha cidade . É, mesmo morando em Cabufa, descobri que "uma vez petropolitana, sempre petropolitana" até porque sempre vivi e morei lá, mesmo quando fazia cursos universitários ou pós, no Rio de Janeiro, eu fazia parte do contingente da população que faz de Petrópolis " cidade dormitório".
Mas porque criar " o velhinha braba" se para isso já havia me convertido na sra Urtigão e moro aqui, como bicho-da-mata. E tambem porque ser braba não é condição adquirida depois que o tempo passou. Sempre fui muuuito braba e a idade vem até suavizando este aspecto. ( Adoooro quando meu neto Gabriel diz - " assim eu vou ficar muito babo, muito babo mesmo" , me sinto participando do futuro, nele hshshs)
Mas a minha briga, quero dizer, briga não, tentativa de que me esclarecessem foi por conta de um projeto turístico legalzinho, maneiro mesmo e até quem sabe, bem intencionado. E eu adoraria levar meus netos ao passeio no "Expresso Imperial" mas a questão é o custo social que isso acarretaria, quanto à remoção de famílias que "atrapalham" o processo da reconstrução desta estrada de ferro de "apenas 6km", subindo a serra ( ou descendo, óbvio), mesmo com o argumento que ocupam ( há décadas) áreas de preservação ambiental. Para onde iriam, afastando-se de seus amigos, parentes, historia, escolhas? Para um conjunto habitacional a ser construido...em outra área de preservação ambiental, já que Petrópolis é toda APA, mas que polìticamente obteria , pós EIA-RIMA conluios e negociatas, autorização, após fajutas audiência públicas, como são as obtidas nos mega investimentos para construções de imóveis para classes A e A e...tá, classe média alta e põe alta nisso, mas que colocariam essas pessoas "invasoras" desfavorecidas ( os ricos fazem quadras de tenis dentro da APA) a horas das possibilidades de trabalho, coisa que tambem faz o empregador preferir trabalhadores de perto - menor custo do vale transporte além de menor absenteísmo. Sair de casa as 4:30 da manhã no inverno de Petrópolis é no mínimo absurdo, irreal. Como Humanos não percebem o que estão a fazer aos outros Humanos?
Sem falar dos grandes beneficiários quanto dos processos financeiros que envolvem estas obras. " O de cima sobe, o de baixo desce"
Ah! Eu hoje " estou muito braba mesmo".
Nem vou postar fotos bonitas da região, que tenho aos montes.
( E ainda fui assistir hoje ao vídeo postado pelo Eduardo, do blog OBSERVAR e ABSORVER sobre o permanente genocídio praticado por nós eurodescendentes civilizados em terras conquistadas.)
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3 comentários:
Penso que fundamentalismo, seja em que área for , jamis ajuda ou resolve o que quer que seja!
Choca-me haver tanta preocupação com animais ou vegetação e se deixar viver pessoas em condições infra-humanas...
Quando houver novas, lhe direi, minha amiga.
Bem haja!
Quando é para ,de uma certa forma, enganar turista, destruir não faz diferença, mas quando é pra tirar, antes mesmo que construam, famílias que vem de sei lá onde pra se enfiar nos buracos no meio do mato pra morar, a prefeitura é cega. Depois essas pessoas aparecem os jornais reclamando que não tem água, esgoto, luz.. Todo errados!
Porque não melhoram o centro da cidade, o trânsito e outras coisas para ganhar dinheiro com turismo? Museu fechado segunda - feira é uma burrice sem tamanho!
Se o projeto é interessante, por que não envolver essa população afetada no processo de discussão do projeto e busca conjunta de uma solução? De repente, até existe uma forma de atender essa população e implantar o projeto!!! Tudo depende de se conversar com transparência...
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