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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Das minhas andanças e fotos que vou fazendo, fica uma curiosidade por aprofundar as descobertas então quando volto ao mundo dito civilizado, ao encontro das pessoas normais, costumo pesquisar sobre coisas que ficaram soltas no ar. Assim recentemente com mariposas e tambem com as capivaras. E as vezes fico tão indignada com o que descubro, com a forma pela qual nós seres vivos dotados de razão, o que implica juizo, consideramos a totalidade da vida, a totalidade do planeta, como se por sermos mais capazes de agressões aos companheiros de jornada/existencia, tivéssemos o real direito de agredirmos, exterminarmos, controlarmos toda a existencia na Terra.
Admito que a convivência nem sempre é pacífica, que muitos dos outros viventes podem ser deletérios aos individuos da espécie humana, mas se nossa razão nos permite desenvolver tecnologias bastante complexas, por que não as desenvolvemos para um bem coletivo, um bem maior do que simplesmente aquelas questões imediatistas, do tipo "agressão gerando extermínio".
A minha indignação hoje foi desencadeada por uma frase lida em um trabalho científico da USP, onde ao abordar a relação da febre maculosa transmitida por carrapatos que entre outros animais hospedam-se em capivaras (cavalos, porcos, aves ), estas eram chamadas de " recursos naturais renováveis " para simplificar a questão do manejo como animais de corte.
Notem, eu não me alimento de bovinos, suinos, aves e ainda me culpo de eventualmente alimentar-me de peixes, pois penso que a questão do que é alimento, essa questão cultural, que em alguns lugares excluem ou incluem cães, gatos, cavalos, essa determinação dos limites éticos sobre o que é ou não alimento, me assusta. Esse poder que o Humano pretende ter sobre a "criação", outorgado me parece por um deus que sempre me pareceu injusto e contraditório, pode ser extremamente perigoso à própria sobrevivência da espécie. Pode, não, é perigoso, como já nos temos conscientizado ao constatarmos o enorme desequilíbrio que produzimos e que põe agora em perigo a própria sobrevivencia da espécie dominante. E dominante pela força, pela violencia. Isso é superioridade ? É racional ?
Na medida que simplificamos a vida com uma denominação de "recursos renováveis" isto se torna um paradigma ético que justifica a exploração histórica do homem pelo homem, um dos recursos naturais mais renováveis pois que reproduz-se com abundância.
Não deveríamos ter uma dimensão divina ? É por isso que recuso esse deus manipulador ao qual, diz-se, fomos feitos imagem e semelhança. Se é para ser assim, prefiro não ter deus. Enquanto isso, volto-me à natureza, verdadeira manifestação do que é divinal, pois é equilíbrio puro, não fosse o Humano.

8 comentários:

Vanuza Pantaleão disse...

Nossa, Dona Urtigão, desculpe, fui entrando direto na casa da família, rs. Mas não foi xeretice, não, é que me enrolei mesmo!
Antes de mais nada, tô me sentindo muito feliz com a sua visita, uma pessoa muito Consciente, uma Ecologista maravilhosa. Assino embaixo de tudo!!!
Beijossssssss

Constança Gomes Antunes disse...

Andei por todas as suas casas. Engraçado... não me senti uma estranha.
Talvez os meus avessos tenham achado por aqui o direito que me foge na dita normalidade.
Escolher é ser dificil, ser diferente.

Adorei as fotos, viajei!

E obrigado pela visita ao meu mundo ao contrário.

Tudo de bom, muita felicidade

O Árabe disse...

Sabe? Muitas vezes me pergunto se o homem não cria um deus à sua imagem e semelhança...
Boa semana, amiga.

O Tempo Passa disse...

Vamos por partes:
A suposta "outorga" de direitos sobre a natureza tem sido muito mal entendida. Leia-se o "pentateuco" cuidadosamente e fica claro o "cuidado" com que o criador preserva a natureza e exige do homem igualmente. Basta citar que ao ser criado, Adão foi colocado no Eden "para cuidar dele e cultiva-lo" (Gen 2 vers 15). Nosso papel primário, original, ontológico é cuidar da Terra!!!
Concluimos, então, que esse Deus apresentado pela Bíblia não é o culpado. Culpados somos nós. E por que? Porque nos arvoramos "donos" do pedaço, e não "cuidadores". Daí vem tudo de mal que nos acontece - da maldita mania de nos "acharmos os tais" que podemos "botar pra quebrar" e criar um mundo e um deus à nossa imagem esemelhança. O resultado é esse aqui: mães que estapeiam filhos; animais mal tratados, destratados; a devastação em nome do progresso. Esse é o mundo dos homens, não de Deus!!! A natureza, então, não se defende, apenas devolve o que nós mesmos criamos: Santa Catarina, etc.
Desculpe o tamanho do comentário...

Dona Sra. Urtigão disse...

Contança,
este fenômeno, encontros que parecem reencontros é uma grande vantagem deste instrumento. Fique à vontade em qualquer uma de minhas casas. São suas...

"Hassan"
se não é tudo o mesmo ?

Rubinho,
o tal do livre arbítrio, né, mas tanta coisa é "subexplicada" nesses livros, que não consigo atingir a paz que a fé daria.
Abraço

Dona Sra. Urtigão disse...

Vanuza,
esteja em casa em qualquer uma das minhas casas, mas não sou tudo isso não,
Abraço !

Oliver Pickwick disse...

Óntem, na TV, assisti a um filme-desenho, A Era do Gelo 2, cuja ação se passa na pré-história. Três animais, um mamute, uma preguiça e um tigre-dente-sabre, encontram um bebê humano perdido e empenham-se em achar a sua família. Certa altura do filme, com o bebê "no colo", o mamute questiona: "você não tem garras, também não tem presas, e é macio. Como pode ser o maior dos predadores?"
Um beijo!

Dona Sra. Urtigão disse...

Oliver,
sem duvida usamos do que deveria ser a maior força, a capacidade de transformação para fazer ...coisas que não fazem bem a nenhuma espécie. Chama-se isso inteligência ?
Abraço.
PS sentindo falta de suas novidades.

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