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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dois casamentos, nenhum funeral, mas muita poeira


Cheguei em casa ontem à noite, e pela primeira vez exausta. Costumo chegar sempre na maior agitação, empreendendo faxina ou até me aventurando a sair de novo à noite para, por exemplo, buscar pizza. ( Coisas que detesto, sair à toa, à noite e pizza, mas submeto-me às tres.) Quando chego, no mínimo após a faxina da casa, retirada da poeira que acumula em minha ausência ( se bem que muitas vezes na minha presença tambem, mas não é dessa poeira que vou falar, nem tão prosaica...), chego-me ao pc, atualizo e limpo caixapostalvirtual, emails, facebook, orkut, blogs, baixo as fotos do dia, talvez consequencia e efeito de tanta cafeína que tomo enquanto rodo em rodovias por aí, talvez efeito do excesso de serotonina que me invade quando estou na estrada, com um tanto de adrenalina. Por isso meus passeios-visitas costumam ser curtas. ( estou com um desejo quase incontrolável por parênteses hoje, aqui, mas sigo retirando-os, sem retirar os..."parênteses" ) Tambem não é cansaço pelos 2110 km rodados nestes dias. Este texto vai ser longo e tedioso, certamente, exceto para mim, quando vier revê-lo. Portanto, amigos, um parágrafo talvez a mais de tolerancia e podem parar, sem remorsos. Ou parar agora mesmo.
Dessa vez a faxina foi outra. E isso me cansou. Mais do que ter voltado para casa trazendo os dois netinhos, com menos de quatro e menos de dois anos, o que numa viagem longa, é algo problemático, principalmente se sòzinha. Mas nem foi. ( Calma, Cacá, vieram bem, só uma parada repetina para o cocô de praxe do Gabriel e outra por uma choradeira do Davi, pelo mesmo motivo, necessitando troca de fralda. De resto, para passar o tempo já que não estavam com sono, contamos caminhões - "mais de cem", cantamos como bichos, uivamos como "cachorro lobo", balimos, rimos, miamos, cacarejamos, foi bem e chegaram na maior pilha, foram dormir por volta de meia-noite. É filha, assim não dá para ficar calma, né? Mas hoje já voltou ao normal)
Mas voltando ao tema, dois casamentos, um em cada fim de semana, um de cada ritual diferente daqueles a que já estou habituada a seguir, foi algo bem interessante.
O primeiro em um templo ( Centro?) Seicho- No- Ie , o segundo do Santo Daime. Um, paulista, outro, mineiro. Tentando abstrair minha condição de irmã/cunhada dos noivos e madrinha renunciante no primeiro, da de mãe-da-madrinha-grande-amiga do segundo, foi bastante interessante observar...tudo! Um olhar antropológico. Objetivo. Se é que isso é possível. Sem discorrer sobre questões técnicas sobre o olhar- participação do antropólogo, blábláblá. De equivalente, nos dois, o nível intelectual e cultural dos noivos e convidados, se bem que de áreas diferentes do saber.
Tantos parênteses, uma tentativa de desembaralhar meus pensamentos. Forço-me a alinhá-los, fragmentados que estão porque fragmentada está minha razão. Agentes externos, certamente, mas principalmente por fatores internos, a necessidade de um despojamento da alma desfeita em pedaços, fragmentos que se haviam somado, agregado, sem nexo ou ordem, numa participação quase sempre inoportuna, apostos pelas dores, aflições, amores, afeições, que me foram consituindo. De repente, uma necessidade de permitir que alguns desses pedaços, partidos, partam para bem longe de mim. Que se abram espaços para outros, novos.
A poeira ? Aquela que levantei, passeando pelas estradas e desvios que escolhi entre um e outro casamento, na distancia e no tempo que os separava.
Mas tudo isso será outra história. Outras.

2 comentários:

Pimenta disse...

Welcome back!
Como diz a musica, nem sei de quem:
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!
bjo

Beatriz Fig disse...

Eu sempre tenho esse olhar antropólogo e até mesmo de sociólogo rss
Tenho um casamento amanha seguindo os padrões católicos (pelo menos o de ser na igreja hahha)
A poeria vai e volta, ou nao vai.. sempre permanece. Mas essa é a da rua. As outras a gente dá um jeito sempre!

beijosss

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