MOSTRANDO
terça-feira, 28 de abril de 2009
Confusão
Tempo, distancia, mensuráveis ou relativos. Objetivos ou subjetivos. Estou com sono, grandes movimentos, distancias percorridas, tanta coisa que vi e fiz em tão pouco tempo, criam a sensação de que muito tempo se passou e no entanto, isso que sinto como tempo imenso transcorreu em tempo medido de 4 dias. O tanto que vivi, esses anos todos, é ao mesmo tempo vida tão curta.
Em um mesmo dia, ontem, percorri 300 km em quatro horas e mais tarde 80km em cinco horas. Acordei em um mundo fui dormir em outro.
Em um mesmo dia, hoje, algumas coisas mudaram em minha vida, sonhos de 30 anos materializaram-se, parece que vivi hoje outros tantos anos.
Tive que deixar para tras um objeto-quase-amigo que tantas alegrias me deu, substituindo-o por outro que desejo há anos. E no entanto sinto esta troca quase como uma traição. Como se eu estivesse sendo desleal. Desapego? Não sinto assim. Nem sei bem o que sinto. O prazer do ganho com a dor da perda.
Uma grande alegria somada a uma imensa tristeza.
Ao se fazer escolhas, existe a possibilidade de se saber o que é melhor?
Só se pode afirmar que se teve uma boa vida, após a morte. Pois a qualquer momento um grande erro pode destruir tudo que foi construido.
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7 comentários:
Mudanças sao necessárias.
Sei que nao posso acertar sempre...
Pensando em fazer o certo as vezes erro!
E me arrependo das coisas que deixei de fazer!
Caracas vovó, você não para, de andar, falar, pensar...
Quando eu crescer, quero ser igual a ti.
abraços.
Quanto a objetos, prezada amiga, não se apegue a nada que não pode descartar em 30 segundos.
Um beijo!
Queria fazer um comentário a altura, mas sou incapaz! Liiindo texto!! beijoss
Fatigra
e mudamos sempre, a própria composição química e celular de nosso corpo está em constante renovação. Não podemos nos pensar cristalizados em alguma atitude.
E arrependimento? Na verdade não creio, pois só somos quem somos pela escolha feita e fosse outra, outros seríamos. Voce gostaria? Deixamos para traz escolhas não feitas, tambem como parte de nós. Como fotos que não fiz e permanecem como imagem em minha memória. Possibilidades.
Sr do Vale, Mestre das cores digitais, que tanto admiro e que mesmo no futuro não conseguiria igualar; se eu parar é porque morri, mesmo assim ainda continuaria, em processo de decomposição e recomposição, em outra organização. Isso sem falar do Espírito, pois eu que sou tão vaidosa não consigo crer em um fim definitivo, mas em um fim-finalidade.
Oliver, meu caro, embora tanto que estudei me aponte para o desapego como necessidade essencial, dificil desgrudar-me de tudo que gosto ou que me faz/fez bem. Já discorri sobre isso algumas vezes e continuo pensando que sou parte integrante do todo e o todo ( minha parcela, principalmente) parte de mim. Alem do mais, como alguns povos tradicionais, penso que objetos tem alma, de objeto, mas tem. Como pensamentos criam forma. E projetamos em objetos parte do que somos e sentimos.
Bia,
nem tanto, né, mas apenas sentimentos.
ABRAÇOS
Dona Sra Urtigão,
Gosto , muito , deste texto , mas mais ainda do que enderessa a Olivier Pickwick .
Há mto que penso que objectos têm alma , apenas nunca o tinha verbalizado.
Foi óptimo lê-lo , e mais ...
lê -lA .
beijo
Lilazdavioleta,
bem vinda ao meu sitio, fique a vontade.
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