Para compensar a falta de afeto e carinhos maternais na minha infância, e estudando em colégio católico, tornei-me fiel e fervorosa fanática de Maria, a Mãe de Jesus, que me era apresentada como Mãe de Todos . Pouco antes de tornar-me adulta - naqueles tempos não havia a tal adolescência, numa espécie de rito de passagem, onde pelo direito ao uso de certos símbolos, como por exemplo sapatos de salto alto ou maquiagem, por volta dos 15 anos éramos incluídas no universo adulto - ciente de que não importava o quanto eu rezasse ou bajulasse essa Mãe, como a outra, ela não se importava. Não atendia minhas necessidades de carinho, e , observando o estado de abandono, muito pior do que o meu e de meu irmão, da grande parte dos filhos da terra, assim como a enorme e abissal distância que havia entre as palavras , os discursos dos pregadores, e suas práticas absolutamente afastadas da caridade e do Amor ao próximo, converti-me ao materialismo dialético marxista, com uma certa tolerância e curiosidade quanto à Teologia da Libertação. Escondendo minhas convicções em plenos "anos de chumbo" , cresci, namorei um líder estudantil, casei, ele era namorador e pelego, descasei, casei de novo e tive filhos, e ele era malandro, namorador e mentiroso. Descasei de novo. Só, como sempre, com 4 filhos para criar e uma profissão que amava, mesmo não exercendo a especialidade escolhida, por pressão de preconceitos e necessidade financeira.
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quarta-feira, 27 de junho de 2012
Minha LINHA DO TEMPO - parte I
Para compensar a falta de afeto e carinhos maternais na minha infância, e estudando em colégio católico, tornei-me fiel e fervorosa fanática de Maria, a Mãe de Jesus, que me era apresentada como Mãe de Todos . Pouco antes de tornar-me adulta - naqueles tempos não havia a tal adolescência, numa espécie de rito de passagem, onde pelo direito ao uso de certos símbolos, como por exemplo sapatos de salto alto ou maquiagem, por volta dos 15 anos éramos incluídas no universo adulto - ciente de que não importava o quanto eu rezasse ou bajulasse essa Mãe, como a outra, ela não se importava. Não atendia minhas necessidades de carinho, e , observando o estado de abandono, muito pior do que o meu e de meu irmão, da grande parte dos filhos da terra, assim como a enorme e abissal distância que havia entre as palavras , os discursos dos pregadores, e suas práticas absolutamente afastadas da caridade e do Amor ao próximo, converti-me ao materialismo dialético marxista, com uma certa tolerância e curiosidade quanto à Teologia da Libertação. Escondendo minhas convicções em plenos "anos de chumbo" , cresci, namorei um líder estudantil, casei, ele era namorador e pelego, descasei, casei de novo e tive filhos, e ele era malandro, namorador e mentiroso. Descasei de novo. Só, como sempre, com 4 filhos para criar e uma profissão que amava, mesmo não exercendo a especialidade escolhida, por pressão de preconceitos e necessidade financeira.
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3 comentários:
Pois a falta de carinho e os fracassos amorosos os partilhamos, Amiga.
Profissionalmente, graças a Deus, desempenhei as funções de que gostava e tudo me saiu bem, rrss
Abraço fraterno.
nao sei o que foi ou é mas tua foto e tuas linhas, sao belas!
beijo
↓
Sem CARINHO, "o preço" é bem caro!
Só as MÃES parecem entender...
Outros tempos chegaram...!
Abraço-tchê!
:o)
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