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sábado, 18 de outubro de 2008

Êh vida boa...


Já é hábito, posso dizer, estar mal informada. Na verdade as minhas andanças, meus caminhos, idas e vindas me afastam de procedimentos que eram comuns em outras fases da vida, como por exemplo acesso diário a informação. Ou, àquele típo de informação sobre o que acontece no mundo pela ótica dos formadores de opinião. Ou ainda aquela informação sobre fatos que alguem decidiu que são relevantes para nós, os submetidos. Sòmente ao "chegar da roça" é que vou tomando ciência das coisas que aconteceram "no mundo"...Como se não fosse fato relevante as mudas do jardim que brotaram, ou o ninho de beija-flor ou ainda o botão de flor, coisas que meu neto descobriu...
E cada vez mais eu descubro, nestas minhas visitas, o tempo que perdia sendo "cidadã do mundo", pois onde eu vivia, o tal chamado mundo real, era o lugar mais irreal deste universo, se bem que não conheça todos os recantos do tal Universo. E aprendo ainda que a verdadeira informação vem através dos pequenos fatos de uma vida simples, onde vamos aos poucos nos desimpregnando de vícios e posturas fúteis, hábitos inúteis, como por exemplo, ganhar mais dinheiro para ter mais confôrto, sendo que a dor nas costas independe do grau de confôrto que utilizamos. Abandonar os desejos daquelas coisas que quanto mais temos mais queremos, permitindo-nos ser enredados numa busca incessante pelo muito e dispender mais energia inúltimente, nunca atingido o prazer, a satisfação.
Parece-me que estou me tornando, ao abandonar certas "necessidades", uma hedonista de primeira, ao molde de Epicuro, finalmente compreendendo a distinção entre as coisas que são realmente necessárias, afinal descobrindo o prazer de viver.

E começa a cantar o meu sabiá, em algum lugar do jardim. Tanto que reclamei de seu canto matinal( são 5 da manhã) me despertando para o dia, mesmo quando eu não queria e agora descubro que sentirei muita falta dele caso a mudança necessária para uma cidade grande se concretize.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Dona Senhora!
Esta também é minha opção, muitas vezes quero sair desse poço sem fundo... Por exemplo, trabalho era algo que não deveria existir, afinal tira-nos o direito da observação e principalmente o de valorização do real.
Ps.: Às vezes sinto até o meu modo de escrever coorporativo demais...rs.

Abraços e até lá

Dona Sra. Urtigão disse...

oi, Danitza
em primeiro lugar desculpar-me mas ainda não cheguei á fase msn, ainda luto para dominar e controlar formas mais lentas e fixas de midias. Neuronios engessados, me parece.
Em segundo, agradeço pelas suas visitas, sempre reconfortantes e instigantes.
E em terceiro, permita-me uma brincadeirinha: valorizando o real($) estamos desvalorizando o real. Mas,a sério, fica muito dificil, nesta vida que nos arrasta, a necessidade de boas condiçoes aos filhos para que possam futuramente ampliar seu leque de escolhas.E isto limita nosso leque. Eu, a vida inteira vivi "esquizofrenicamente", querendo uma coisa e experimentando outra. Hoje cresceram, fizeram suas escolhas, uns pela vida intensamente urbana, outros, uma tentativa de conciliação entre o rural e Academia, o que tambem não permite bem uma vida simples ou com menos tensões. E eu, continuo mantendo sonhos/desejos e ,esquizofrenicamente, trafegando em alta velocidade entre estes diversos aspectos do mundo, cada vez mais distante do sonho que alimentei. Até porque não sei onde foi parar minha tribo, parece-me que extinta.
Um grande abraço.

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