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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Aproveitando o gancho do Curso que será ministrado pela Christina Montenegro, psicóloga, curso cujo tema "MASCULINIDADES"
aborda a questão da violência, ( Ver no sidebar) copio aqui matéria de 13 /04/09,
do boletim da ENSP.


matéria
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Pesquisa
Informe Ensp Destaques -->
Pesquisa investiga formas de violência entre casais de adolescentes
ENSP, publicada em 13/04/2009
Meninas estão agredindo tanto quanto meninos, de acordo com o estudo 'Vivência de violência nas relações afetivo-sexuais entre adolescentes', realizada por pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, por meio do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves). O estudo, realizado nas cinco regiões brasileiras, investigou cerca de quatro mil adolescentes entre 15 e 19 anos de idade de escolas públicas e privadas. A pesquisadora Kathie Njaine, coordenadora do projeto junto com Cecília Minayo e Simone Gonçalves de Assis (Claves/ENSP/Fiocruz), destacou que o comportamento das mulheres observadas na pesquisa é uma resposta às agressões sofridas. Além disso, determinadas formas de agressão por parte das meninas, em alguns casos, era maior que a dos meninos, como por exemplo a agressão verbal. "É claro que a agressão física também aparece", comentou Kathie, "mas ocorre em menor proporção e é menos violenta que a agressão dos meninos". O objetivo do estudo foi verificar as formas de violência nas relações afetivo-amorosas entre casais de namorados adolescentes (15 a 19 anos). "A ideia não foi entrevistar casais, e sim adolescentes, principalmente os que já passaram pela experiência do namoro e do 'ficar', como são denominadas pelos jovens as relações amorosas sem compromisso. Também não temos um quadro sobre as causas dessa violência. O grande objetivo do estudo foi investigar a prevalência e as formas de violência entre jovens no país", disse Kathie. Dados da pesquisa apontam que em Manaus, primeira capital estudada, 80% dos adolescentes já vivenciaram formas de violência no namoro ou no 'ficar'. Dentre as formas de agressão encontradas na pesquisa estão as violência verbais, físicas, sexuais e também as relacionais. "Formas tradicionais e modernas de agressão. Um exemplo é o uso de sites de relacionamento na Internet para expor fotos íntimas e pessoais e, assim, denegrir a imagem da ex-companheira ou ex-companheiro. Nós não percebemos diferenças muito grandes de gênero nas formas de agressão, salvo na violência física e sexual", explicou Kathie. Em Manaus, a pesquisa já foi concluída, e as informações das outras capitais ainda estão sendo tratadas e analisadas. Dados preliminares mostram também características regionais e culturais de violência. "No Norte, a questão do machismo aparece muito forte, acompanhada por grande submissão das meninas nas formas de se relacionar. Mas essa não é a única causa de violência, e isso é preocupante", denunciou a pesquisadora. "Percebemos também que os adolescentes tendem a reproduzir as formas de relacionamento dos adultos. Muitas vezes presenciam isso dentro de suas próprias casas", ressaltou. De acordo com a pesquisadora, não existe, no país, uma rede de serviços estruturados na área de educação nem da saúde que apóie esses adolescentes. "Essa é uma etapa negligenciada pelos adultos. Os jovens vivenciam experiências extremamente negativas a ponto de cometerem suicídios. Quando sofrem essas decepções afetivo-sexuais, se sentem muito sós e, normalmente, se aconselham com outros adolescentes tão imaturos quanto eles. Esses dramas precisam ser tratados e orientados para não se tornarem a única realidade da vida desses jovens; para não se transformarem em experiências que eles reproduzirão em seus próximos relacionamentos", recomendou. A ideia é que esses dados sejam o fomento para novos projetos e materiais que supram essa lacuna existente no Brasil. Queremos produzir materiais que possam ser utilizados por escolas, profissionais de saúde e também pelas famílias. Criar parcerias com todos os setores que lidam com adolescentes. "Embora saibamos que existem muitos programas exitosos e interessantes voltados para esse público, nunca foi feito um estudo dessa magnitude no país. Agora, teremos subsídios para novas ações. O estudo foi financiado pela Fundação Ford e, além da parceria com as secretarias de educação das capitais estudadas - Manaus e Porto Velho (Norte), Teresina e Recife (Nordeste), Rio de Janeiro, Belo Horizonte (Sudeste), Florianópolis, Porto Alegre (Sul), Cuiabá e Brasília (Centro-Oeste) -, também contou com a colaboração de pesquisadores das dez universidades federais das capitais estudadas. Os dados consolidados da pesquisa feita em Manaus serão apresentados por Kathie no XII Congresso Mundial de Saúde Pública, em Istambul, na Turquia, no fim de abril. "

