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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Um abraço, um beijo, um aperto de mão...

um afago, um carinho, mil beijos, beijinhos, abraços, um abraço forte...E por aí vai.
Como fazer ao encontrar alguem, como fazer ao desperdir-me, no plano material como tambem no virtual. Sou bichodamata, tornei-me Urtigão pela vida. Quisera um simples aceno. De longe. Não aprendi com meus pais gestos de carinho. Apenas de cuidados. Para utilizar demonstrações afetivas com meus filhos era sempre uma questão de determinação da vontade: é necessario, faz falta ao desenvolvimento do ser humano, eles não podem ficar como eu... Então sempre me sentia falseando algo e sei que eles percebiam. O meu amor imenso não sabia se expor.( Com os netos, tem sido fácil, expontâneo)
Ao pretender externar um afeto, vivido, experimentado, sentido, não uso emoção, pois esta foi bloqueada em suas manifestações. Aplico razão. O que é mais apropriado aqui. O que está sendo esperado pelo outro. Como devo e o que devo fazer. Abraço pela direita ou pela esquerda. Há quem diga que num abraço os precordios devam se tocar. (Mas e se meu...nariz, por exemplo, tocar alguma zona do corpo do outro, o que ele(a) irá pensar). Um beijinho, dois beijinhos, três...na bochecha, beijo na testa, selinho(?????). Os óculos arranham a face do outro ou então um bater de bordas de óculos. Um aperto de mão é complicado, envolve sentir-me desarmada, entrego minhas reservas de segurança ao permitir minha mão presa a do outro. E jamais pode ser aquele de mão escorregadia, de pontas de dedos, pois este é quase um insulto quando assim fazem comigo.
As mão se dão. Os corpos se entregam. É necessario confiança. E esta me foi sucessivamente abstraida pelas violencias que encontrei.



" ...Este meu jeito esquivo é porque acho que cada ser humano é sagrado, compreende ? É esse pudor de invadir, esse medo do perto. Eu sou uma criatura do longe..." ( Cecilia Meireles)

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8 comentários:

Rosalia Lerner disse...

Gostei,há tantas formas "culturais",cada grupo repete,vai repetindo, o negócio é sentir,a forma não importa!!

Dona Sra. Urtigão disse...

Rosalia,
pois é ,trazemos naquilo que chamamos EU um conjunto de NÓS, todas essas manifestações aprendidas, assimiladas pelos contatos ou circunstancias da existencia.
Abraço (verdadeiro)

celina_beer disse...

Engraçado você postar isso.Tão tão afastados e tão juntos. Difícil também explicar isso para alguém. O Ricardo é altamente afetivo e disse que quando te conhecesse queria te dar um abraço, cisma com isso há meses e eu explico até a irritação que como eu você não gosta, ele teima...difícil lidar com as diferenças e as manifestações afetivas de cada grupo, medo de ofender, ou de parecer repúdio. Odeio que me toquem, que se aproximem. Achei que eu era estranha. Talvez seja uma das explicações do porquê...pra mim isso é muito triste. Não consigo me aproximar dos meus sobrinhos. Estranho ouvir o Tote e a Cacá pedirem um abraço, coisa que não se pede.

Angela Ursa disse...

Vim trazer flores da floresta para você! A natureza é uma fonte de paz. Beijos da Ursa :))

Anônimo disse...

Srª Dª Urtigão (née/geborene Bicho-Da-Mata), eu voltando de um longo e tenebroso verão, venho dizer: abençoado seja o afeto que se sente, e perdoadas sejam todas as tentativas de o expressar, por mais estapafúrdias e desastradas que sejam...

PS. Considero inquestionável prova de afeto seu perguntar por onde eu ando em comentários deixados no meu desleixado blog. Sou tão grato...

Dona Sra. Urtigão disse...

Celina,
mudar sempre é bom. Até rochas se transformam.

Angela,
agradeço pelas flores, adoro a natureza, mas discordo que seja fonte de paz. Em seu intimo é luta constante, pela sobrevivencia de seus entes. Fonte de equilíbrio, talvez, de harmonização das diferenças, talvez. E paz para nós se contemplarmos de longe. Pois um ataque de mosquitos, ou formigas...
Ou se escolhermos ou necessitarmos viver nela sem recursos tecnológicos...Dá para pensar.
Abraço.

oimpressionista,
saudades de seus comentarios e do seu blog.
Assumindo a ignorancia: geborene?
E quanto a condições desastradas não é isso que nos promove reflexões? Bomdimaisss.
Abraço virtual real!

Anônimo disse...

Meu momento pedante da semana: geborene em alemão é o mesmo que née em francês, ao pé da letra: "nascida", expressão lá usada para indicar o nome de solteira das mulheres casadas. Quis ecoar o que você disse aqui: "Sou bichodamata, tornei-me Urtigão pela vida".

Dona Sra. Urtigão disse...

oimpressionista,
viver é aprender...hshshs Antes de assumir a minha ignorãncia, eu que sou vaidosa, procurei em dicionarios de portugues, ingles, frances ( o nèe eu conheço), a´te de latim. Continue assim, pois como sempre afirmo e é verdade, adoro estímulos para aprender coisas. Adoro pessoas que me fazem pensar.

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