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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dias dois e tres

No dia 20 de setembro, a noite, banho tomado, catingas e cansaços descidos pelo ralo, saimos para dar umas voltas. Quase igual aos filmes. Prédios de tijolinhos, flores em jardineiras nas janelas e sacadas, lindas as floreiras penduradas em todos os postes. Lojas de 1.99, ops, 1 pound. Roupas chinesas nas vitrines, tocador de acordeon com visual punk-mendigo, numa esquina, um outro sem teto, muito chic em roupas apropriadas ao ultimo dia de verão, um bom friozinho, dorme sobre caixas de papel. Mas, nos tres ou quatro quarteirões que percorremos, apenas esses dois. Preços do que vi? Bem baratos mesmo, equivalentes ao que compraria em minha cidade.
Dormir, porque dia seguinte seguimos para Devon, sudoeste. O trem, horarios rígidos, traçamos estratégia para arrastar a montanha de bagagem, são mesmo apenas um quarteirao e meio.
Chegando na estação, minha filha pergunta à funcionaria uniformizada, qual o carro dos nossos bilhetes, ela olha, agarra o carrinho do bebe e SAI CORRENDO pela plataforma! Agarramos a montanha, conforme possivel, e corremos atras! O Bebe! De repente, folego. Ela para, fala algo ràpidamente com outro uniformizado enorme, que pega o carrinho e continua a correr. Nós, esbaforidas, com toda a traquitana, vemos o gigante entregar o bebe a alguem dentro do trem, no carrinho.OH GOD! Vou me atirar lá dentro, que se dane a bagagem, a filha, e quando percebo, estamos todos, com a montanha, no trem em movimento. Agora é colocar aquilo tudo no bagageiro exíguo e localizar os lugares. Pasmem! Nossos bilhetes, com o Bebe, é em um carro "quiet". Mas o Davi, com seu sorriso, começa a mostrar quem é! Amolece qualquer ingles!
Seguimos por verdes campos, por horas, fazendas, pequenas cidades, vemos que o trem pára apenas um minuto em cada estação, como fazer para descer aquilo tudo, planejamos quem pegará o que, a Filha ainda com imensas dores, 10 minutos antes vou até onde está a bagagem, preparo tudo para a descida, vou pegar o Bebe, o trem pára, a porta não abre, olhando em volta, descubro que eu tenho que abrir a maçaneta, apressadamente, salto, puxo meia montanha, que desaba na plataforma, e então, surpresa, meu preconceito para com os ingleses, a sisudez, a fleugma, é mito, logo um senhor puxa o restante para fora e me ajuda a equilibrar a montanha. Salva e sã na plataforma. Com coriza, nariz entupido, os dois comigo idem, tossindo. Vamos pegar um taxi, em Totnes, para o local onde eu devo ficar hospedada, já que os amigos dos amigos que iriam me hospedar ainda não confirmaram. A Filha, deve ficar no alojamento do curso. Deveria.
O Ingles do taxi, deve estar curtindo com a nossa cara. Ou ficou enraivecido com a montanha. Não conseguiamos entender um palavra do que ele falava e ele nao entendia o que Carolina tentava falar. Ora, ela ja apresentou trabalhos em ingles em congressos nos EUA, ja morou na Australia, eu entendo diálogos em filmes, poxa. Bem, mostra-se papel com endereço escrito, ele nos leva ao equivalente a uma pousada, onde ninguem abra a porta, está quase na hora da primeira aula, tentamos outra, e finalmente vamos parar no Dartington Hall. A filha faz o check-inn, ràpidamente e corre para o curso, deixamos a bagagem na recepção mesmo, enquanto sento no muro, do jardim da entrada, para dar papinha de vidrinho para o Bebe, que chora, faminto e que até então só comera alimentos naturais, organicos, preparados em casa. (alem do leite da mãe). O quarto só será liberado em duas horas.

ÓI QUI EU TO CHIC
O tal lugar, uma fazenda restaurada, do seculo XIII, que entre outros, pertencera a duas das esposas do Henrique VIII é muito bonito. Jardins... ingleses!
Pego a chave do quarto e descubro que é no segundo andar. Térreo, primeiro e segundo!
Não tem camareiro. É hostel. Hospedaria. Como vou, com o Bebe, levar tudo aquilo para cima? Levo aos poucos entre passeios pelos jardins, as coisas do bebe, e minha bagagem de mão. As malas acabam só subindo no dia seguinte. Vão ficando na recepção, onde fui buscar umas roupinhas... Mico? Again?

6 comentários:

Beatriz Fig disse...

Je - sus! Quero ver fotos! Vc tem que tirar! hahah
Esse papo de que europeu é frio, não deveria ter sido generalizado assim como o papo do latino ser extrovertido. rss

O Tempo Passa disse...

Deixa eu aproveitar que vc está aí em "british lands" para sugerir que assista a um debate no YouTube entre dois intelectuais ingleses: Alister McGrath (cristão) e Richard Dawkins (ateu). É longo, mas se vc tiver tempo, pode achar interessante... talvez. O link é http://www.youtube.com/watch?v=ZEdPpv8fFgk
No mais, continue tendo e contando suas aventuras. Estão muito divertidas!

Selena Sartorelo disse...

Olá Minha querida amiga,

Venho acompanhando tua saga por essas terras tão diferentes das nossas...fico imaginando teu fascínio e a saudade que deve estar sentido da tua mata. Mas sabes que é de uma qualidade de urtiga muito rara e que é mais do que capaz de habitar matas com selvageria tão distanta...sei também que a todo momento depara-se com especíes que te encanta e amedronta...e que muitas mudas novas esta trazendo na bagagem.
Uma familia de grandes mulheres..falando nisso espero que sua menina e seu netinho já estejam melhores do resfriado.

beijos e continue nos contando, uma história que dará muitas estórias para seus netos...que isso fique registrado pois vale muito a pena ler tuas impressões.

beijos e saudades

São disse...

Meus deuses, por vezes há aventuras ...

Um feliz fim de semana, se possível.

Serra do Mar disse...

Olá
Hj estava na minha janela olhando a horta e fiquei pensando nas plantas que levei, como estarão. Os lírios já nasceram aqui. Choveu mt nos últimos dias, daquela chuva de dois dias e duas noites inteiras. Saudade. Espero que todos estejam melhor de saude. Bom acompanhar sua viagem. Até breve.

MARCOS DHOTTA disse...

Estava com saudades dessas matas... E quando chego por cá, estas a viajar... Espero que curtas o bastante por aí. Um abraço

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