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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Do Tempo ( outra abordagem)

Sobre a questão do tempo, venho tentando aprofundar-me nas perspectivas que conheço, que são na verdade mais empíricas do que outra coisa. Assim tenho uma certa consciência de que o tempo mesmo quando científicamente determinado por instrumentos, ou seja o tempo do relógio, que de certa forma é o tempo histórico se torna fluido em função das atividades exercidas dentro deste tipo de espaço. Todo mundo sabe que namorar uma hora passa mais rápido do que uma aula de uma hora. Quando viajo, os dias e a soma deles é muito mais vasto do que o mesmo numero de dias se fico em casa. Em casa "perco tempo". Da mesma forma, a questão da linearidade histórica do tempo e a questão da relatividade. Passado e futuro. Da mesma forma em alguns estudos que apontam, dentro da perspectiva palingenésica,para o fato que este suceder de encarnações não teriam uma obrigatoriedade de participação no tempo histórico. Assim poderíamos experimentar uma vida no seculo XX/XXI e retomarmos do ponto que paramos, espiritualmente, para reencarnar, sei lá, no século III. Isso nos trás a perspectiva também de que tudo pode estar ocorrendo simultâneamente. Então quando determinados guias espirituais afirmam que "eu sou você" , não se trata sòmente de uma figura de linguagem, mas de uma realidade entre o infinito de possibilidade. Crianças, me ajudem a levar adiante estes pensamentos. (E nem cheguei ainda, em Heidegger ao "... e Tempo". Há dois anos que não saio do "SER e..."

acréscimo:
"Eis que nasceu o mundo maravilhoso,
num instante êle morre,
e num sopro se refaz.

Pela lentidão do nosso olho
E a rapidez da mão de Deus,
nós acreditamos no mundo."
( Mahabharata )

7 comentários:

Artsy-Fartsy disse...

Colega Urtigão, os estudos do "tempo" feitos por Bergson me parecem interessantíssimos, porque ele trabalhou com base na Teoria da Relatividade. Depois de ler algumas obras dele sobre isto, até consigo imaginar... bom, aqui começam as divagações, campo que não me praz, a bem da verdade, mas vamos lá: até consigo imaginar o dito "relato" de alguns "espíritos evoluídos" que dizem que, em determinados planetas, de seres muito mais avançados que nós, em 6 meses (encarnados) eles já atingiriam a maturidade de nossos 30 anos.
Ainda que eu encare como ficção (e não estou dizendo que o faço), depois de Einstein e Bergson é possível admitir isso como hipótese para pensar.
Abraços fortes!

Artsy-Fartsy disse...

Colega Urtigão, pois é. Como eu dizia hoje - ou ontem? - para a Rejane, das Crônicas no Divã, eu não sou a melhor pessoa para falar de Nietzsche, pois que não consigo levá-lo a sério o tempo todo, nem acho que ele se levasse a sério o tempo todo. É gênio? É. Respeito-o? Nossa! E como respeito! Contudo, há momentos em que nem ele sabe se está ironizando ou falando sério, se é doença ou se é sanidade, enfim...
Entrar na questão espiritual deixa-me um tanto quanto aborrido, porque acho que - aí então admitida a premissa, que não sei se é verdadeira - se a palingenesia é possível, a metempsicose não no seria. Outra coisa que penso: se somos espírito - cada um de nós -, estamos ou aqui, ou ali. Experiências de bilocação, ubiqüidade, Gabriel Dellane e Ernesto Bozzano têm várias relatadas em suas obras, mas se explicam pela paranormalidade. Quevedo, então, explica também.
Quanto a panteísmo, niilismo... não consigo encarar assim. O panteísta se dissolve no "Todo"; o niilista, no "nada" (até o cacófato valeria). Também não sei se a onipresença de Deus precisa ser premissa de pensamentos.
Confesso que v. tocou num ponto (agora já somos vocês, não?) que (i) me causa curiosidade demais e (ii) demandaria várias e várias discussões, sem que pudéssemos - não o acredito - chegar a uma conclusão, pois mesmo as diferentes religiões reencarnacionistas não chegaram. Dificílimo! Mas estou disposto a continuar, aqui nesta caixinha, com o debate. É no mínimo interessante.
Abraços fortes!

Dona Sra. Urtigão disse...

