Mania essa de balanços no fim de ano. Tá, data arbitrária, mas alguma data deveria ser criada para permitir recomeços, criar novas esperanças, para determinar algum momento específico para "lavar roupa suja", para lembrar a todos a necessidade de novos e melhores propósitos. Dá para perceber que são argumentos para auto convencimento da importancia de mais este dia onde as pessoas enlouquecem, fazem o que podem e não podem para comemorar a vontade de ser feliz sem saber como.
Bem, o fato é que fora a questão contábil, não consigo mesmo...Pééééra aí! Afinal, receber amigos, encontrar a familiaquepodevir é bãodimaisss, daí a passagem de ano pode ser sim mais alguma coisa a festejar, ao festejar a propria Vida e o Amor. A questão é que sou uma gulosa. De tudo. Eternamente insatisfeita por não poder trer de tudo. Casa cheia, ainda por aumentar e cá estou com dor de cotovelo, porque alguns não podem vir porque...fizeram outras escolhas.
Mas balancei bem este ano. Tanto no sentido de ter constantemente avaliado minhas atitudes, em busca de aprimoramento, quanto no sentido de ir p'rá lá e p'ra cá, sem permanecer centrada. Mas tambem, desde quando eu seria capaz de "centrar-me"? Porque não gosto mesmo, adoro este ir e vir. pensando bem, melhor sem o balanço, mas essa metáfora é boa. Vamos rápido e alto, com a sensação de liberdade e de repente a estrutura, o balanço, faz voltar tudo, passar pelo começo, ir ao outro extremo e novamente a ilusão de seguir em vôo. Presa aos cabos que contituem meus medos, inseguranças, condicionamentos.
Ano vitorios, onde extrai de mim mais uma vitoria sobre mim mesma. Muitas, na verdade, mesmo com os retrocessos, vou cada vez mais alto, mais longe. Qualquer dia...
na verdade estou tão... que nem vontade de procurar nas minhas fotos uma para pôr aqui...Mas é que a maior vitoria do ano me cheira a derrota. Consegui ! UM ano desde o dia 24, com minha mãe. Que faz o contraponto para não deixar que nada fique muito bom, mas tambem tenho conseguido impedir que ela estrague completamente as coisas, qualquer coisa. "Luta renhida" comigo mesma, pois ela semeia discordia e tudo de ruim nem sente, ela não sente nada, nunca.
Mas hoje, quando mais uma vez fui puxar conversa, confraternizar, pergunto "a até que este ano não foi ruim, né? Ao que ela respondeu -" é, das coisas que eu aprendi, eu tive 4 filhos porque não pude evitar, hoje eu não teria nenhum" Bem, manos, agora estamos juntos hehehe até tu, maestro; antes toda a vida ela só lamentava não ter tido dinheiro para ME "tirar".
Não estou mais sòzinha no pacote hshshshshs. (tal como hiena)
7 comentários:
Minha bia amiga, seu balanço é interessante.
E como , iflemente, partilhamos essa amarga experiência de uma mãe inquakificável, mais próxima de si me senti.
Desejo que seu 2011 seja bem melhor do que i ano que está acabando, em companhia d quem 8a) ama e peço muita luz para sua mãe.
Um enorme e apertado abraço.
Força.Um dia passa, e fica uma memória,uma história que pode ser melhorada, a cada vez que é recontada( até o som riso da hiena já ameniza um pouco a dureza da realidade).
Pelo menos, assim espero sinceramente.
Que 2011 seja bom para nós.
Muitos abraços.
O que é importante é saber viver, porque a nossa vida há-de sempre ter altos e baixos... idas e vindas...
Querida amiga, bom ano.
Beijos.
Tenho meus pais em casa há 10 meses... no início, tudo bem, agora,um suplício. Quando alguém pergunta ao meu pai "Como vai?", ele responde: "Relativamente bem". Isto é resposta???? Não vamos todos "relativamente" qualquer coisa?!?!?! Haja paciência...
Olá minha amiga.
Pela primeira vez comento antes de ler. Vim matar a saudade. Dizer que sinto imensa alegria de poder voltar. Entrar e se a porta aberta encontrar, saber que calmamente posso entrar. Um sossego que perturba a minha compreensão. Sinto nesse regresso que o sentimento de amizade é verdadeiro e real e não tem nenhuma obrigação pois o respeito e admiração é estabelecido pela semelhança que a franqueza consiste. Beijos minha velha amiga e senhora. Feliz 2011 para o mundo. Que a Paz seja a nossa morada.
Feliz 2011, minha amiga, e que a cada ano mais positivo se torne o seu balanço. Oxalá possa isto acontecer a todos nós! :)
Pais. Paz. Soam tão parecidas, sóem tão distantes. Quando a dependência - econômica, afetiva, etc. - dana esta relação, difícil curti-la ou ao menos suportá-la. A parte dependente - seja o filho criança ou o pai idoso - é paradoxalmente mais forte. E cada relação é assombrada pelas memórias da anterior. O pai que cria é assombrado pelas memórias de quando foi filho e criado. O filho que sustenta é assombrado pelas memórias de quando foi sustentado. Memórias. Ressentimentos. Bomba-relógio afetiva. Peculiaridades à parte, esse drama é um dOS DRAMAS de se viver em família...
... quando não me sinto respeitado como filho, mudo de registro, passo a relação para "pessoas estranhas" e dou o respeito básico da civilidade, associado ao meu modo peculiar de me comportar com estranhos: retraído e silencioso. Não procuro interação quando a interação é um campo minado. Às vezes preciso manter esse estado de coisas por dias, semanas ou meses. Não é o melhor dos mundos. Mas pelo menos passo a ter um mínimo de Paz.
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