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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Um pouco sobre nada

No outro blog, num dia desses falei sôbre o vazio que acompanha a existência. Da solidão que nos transforma em compulsivos. Da incompletude. Nós da espécie humana, não conseguimos relaxar. O lazer se torna uma busca ansiosa de prazer. Tudo e qualquer experiência se converte em ansiedade.
Do sufismo tiramos uma lição que diz que " as doenças são consequências de relações exageradamente emocionais com nossos objetos de desejo". Aristóteles, de origem persa, ao tratar do desejo afirma que este tem por objetivo o fim e que este fim deve ser o bem e que este bem para a maioria de nós trata-se do bem aparente, ou que o que parece bom a cada homem é por ele desejado. Mas o desejo talvez seja o que gera movimento, o que impulsiona os seres para a existência e através dela, o que promove a vida. O equilíbrio então seria a solução .O 'caminho do meio' que propõe o taoismo , e que Aristóteles, talvez em suas andanças com Alexandre tenha descoberto, e nos apresenta como a virtude, o equilibrio entre os dois extremos de uma dada condição.
A solidão, exaustivamente cantada em versos e prosa e explicada por místicos, psicólogos, filósofos -os de fundamento e os de botequim - talvez seja não a ausência do outro, mas a ausência de si mesmo. Do amor por si e conhecimento de si.
O que me fez divagar nessas linhas é a minha total incapacidade de compreender o outro, e talvez a mim mesma. Entendo e aceito, mas não compreendo. Uma vida dedicada a entender o que é ser humano sob vários de seus aspectos, e que nessa fase me deixa com desejo de não ser humana, tal a fragilidade que percebo nesta espécie, fragilidade essa que por mecanismos de defesa é transformada em maldade. Não dá para ser participante de algo que não concordo, estar onde não me identifico. Não, não sou suicida nem depressiva, se quem for ler ficar preocupado, desnecessário. Minhas divagações tratam do universal, enquanto que eu sou excessivamente autocentrada ou seja, viva no particular, MINHA familia, MINHAS experiencias, o que me protege, e isso torna o meu olhar quase que "de fora" quase que um ideal de antropólogo, quase que um "antropólogo cósmico", olhando,da "MINHA mata" para o exterior,e usando o esconderijo para me proteger dos "Peninhas", os trapalhões da vida, que estão sempre tentando invadir, impor seus modelos a quem de fato não está interessado em ser como os outros.

3 comentários:

Artsy-Fartsy disse...

Delícia de humor refinado, em texto muitíssimo bem escrito, que nos faz refestelar com a lógica supimpa e perguntar-nos que cérebro é esse, que se esconde atrás da humilde alcunha?

Dona Sra. Urtigão disse...

mr Fart
Ironia?

Artsy-Fartsy disse...

Não! Pura sensibilidade, com sinceridade.
Abraços fortes!

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