MOSTRANDO
sábado, 7 de agosto de 2010
" QUEM RISCOU A PEDRA RISCADA? "
Ontem , por conta de compromisso profissional, necessitei deslocar-me até Nova Friburgo cidade serrana no Estado do Rio de Janeiro. Vantagem que fui com despesas pagas, ou parte delas. Fiz por minhas custas um percurso bem maior, ja que decidi levar uma das filhas que iria até Petrópolis - o preço de sua passagem de ônibus é idêntico ao valor que eu gastaria em combustível e pedágio pelo trecho a mais. Além disso poderíamos ir conversando e eu adoro mesmo estradas. Acabamos vendo um monte de arco iris, penso que passamos sob um deles! Passei então por Petrópolis, tangenciando a cidade sem poder visitar nenhum dos amigos de quem sinto saudades e nem meus netos que estão lá essa semana. Seguindo para Nova Friburgo, tangenciei Terezópolis onde tambem tenho amigos que não pude visitar. Sigo pela Tere-Fri ( estrada lindíssima em belezas naturais e "antrópicas", como plantações de hortaliças, flores, pomares, entre as belíssimas e imensas rochas, montanhas, e chego ao destino. Cumpro meu compromisso, esquivo-me da complementação - parte social, não sou mesmo boa nisso, nem um pouco adepta de "baladas", durmo no hotel pré-pago e volto pela estrada Serra Mar que liga, lógico, a serra à baixada litorânea, em Casimiro de Abreu e logo chego a Rio das Ostras. Apenas 80km entre uma e outra, num deslumbramento de paisagens, que eu já conhecia de certa vez que havia subido, mas como sempre me disseram, descer é especialmente mais bonito. No caminho passei direto por Lumiar ( quem ainda não ouviu falar) parei um pouco adiante para ràpidamente fotografar, onde eu vi em uma placa indicativa a frase que escolhi para título aqui, da Pedra Riscada e onde compartilhei por breves instantes da "globalização da natureza", ou do delicioso perfume de eucalipto enquanto ouvia o pio da araponga ao som de fundo da correnteza do rio. Mais adiante e já preocupada, parei no Encontro dos Rios, outro lugar que já conhecia mas que me encanta sempre, o canto das corredeiras, as luzes das águas, tudo muito, muito, lindo. Mas não posso me deter, sigo adiante, desço, corro ou, faço o carmário ou quarto-móvel correr. Olho o mar, estou atrasada. Por que? Atrasada para que? Aquela que invadiu minha vida, me pôs cabresto após a aposentadoria, a mesma que na minha juventude me impediu até de ter amigos estava em casa sòzinha desde as 7:00hs, já que a minha filha que ficou um dia com ela sairia hoje muito cedo. Por que não poderia ficar mais? Não quer, e dou toda razão a ela(s). Porque a sra bruxa malvada teve a "gentileza" de tentar humilhar e ofender as duas esta semana, dizendo que elas nem eram netas dela e tinham obrigação de fazer TUDO que ela queria na hora que ela queria porque filha adotada é para ser empregada, porque foram enjeitadas.
Por causa dela, da bruxa, eu perdi tudo que poderia ter feito. Tá bom, vou me consolar pensando no que pude ver e ouvir. Mas será que não poderia ter tido bem mais?
Aí fui trocar fralda fedida de quem pode se levantar para ir ao banheiro e não vai porque, como diz, não quer porque tem preguiça e filho tem a obrigação...
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9 comentários:
Olá DONA
No ínico esta sua belíssima narrativa pareceu-me uma viagem de trabalho versus lazer.
Vi depois que não era bem assim...
Lamento por si esta triste situação-
Porque será que há quem insista em nos infernizar a vida...(?!)
Porque será que alguns seres humanos se comprazem em escravizar outros...(?!)
Votos de um excelente Domingo
Bjs
G.J.
Minha querida, lhe garanro, eu ainda vou escrever acerca das pessoas de idade que escravizam e maltratam quem os cerca - especialmente filhos/as - por gosto.
Eu também pasei por essa situação e sei quanto custa!
Estou cansada de ouvir e ler acerca das pobres velhas e velhos que a sua descend^encia abandona e não cuida!
Um enorme abraço solidário, companheira.
Estou meio sem saber como e me conforto com o carinho de voces. Meu irmão mandou-me há pouco, por e-mail:
para mim
mostrar detalhes 13:49 (1 hora atrás)
Por que nós temos q carregar esse fardo?
Depois as pessoas criticam filhos que acabam perdendo a cabeça com certos "pais".
Só sei q me sinto muito triste com tudo isso.
Ela ñ sabe nada de amor mesmo. Que pena.
Que Deus a perdoe, pq eu ñ consigo
Também adoro estradas! As paisagens são reconfortantes.. não sei bem..
Gostei do comentário que te fizeram no facebook sobre não poder ficar a mesa a tempo todo esperando a outra refeição, mas compreendo sua indignação! Fugir por uns tempos e mergulhar no que gosta e ter que lembrar o que te espera é um horror.
Puxa.Sabe, quando eu era criança, eu lia escondido, qualquer coisa.Entrava na casa de alguém, puxava um livro e lia, o tempo que eu conseguisse,até alguém me achar.Um dia, peguei uma obra, que dizia que, a velhice é diretamente relacionada á qualidade da infância.
Crianças desnutridas, serão velhos doentes.
Crianças mal educadas, e birrentas, seriam velhos com as mesmas caracteristicas, porém ampliadas.
Tente uma técnica infantil, de castigo, mesmo que brando, pois criança má cresce de algum jeito, de forma controlada.
É uma sugestão, se é que é possivel alguém de fora dar alguma que preste.
Eu sinto um gelado no peito, pois meu turno virá, com certeza...
bjo
Além de estar revisitando seu blog vim aqui pedir para que vc poste de novo aquele belo comentário que fez sobre meu post sobre cinema e desapontamento...por barbeiragem na mediação dos comentários eu apaguei... e tinha adorado...ahhh e levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima...bjs
Apesar da "sra bruxa malvada", a julgar pelo texto e pelas fotos, vc fez um belo passeio, onde desfrutou de paisagens muito bonitas e agradáveis.
Querida amiga, boa semana para vc.
Beijos.
Que bom que vc é ideologicamente "verde". Talvez isto lhe inspire, como a mim inspirou:
http://esferapoetica.blogspot.com/
Abraços, Vó.
Foi uma bela viagem, amiga.. e calculo que você bem estivesse precisando desse tempo para si mesma. Acredite: sempre há um lado positivo a ser visto! Boa semana, fica bem.
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