Pois bem, estou me repetindo, sou grande, contenho contradições. ( parodiando Whitmann).
Uma das coisas que gostei muito deste admirável mundo novo é a possibilidade de contatos sem contato. ou, posso dizer o que penso ou sinto sem me sentir culpada por estar alugando o ouvinte/amigo. Aqui só lê quem quer, existem teclas para "cair fora" e sem ofender.
Parentesis : estava com o texto pronto, fazendo revisão quando fui chamada ao telefone. Uma das aborrecentes disse que vinha ao meu pc "só ver uma coisa" e eu pedi então que salvasse o que eu tinha escrito. ( Elas têm o delas no quarto e ainda um portátil, que deveria ser conectado à rede e ligado...mas (dá trabalho!?!) Quando volto, a página de postagem só tinha o título, procurei o texto e havia desaparecido. Ela não fez o que falei, entrou em seu orkut, de alguma forma o sistema travou, teve que ser reinicializado, o que ela prontamente fez e apagaram-se alguns parágrafos que eu havia escrito. Estou furiosa, frustrada, revoltada porque estes seres intermediários, nem crianças nem adultos são incapazes de ouvir ou atender alguma recomendação, são os sábios do universo, que gira em torno deles. E ainda argumentam que a culpa é do sistema que deveria ter salvo sòzinho. Sou passional. Irracional quando estou afetada por paixões, no momento ira, raiva e não consigo dar ordem aos pensamentos, não consigo, no calor das emoções, lembrar-me claramente do que e como havia escrito.
Vão para Universidade, estão saindo de casa. Após 32 anos de filhos em casa, finalmente vou experimentar a tal síndrome do ninho vazio. Tristeza? Alívio? Finalmente vou experimentar o que é ser dona do meu tempo, do meu espaço. Com poucas restrições, pois continuo não sendo dona dos meus rendimentos que permanecerão compartilhados com estas, ainda, e deverei ceder tempo espaço, porem estes em menor escala.
Fecha parêntesis, encerro o texto, vou tentar retomá-lo mais tarde com cabeça fria. M....!
9 comentários:
Oi, querida
Ler quem quer e eu quero, o tempo anda apertando, mas estou por aqui, e vou ficar aguardando a cabeça esfriar e sair o texto.
abraços forte.
Colega, venho porque gosto de vir. Sendo assim, à retomada, estarei aqui novamente.
Abraços, daqui
Paula,
mesmo agora, não saberia reescrever pois o que faço é sempre de e por emoção, é fluxo, é como um rio de palavras e um rio nunca será o mesmo num mesmo lugar, como nunca a emoção será a mesma. Paertes dele virão, sem duvida, em outros momentos. O que foi perdido, perdido para sempre está.
Furrequinha,
daqui, fico sempre ansiosa e curiosa. Porque, porque?
Mas como nunca perguntei, não pergunto agora.
Um abraço, amigo!
Colega, é incrível. Acho que não encontro a "fórmula" da vida. Tenho o incrível dom de errar reiteradamente. Não compreendo, não sou compreendido, e a cada passo que dou adiante, logo virão três ou quatro de volta, de retorno.
Neste vir mais do que ir, ainda vou criar um outro Mr. Fart, alheio a tudo e a todos, e então, com ele, uma nova (ir)realidade, para poder opinar, profligar, expressar-me e outros direitos inerentes à personalidade (embora virtual).
Abraços, daqui
Caro amigoR
por partes: eu costumo ou tenho o habito de dizer " sou azarada mesmo" (e sou) ou "nada dá certo, tudo é mais dificil para mim do que para os outros ( e parece que é mesmo, vou inumeras vezes a algum lugar até que algo desenrole).Mas várias vezes pensei nas questões de "vizualização criativa", "força do pensamento positivo", ou, mais atual as teorias apresentadas no "quem somos nós", sabe, aquela coisa da infuencia do pensamento sobre as moléculas que constituem o ser. E, pensando como Pascal ou depois, Camus, se estas coisas "transcendentais" existirem, estou incorrendo em êrro. Pois deveria acordar e pensar, sentindo (usar razão e emoção) vai dar tudo certo hoje, as dificuldades são fácilmente transpostas, sou bonita...(ops aí já estou abusando)As vezes penso assim e não sei ao certo o tipo de influencia, mas estou tentada a crer que funciona. Por essas e outras coisas que vou recusar-me a chamá-lo " furrequinha" ou "fart". Talvez ...sei lá, "meu heroi intelectual" "jovem apolo, o sol da vida das menininhas" ( e olha que adoro o que o exfart fazia em sua sombra.Seguindo esta teoria, nem o avesso do reflexo, apenas re-flexo re-luzindo ( resolvi inventar hifens, já que me roubaram alguns).
