Continuando no caminho de volta
Em Boca do Acre ( Amazonas), pegamos novamente o micro ônibus que nos levaria até Rio Branco, capital do Acre.210 Km. De passageiros apenas nós. Oba! Bastante espaço, para acomodar as crianças que estavam exaustas e mereciam um sono tranquilo. Mas quem disse que queriam dormir. Estavam mais dispostos a ver tudo que podiam do que podiamos imaginar. O trecho inicial em asfalto, em obras. Segundo soubemos pretendem asfaltar todo o percurso, mas estão em negociações com os autóctones, pois parte da estrada passa em área de reserva e eles não querem asfalto. Sábios que são. Têm consciência do tipo de desenvolvimento que a estrada asfaltada trará. Como o que de repente interrompe nosso caminho: uma imensa boiada sendo tocada pela estrada e suas margens. Mesmo com o peão tentando abrir caminho para o ônibus, demoramos um certo tempo para ultrapassarmos. Para delícia das crianças.
Mais um bom trecho em terra, e nosso ônibus pára, no sentido oposto vinha em uma caminhonete, o Mão Branca, responsável e proprietário do nosso transporte e que tinha sido o motorista da ida. Pergunta pelos americanos. Como? Parece que nosso motorista esquecera de aguardar os demais passageiros. Conversas, propostas de soluções e decidem; as passageiras que estavam na pickup e que se dirigiam para onde viemos - iriam para um curso avançado de "florais da amazônia" - passariam para o ônibus que voltaria a Boca do Acre para pegar os americanos e nós na pickup para Rio Branco. Quase deu vontade de esconder-me no ônibus e voltar... E como pula nos buracos o carro. Mais do que o ônibus. Agora teríamos que ficar um tanto apertados. Tres adultos e duas crianças, além do motorista.
Mas o entardecer naquela planície, dava vontade de fazer parar o carro, não estivéssemos todos tão cansados e se eu não soubesse que nosso motorista faria outra viagem, ainda hoje, com mais alunos para o curso.
Rio Branco parece ser uma cidade incrível. Na minha passagem, na ida, só vira o aeroporto. Agora ficaríamos um pouco mais de 24hs. Estava preparada psicológicamente para passear muito, andar até não sentir as pernas, fui dormir e ao acordar, cedo, adoecera. Uma tremenda gastroenterite, com febre e tudo. Felizmente, do nosso pequeno grupo, apenas eu estava assim. Não havia comido nada diferente deles, nem bebido nada diferente. Será que contraíra algo atendendo no posto? Arrastei-me por alguns pontos interessantes e que mal pude desfrutar. Febre, dor de barriga, naquele calor... Descansei no hotel durante a parte mais quente do dia quando eu me sentia pior, e triste pelo que estava perdendo, mas não dava mesmo. Vou ter que voltar, agora é sério. Mais tarde saí novamente. Arrastando-me e com medo de precisar de sanitários. Mas conheci alguns pontos muito bonitos. As margens do Rio Acre, a parte histórica mesclada com construções modernas voltadas ao bem estar da população, gostei mesmo.
A noite, na madrugada, saimos para o aeroporto, conexão em Brasilia e ...acabou!
Posso querer mais né, mesmo tendo sido bãodimaisss!
Como fazem meus netos ao fim de uma história: de novo ! Começa de novo! "Quéio mais"...
( 08 , 09 e 10/07/2010)
7 comentários:
rá,haha,glub, olha,eu vim te ler, mas não vou nem conseguir agora,pois comecei lá de baixo, e vou te contar, é emoção demais para uma pessoa que está fraca ainda, como eu.
Que coisa mais linda os relatos dessa viagem!Volto depois, para ler mais um pouquinho, e sonhar um muito depois...
bjo
Gostei do blog!
Conheça a minha revista digital
CINZAS E DIAMANTES.
Ela promove informação e divertimento
como também difunde arte de qualidade e formação cultural,
combinando criatividade e inovação.
O número 4, de julho, homenageia a arte e a história espanhola.
De Lorca ao Flamenco,
da ópera Carmen a Guerra Civil de 36,
da Movida Madrilena a Imigração Clandestina.
www.cinzasdiamantes.blogspot.com
Gostei dos seus vários espaços... ja tinha vindo aqui ler as crônicas... deu uma vontade imensa de conhecer estes lugares também!
Lindas fotos; belos textos... emocionantes mesmo!
Não resisti: Já copiei-colei vc no meu blogue!!!
Viagem maravilhosa, e vc mereceu!
O relato está muito bem feito, em todos os sentidos...e as fotos uma delícia!
Imagino a marca que irá ficar nas crianças.
Uma semana feliz.
"conexão em Brasilia e ...acabou" A volta é um baque, um balde de água fria à realidade e ao nosso dia a dia misturado com o fato de voltar pra casa, para a cama, para o nosso banheiro.. rs Ainda mais para Brasília! Um lugar que inevitavelmente nos remete a pior realidade hehehe Mas o que essa viagem deixou em você não tem preço, não tem volta que estrague. Agora sua conexão é mais forte e com certeza vc volta! =)
As imagens são tuas, DONA?
A do vaqueiro tem um ambiente magnífico.
Um beijo.
Postar um comentário