sendo compulsiva.
Tive que reduzir minhas pedaladas por avaria do corpo físico da ciclista e da bike. O ente de rodas já está recuperada. O de pernas e cabelos brancos, ainda demora. O medo é o pior inimigo. Fiquei sem saber se alguns novos sintomas foram decorrentes das bicicletadas ou do acaso.
Hoje fui à praia em pleno fim de semana grande. Minha praia deserta o ano todo fica coberta por toda sorte de tralhas de praia alem de muuuuuita gente mesmo. De pé não se conseguia ver nada além dos guarda sóis, por aqui todos brancos, nem ao menos a possibilidade de ondas de cores. Sentada, da para ver nesgas do mar. As meninas que nem meninas são mais, queriam ir a praia e com o bebê, as praias boas são muito distantes e sem infraestrutura... É, os quiosques e suas traquitanas também facilitam a vida de uma velha e seu neto-bebê. Ou, da lição de cada dia, em busca da perfeição, em mim, aprendo que a perfeição das coisas é conter em si a totalidade. O bem e o mal.
O exercício da paciência. A horta que faço, longe daqui 30 km, tem me ensinado muita coisa. O tempo de limpar o chão, que nem posso chamar de solo, apenas restos degradados de construções humanas, pedras, areia, pedaços de concreto, algum barro, preparar a terra, gradar, arrancar torrões de raizes, rizomas de um mato que foi inicialmente aparado, para saber onde pisava, adubar, semear, retirar pedras e pedaços de cerâmica, numa especie de arqueologia contemporânea. Há um tempo para esperar, não posso atropelar, semear ao mesmo tempo que adubar. E depois ainda esperar brotar, crescer, transformar a paisagem. Ao ritmo do sol, das águas, da terra, do vento. Ao som do canto das aves.
O que fazer das pedras ?
Já muitas vezes fiz isso, de um terreno degradado, extrair um jardim. Mas dessa vez, o dono da terra não gosta de flores, diz que são inúteis, assim como gramados, que apenas retiram recursos do planeta para nada. Por mais que eu desenvolvesse argumentos em prol da estética,dos prazeres dos sentidos, será mesmo impossível transgredir esses conceitos. Como sempre introduzi frutas e hortaliças em meus jardins de flores, dessa vez as flores terão participação mínima, mas aqui e ali, entre caminhos para velocípedes e carrinhos, entre canteiros de formatos não convencionais, encontram-se pequenos pátios de areia e barro para brincadeiras e algumas plantas aromáticas e flores medicinais. Em planos e em realização. De três em três dias, que visita demorada de sogra e mãe diariamente, ninguém mesmo merece. E eu tenho que esperar o dia. Amanhã.
( abóbora e milho, dois dias atras, sexto dia das sementes na terra )
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Tive que reduzir minhas pedaladas por avaria do corpo físico da ciclista e da bike. O ente de rodas já está recuperada. O de pernas e cabelos brancos, ainda demora. O medo é o pior inimigo. Fiquei sem saber se alguns novos sintomas foram decorrentes das bicicletadas ou do acaso.
Hoje fui à praia em pleno fim de semana grande. Minha praia deserta o ano todo fica coberta por toda sorte de tralhas de praia alem de muuuuuita gente mesmo. De pé não se conseguia ver nada além dos guarda sóis, por aqui todos brancos, nem ao menos a possibilidade de ondas de cores. Sentada, da para ver nesgas do mar. As meninas que nem meninas são mais, queriam ir a praia e com o bebê, as praias boas são muito distantes e sem infraestrutura... É, os quiosques e suas traquitanas também facilitam a vida de uma velha e seu neto-bebê. Ou, da lição de cada dia, em busca da perfeição, em mim, aprendo que a perfeição das coisas é conter em si a totalidade. O bem e o mal.
O exercício da paciência. A horta que faço, longe daqui 30 km, tem me ensinado muita coisa. O tempo de limpar o chão, que nem posso chamar de solo, apenas restos degradados de construções humanas, pedras, areia, pedaços de concreto, algum barro, preparar a terra, gradar, arrancar torrões de raizes, rizomas de um mato que foi inicialmente aparado, para saber onde pisava, adubar, semear, retirar pedras e pedaços de cerâmica, numa especie de arqueologia contemporânea. Há um tempo para esperar, não posso atropelar, semear ao mesmo tempo que adubar. E depois ainda esperar brotar, crescer, transformar a paisagem. Ao ritmo do sol, das águas, da terra, do vento. Ao som do canto das aves.
O que fazer das pedras ?
Já muitas vezes fiz isso, de um terreno degradado, extrair um jardim. Mas dessa vez, o dono da terra não gosta de flores, diz que são inúteis, assim como gramados, que apenas retiram recursos do planeta para nada. Por mais que eu desenvolvesse argumentos em prol da estética,dos prazeres dos sentidos, será mesmo impossível transgredir esses conceitos. Como sempre introduzi frutas e hortaliças em meus jardins de flores, dessa vez as flores terão participação mínima, mas aqui e ali, entre caminhos para velocípedes e carrinhos, entre canteiros de formatos não convencionais, encontram-se pequenos pátios de areia e barro para brincadeiras e algumas plantas aromáticas e flores medicinais. Em planos e em realização. De três em três dias, que visita demorada de sogra e mãe diariamente, ninguém mesmo merece. E eu tenho que esperar o dia. Amanhã.
( abóbora e milho, dois dias atras, sexto dia das sementes na terra )
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3 comentários:
beleza, certa, sabe a perfeiçao nao existe...
voce ja sabe qto eu gosto como escreve!!!!!
beijos
Também tenho exercitado a paciência em função de plantar (e colher) num sítio! Eu, que sempre me disse Bicho Urbano, enfiada num lugar sem fim, só mata e verde, sem internet... quem diria!!! Mas estou gostando. Aprendendo sempre! bjs e obrigada pela visita
Na mata náo precisa nada disso.
Basta olhar e escutar a Natureza!
Bjsss
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