Por que se vê tv de forma compulsiva, ou então esta aderência às redes sociais, acordar e ver quem comentou ou ao menos curtiu voce, seu status , no facebook. E em todo e qualquer momento possível.
A solidão de todos e cada um, que arrasta e cria vinculos, laços afetivos sem sequer se ter estado juntos, num mesmo campo magnético, tocado a matéria, em nenhum momento. Paixões surgem e crescem, sem nenhuma interferência de ferormõnios.
É bem agradável esta sensação de se chegar a algum lugar e ter alguem à sua espera.. Afaga a personalidade, acalma a alma, acolhe. Mas expõe, sobrecarrega de novos modos de compromissos, e nem se está preparado para isso. As novas formas de viver(?) e experimentar relações não chegou com nenhum modelo onde se pudesse espelhar. Nossos ancestrais não têm nada a nos dizer, mostrar, sobre isso. Nossa historia é nova. A segunda roda, a segunda escrita, impressão, pólvora.
Nosso espelho agora nos mostra de dentro para fora, mesmo com todos e aparentemente maiores recursos para nos escondermos, disfarçarmos, mentirmos, a verdade sobre nós que teima em saltar à vista de todos ou cada que assim o desejar, aparecendo em alguma frase, citação ou foto escolhida de cada avatar. Todos expostos cruamente por opção. Modo de viver em vitrine, onde o privado se converte em publico e este cada vez mais invade e ocupa espaços interiores.
( a foto feita sábado, durante uma jornada de trabalhoa)
2 comentários:
Lúcida, lúcida mesmo, esta sua reflexão.
O pior é quando aparece uma criatura perdida armada em moralista e dar bitaites acreca do que desconhece.
Um abraço enorme por sobre o mar azul, minha Amiga
Gostei do que disse. E isso de redes sociais me lembra que tudo tem pelo menos dois lados. Os que sabem usar essas ferramentas sabem viver tanto lá, quanto cá. Quem não sabe, se expõe, expõe os outros, futuca, investiga, cria esse sub mundo tristementente decadente. Não sabem viver e criam avatares e tudo o que agente já sabe. Os primeiros, de certa forma, ficam reféns até na rede.
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