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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

MUITAS LIÇÕES A CADA DIA



Outro casamento ! E dessa vez não ia dar mesmo para escapar dos rituais femininos de mergulho no supérfluo, afinal o noivo é um Filho  e eu jamais iria constranger intencionalmente ou por falta de cuidado ou esforço a um filho. O problema é que se trata do neoliberal e como no caso do casamento de meu irmão, de pessoas chics. Vestido fru-fru, adereços, fazer cabelo , que se fosse "fazer"  mesmo até que seria bem útil, mas trata-se de esticar, puxar,esquentar, traumatizar o couro cabeludo e os pobres e ralos fios que tenho, como sempre foram. Unhas de pé e mão, outro ritual de tortura, e depois o protocolo exige sapatos de   saltos altos, tortura máxima que massacra os pés e artelhos.
O casamento fora decidido e organizado às pressas, não, não o que estão pensando, apenas ( apenas ???)  o noivo foi transferido para Londres  e a companheira - já moram juntos há tempos, o ato de decidir morar juntos é o que para mim caracteriza casamento, daqueles, sólidos, de verdade, mas no caso,  para ir, visto, legalização, deve ser " esposa" e então alem do procedimento legal decidem também pela comemoração, a festa para marcar sua decisão.
Sou mãe do noivo, o que e como fazer.  A busca de um caminho do meio, onde não me dilacere pelo mergulho em futilidades e ao mesmo tempo não envergonhe os noivos, ela já uma filha, um  casal como foi dito pelo celebrante, undos pelo amor pela eternidade...
Pesquisa ampla, intensiva e extensiva  descubro um vestido que posso usar, sem bordados colados com cola quente, sem rendas sintéticas feitas aos metros em maquinas, com fios derivados de petróleo, sem babados confeccionados com tecidos idem. Algumas características ainda questionáveis, para meu uso, mas está bem. Experimento dezenas de sapatos, de pares, encontro uma sapatilha adequada, mas o preço inadequado. Triagem, revejo alguns e decido por um par  que tenho em casa, de algumas outras festas, salto grosso de  3cm, amaciado e não deformante. ( Ao final da festa, a ponta do pé, massacrada pelo peso a mais a que não estava acostumada, latejava...)
Maquiagem, decididamente não. Unhas, melhor limpas como estão e são. Cabelos, está bem, vou tentar melhorar a moldura do rosto. Sei que nas tentativas anteriores de minha vida isso sempre foi um desastre, mas as técnicas e químicas e aparelhos mudaram, quem sabe...
Saí do salão na Tijuca, me controlando, que raiva, sou vaidosa sim e muito, não suporto estar monstruosa. Ao invés de cabelos tenho na cabeça uma carapaça de gosma endurecida que seguram umas reviravoltas produzidas para  o que a expert dizia ser franja - sem tesouras - e uns cachinhos de fiapos de cabelo enrolados atras e tudo repuxado, esticado e arrematados enquanto reclamava que eu deveria ter levado um enfeite de cabeça... ECA !  Cadê  a moldura do rosto ?  Eu dizia durante a " obra"  não, assim não, eu quero... e a pessoa, como são todos os que encontrei nessa área, nem aí, exercitando sua arte e eu penando...Felizmente a  casa é pertinho,  ao entrar e ver os olhares das filhas, não deu para segurar, chorei mesmo, de vaidade esmagada  e fui desfazer parte do penteado e lavar parte do cabelo  e refazer algo que definitivamente me fez sentir humilhada, enquanto estava semelhante ao  de outra mulheres em situação idêntica. Me odeio por ser burra, odeio cometer erros, mais ainda repetir erros e o Lupus sinaliza  meus erros, logo começou a arder pele, as mucosas ressecando, de sentir, erodindo, uma mancha no pescoço, logo outras ainda pequenas na face. PÁAARA !!!!!!!!!!!!
A cerimonia, conduzida por um amigo, kardecista  como a noiva, foi linda, e  eu passei por um corredor de flashs  espocando sem cair ou derrubar ninguém, no desfile de braços com o noivo, lindo o meu filho, a noiva estava  maravilhosamente bonita, tão felizes os dois, a festa foi impecável, perfeita.
Não fiz fotos, dediquei-me exclusivamente a conversas com os adultos  e brincadeiras com os quatro netos presentes.
Mas ao final, creio que mais uma vez cumpri meu papel satisfatoriamente, mesmo tendo comprado bijuteria que sabia que não iria usar ( e não usei), por pressão das meninas, mas até mandei lavar o carro todo, para não fazer triste figura.  E tentei  mais uma vez  e não teve mesmo solução,  uma abordagem estética do meu sorriso, avariado por décadas de alterações da mucosa oral decorrente do lupus. Os dentes são flutuantes, de difícil tratamento, escurecidos e manchados, então para não chocar é sorrir discretamente...
( a foto acima foi feita no retorno à casa, no dia seguinte)

Mais do casamento, AQUI,  um nada  AQUI  e mais um tiquinho  AQUI

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3 comentários:

São disse...

Também passei por essa tragédia de futilidades há menos de um m~es....

Um abraço solidário e que os noivos sejam felizes, que é o mais importante

myra disse...

ah, meu deus vou ter que passar por tudo isto pqe tenho um neto que tbem vai "legalizar " o seu amor!!!
sabe sou como voce..alem do mais nao tenho nem roupa nem sapatos adquados, vou acabar indo como sempre de jeans, uma camisa branca de seda ( que ainda bem que tenho de faz anos)
tenho 3 jeans um para trabalhar, outro para fias normais e um para festas:)))
beijos e felicidades para os noivos!

Dona Sra. Urtigão disse...

Pois é, amigas, depois de muita angustia e até choro de verdade, crise, piti, nem foi tão ruim assim. Me protegi entre os netos.

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