Hoje, coincidentemente, ao re-ler Mil platos vol 1, empaquei no primeiro paragrafo da primeira página, que transcrevo, caso voce não tenha em casa(onde é seu aqui)
"Distribuimos hábeis pseudônimos para dissimular. Por que preservamos nossos nomes? Por hábito, exclusivamente por hábito. Para passarmos despercebidos. Para tornar imperceptível, não a nós mesmos, mas o que nos faz experimentar ou pensar. E, finalmente porque é agradável falar como todo mundo e dizer o sol nasce, quando todo mundo sabe que essa é apenas uma maneira de falar. Não chegar ao ponto em que não se diz mais EU, mas ao ponto em que já não tem qualquer importancia dizer ou não dizer EU. Não somos mais nós mesmos.Cada um reconhecerá os seus. Fomos ajudados, aspirados, multiplicados."
Dentro do contexto da obra, que defende, me parece uma necessidade de se multiplicar os contextos, senti nisto um "tudoaver" que se intensificou ao encontrar voce aqui.
Nascemos errados, errando, penso que isto é que é viver. Quantos voce conhece que não estão errando permanentemente, e agora? (no sentido de cometer êrro) Penso, quando estou meio calma que errar é que é viver, senão seríamos algo alem de humanos. Se eu queria um manual de instruçaõ para a vida? só...( era parte isso que estava no texto que perdi) Mas eu iria seguir o manual ou escolheria fazer novas experiências?
Quanto a ser entendido, tudo bem que sendo bem mais velha, fica mais fácil, mas quem não me entende é porque é medíocre e eu estou muuuito acima dos comuns.
Abraço, (hshshs - de longe)
Ah, colega... além de tudo, você tem um coração do tamanho do mundo.
Obrigado!
Abraços, daqui
Ah, colega... além de tudo, você tem o coração do tamanho do mundo.
Obrigado, muito obrigado!
Abraços, daqui
AmigoR
Desculpe-me pela demora em vir aqui, à minha casa, não se trata de desatenção, mas é que meu espaço é medido pela distancia entre as casas de meus filhos e como voce sabe, é uma boa distancia, o que me mantem muito tempo em estradas e muitas vezes longe da net.
Voce disse que tenho um coração blablabla, não é bem isso. Apenas tento fazer do meu caminho, o melhor possível. E isso implica aprender quais as melhores estradas, trilhas ou atalhos. Entender como fazer de jornadas longas e dificeis, algo para extrair coisas boas. Metafòricamente e não.
Assim, vi nas suas "existencias" e transformações tanta coisa bonita,que não pude deixar de apegar-me, deliciar-me, e fico pensando como ser possivel alguem com tanta beleza e vitalidade não estar mudando sempre pela alegria, eudaimonia. Por isso recuso-me a aceitar o palhaço triste pois sei que está escondendo e disfarçando coisas que ja vi e que têm tudo para ser feliz, basta, talvez, aceitar-se assim.
Abraço (tímido mas verdadeiro)
Colega, os palhacinhos estão meditando, e hão de acabar por encontrar-se.
Abraços, daqui
Questões de Manolo a Furrequinha
- Furreca, você, que vive aí, do outro lado, como é que é, hein?
- Igualzinho ao seu lado. O pensamento é tudo. O filho pródigo, quando volta à casa do Pai, volta pelo mesmo caminho, para a mesma casa, mas ele é outro. Logo, não se iluda. Não mudam os lugares: ou mudamos nós, ou nada muda.
- Então, Furreca, você está querendo dizer que se meu pensamento continuar materializado, eu posso passar para o outro lado sem me dar conta?
- Sim! E isto é apenas o começo. Partindo de sua premissa, você pode vir para cá e continuar vendo per speculum et in aenigmate.
- Posso concluir, pois, que não há lugares, mas apenas a nossa epifania?
- Pode, Manolo, como hipótese teorética; haverá lugares, mas como reflexo do que somos.
- Valeu, Furreca. Por hoje, basta.
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