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quarta-feira, 30 de julho de 2008

PUXA!

Hoje descobri algo que me desconcertou. Eu gasto um tempo enorme formatando o que vai ser postado no blog, para criar uma condição harmoniosa entre as partes, inclusive em relação ao conteudo ou elementos da barra lateral, subo e desço elementos, reorganizo. Hoje, quando pela primeira vez abro meu blog em outra máquina, descubro que aparece tudo diferente. Nem mesmo o título tem o espaçamento e disposição das letras conforme eu criei. Nem o tamanho da fonte. É como se fosse outro blog, com os mesmos textos. É que não tive tempo para investigar esse efeito...cataclísmico, nos outros, os de foto, que dependem mais ainda da disposição e tamanhos das imagens, já que são relacionadas, as da postagem com as da barra. Estou arrasada. (exagero).
Este conhecimento exclusivo do fenômeno é como o som da p´ropria voz. Ninguem jamais ouve a voz como a própria pessoa ouve. E serão assim com as outras ondas ? A luz, por exemplo.
Mas isto mais uma vez me leva a pensar ( aliás alguns conhecidos dizem que penso demais ,eu acho que as pessoas pensam de menos) na condição subjetiva da percepção. Nas condições de ilusão dos sentidos, da compreensão. Como vejo, ouço, sinto pode não ser tão assemelhado ao modo como o outro, as vezes aquele outro muito próximo, vê, ouve, sente. E não estou me referindo à interpretação, não. Esta então... Falo da percepção simples, organica. Sei que esta condição foi apresentada por diversos pensadores, mas uma coisa é ler a respeito, outra é estar dentro de uma simulação. Como ver em imagens digitais o que a ciencia diz que o daltônico vê . Ou o cão. Ou meu blog em outra máquina. E eu que pensava que as maquinas, o Html uniformizava e padronizava. Parece que no caso, o programa é padronizado e uniforme. A máquina que lê é que muda o modo de interpretar. Cabe analogia com nossa biomáquina?
Será o objeto da percepção o real? estarão os empiristas mais próximos da verdade ?
Portanto todo o discurso voltado para a compreensão do outro é mais do que abstrato, é vazio mesmo, já que de nenhuma forma e em nenhum momento posso ter uma idéia aproximada de como o outro experimentou aquele mesmo fenomeno que eu, mesmo quando vivenciado conjuntamente. Mesmo quando dizem que a realidade é contrução coletiva, pode não ser. É mais fragmentária do que eu jamais poderia supor. Agora terei que ir a várias máquinas para tentar descobrir a variedade e multiplicidade de padrões.
Começo a acreditar, não mais considerar como passivel de ser verdadeiro, mas crer como verdade, que as condições referidas como estados alterados de consciência, não são como uma construção de uma mente alterada por substancias ou alterações de Ph, mas como a leitura de fato, do fato, por uma mente diferenciada. Não mais o ceticismo do tudo é possível, mas a certeza de que tudo é possível. Fica muito nessas questões para refletir, temas para estudar com mais profundidade, mais coisas para experimentar.

2 comentários:

Anônimo disse...

O que está acontecendo? Pergunto eu...
A senhora não aparece mais no Imposturas,Prof. Marcelo não vem mais ao sítio.Eu, que humildemente pretendia aprender alguma coisa com suas conversas, fico a ver navios...
um abraço
Olívia

Dona Sra. Urtigão disse...

olivia,
estão aparecendo muitos problemas no blogger, aqui está travando tudo, devo buscar socorro técnico. Quanto a vindas do Prof. parece que meu sitio é muito longe...
um abraço.

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