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domingo, 13 de julho de 2008

Hoje

Superficialidade. Rapidez. Espetáculo. Quantidade. As relações humanas estão regidas cada vez mais por valores fundados em questões que promovem o desconhecimento do outro e principalmente o de si próprio. Os olhares não se fixam, passam ràpidamente. E quando falo de olhar não me refiro sòmente ao ato mecânico exercido pelo aparato da visão mas a conjugação deste mesmo ato com a sensibilidade, a razão, e até, porque não, a espiritualidade. A atenção. Isto, a falta de atenção, é o motivo principal pelo qual os fatos que ocorrem no mundo só importam quando ocorrem em nosso quintal. E a comoção dura apenas o instante entre êste e o próximo espetáculo. A dor alheia é ... alheia. Não é sentida, não se experimenta a compaixão. ( passio = sentir, co = junto ). Pode ser apreciada quando faz parte de um conjunto das necessidades de atenção às nossas carências. Da mesma forma o prazer, tornando-se efêmero, será sempre insuficiente para a satisação de nossas necessidades constantes. Trocamos o aprofundamento nas relações, no conhecimento por uma busca do que está aparente em cada fenômeno. Não nos detemos em nada,e para nada. Passamos ràpidamente por tudo numa busca incessante de mais. E nem percebemos que o muito está contido naquilo que mal olhamos. Há quantidade tanto na profundidade quanto na abrangência. E a qualidade, que negligenciamos, ah! Isto está em cada um de nós, e jamais no exterior. Por isso não atingimos a felicidade.

2 comentários:

Artsy-Fartsy disse...

Colega Urtigão, começo com uma reclamação: com o retirar a seu perfil a disponibilidade, dificultou-nos a todos o acesso a seu blogue. Se o fez mui de acinte, aceito-o, pois que direito seu; contudo, se não for assim, facilite-nos o vir até aqui, pois que a mim, tanto quanto a muitos outros, praz tal viagem virtual.
Encerro com uma observação: Sua vida me parece haver sido muito bem vivida. Entre as dificuldades e reflexões, estudos, sofrimentos, paradoxos de todos os naipes, desenhou-se em sua argila um molde todo especial, e nele soprou-se o sopro de uma vida com DNA próprio. A colega teve tempo e sabedoria para isso, mas nem todos tê-los-emos (tempo e sabedoria). Às vezes me parece vê-la sem paciência com os que sabem menos, com os que compreendem menos, sem que note ser o seu caso (e não o de nós outros) uma exceção. "Primus inter pares", diz já a antonomásia de raríssimos homens (um deles J. Mendes Jr.). Que tal aceitar, a nós outros, reles mortais, como tais?
Estarei enganado?
Abraços!

Dona Sra. Urtigão disse...

SIR,
quanto à retirada do perfil foi mais uma das minhas trapalhadas com a máquina. Eu queria retirar a descrição extensa e sem sentido da página principal e não vi que assim retirava tudo. Agradecida por alertar-me.
Quanto a segunda questão, ao tratar de uma vida bem vivida, significando uma variedade de experiências, sim, mas não necessáriamente boas. Como já me apresentei,"curtida pela dor e pelo medo". Teria que entrar em detalhes aos quais ainda não estou apta a considerar. Sequelas psiquicas. O que o senhor chama de sabedoria, é na verdade uma das máscaras atrás da qual me escondo. A impaciência é meu abismo interno para onde escapo, quando me sinto novamente ameaçada. Contradições? estas eu assumo, pois não acredito na obrigação da coerência.

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