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6 comentários:

Selena Sartorelo disse...

Olá,

" Meninas estão agredindo tanto quanto meninos".

- O curioso é observar que a aceitação dessa imagem criada, conservada e mantida, de que o sexo masculino é "naturalmente" mais violento que o feminino. E dito assim parece um comportamento normal e sempre aceito..ou o entendimento que não se pode mudar o que sempre foi...Ah! concordo não! Mas acho que isso seria assunto para uma outra matéria.

Ressalto que a afirmação de que esse tipo especifico de violência "aumentou" ou "estão tanto quanto" só pode ser considerada se tivermos dados de outras pesquisas anteriores, para se confrontar os dados, comparando obviamente uma lista de questões pertinentes ao assunto considerando suas transformações conforme cada geração estudada. E que o tempo de pesquisa em campo tenha tempos estimados muito próximos.
Mas observo que essa é uma pesquisa inédita contradizendo-se com o ínicio do texto.

O cuidado ou a conclusão superficial das premisssas abordadas apotam uma alteração de considerável importância no comportamento de jovens que se encontram nessa faixa etária...
Um ponto de partida para um assunto tão antigo porém não muito pensado.

beijos,
Selena

O Árabe disse...

Excelente post, amiga! Talvez a violência ganhe espaço em nós, à medida que nos perdemos do UNiverso e do nosso verdadeiro Eu. O certo é que algo precisamos fazer a esse respeito.
Estou feliz por ter reencontrado o link para voltar a ler e comentar aqui. :) Boa semana!

Gaspar de Jesus disse...

DONA
É bem verdade tudo quanto aqui leio.
Os jovens de hoje não se respeitam a si próprios, muito menos respeitam os outros!
Já me aconteceu receber e-mails
com fotos anexas que são autenticos vexames para as fotografadas, e ainda por cima vêm com nome, local de trabalho etc. etc.
Doi só de pensar que esta é a geração dos homens e mulheres de amanhã.
Obrigado pela visita e comentário.
Bjs
G.J.

Oliver Pickwick disse...

Se as meninas estão agredindo tanto quanto os meninos, como escreveu, por quais motivos, então, o curso chama-se "Masculinidades?"
Um beijo!

CHRISTINA MONTENEGRO disse...

A agressividade se per-verte (verte para lugares inadequados) quando deixa sua legítima energia de "LUTAR POR" de lado, para virar mero "LUTAR CONTRA", ora infantilóde, ora animalesco.

A agressividade em si "não tem culpa" das bobagens que fazemos
com ela.

Esse é o primeiro assunto que aparece cada vez menos nos processos educacionais do universo íntimo (em casa) e público (escolas, etc.).

Escolas?
A maioria não quer nem ouvir falar de psicólogos, aliás; segundo muitos donos de escola (que conheço) "os psicólogos deixam os pais insatisfeitos, e os alunos vão embora da escola, dando prejuizo"...

Nossa; esse papo é longo.
Pesquisas?
Como é difícil desenvolvê-las nesse país; quando são feitas, dificilmente são publicadas.
Talvez por isso a dúvida sobre o que é ou não inédito, o que já foi ou não foi feito.
Muita coisa já foi feita, e não pode ser considerada "oficial" porque não foi publicada; aquele que consegue publicar leu, mas não pode oficializar a fonte não publicada by the book...

UFF!...
BJS!

CHRISTINA MONTENEGRO disse...

Respondi o Oliver lá no Blog dele, ok?
+BJS!

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