Ah! Eu estava com saudades de mim. Desta daqui, dessa liberdade/prisão que é a vida vivida por aqui.
Estive, como sempre, correndo muito, fazendo as mesmas coisas de sempre, talvez em doses um pouco maiores. Mas tambem andei fazendo coisas diferentes, como a escolha dos caminhos a seguir, contemplando circuitos diferentes a cada vez, ou como receber visitas-hóspedes por mais de dez dias, eu, que em real, sou mais fechada, ou recolhida do que se possa imaginar e com pràticamente nenhuma habilidade social. E ainda durante os dias em que eu tinha uma amiga aqui, e até hoje, agora, a conexão com a internet havia desaparecido. A máquina dava o diagnóstico que estava tudo excelente, mas nenhuma página abria. Por mais de 24hs estive sem energia elétrica nesta semana, pane em diversos pontos da cidade, decorrentes dos fortes ventos. Delícia de ventos, no entanto. O rumor das folhas das árvores me faz bem. E depois, de longe, fico sabendo que ficara (ficaram) sem gás de cozinha. Não estou acostumada aos processos de compra do botijão aqui. Cozinhamos muito mais, diàriamente, contra o semanalmente dos tempos da "cidade velha" onde a vida induzia aos comida-prontas. Os netos estiveram alguns dias aqui, brincamos muito na praia, fizemos uma delícia de viagem, ida e volta, com muita conversa absolutamente incrível. Estou providenciando para que a próxima seja gravada, já que os compromissos acadêmicos de seus pais logo logo levarão a isso. Visitas regulares aos filhos do Rio, almoços, estudos com a caçula, que está com dificuldades em alguma matéria. E estou moralmente obrigada a atuar como titular em comissão de saúde, puxa! Ser suplente era tão bom, acesso liberado e podia ir quando era possível. Como não pensei nisso! A titular poderia um dia sair para assumir cargo no governo!E agora preciso aguardar que nomeiem outro, para que eu possa recolher-me ao conforto; enquanto isso tome de reunião extraordinária, que é adiada na hora em que deveria ser realizada, para a próxima semana.... a 180 km de onde vim morar e esqueci-me de me renunciar à suplência. Lado bom: dormir mais frequentemente entre as paisagens mais lindas que conheço, ter algumas horas para ajudar a Terra a parir flores e frutos, cuidando do meu maior e mais bonito jardim, e voltar por um lindo caminho, mais longo, para dar carona a uma amiga e sua CPU, visitar outra que precisa mostrar seus projetos sendo executados.
Tudo igual. Sempre aquela sensação de vitória frente ao dia-a-dia tão difícil para mim. Cada pequeno problema solucionado representa uma superação de uma imensa dificuldade - e cada vez maior - de me relacionar com pessoas. Hoje em dia essas coisas tem nome. Nome de síndrome-de-alguem-que-estudou-casos-assim... E propostas de tratamento. Se já tentei? Eventualmente. Mas a essência do meu ser-assim é que gosto de ser assim, não gostaria de mudanças. Algumas concessões, ao outro, essas faço algumas vezes, o que para mim serão muitas vezes, sempre muito esforço. Aprendo, no entanto, coisas novas. Não quero me drogar para ser diferente do que sou, ou ser igual a todo mundo. Nem florais ou homeopatia. Apenas algum chá, uma ou outra erva, plantas da natureza. Ou sòmente o uso da razão.
4 comentários:
Tive saudade suas. E fico mais descansada agora .
Um abraço grande, minha amiga.
"Ou somente o uso da razão."
Ou da emoção!
.. é sei que não posso mudar o que sou, mas não sou só isso e quero por pra fora os outros eu que sozinha não consigo.. mas sei lá.. é tudo tão confuso e as vezes chato que nem quero pensar.. rss
Adorei o post!
Realmente. O uso dos remédios deve ser criterioso, e só nós sabemos o que nos faz bem e o que faz mais mal que bem. Chazinho pode. Ah! obrigada pelas palavras sempre generosas, amiga, é reconfortante ver que alguém nos escuta, ou lê. Abração!
Postar um comentário