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domingo, 28 de julho de 2013

Médico sózinho não faz saúde

Em primeiro lugar, é necessario um ambiente saudável. Ar, água. Saneamento, higiene, alimentos. Acrescenta-se educação, para saber discernir e fazer escolhas saudáveis.Vontade. Sem falar de outras como trabalho, lazer, etc. Então, se mesmo assim houver  um desequilibrio da matéria, uma falta do" completo bem estar", ou mais, se uma  doença acometer, por causas externas ou internas, e não puder ser resolvido  pelas formas da tradição familiar, chás, infusões, técnicas eficientes há milênios, que venham o médico e sua ciência. Cada vez mais cientifica.  Mas justamente pelo carater cientifico, especulativo, empírico, a saúde da pessoa não pode  ser abordada em apenas uma de suas dimensões. Negar a complexidade é anticientifico.
Então, vou contar aqui umas historinhas. De pacientes que ocupavam serviços de emergência, quando na verdade deveriam estar sendo cuidadas por outros profissionais. Pena, que com tanto avanço cientifico, e de informação, nossos politicos, governantes, ainda não perceberam isso. A necessidade de uma abordagem integral para a saúde. Mais é menos, nesse caso. A contradição aparente é fundamento.  Mais profissionais de diferentes áreas equivalem a menos doentes.  Certa vez um prefeito médico afirmou que investir na saúde é  aplicar recursos em um poço sem fundo. Eu penso que investem errado. Da forma com que é feito, nenhum poço nunca será suficientemente preenchido. Tragam mil, dez mil, cem mil médicos e venham de onde vierem.

Depois dessa longa introdução, vamos contar historias.




Aí está. A mais marcante, pela assiduidade, primeiro.

Vamos chamá-la  Dona Oswaldina. Uma senhora de seus cinquenta anos, pequenina, como são muitas das senhoras de sua classe econômica e social . Magra, pelo biotipo ou pelas restrições nutrológicas ao longo de sua vida,  Chegava trazida por ambulância, sempre.  Aos olhos leigos, desmaiada. Em maca de remoção ou as vezes em cadeiras de transporte, quando as macas estavam em falta, insuficientes,  por ocupadas. Chegando na sala naquele estado, era imediatamente examinada por um dos médicos da emergência, em detrimento de outros pacientes que aguardavam na  fila, interminável , ou no lugar de reavaliações de pacientes que aguardavam liberação ou  vaga para internação.. Avaliados os  sinais vitais, sempre normais e o estado de consciência, só " acordava" ante uma injeção. Os colegas novatos e inexperientes apicavam algum antidistônico, sedativo  e ela dormia algumas horas. Os mais experientes em atendê-la aplicavam um placebo ao que a resposta era imediata. Abria os olhos, tremendo, perguntando onde estava e queixando-se de muito frio e logo a seguir, de fome. A enfermagem, solícita e por autorização médica liberava um prato de refeição. Interessante notar que sua chegada sempre coincidia com o horário das principais refeições do pronto socorro no hospital do qual fazia parte. Agasalhos, frequentemente lhe eram fornecidos. A cidade é fria. E dia após dia, vinha dona Oswaldina. A assistente social promovera visita domiciliar, ela tinha uma casinha em uma comunidade  próxima, do jeito que são essas casinhas, barracos, em comunidades carentes, onde vivia com um filho adulto, doente, insuficiência renal, com historia de diversos abandonos de tratamento. Nessas visistas do serviço social  foi levantado que as roupas que ganhava,  mal usadas eram jogadas fora quando sujavam. Que os alimentos da cesta basica que lhe foi garantida, eram jogados no lixo, sob alegação de que não prestavam. E persistia chamando ambulância, quase diàriamente, o que deixava outros pacientes esperando mais tempo pelo atendimento, e ocupando  serviço de emergência, macas, tempo das equipes e algum medicamento desnecessario.E quando atendida por calouros do serviço, novatos, ainda utilizava recursos diagnosticos como exames de sangue, RX, eletro.ardiograma, Quando haviam novatos em varios dias, fazia exames varios dias da mesma semana. Afinal, serviço de emergência, pronto socorro, não tem ficha de acompanhamento para pacientes liberados. E  não se pode recusar atendimento. Vai que dessa vez... E ao chegar na sala, nem se pode deixar para depois, pois além do "vai que", ainda o risco do profissional ser linchado por omissão de socorro, pelas pessoas que aguardavam seu proprio atendimento  e seus acompanhantes. Afinal, todo médico é mesmo safado, filho da puta, negligente, vagabundo.
Depois conto mais, dela e de outros.

Um comentário:

myra disse...

a historia de D. Oswaldina, adorei, ela so precisava de companhia com carinho..eqto a s meedico sao mesmo safados, e os que nao sao, nao sabem nada...melhor os bruxos!:))

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