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quinta-feira, 15 de julho de 2010

CRÔNICAS AMAZÔNICAS - 6


A Santa Casa
05/06/2010

Hoje, as segundas, é dia de mutirão na vila. Todos realizam atividades comunitárias: limpeza, capina, qualquer coisa necessária à comunidade e organizado pela associação de moradores. Fui dispensada da função Vovó, para atendimento no posto de saúde. Há já um certo tempo não há médicos aqui. Mas não vejo porque seriam necessários, já que há um Centro de Medicina da Floresta, com produção de medicamentos fitoterápicos, remédios florais da Amazonia, inclusive com referência internacional.
Conforme eu previa, mesmo tendo sido anunciado no alto -falante da vila o atendimento médico, só apareceram tres pessoas, buscando " remédio de vermes". O que me chamou atenção foi que as prateleiras de remédios - amostras grátis - dispunham de uma grande quantidade de medicamentos que em nenhum outro posto em que trabalhei em tôda minha vida "esquentavam prateleira". Ou seja, não há demanda por remédios, porque pouco se adoece. Fiquei sabendo que a oferta dos medicamentos não é grande. a demanda é que é inexistente.
Porém, a Santa Casa, local de atendimento espiritual à saúde atende a uma demanda regular, sempre. Investiguei, os indicadores de saúde são ótimos. Não há aqui o vício em doença. Aquela necessidade que vi tôda a minha vida profissional da afirmação psicológica e emocional através do adoecimento. Busca-se de fato condições de saúde.
O posto de saúde é próximo à Santa Casa, com gabinete médico, odontológico ( tambem não tem dentista - esse, sim creio ser necessário) e um centro de diagnóstico e contrôle da malária, com laboratório, funcionando, com equipe inclusive.
Já foi sonho antigo trabalhar assim. Em outras épocas, cheguei quase a transferir-me para a Amazonia, já tinha contatado emprêgo em outra região no entanto, mas fazer planos para a vida contraria os planos que a vida faz para a gente e não fui. Hoje em dia estou presa emocionalmente aos netos, aos filhos e filhas que não sairiam do sudeste maravilha e sou dependente da companhia deles. Mas continuo a sonhar, quem sabe, um ou dois meses ao ano, sonhos não devem morrer.

2 comentários:

Beatriz Fig disse...

Que "doidera"! Desculpa o termo xulo para dizer que a vida é doida mesmo rs. Vc sonhou, mas nunca fez, mas o sonho se realizou! Se soubesse que que pra mim seria assim, me sentiria melhor, pois sonhos não devem morrer, mas "sonhar só não dá em nada; é uma festa na prisão".

Éverton Vidal Azevedo disse...

Encontrei seu blog através do Rubens Osório e já me tronei seguidor. Adorei tudo aqui. Depois com mais tempo eu analiso os outros sítios rs.

Um abraço.

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