Caro Fart...(não, não soa bem )
Caro F. (não, intimo demais )
Meu caro senhor,
Bergson, preciso ler. Quanto a outra questão, aponta então para uma historicidade linear da evolução espiritual e exclui as condições de possibilidade da multiplicidade simultânea da presença do ser, que seria o que Nietzsche mostra com o eterno retorno ou a questão da omnipresemça de Deus e sendo nós sua imagem e semelhança

Dona Sra. Urtigão disse...

Para que houvesse um debate eu deveria ter argumentos fundamentados. No entanto faltam- me conhecimento e erudição para tanto. Posso tão sòmente expressar minhas dúvidas quanto as questões levantadas.Quando se fala em bilocação entendo a possibilidade de uma determinada consciência estar em dois lugares ao mesmo tempo, a ubiquidade como equivalente de uma omnipresença. O que estou especulando é o fato de na ausência de um tempo obrigatòriamente sequencial, ou, na ausência de um tempo como conhecemos,passado,presente,futuro, um tempo contido em dobras dimensionais, que a física dita quântica aponta como um aspecto da realidade (o que seria real é outra questão) neste tempo não sequencial, poderíamos estar contidos em mais de um espaço/tempo (vou ler Bergson) durante o que seria a "existencia da pessoa"- identidade alma/corpo, que aí não saberia apontar para uma perspectiva ôntica ou ontológica. E não sei se nessas condições pode-se falar de pessoa, talvez sejamos de fato(?)sòmente possibilidades.Inexistentes enquanto existentes, composição de contraditórios.

Artsy-Fartsy disse...

Colega Urtigão,
os tais "espíritos", nos ditos "planetas mais evoluídos", amadureceriam mais cedo não pela passagem do tempo, mas sim porque - suponhamos - eles mesmos já têm uma bagagem espiritual, adquirida em vidas anteriores, enorme. Assim, imaginemos Einstein "reencarnado" num corpo magnífico, um planeta classe A. Dada a relatividade do tempo (aqui aplicada de forma completamente diferente), porque os corpos, nesse tal planeta, fossem mais sutis, eles permitiriam ao espírito manifestar-se com toda a velocidade que ele, espírito, já tem, dada a sua evolução. Os exemplos que se dão, de espíritos evoluídos (cada um no seu campo específico), na Terra: Mozart, Einstein, Da Vinci, etc. Eles amadurecem muito mais rápido em virtude dos conhecimentos anteriores, latentes na mente. Se o corpo fosse muito mais sutil (e não tão denso como o nosso), menos material (E=m.c2), o império da energia seria menor, e o espírito, que em tese é apenas essência, poderia imprimir mais rapidamente seus pensamentos sobre o corpo, tão sutil.
Por que estou dizendo isso? Não porque acredite (já acreditei um dia), mas para mostrar a V. em que me fundo. Dentro do Kardecismo, o espírito é a essência; ele tem um revestimento, chamado perispírito. O que se "liga" ao corpo é esse perispírito. O espírito, parodiando Kant, seria o fenômeno; o perispírito, a forma do fenômeno. Só que toda essa teoria, em algumas religiões e crenças orientais, é completamente diferente. Para mim, hoje em dia, tudo isso tem um jeito de ficção científica. Quanto à onipresença - se for do Homem, seja "encarnado", seja "desencarnado", parece-me uma figura poética: talvez a "leonitas", schopenhaueriana; quanto à tal "bilocação", sugeriria à colega os estudos feitos por vários cientistas acerca do "ectoplasma", que seria o agente pelo qual "espíritos" se manifestam, por exemplo, em sessões. O ectoplasma é emanação do citoplasma da célula. Tanto, a ponto de os paranormais que conseguem "cedê-lo", para as construções de objetos materiais, ou então para "aparições", esses paranormais efetivamente perdem peso. Isso foi constatado em laboratório.
A parte da Parapsicologia, então, tem muitos estudos: uns mais sérios, outros menos; a das religiões... assim, hoje eu descreio de tudo o que tenha "explicação" com alicerce na fé. A fé é dom, ou sensação; logo, não pode alicerçar silogismos com segurança. A razão: como já discuti lá com o Marcelão Marques (não sei se V. viu), não creio muito em razão. Meio que mito, algo um tanto desarrazoado. Enfim, expendi várias e várias linhas para não dizer nada realmente útil.
Abraços

Dona Sra. Urtigão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dona Sra. Urtigão disse...

Caro jovem Fart, quem me dera que eu fõsse alguem de fé. E se eu pelo menos soubesse fazer um bom uso da razão. Na verdade fico me debatendo entre dúvidas que aumentam na medida que aumenta a informação.

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