Dia 8 de março. Saio de casa às 3:45. Destino : Paracamby. Nem sei onde é, não fossem as informações que colhi aqui, no Sabio Google. Rumo ao desconhecido, testando o quartomóvel, ainda em recuperação depois de tantos mau-tratos de mecânicos incompetentes e/ou desonestos. E olha que ainda faltam alguns re-consertos, mas é imperioso que eu vá, vou assim mesmo. Motivo : dia de nascer meu quinto neto, e o primeiro filho de filho. Os outros, tres meninos e uma menina, são todos filhos de filhas. A familia da mãe é daquela região.
Manobro saindo do portão, tensa, a caixa de direção roncando ainda, me garantiram que posso viajar, mas que medo ! Só então percebo a claridade. Tudo claro, uma enorme lua enchendo o céu e a terra com seu brilho de reflexo. Sigo em direção sul, serpenteando, sempre a lua à frente, ora um pouco à direita, ora a esquerda, conforme a rodovia se acomoda no relevo discreto. Vez e outra, muitas vezes a neblina esgarçada, deitada sobre os mais profundos vãos da terra reluz ao brilho da noite, ainda não madrugada. Poucas vezes atravesso nesgas da névoa rala. Nas poucas montanhas rochosas, reflete-se com intensidade o brilho lunático. Sou mesmo muito sortuda. Muitas dezenas de quilômetros adiante, no retrovisor, começo a perceber um cinzento arroxeado, o dia vai chegando, e logo chego às margens da Baia de Guanabara, um visual encantado ou encantador, e onde hoje tenho uma surpresa, por conta da companheira de viagem, que se despende por ora, com um lindo espetáculo. :
Vou seguindo, sem poder parar, o tempo urge, nem pensei ao planejar a viagem, que na Dutra, a famosa Rio-Sao Paulo, no parte que iria percorrer, certamente o transito estaria dificil. Existe uma hora marcada. O Tempo está cercado, delimitado, encurtado. Sigo. Atraveso a Ponte, a baía e chega então o sol. Dourado, tímido ainda, refletindo sua beleza nas águas que acaricia,
Eleva-se aos poucos, num jogo de renascer varias vezes, nas curvas, nas elevações , e iluminando, entre os reflexos de luzes humanas na lagoa de Araruama, meu trajeto para casa.
Um dia muito, muito especial mesmo.
Mais de 500 km percorridos bem, tudo fica bem e o nenem tambem.
ps: costumo cantar para acalentar meus netos: " bem, bem, bem, tudo fica bem. Bem, bem, bem e o nenem tambem..."
Manobro saindo do portão, tensa, a caixa de direção roncando ainda, me garantiram que posso viajar, mas que medo ! Só então percebo a claridade. Tudo claro, uma enorme lua enchendo o céu e a terra com seu brilho de reflexo. Sigo em direção sul, serpenteando, sempre a lua à frente, ora um pouco à direita, ora a esquerda, conforme a rodovia se acomoda no relevo discreto. Vez e outra, muitas vezes a neblina esgarçada, deitada sobre os mais profundos vãos da terra reluz ao brilho da noite, ainda não madrugada. Poucas vezes atravesso nesgas da névoa rala. Nas poucas montanhas rochosas, reflete-se com intensidade o brilho lunático. Sou mesmo muito sortuda. Muitas dezenas de quilômetros adiante, no retrovisor, começo a perceber um cinzento arroxeado, o dia vai chegando, e logo chego às margens da Baia de Guanabara, um visual encantado ou encantador, e onde hoje tenho uma surpresa, por conta da companheira de viagem, que se despende por ora, com um lindo espetáculo. :
mas mostrando a força que costuma trazer no verão dessas plagas. E sigo. Rodando com o dia. Na Dutra, um enorme susto, um carro logo a minha frente segue em direção à mureta que separa as pistas. Freio, desvio para a direita, sabendo que, se colidisse, de nada adiantaria minha manobra, mas no ultimo átimo de segundo, o motorista acorda, creio, e desvia. Eu não vi espaço entre o carro e o muro, mas ao ultrapassá-lo, nem um arranhão visível. Graças! E sigo. Finalmente entro na rodovia estadual, está perto, tudo certo.
O que aconteceu naquela casa de saude, é digno de outra postagem, técnico-indignada. Mas ao mesmo tempo me apresentando uma realidade que eu desconhecia. Aprendizado. Estou pasma! Sim, agora finalmente entendo certas críticas e tentativas de restrições. Tenho o hábito de julgar ou avaliar o mundo pelos meus padrões, que são bastante altos. Mas vi agora que muitas outras coisas acontecem mesmo. Não é SUS, não. É "saude suplementar". Mas tudo ao final, deu certo. Miguel chegou bem.
E a familia perdoa os meios, pelo fim. Fico um tempinho, o suficiente para mudar umas "rotinas hospitalares" em beneficio da familia: levar o Miguel para o quarto, ao invés do tal berçário E então, já no meio da tarde, inicio o caminho de volta. Não posso ficar fora. Deixei em casa uma grande crise em andamento, tenho que estar presente. Apos contornar novamente a baía, o sol, escondendo-se agora manda-me sinais de " inté" pelo retrovisor empoeirado. No mesmo local onde pela manhã despedi-me da Lua, despeço-me, por ora, do sol.
Adiante, outro susto. Um caminhão, de serviços da concessionaria que administra a rodovia, muda sùbitamente de pista, me fecha, freio rápido, ainda bem que o carro aguenta, derrapa pouco, mas sem danos alem de meu coração que dispara. Ainda bem que sustos assim não são frequentes, Acho que a falta de pratica recente me deixou temerosa. E sigo, para logo adiante...Ela, novamente, despontando por tras dos morrotes do litoral.Eleva-se aos poucos, num jogo de renascer varias vezes, nas curvas, nas elevações , e iluminando, entre os reflexos de luzes humanas na lagoa de Araruama, meu trajeto para casa.
Um dia muito, muito especial mesmo.
Mais de 500 km percorridos bem, tudo fica bem e o nenem tambem.
ps: costumo cantar para acalentar meus netos: " bem, bem, bem, tudo fica bem. Bem, bem, bem e o nenem tambem..."
3 comentários:
quantas aventuras!!!!! mas belo texto e fotos lindas!!!!
bjs
Parabéns pelo nenem e que ele fique mesmo bem. Assim como toda a família.
Eu conduzi pouco por várias razões, uma das quais se prende com as asneiras que vejo .
As fotos estão muito bonitas.
Lhe deixo um abraço apertado, min ha Amiga
Se for possível, retire estas abstrusas palavras verificatórias: é a terceira tentativa!!
Isto é pura poesia!
Me deu até inveja, vontade de ter feito essa viagem contigo.
Bem, de certa maneira, fiz!
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