MOSTRANDO
sábado, 19 de julho de 2008
Bom Dia
Eu ia começar escrevendo - estou quase voltando ao meu normal - querendo dizer que "a crise" estava quase superada, quando então me dei conta que o meu normal, ou talvez de grande parte das pessoas seja justamente este ir e vir de emoções, esta oscilação entre extremos e que em algumas pessoas se torna mais evidente, por menor adaptação às mascaras das convenções sociais. E que se minha vida fosse plana, morna, não teria a menor graça. Admiro as propostas taoistas do caminho do meio, mas no meu caso , e sempre transporto tudo para meu referencial, o equilíbrio é uma força vetorial entre as oscilações dos extremos e que sendo estes, os extremos, equivalentes, a média vai ser sempre o meio, é óbvio. Taoismo à moda da casa. Bôbo, né, mas qual seria o prazer de se ter sempre verão, ou a noite? O anoitecer é lindo, assim como a aurora. Mas o que é mais especial é que cada momento traz embutido a promessa de outro. De algo além, de outras luzes, ou outras experiências, estéticas, sensoriais, vividas. Como estar nas montanhas, o que tanto gosto, se não ao lado dos vales e desfiladeiros? Como correriam os rios, onde estariam as cachoeiras? A beleza das montanhas é a profundidade dos vales, é o estender-se ao horizonte de outras montanhas. O mar calmo tem tambem uma certa beleza, mas o movimento das ondas do mar seduz mais. Uma tempestade é sublime. Metáforas? Com certeza. Hoje estou de bom humor.
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2 comentários:
Adorei seu "taoismo à moda da casa".Belo post, maravilhosamente claro,sem complicar o que não carece...
A foto é também bela, adequada ao texto mas, sei lá,meus olhos meio que pediram uma tela de Turner.Tempestades são mesmo sublimes.
um abraço
Olívia
Olívia, que bom que voce gostou. Quanto a foto que usei para ilustrar, é de um lugar que é uma de minhas paixões, uma dentre tantas montanhas e faz parte de lugares por onde andei. Por ser feita com uma cãmera sem grandes recursos e por uma amadora tambem sem grandes recursos, certamente deixa a desejar. Mas remete a vivências pessoais, com emoções intransferiveis.
Um grande abraço.
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